HISTÓRICOSdosFÓRUNS 6 - Cem e “Uma Pérola... para guardar”
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HISTÓRICOSdosFÓRUNS 6 - Cem e “Uma Pérola... para guardar”
Autor: Cem
Assunto: Reflexões sobre Trading
2000/08/05 17:43
Investir nos mercados é uma actividade apaixonante. É lúdico e envolve riscos. Perder é sempre desagradável mas a contrapartida do enriquecimento normalmente cega a desvantagem citada.
Todos os que investem aspiram a ganhar dinheiro e há milhões de formas de o conseguir, mas nenhuma é fácil, a não ser que se adivinhe o futuro!
A fórmula que cada um segue nesta matéria é a mais desencontrada possível: indirectamente através de Fundos, subscrição de OPVs, apostar forte numa Empresa ou Sector, ao sabor das notícias, rodar um núcleo de acções mais ou menos restrito, atirar-se de cabeça na “dica” do amigo que lhe soprou a certeza de uma subida espectacular em menos de 1 semana, enfim, uma miríade de formas.
Exceptuando casos pontuais relacionados com emergências financeiras próprias, de carácter familiar ou por motivos de uma excelente oportunidade de compra de uma habitação, há no entanto um ponto comum à tomada de decisão: a informação.
Seja através de notícias, dos amigos, das análises próprias ou dos especialistas, a informação é a chave comum que está por trás das ordens de compra, quando pensamos que algo vai subir, ou venda se vai descer.
Cem
00/08/05 17:46
Dentro dos conselhos ao público em geral sabemos que existem 2 grandes grupos genéricos: os da Análise Fundamental e os da Análise Técnica.
1) Os primeiros estudam os indicadores financeiros e rácios de balanço das Empresas, analisando-as de forma dinâmica através das perspectivas da conjuntura global, do sector em que actuam e da sua estratégia de gestão, tentando projectar cash-flows operacionais em exercícios futuros originando assim dividendos ou retornos de capital aos seus accionistas, comparando-os com os PER, EPS, PCF, EBITDA actuais.
Os Fundamentalistas, normalmente Economistas que trabalham no ramo dos Mercados, procuram traduzir as suas conclusões sob a forma de preços alvo ou “price-targets” e recorrem ao lema de que os investidores devem apostar no longo prazo como forma mais segura ou de menor risco para capitalizar o seu dinheiro.
2) A Análise Técnica procura, através do comportamento recente ou passado do activo em estudo, aproveitar as tendências, swings, oscilações, ondas ou ineficiências do mercado, usando métodos especulativos, de arbitragem e hedging, procurando os seus especialistas ou seguidores enriquecer ou defender o seu capital de forma mais rápida.
Dito desta forma a AT parece claramente a mais atractiva das duas e é-o de facto, uma verdadeira arte quando bem explorada, arrastando um capital crescente e exponencial atrás de si, usando as ferramentas adequadas para o efeito.
Cem
00/08/05 17:48
A prática no entanto é algo bem diferente da teoria, nada ou nenhum método é infalível; podemos contudo considerar que metodologias comportamentais vencedoras passadas darão inevitavelmente probabilidades acrescidas de continuarem a ser usadas no presente e futuro com êxito. Não se esqueçam que os mercados são irracionais nos extremos e é essa grande ineficiência que provoca grandes lucros aos especuladores.
Há quem diga que a multidão nos mercados está sempre errada. Engano! Normalmente está errada nas zonas próximas dos máximos e mínimos, comprando furiosamente no primeiro caso e vendendo em pânico no segundo. Mesmo os traders muito experimentados incorrem por vezes em perdas consecutivas, pequenas, é certo, mas sempre frustrantes. Possuem contudo o arcaboiço e os conhecimentos para irem garantindo um retorno de capitais próprios que fariam inveja a qualquer negócio saudável instalado, normalmente na casa dos 30 a 50% ao ano e excepcionalmente num ano ou outro poderão conseguir algo acima do dobrar dos seus capitais com a rentabilidade ultrapassando os 100%!
Raramente os traders profissionais seguidores da escola Técnica recorrem a capitais alheios, se precisam de alavancar os seus capitais preferem dedicar-se aos mercados de Futuros e Opções, a verdadeira I Divisão dos profissionais individuais, onde se misturam com os grandes predadores dos Fundos e gestores actuando em nome dos Institucionais. É essencialmente nesse palco onde se constroem e desfazem grandes fortunas, numa escala de tempo inimaginável comum investidor de acções.
Cem
00/08/05 18:15
Todos os traders de sucesso seguidores dos métodos da Análise Técnica, quer os profissionais muito batidos quer os que têm outra profissão principal, recorrem a um Plano de Trading, pode ser mental do tipo balizagem, ou Sistema de Trading, se este fôr rígido, traduzindo-se normalmente sob a forma de fórmulas matemáticas que emitem alertas de aviso. Podem inclusivé ser do tipo mais primitivo fixando regras de compra, saídas, vendas ou reforço de posições já assumidas em determinados níveis de suporte ou resistência.
A sua característica comum é que sabem que a sua sobrevivência depende do seguimento estrito e disciplinado do seu sistema, cuja rentabilidade histórica passada é a garantia probabilística de continuadas boas rentabilidades futuras.
Quem transacciona nos mercados, baseado em AT, sabe bem que existem 2 grandes classes de sistemas: os Tendenciais e os Osciladores.
Haverá outros que se confundem com ambos, permitindo antever futuras projecções cíclico/comportamentais (ex: Elliott Waves, o mais interessante para antevisões futuras, e alguns Sasonais); outros ainda que se podem considerar perfeitamente exotéricos e de cujo cepticismo partilho em absoluto (ex: previsões astrológicas), aliás até dão má fama à AT que, por definição abarca todo o tipo de análise que saia for a do âmbito dos resultados e indicadores de gestão e balanço das Empresas; uma espécie de medicina paralela, não sei se estão a ver. Como em todas as formas de negócio há muitos párias e charlatanice misturados.
Cem
00/08/05 18:30
Para os especialistas do mercado e consensualmente entre os profissionais dos mercados de derivados de origem americana, de onde surgem em doses industriais bem recentes as grandes teorias e debates sobre AT, é fácil perceber que a grande ênfase é claramente dada aos métodos Tendenciais e aos seus grandes princípios: seguir a tendência, cortar célere as perdas em caso de reversão de tendência, gerir os stops mentais ou reais de forma a que a volatilidade pontual do mercado não nos faça sair cedo de mais e finalmente os princípios de “money management”: que alavancagem usar em futuros, qual o risco máximo de perda admissível em cada transacção por forma a defender a manutenção do seu capital caso o mercado se vire contra si; nesta matéria é bom não esquecer que a perseveração do seu capital é a razão da sobrevivência dos que pretendem fazer do Trading a sua profissão.
Cem
00/08/05 18:57
Excelentes Sistemas de Trading baseados nos princípios atrás enunciados e aplicados em mercados de tendências muito vincadas, normalmente acompanhados por regimes de alta volatilidade, seja em mercados sobre “commodities” seja inclusivé no exemplo de posições longas compradoras assumidas nos mercados financeiros de acções e futuros em quase todos os mercados mundiais ao longo da passada década de 90, têm originado o aparecimento de novos milionários entre os profissionais do ramo, refiro-me particularmente aos USA onde se tem generalizado a participação crescente de milhares e milhares de novos participantes nos apetecidos mercados de Futuros e Opções, devido à permitida alavancagem de capital aí usada e também pelo facto de se poderem aproveitar as grandes correcções e quedas para assumir posições curtas e assim lucrar fortemente com as descidas.
Neste tipo de mercados sobrevivem os melhores e os mais experientes à custa dos novos participantes que vão sendo degolados ao pretenderem utilizar alavancagens máximas sem stops de protecção. Estatísticas referem que em cada 6 participantes neste tipo de mercados “open interest”, 5 desiste a curto/médio prazo perdendo quase todo o capital investido para o 6º participante, o sobrevivente e candidato a milionário! São conhecidas algumas experiências dramáticas, sendo o mais mediático o caso da falência do Banco Barings, por falta de controlo do seu trader representante em Singapura.
Cem
00/08/05 19:25
Os bons Sistemas de Trading do tipo Tendencial caracterizam-se por integrar indicadores da mesma
Classe em escalas de tempo diferenciadas.
Para uma maior afinação e optimização aconselha-se igualmente a que incorpore indicadores de “opinião contrária” em situações de bruscas contra-tendências exageradas, reforçando nesses casos as posições assumidas após as correcções dentro da tendência principal.
Ainda para maior requinte aconselha-se a introdução de stops automáticos quando os valores de rating de movimento direccional ultrapassam barreiras impensáveis de ADXR(14) superiores a 60, actuando o stop em caso do rating direccional começar a descer. São as situações de especulação exagerada caracterizadas pelas fases terminais das ondas 5 e C de Elliott.
Deverão, em caso de utilização cómoda, para traders muito experientes, ser do tipo binário, não só indicando a posição correcta a assumir no mercado ( negativo), como a quantidade a deter face ao risco positivo; vendidocomprado do padrão que o mercado apresenta. Ex: desenvolvido um indicador com valores de escala entre –100 e +100, se o indicador no presente indicar +0.38 e se o activo a analisar fôr por exemplo o Modelo Continente e em caso da situação extrema a assumir pela carteira fôr hipoteticamente de 10000 acções, significa que o sistema lhe indica que o número de acções a deter, ponderados os actuais riscos do mercado, deverá ser de 3800 no presente.
Os indicadores básicos, devidamente testados e parametrizados e que em conjunto caracterizarão o Sistema de Trading, poderão ser de diversos tipos; pessoalmente recomendo uma mistura baseada em indicadores de momento, volatilidade e relações pesadas preço.volume em que a sessão mais actual tem sucessivamente mais ponderação que as anteriores sucessivas.
Cem
00/08/05 19:55
Onde os Sistemas de Trading Tendenciais falham redondamente é durante os períodos “sideways”, em que não existe tendência definida ou a mesma é muito ténue e os indicadores de filtro apesar de tudo nem sempre conseguem impedir que na altura em que o Sistema indica o início de uma tendência ascendente afinal se trata do topo de um movimento oscilatório e o disparar de sinais para posições curtas corresponde normalmente com o aproximar do período correctivo inferior da oscilação.
Poderão dizer: “Ok, mas as perdas relativas a mercados com este comportamento são muito pequenas, quando comparadas com os lucros de uma cavalgada duma bull-trend ou o acompanhamento de posições “short” em fortes correcções”.
É um facto certo e sabido que nos grandes movimentos ascendentes ou descendentes dos mercados a eficiência dos Sistemas Tendenciais é total, é uma euforia saber que estamos do lado certo da corrente.
Acontece simplesmente que o número de transacções consecutivamente negativas tem uma forte repercursão no capital acumulado e se o mercado a andar de lado perdura por muitos e largos meses a situação pode tornar-se dramática, por incrível que pareça. Não nos esqueçamos que estisticamente os movimentos tendenciais dignos desse nome só se verificam em menos de 20% do tempo.
Que fazer se aplicássemos no presente um Sistema Tendencial ao nosso mercado bolsista em termos de futuros sobre o índice se o mercado continuar neste período de marasmo ou acontecer o que aconteceu ao panorama dos principais mercados americanos e europeus durante anos a fio entre os anos 60 até meados dos anos 80, exceptuando 2 ou 3 anos nesse período?
Resposta: um falhanço total, que se traduziria por transacções consecutivas com predominância para prejuízos acumulados em relação ao capital de partida.
Cem
00/08/05 20:18
É nos mercados a andar de lado ou com tendências quase imperceptíveis, acompanhados regra geral por baixa volatilidade e volumes regulares dentro da média ou tendencialmente decrescentes, que se revela em todo o esplendor a excelência da utilização dos Sistemas Oscilatórios, podendo aqui incluir-se os do tipo Mesa Waves, Estocásticos, Cíclicos e Reversão para a Média, entre os principais.
A sua aplicação corrente não é muito popular pois como se sabe os mercados accionistas, onde se concentra normalmente a grande multidão dos investidores, têm-se ultimamente caracterizado por fases de fortes acelerações ascendentes e descendentes. Nesta situação, os sinais de compra e venda registados por este tipo de Sistema revelam-se muito extemporâneos, indo contra o princípio mais comum de ganhar dinheiro na Bolsa “go with the trend”.
Acertam mais que os Tendenciais mas o seu lucro médio de transacções positivas fica a milhas de distância dos Tendenciais, que por seu turno erram mais.
Um bom Sistema Tendencial pode-se perfeitamente caracterizar por ter um número de transacções positivas ou lucrativas entre os 30 a 50% mas apresenta um rácio entre a média de lucros dos negócios positivos contra a média de prejuízos dos negócios perdedores normalmente superior a 3.
Com os bons Sistemas Oscilatórios acontece o contrário, o número dos negócios positivos é claramente superior ao dos negativos mas a média dos primeiros raramente excede os segundos. De facto basta um negócio ruinoso com fortíssima correcção para provocar uma erosão nos lucros do Sistema Oscilatório que vai dando sucessivas ordens de compra à medida que a correcção continua!
Que fazer então perante os pontos fortes e fracos de cada Sistema?
K.
00/08/05 23:24
Caro Cem, é louvável a sua atitude de falar sobre o que mais ninguem explica por estes sites e que no fundo é o fulcro da actividade especulativa. Este é um debate onde sinceramente gostaria de ver entrar outros intervenientes, pois afinal este é o Fórum da ATM.
Eu tenho parte do meu capital a seguir um sistema tendêncial diário no nosso mercado baseado apenas em coisas muito simples, desde Fevereiro deste ano. Os ganhos durante a subida e posterior correcção, foram muito superiores ao que eu esperaria. Entretanto, desde Maio aconteceu ao mercado o que sabemos e as ligeiras variações, as falsas confirmações dos lows e highs (eventualmente com uma ponta de manipulação), a reduzida liquidez e as passagens de lotes de PT, levaram em stops grande parte dos ganhos.
Em relação aos osciladores, o meu cepticismo é enorme, pelas razões que referiu, embora tenha a noção de que poderão ser úteis num mercado lateral, especialmente se chegarmos ao time frame horário (os meus nulos conhecimentos de programação não me permitem fazê-lo).
Você pergunta: Será que existe a pedra filosofal da especulação?
Não sei. Mas o meu sonho ( de todos nós...) é encontrá-la. E já agora fica aqui a utopia:
Se conseguirmos dotar um sistema da inteligência necessária para optar entre as regras tendenciais e as dos osciladores, ou que pura e simplesmente ficasse neutro em certas fases, o trabalho está feito. Entraria aqui necessáriamente a análise de padrão e a classificação das ondas de Elliott ou outro qualquer método de diagnóstico de mercado. O problema é que não é possível fazer análise de padrão ou de Elliott através de um computador, dada a subjectividade envolvida.
Fica aqui a questão, que me ocorreu naturalmente dada a minha recente experiência e cuja formulação me tem consumido horas de vida (até porque este trabalho é solitário e por vezes desesperante).
Após o desenvolvimento de um sistema tendêncial e o seu teste exaustivo em vários padrões (de Elliott, por exemplo), será lucrativo intervirmos mentalmente com o propósito de por o sistema on/off?
Reparem que a questão é bastante delicada, pois ao intervirmos mentalmente, a grande vantagem do sistema (a neutralização emocional do trader) é automaticamente reduzida. E pior: Não é possível fazer um back-testing a todo o conjunto, pois em cada momento está envolvida a subjectividade da nossa apreciação. Logo, temos de ir para o campo de batalha experimentar com o nosso capital, sujeitando-nos às terríveis punições do mercado. Para avaliar a eficiência de uma coisa deste tipo, são necessários muitos anos de trading em tempo real só para a testar, com a hipótese sempre desagradável de que alguns serão passados no vermelho.
E o pior de tudo é que podemos chegar ao fim e concluir que não funciona!
Entretanto vamo-nos entretendo e podemos chegar daqui a uns anos com uma bela surpresa. Todos sabemos que as nossas chances de sucesso consistente no mercado são reduzidíssimas, use-se que método (fundamental ou técnico) usar. Porque não optar pela via mais científica possível?
Talvez assim, mesmo que não fiquemos ricos, ao menos ficaremos mais espertos...:-).
Cem
00/08/06 01:22
Caro K:
Com a conclusão da minha reflexão sobre o tema, em que tenho consumido alguns anos de investigação e desenvolvimento de soluções para o problema em noites e fins de semana consecutivos, pois trabalho fora dos mercados durante o dia, aqui lhe deixo a minha resposta final:
Cem
00/08/06 01:23
A solução encontra-se no desenvolvimento de um indicador intermédio que em cada instante procure identificar o grau probabilístico do tipo comportamental de mercado em que nos encontramos.
Suponhamos que em cada sessão nos socorremos dos seguintes outputs binários:
Sistema Tendencial = T
Sistema Oscilatório = O
Grau comportamental oscilatório = G
A fórmula ideal para calcular a verdadeira situação a assumir no mercado, tipo navegação à vista, deveria ser do tipo:
T*(1-G)+O*G
Chegados a este ponto resta-nos desenvolver e testar o Sistema Global assim encontrado por forma a obter os melhores rácios “profit / loss” possíveis. As conclusões a extrair derivadas da utilização deste género de algoritmos são, posso garantir, assombrosamente irreais, uma espécie de “Holy Grail” que todos os traders procuram incessantemente.
Cem
00/08/06 01:27
Sabe-se que qualquer Sistema garante rentabilidades positivas para valores superiores a 1 na seguinte situação, após testes intensivos em fases comportamentais diferentes de mercado:
[Rácio de (transacções lucrativas / transacções com prejuízo)* Média de lucro das transacções positivas / Média de prejuízo das transacções negativas]
Quanto maior o rácio da fórmula anterior mais eficiente e lucrativo é o sistema, devendo o mesmo incorporar mecanismos que provoquem o mais baixo “drawdown” possível em situações adversas.
Como criar então o elo de ligação, o famoso indicador G variando de 0 a 100%, por forma a criar o Sistema Global ponderado ideal?
Pode haver miríades de resposta e fórmulas para a questão, dependendo essencialmente da escala de frequência com que cada trader transacciona.
Deixo ficar um caso de exemplo pessoal para o meu caso, do tipo “position trading” cujo Sistema Global dispara ordens de ciclo completo compra e venda cerca de 3 a 11 vezes por ano em mercados financeiros do tipo accionista, para activos de liquidez média / elevada, tipo índices ou “blue-chips”.
Aqui fica um pequeno exemplo em linguagem Metastock 7.0 ( a versão 6.52 também suporta o pequeno programa exemplificativo seguinte), um software largamente generalizado no mercado mundial:
Fórmula: Cem – Grau de oscilação { Final de sessão; exemplo simples net }
parcelaadxr14:=
If(
ADXR(14) < 20 ,
50 ,
If(
ADXR(14) > 30 ,
0 ,
(30-ADXR(14))*50/10 ));
parcelavhf28:=
If(
VHF(C,28) < 0.3 ,
50 ,
If(
VHF(28) > 0.4 ,
0 ,
(0.4-VHF(C,28))*50/0.1 ));
grauoscil:=
parcelaadxr14+parcelavhf28;
grauoscil;
E aqui fica a minha reflexão e contribuição para quem quiser aproveitar ou desenvolver esta matéria um pouco mais especializada.
Bons negócios e saúde para todos.
Cem
00/08/06 01:52
Como nota final gostaria apenas de acrescentar o seguinte:
Os inúmeros testes realizados ao longo de vários meses apresentam excelentes desempenhos para os Sistemas Tendenciais quando as ordens de tomadas de posições curtas ou longas apresentam valores para o Grau de Oscilação inferiores a 30% na altura dos alertas de disparo. O mesmo se passa para os Sistemas Osciladores quando o referido Grau de Oscilação apresenta valores superiores a 65%.
Para valores de Grau de Oscilação hesitantes, a rondar os 50%, as conclusões indicam que os Sistemas Tendenciais apresentam rácios de eficiência de risco de cerca do dobro ao quádruplo quando comparados com os Sistemas Osciladores. Sugiro assim que o Sistema Global a adoptar incorpore nos casos de padrão comportamental duvidoso entre tendencial e oscilatório uma ponderação maior para os primeiros.
No fundo não deixa de ter razão quem diz que grandes rentabilidades se conseguem com Sistemas Oscilatórios, desde que se deixem de lado em tendências descendentes e desde que as escalas dos indicadores estocásticos sejam cerca de metade a um terço dos indicadores de curto prazo que incorporam os Sistemas de Tendência. Na prática é como se definissemos uma tendência ascendente como sendo o somatório de movimentos oscilatórios ascendentes mais ou menos cíclicos ou ondulatórios com escalas de tempo mais encurtadas.
Pedro1
00/08/07 23:24
Caro Cem:
Deu-se ao trabalho de escrever todos estes textos de propósito para este forum??? Certamente que os recolheu de algum sitio, não?
De qualquer modo, por mim, gosto sempre de ler mais coisas deste tipo, embora tenda a só concordar com uma fracção reduzida das ideias que encontro...
Cem
00/08/08 00:03
Caro Pedro1:
Cada um é livre de acreditar, mas o facto é que escrevi para este forum por o achar o mais sério da net sobre o tema da AT.
Apesar de nem todos concordarem respeito todas as opiniões. Em matéria de teorias de estratégia em sistemas de trading é na diversidade e na diferença que muitas vezes se recolhem óptimas ideias. Porque não explicitar as suas? Estes foruns são giros é para esses debates de conceitos!
Margintrader
00/08/08 02:25
concordo consigo caro Cem e gostei dos seus posts
explique-se caro pedro1 e exprima as suas ideias porque agua voce tambem a mete e bem....!
para quem fez dezenas de milhar de contos em opçoes e futuros no mercado americano de certeza que deve ter os seus metodos.por que nao os partilha connosco?adorava ouvir ou aprender um pouco consigo.
ah,e ja agora ,deixou totalmente o mercado americano ou ainda da uma dentadinha por lá?porque depois de estar num mercado daqueles é dificil vir para este!!!
K.
00/08/08 03:27
Caros colegas:
Passamos imensos posts a discutir o título A ou B, a situação disto ou daquilo. É interessante. Mas acaba por ser de pouca utilidade pois em princípio cada um deve tomar a sua decisão e se for influenciado é muito mau sinal.
Agora, discutir as estratégias e métodos de investimento e análise é muito interessante e muito útil. Porque o caminho neste caso é sempre de mais conhecimento. Cada um de nós tem os seus métodos que tenta continuamente aperfeiçoar. Discuti-los e tentar compreender os dos outros, só nos pode trazer coisas boas.
Pela minha parte agradeço ao Cem ter partilhado conosco as suas conclusões.
toto1
00/08/09 16:10
Atao oh 100!
Andas nisto ha tantos anos e ainda noa te deste conta de que o que faz andar o mercado e ganancia x medo?
E tambem ainda nao te deste conta de que a razao porque 90% dos participantes perdem e devido ao facto de que eles pensam em certezas e nao em probabilidades?
Atao oh meu! Como e que e?!
Pedro1
00/08/10 18:16
Alguns comentários:
1. Caro Cem: Se o afirma, acredito que escreveu os textos propositadamente para este forum, só fico espantado com o trabalho a que se deu.
2. Caro Margintrader: Não penso que discutir o historial de cada um de nós, participantes neste forum, seja muito útil. No entanto gostaria de esclarecer que não ganhei muito dinheiro investindo em derivados nos USA. Ganhei relativamente pouco. Parei porque achei que o esforço (em tempo) que estava a fazer podia ser mais bem aplicado noutras coisas. (A verdade é que estudar e acompanhar vários mercados em simultaneo, mesmo quando é feito a tempo inteiro, significa que perdemos alguma eficiência em cada um deles: O tempo não é elástico...) Por outro lado os derivados tendem a ser demasiado absorventes: É quase impossivel deixar de acompanhar as coisas on-line quando se tem "a rolar" investimentos de muito curto prazo fortemente alavancados. Isso acaba por resultar em má qualidade de vida... Neste momento não invisto no estrangeiro. Cá há oportunidades em tudo equivalentes... E por cá, quase deixer os futuros (pelos motivos que expliquei), embora tenha tido com eles ganhos consistentes - com grandes oscilações pelo meio
. Apenas os uso de forma muito limitada, e só quando me parece que tenho um "palpite" especialmente promissor... Onde tenho ganho mais é em investimento em acções portuguesas. Tenho uma rentabilidade global de 33% anualizada ao longo dos últimos 3,5 anos (isso dá cerca de 150% de ganho sobre o capital inicial, pelo que tenho agora 250% do que investí há 3,5 anos).
Pedro1
00/08/10 18:34
Quanto às discussões importantes, gostaria tambem de referir dois pontos:
1. Não existe uma diferença fundamental entre sistemas baseados em oscilações e sistemas baseados em tendências, desde que os sistemas sejam bem implementados. Análises bem feitas devem resultar da mesma forma sendo feitas no domínio das frequencias (oscilações) ou dos tempos (tendências)... Para perceber bem esta questão convém ter noções de transformadas de Fourier, etc. Mas em termos práticos imediatos posso dar o seguinte exemplo: Um sistema baseado em tendências pode muito bem acertar totalmente num mercado que esteja flat no médio/longo prazo e esteja com oscilações regulares. Só tem de detectar rapidamente as (nesse caso frequentes) mudanças de tendencia de curto prazo que acompanharão um mercado que esteja a fazer ondas claras de curto prazo... A dificuldade está sempre em distinguir rapidamente uma mudança de tendência, mesmo que de uma tendência de curto prazo, de uma variação pontual ao longo da mesma tendência. Como exemplo prático desta dificuldade podemos considerar o comportamento recente da Brisa: Vinha numa clara tendencia de subida e teve uma retracção de cerca de 4 dias e cerca de 2% por volta dos 9,6 euros. A mim, pareceu-me uma inversão de tendencia, até porque os volumes pareciam indicar isso tambem. Depois voltou a subir e chegou aos 9,99 euros. (Agora acho que é definitivo que essa subida inverteu para uma tendência de baixa, pelo menos no curto prazo... Acho que os compradores mais fortes foram de férias e deixaram de forçar a subida...) No entanto, como já tinha comentado com o K., mantive-me agarrado ao plano de vender as minhas Brisas distribuindo as vendas de forma linear entre os 9,5 e os 10,5 euros, pelo que ghegei a vender metade do total a uma preço médio de 9,75 euros - tinha oum preço médio de aquisição de cerca de 7,5 euros, pelo que não está mal...
Pedro1
00/08/10 18:41
Para concluir os meus comentários acerca das oscilações/tendências direi que:
1. Como expliquei com o caso da Brisa, é possível actuar sem ter de adivinhar totalmente os pontos de inversão das tendências.
2. Como o Cem ilustrou com as desventuras do seu investidor inexperiente, o pior que se pode fazer é estar a reagir às alterações de tendencia FORA DE FASE. Dessa forma perde-se sempre. Para evitar isso é necessário ser eficiente e sabedor: por vezes será necessário aguentar um pouco mais uma situação que de momento está a correr mal, outras vezes devemos saltar dela logo que possivel: Só um muito bom conhecimento do mercado e do activo em causa pode ajudar a decidir mais vezes de forma correcta do que errada, ou a ganhar mais em menos decisões correctas do que se perde no conjunto das decisões erradas...
Pedro1
00/08/10 18:53
Para concluir (claramente não tenho a pedalada do Cem: já estou farto de escrever):
Para quem achar que de todos estes paleios se retira muito pouco, deixo um concelho simples e eficaz: Invistam quando (depois de estudo PESSOAL sério) estiverem convencidos que estão a fazer o investimento correcto em termos de análise FUNDAMENTAL. De preferencia, cruzem isso com análise técnica básica, baseda em tendencias de médio/longo prazo, e escolham dessa forma O MOMENTO para entrar. (O ideal é comprar uma acção que esteja barata em termos fundamentais, de uma empresa que esteja com uma evolução de lucros positiva e consistente e com um PER baixo - a Brisa há uns meses, a 7 e qualquer coisa euros é o melhor exemplo, e comprem quando identificam o fim de uma fase de descida longa, ou o início de uma subida. Não posso deixar de rir imenso quando vejo comentários como: "Eu vou comprar acçao XXX MAS SÓ quando subir acima de YYY, nunca antes."
Essas pessoas estão convencidas que comprar caro e vender barato dá lucro? (Não, eu sei que estão convencidas que, dessa forma só entrarão quando tiver começado uma forte tendencia de subida, mas acertar nisso é muito mais improvável do que as perdas em que já incorreram por não ter entrado mais abaixo: essas já são seguras...
.
K.
00/08/11 02:08
Caro Pedro,
Em relutância à sua observação em não comprar antes de a acção ultrapassar um certo nível, sugiro-lhe um exemplo, cuja eficiência poderá verificar em inúmeros exemplos, em vários mercados. Existem muito mais exemplos, mas este é simples e dos mais eficientes:
Observe o comportamento dos títulos em geral quando batem o máximo histórico em fecho. Dê especial atenção quando o máximo histórico foi quebrado pela primeira vez após a OPV. Veja qual é a rentabilidade média do movimento até ter um reversal definido nos habituais padrões de barras diárias.
Cumprimentos e bons negócios.
Pedro1
00/08/11 13:09
Caro K.
Vou fazer um estudo limitado (por falta de tempo) em relação ao que sugere. No entanto deixo-lhe duas perguntas: Essa situação só se verifica nas acções objecto de OPV/OPD?
Só na primeira ultrapassagem do máximo histórico?
E, já agora, um reparo: A maior parte das considerações que tenho visto, em que se fala de só comprar acima de um determinado valor, não fixam esse valor pelo máximo histórico...
Assunto: Reflexões sobre Trading
2000/08/05 17:43
Investir nos mercados é uma actividade apaixonante. É lúdico e envolve riscos. Perder é sempre desagradável mas a contrapartida do enriquecimento normalmente cega a desvantagem citada.
Todos os que investem aspiram a ganhar dinheiro e há milhões de formas de o conseguir, mas nenhuma é fácil, a não ser que se adivinhe o futuro!
A fórmula que cada um segue nesta matéria é a mais desencontrada possível: indirectamente através de Fundos, subscrição de OPVs, apostar forte numa Empresa ou Sector, ao sabor das notícias, rodar um núcleo de acções mais ou menos restrito, atirar-se de cabeça na “dica” do amigo que lhe soprou a certeza de uma subida espectacular em menos de 1 semana, enfim, uma miríade de formas.
Exceptuando casos pontuais relacionados com emergências financeiras próprias, de carácter familiar ou por motivos de uma excelente oportunidade de compra de uma habitação, há no entanto um ponto comum à tomada de decisão: a informação.
Seja através de notícias, dos amigos, das análises próprias ou dos especialistas, a informação é a chave comum que está por trás das ordens de compra, quando pensamos que algo vai subir, ou venda se vai descer.
Cem
00/08/05 17:46
Dentro dos conselhos ao público em geral sabemos que existem 2 grandes grupos genéricos: os da Análise Fundamental e os da Análise Técnica.
1) Os primeiros estudam os indicadores financeiros e rácios de balanço das Empresas, analisando-as de forma dinâmica através das perspectivas da conjuntura global, do sector em que actuam e da sua estratégia de gestão, tentando projectar cash-flows operacionais em exercícios futuros originando assim dividendos ou retornos de capital aos seus accionistas, comparando-os com os PER, EPS, PCF, EBITDA actuais.
Os Fundamentalistas, normalmente Economistas que trabalham no ramo dos Mercados, procuram traduzir as suas conclusões sob a forma de preços alvo ou “price-targets” e recorrem ao lema de que os investidores devem apostar no longo prazo como forma mais segura ou de menor risco para capitalizar o seu dinheiro.
2) A Análise Técnica procura, através do comportamento recente ou passado do activo em estudo, aproveitar as tendências, swings, oscilações, ondas ou ineficiências do mercado, usando métodos especulativos, de arbitragem e hedging, procurando os seus especialistas ou seguidores enriquecer ou defender o seu capital de forma mais rápida.
Dito desta forma a AT parece claramente a mais atractiva das duas e é-o de facto, uma verdadeira arte quando bem explorada, arrastando um capital crescente e exponencial atrás de si, usando as ferramentas adequadas para o efeito.
Cem
00/08/05 17:48
A prática no entanto é algo bem diferente da teoria, nada ou nenhum método é infalível; podemos contudo considerar que metodologias comportamentais vencedoras passadas darão inevitavelmente probabilidades acrescidas de continuarem a ser usadas no presente e futuro com êxito. Não se esqueçam que os mercados são irracionais nos extremos e é essa grande ineficiência que provoca grandes lucros aos especuladores.
Há quem diga que a multidão nos mercados está sempre errada. Engano! Normalmente está errada nas zonas próximas dos máximos e mínimos, comprando furiosamente no primeiro caso e vendendo em pânico no segundo. Mesmo os traders muito experimentados incorrem por vezes em perdas consecutivas, pequenas, é certo, mas sempre frustrantes. Possuem contudo o arcaboiço e os conhecimentos para irem garantindo um retorno de capitais próprios que fariam inveja a qualquer negócio saudável instalado, normalmente na casa dos 30 a 50% ao ano e excepcionalmente num ano ou outro poderão conseguir algo acima do dobrar dos seus capitais com a rentabilidade ultrapassando os 100%!
Raramente os traders profissionais seguidores da escola Técnica recorrem a capitais alheios, se precisam de alavancar os seus capitais preferem dedicar-se aos mercados de Futuros e Opções, a verdadeira I Divisão dos profissionais individuais, onde se misturam com os grandes predadores dos Fundos e gestores actuando em nome dos Institucionais. É essencialmente nesse palco onde se constroem e desfazem grandes fortunas, numa escala de tempo inimaginável comum investidor de acções.
Cem
00/08/05 18:15
Todos os traders de sucesso seguidores dos métodos da Análise Técnica, quer os profissionais muito batidos quer os que têm outra profissão principal, recorrem a um Plano de Trading, pode ser mental do tipo balizagem, ou Sistema de Trading, se este fôr rígido, traduzindo-se normalmente sob a forma de fórmulas matemáticas que emitem alertas de aviso. Podem inclusivé ser do tipo mais primitivo fixando regras de compra, saídas, vendas ou reforço de posições já assumidas em determinados níveis de suporte ou resistência.
A sua característica comum é que sabem que a sua sobrevivência depende do seguimento estrito e disciplinado do seu sistema, cuja rentabilidade histórica passada é a garantia probabilística de continuadas boas rentabilidades futuras.
Quem transacciona nos mercados, baseado em AT, sabe bem que existem 2 grandes classes de sistemas: os Tendenciais e os Osciladores.
Haverá outros que se confundem com ambos, permitindo antever futuras projecções cíclico/comportamentais (ex: Elliott Waves, o mais interessante para antevisões futuras, e alguns Sasonais); outros ainda que se podem considerar perfeitamente exotéricos e de cujo cepticismo partilho em absoluto (ex: previsões astrológicas), aliás até dão má fama à AT que, por definição abarca todo o tipo de análise que saia for a do âmbito dos resultados e indicadores de gestão e balanço das Empresas; uma espécie de medicina paralela, não sei se estão a ver. Como em todas as formas de negócio há muitos párias e charlatanice misturados.
Cem
00/08/05 18:30
Para os especialistas do mercado e consensualmente entre os profissionais dos mercados de derivados de origem americana, de onde surgem em doses industriais bem recentes as grandes teorias e debates sobre AT, é fácil perceber que a grande ênfase é claramente dada aos métodos Tendenciais e aos seus grandes princípios: seguir a tendência, cortar célere as perdas em caso de reversão de tendência, gerir os stops mentais ou reais de forma a que a volatilidade pontual do mercado não nos faça sair cedo de mais e finalmente os princípios de “money management”: que alavancagem usar em futuros, qual o risco máximo de perda admissível em cada transacção por forma a defender a manutenção do seu capital caso o mercado se vire contra si; nesta matéria é bom não esquecer que a perseveração do seu capital é a razão da sobrevivência dos que pretendem fazer do Trading a sua profissão.
Cem
00/08/05 18:57
Excelentes Sistemas de Trading baseados nos princípios atrás enunciados e aplicados em mercados de tendências muito vincadas, normalmente acompanhados por regimes de alta volatilidade, seja em mercados sobre “commodities” seja inclusivé no exemplo de posições longas compradoras assumidas nos mercados financeiros de acções e futuros em quase todos os mercados mundiais ao longo da passada década de 90, têm originado o aparecimento de novos milionários entre os profissionais do ramo, refiro-me particularmente aos USA onde se tem generalizado a participação crescente de milhares e milhares de novos participantes nos apetecidos mercados de Futuros e Opções, devido à permitida alavancagem de capital aí usada e também pelo facto de se poderem aproveitar as grandes correcções e quedas para assumir posições curtas e assim lucrar fortemente com as descidas.
Neste tipo de mercados sobrevivem os melhores e os mais experientes à custa dos novos participantes que vão sendo degolados ao pretenderem utilizar alavancagens máximas sem stops de protecção. Estatísticas referem que em cada 6 participantes neste tipo de mercados “open interest”, 5 desiste a curto/médio prazo perdendo quase todo o capital investido para o 6º participante, o sobrevivente e candidato a milionário! São conhecidas algumas experiências dramáticas, sendo o mais mediático o caso da falência do Banco Barings, por falta de controlo do seu trader representante em Singapura.
Cem
00/08/05 19:25
Os bons Sistemas de Trading do tipo Tendencial caracterizam-se por integrar indicadores da mesma
Classe em escalas de tempo diferenciadas.
Para uma maior afinação e optimização aconselha-se igualmente a que incorpore indicadores de “opinião contrária” em situações de bruscas contra-tendências exageradas, reforçando nesses casos as posições assumidas após as correcções dentro da tendência principal.
Ainda para maior requinte aconselha-se a introdução de stops automáticos quando os valores de rating de movimento direccional ultrapassam barreiras impensáveis de ADXR(14) superiores a 60, actuando o stop em caso do rating direccional começar a descer. São as situações de especulação exagerada caracterizadas pelas fases terminais das ondas 5 e C de Elliott.
Deverão, em caso de utilização cómoda, para traders muito experientes, ser do tipo binário, não só indicando a posição correcta a assumir no mercado ( negativo), como a quantidade a deter face ao risco positivo; vendidocomprado do padrão que o mercado apresenta. Ex: desenvolvido um indicador com valores de escala entre –100 e +100, se o indicador no presente indicar +0.38 e se o activo a analisar fôr por exemplo o Modelo Continente e em caso da situação extrema a assumir pela carteira fôr hipoteticamente de 10000 acções, significa que o sistema lhe indica que o número de acções a deter, ponderados os actuais riscos do mercado, deverá ser de 3800 no presente.
Os indicadores básicos, devidamente testados e parametrizados e que em conjunto caracterizarão o Sistema de Trading, poderão ser de diversos tipos; pessoalmente recomendo uma mistura baseada em indicadores de momento, volatilidade e relações pesadas preço.volume em que a sessão mais actual tem sucessivamente mais ponderação que as anteriores sucessivas.
Cem
00/08/05 19:55
Onde os Sistemas de Trading Tendenciais falham redondamente é durante os períodos “sideways”, em que não existe tendência definida ou a mesma é muito ténue e os indicadores de filtro apesar de tudo nem sempre conseguem impedir que na altura em que o Sistema indica o início de uma tendência ascendente afinal se trata do topo de um movimento oscilatório e o disparar de sinais para posições curtas corresponde normalmente com o aproximar do período correctivo inferior da oscilação.
Poderão dizer: “Ok, mas as perdas relativas a mercados com este comportamento são muito pequenas, quando comparadas com os lucros de uma cavalgada duma bull-trend ou o acompanhamento de posições “short” em fortes correcções”.
É um facto certo e sabido que nos grandes movimentos ascendentes ou descendentes dos mercados a eficiência dos Sistemas Tendenciais é total, é uma euforia saber que estamos do lado certo da corrente.
Acontece simplesmente que o número de transacções consecutivamente negativas tem uma forte repercursão no capital acumulado e se o mercado a andar de lado perdura por muitos e largos meses a situação pode tornar-se dramática, por incrível que pareça. Não nos esqueçamos que estisticamente os movimentos tendenciais dignos desse nome só se verificam em menos de 20% do tempo.
Que fazer se aplicássemos no presente um Sistema Tendencial ao nosso mercado bolsista em termos de futuros sobre o índice se o mercado continuar neste período de marasmo ou acontecer o que aconteceu ao panorama dos principais mercados americanos e europeus durante anos a fio entre os anos 60 até meados dos anos 80, exceptuando 2 ou 3 anos nesse período?
Resposta: um falhanço total, que se traduziria por transacções consecutivas com predominância para prejuízos acumulados em relação ao capital de partida.
Cem
00/08/05 20:18
É nos mercados a andar de lado ou com tendências quase imperceptíveis, acompanhados regra geral por baixa volatilidade e volumes regulares dentro da média ou tendencialmente decrescentes, que se revela em todo o esplendor a excelência da utilização dos Sistemas Oscilatórios, podendo aqui incluir-se os do tipo Mesa Waves, Estocásticos, Cíclicos e Reversão para a Média, entre os principais.
A sua aplicação corrente não é muito popular pois como se sabe os mercados accionistas, onde se concentra normalmente a grande multidão dos investidores, têm-se ultimamente caracterizado por fases de fortes acelerações ascendentes e descendentes. Nesta situação, os sinais de compra e venda registados por este tipo de Sistema revelam-se muito extemporâneos, indo contra o princípio mais comum de ganhar dinheiro na Bolsa “go with the trend”.
Acertam mais que os Tendenciais mas o seu lucro médio de transacções positivas fica a milhas de distância dos Tendenciais, que por seu turno erram mais.
Um bom Sistema Tendencial pode-se perfeitamente caracterizar por ter um número de transacções positivas ou lucrativas entre os 30 a 50% mas apresenta um rácio entre a média de lucros dos negócios positivos contra a média de prejuízos dos negócios perdedores normalmente superior a 3.
Com os bons Sistemas Oscilatórios acontece o contrário, o número dos negócios positivos é claramente superior ao dos negativos mas a média dos primeiros raramente excede os segundos. De facto basta um negócio ruinoso com fortíssima correcção para provocar uma erosão nos lucros do Sistema Oscilatório que vai dando sucessivas ordens de compra à medida que a correcção continua!
Que fazer então perante os pontos fortes e fracos de cada Sistema?
K.
00/08/05 23:24
Caro Cem, é louvável a sua atitude de falar sobre o que mais ninguem explica por estes sites e que no fundo é o fulcro da actividade especulativa. Este é um debate onde sinceramente gostaria de ver entrar outros intervenientes, pois afinal este é o Fórum da ATM.
Eu tenho parte do meu capital a seguir um sistema tendêncial diário no nosso mercado baseado apenas em coisas muito simples, desde Fevereiro deste ano. Os ganhos durante a subida e posterior correcção, foram muito superiores ao que eu esperaria. Entretanto, desde Maio aconteceu ao mercado o que sabemos e as ligeiras variações, as falsas confirmações dos lows e highs (eventualmente com uma ponta de manipulação), a reduzida liquidez e as passagens de lotes de PT, levaram em stops grande parte dos ganhos.
Em relação aos osciladores, o meu cepticismo é enorme, pelas razões que referiu, embora tenha a noção de que poderão ser úteis num mercado lateral, especialmente se chegarmos ao time frame horário (os meus nulos conhecimentos de programação não me permitem fazê-lo).
Você pergunta: Será que existe a pedra filosofal da especulação?
Não sei. Mas o meu sonho ( de todos nós...) é encontrá-la. E já agora fica aqui a utopia:
Se conseguirmos dotar um sistema da inteligência necessária para optar entre as regras tendenciais e as dos osciladores, ou que pura e simplesmente ficasse neutro em certas fases, o trabalho está feito. Entraria aqui necessáriamente a análise de padrão e a classificação das ondas de Elliott ou outro qualquer método de diagnóstico de mercado. O problema é que não é possível fazer análise de padrão ou de Elliott através de um computador, dada a subjectividade envolvida.
Fica aqui a questão, que me ocorreu naturalmente dada a minha recente experiência e cuja formulação me tem consumido horas de vida (até porque este trabalho é solitário e por vezes desesperante).
Após o desenvolvimento de um sistema tendêncial e o seu teste exaustivo em vários padrões (de Elliott, por exemplo), será lucrativo intervirmos mentalmente com o propósito de por o sistema on/off?
Reparem que a questão é bastante delicada, pois ao intervirmos mentalmente, a grande vantagem do sistema (a neutralização emocional do trader) é automaticamente reduzida. E pior: Não é possível fazer um back-testing a todo o conjunto, pois em cada momento está envolvida a subjectividade da nossa apreciação. Logo, temos de ir para o campo de batalha experimentar com o nosso capital, sujeitando-nos às terríveis punições do mercado. Para avaliar a eficiência de uma coisa deste tipo, são necessários muitos anos de trading em tempo real só para a testar, com a hipótese sempre desagradável de que alguns serão passados no vermelho.
E o pior de tudo é que podemos chegar ao fim e concluir que não funciona!
Entretanto vamo-nos entretendo e podemos chegar daqui a uns anos com uma bela surpresa. Todos sabemos que as nossas chances de sucesso consistente no mercado são reduzidíssimas, use-se que método (fundamental ou técnico) usar. Porque não optar pela via mais científica possível?
Talvez assim, mesmo que não fiquemos ricos, ao menos ficaremos mais espertos...:-).
Cem
00/08/06 01:22
Caro K:
Com a conclusão da minha reflexão sobre o tema, em que tenho consumido alguns anos de investigação e desenvolvimento de soluções para o problema em noites e fins de semana consecutivos, pois trabalho fora dos mercados durante o dia, aqui lhe deixo a minha resposta final:
Cem
00/08/06 01:23
A solução encontra-se no desenvolvimento de um indicador intermédio que em cada instante procure identificar o grau probabilístico do tipo comportamental de mercado em que nos encontramos.
Suponhamos que em cada sessão nos socorremos dos seguintes outputs binários:
Sistema Tendencial = T
Sistema Oscilatório = O
Grau comportamental oscilatório = G
A fórmula ideal para calcular a verdadeira situação a assumir no mercado, tipo navegação à vista, deveria ser do tipo:
T*(1-G)+O*G
Chegados a este ponto resta-nos desenvolver e testar o Sistema Global assim encontrado por forma a obter os melhores rácios “profit / loss” possíveis. As conclusões a extrair derivadas da utilização deste género de algoritmos são, posso garantir, assombrosamente irreais, uma espécie de “Holy Grail” que todos os traders procuram incessantemente.
Cem
00/08/06 01:27
Sabe-se que qualquer Sistema garante rentabilidades positivas para valores superiores a 1 na seguinte situação, após testes intensivos em fases comportamentais diferentes de mercado:
[Rácio de (transacções lucrativas / transacções com prejuízo)* Média de lucro das transacções positivas / Média de prejuízo das transacções negativas]
Quanto maior o rácio da fórmula anterior mais eficiente e lucrativo é o sistema, devendo o mesmo incorporar mecanismos que provoquem o mais baixo “drawdown” possível em situações adversas.
Como criar então o elo de ligação, o famoso indicador G variando de 0 a 100%, por forma a criar o Sistema Global ponderado ideal?
Pode haver miríades de resposta e fórmulas para a questão, dependendo essencialmente da escala de frequência com que cada trader transacciona.
Deixo ficar um caso de exemplo pessoal para o meu caso, do tipo “position trading” cujo Sistema Global dispara ordens de ciclo completo compra e venda cerca de 3 a 11 vezes por ano em mercados financeiros do tipo accionista, para activos de liquidez média / elevada, tipo índices ou “blue-chips”.
Aqui fica um pequeno exemplo em linguagem Metastock 7.0 ( a versão 6.52 também suporta o pequeno programa exemplificativo seguinte), um software largamente generalizado no mercado mundial:
Fórmula: Cem – Grau de oscilação { Final de sessão; exemplo simples net }
parcelaadxr14:=
If(
ADXR(14) < 20 ,
50 ,
If(
ADXR(14) > 30 ,
0 ,
(30-ADXR(14))*50/10 ));
parcelavhf28:=
If(
VHF(C,28) < 0.3 ,
50 ,
If(
VHF(28) > 0.4 ,
0 ,
(0.4-VHF(C,28))*50/0.1 ));
grauoscil:=
parcelaadxr14+parcelavhf28;
grauoscil;
E aqui fica a minha reflexão e contribuição para quem quiser aproveitar ou desenvolver esta matéria um pouco mais especializada.
Bons negócios e saúde para todos.
Cem
00/08/06 01:52
Como nota final gostaria apenas de acrescentar o seguinte:
Os inúmeros testes realizados ao longo de vários meses apresentam excelentes desempenhos para os Sistemas Tendenciais quando as ordens de tomadas de posições curtas ou longas apresentam valores para o Grau de Oscilação inferiores a 30% na altura dos alertas de disparo. O mesmo se passa para os Sistemas Osciladores quando o referido Grau de Oscilação apresenta valores superiores a 65%.
Para valores de Grau de Oscilação hesitantes, a rondar os 50%, as conclusões indicam que os Sistemas Tendenciais apresentam rácios de eficiência de risco de cerca do dobro ao quádruplo quando comparados com os Sistemas Osciladores. Sugiro assim que o Sistema Global a adoptar incorpore nos casos de padrão comportamental duvidoso entre tendencial e oscilatório uma ponderação maior para os primeiros.
No fundo não deixa de ter razão quem diz que grandes rentabilidades se conseguem com Sistemas Oscilatórios, desde que se deixem de lado em tendências descendentes e desde que as escalas dos indicadores estocásticos sejam cerca de metade a um terço dos indicadores de curto prazo que incorporam os Sistemas de Tendência. Na prática é como se definissemos uma tendência ascendente como sendo o somatório de movimentos oscilatórios ascendentes mais ou menos cíclicos ou ondulatórios com escalas de tempo mais encurtadas.
Pedro1
00/08/07 23:24
Caro Cem:
Deu-se ao trabalho de escrever todos estes textos de propósito para este forum??? Certamente que os recolheu de algum sitio, não?
De qualquer modo, por mim, gosto sempre de ler mais coisas deste tipo, embora tenda a só concordar com uma fracção reduzida das ideias que encontro...
Cem
00/08/08 00:03
Caro Pedro1:
Cada um é livre de acreditar, mas o facto é que escrevi para este forum por o achar o mais sério da net sobre o tema da AT.
Apesar de nem todos concordarem respeito todas as opiniões. Em matéria de teorias de estratégia em sistemas de trading é na diversidade e na diferença que muitas vezes se recolhem óptimas ideias. Porque não explicitar as suas? Estes foruns são giros é para esses debates de conceitos!
Margintrader
00/08/08 02:25
concordo consigo caro Cem e gostei dos seus posts
explique-se caro pedro1 e exprima as suas ideias porque agua voce tambem a mete e bem....!
para quem fez dezenas de milhar de contos em opçoes e futuros no mercado americano de certeza que deve ter os seus metodos.por que nao os partilha connosco?adorava ouvir ou aprender um pouco consigo.
ah,e ja agora ,deixou totalmente o mercado americano ou ainda da uma dentadinha por lá?porque depois de estar num mercado daqueles é dificil vir para este!!!
K.
00/08/08 03:27
Caros colegas:
Passamos imensos posts a discutir o título A ou B, a situação disto ou daquilo. É interessante. Mas acaba por ser de pouca utilidade pois em princípio cada um deve tomar a sua decisão e se for influenciado é muito mau sinal.
Agora, discutir as estratégias e métodos de investimento e análise é muito interessante e muito útil. Porque o caminho neste caso é sempre de mais conhecimento. Cada um de nós tem os seus métodos que tenta continuamente aperfeiçoar. Discuti-los e tentar compreender os dos outros, só nos pode trazer coisas boas.
Pela minha parte agradeço ao Cem ter partilhado conosco as suas conclusões.
toto1
00/08/09 16:10
Atao oh 100!
Andas nisto ha tantos anos e ainda noa te deste conta de que o que faz andar o mercado e ganancia x medo?
E tambem ainda nao te deste conta de que a razao porque 90% dos participantes perdem e devido ao facto de que eles pensam em certezas e nao em probabilidades?
Atao oh meu! Como e que e?!
Pedro1
00/08/10 18:16
Alguns comentários:
1. Caro Cem: Se o afirma, acredito que escreveu os textos propositadamente para este forum, só fico espantado com o trabalho a que se deu.
2. Caro Margintrader: Não penso que discutir o historial de cada um de nós, participantes neste forum, seja muito útil. No entanto gostaria de esclarecer que não ganhei muito dinheiro investindo em derivados nos USA. Ganhei relativamente pouco. Parei porque achei que o esforço (em tempo) que estava a fazer podia ser mais bem aplicado noutras coisas. (A verdade é que estudar e acompanhar vários mercados em simultaneo, mesmo quando é feito a tempo inteiro, significa que perdemos alguma eficiência em cada um deles: O tempo não é elástico...) Por outro lado os derivados tendem a ser demasiado absorventes: É quase impossivel deixar de acompanhar as coisas on-line quando se tem "a rolar" investimentos de muito curto prazo fortemente alavancados. Isso acaba por resultar em má qualidade de vida... Neste momento não invisto no estrangeiro. Cá há oportunidades em tudo equivalentes... E por cá, quase deixer os futuros (pelos motivos que expliquei), embora tenha tido com eles ganhos consistentes - com grandes oscilações pelo meio
Pedro1
00/08/10 18:34
Quanto às discussões importantes, gostaria tambem de referir dois pontos:
1. Não existe uma diferença fundamental entre sistemas baseados em oscilações e sistemas baseados em tendências, desde que os sistemas sejam bem implementados. Análises bem feitas devem resultar da mesma forma sendo feitas no domínio das frequencias (oscilações) ou dos tempos (tendências)... Para perceber bem esta questão convém ter noções de transformadas de Fourier, etc. Mas em termos práticos imediatos posso dar o seguinte exemplo: Um sistema baseado em tendências pode muito bem acertar totalmente num mercado que esteja flat no médio/longo prazo e esteja com oscilações regulares. Só tem de detectar rapidamente as (nesse caso frequentes) mudanças de tendencia de curto prazo que acompanharão um mercado que esteja a fazer ondas claras de curto prazo... A dificuldade está sempre em distinguir rapidamente uma mudança de tendência, mesmo que de uma tendência de curto prazo, de uma variação pontual ao longo da mesma tendência. Como exemplo prático desta dificuldade podemos considerar o comportamento recente da Brisa: Vinha numa clara tendencia de subida e teve uma retracção de cerca de 4 dias e cerca de 2% por volta dos 9,6 euros. A mim, pareceu-me uma inversão de tendencia, até porque os volumes pareciam indicar isso tambem. Depois voltou a subir e chegou aos 9,99 euros. (Agora acho que é definitivo que essa subida inverteu para uma tendência de baixa, pelo menos no curto prazo... Acho que os compradores mais fortes foram de férias e deixaram de forçar a subida...) No entanto, como já tinha comentado com o K., mantive-me agarrado ao plano de vender as minhas Brisas distribuindo as vendas de forma linear entre os 9,5 e os 10,5 euros, pelo que ghegei a vender metade do total a uma preço médio de 9,75 euros - tinha oum preço médio de aquisição de cerca de 7,5 euros, pelo que não está mal...
Pedro1
00/08/10 18:41
Para concluir os meus comentários acerca das oscilações/tendências direi que:
1. Como expliquei com o caso da Brisa, é possível actuar sem ter de adivinhar totalmente os pontos de inversão das tendências.
2. Como o Cem ilustrou com as desventuras do seu investidor inexperiente, o pior que se pode fazer é estar a reagir às alterações de tendencia FORA DE FASE. Dessa forma perde-se sempre. Para evitar isso é necessário ser eficiente e sabedor: por vezes será necessário aguentar um pouco mais uma situação que de momento está a correr mal, outras vezes devemos saltar dela logo que possivel: Só um muito bom conhecimento do mercado e do activo em causa pode ajudar a decidir mais vezes de forma correcta do que errada, ou a ganhar mais em menos decisões correctas do que se perde no conjunto das decisões erradas...
Pedro1
00/08/10 18:53
Para concluir (claramente não tenho a pedalada do Cem: já estou farto de escrever):
Para quem achar que de todos estes paleios se retira muito pouco, deixo um concelho simples e eficaz: Invistam quando (depois de estudo PESSOAL sério) estiverem convencidos que estão a fazer o investimento correcto em termos de análise FUNDAMENTAL. De preferencia, cruzem isso com análise técnica básica, baseda em tendencias de médio/longo prazo, e escolham dessa forma O MOMENTO para entrar. (O ideal é comprar uma acção que esteja barata em termos fundamentais, de uma empresa que esteja com uma evolução de lucros positiva e consistente e com um PER baixo - a Brisa há uns meses, a 7 e qualquer coisa euros é o melhor exemplo, e comprem quando identificam o fim de uma fase de descida longa, ou o início de uma subida. Não posso deixar de rir imenso quando vejo comentários como: "Eu vou comprar acçao XXX MAS SÓ quando subir acima de YYY, nunca antes."
Essas pessoas estão convencidas que comprar caro e vender barato dá lucro? (Não, eu sei que estão convencidas que, dessa forma só entrarão quando tiver começado uma forte tendencia de subida, mas acertar nisso é muito mais improvável do que as perdas em que já incorreram por não ter entrado mais abaixo: essas já são seguras...
K.
00/08/11 02:08
Caro Pedro,
Em relutância à sua observação em não comprar antes de a acção ultrapassar um certo nível, sugiro-lhe um exemplo, cuja eficiência poderá verificar em inúmeros exemplos, em vários mercados. Existem muito mais exemplos, mas este é simples e dos mais eficientes:
Observe o comportamento dos títulos em geral quando batem o máximo histórico em fecho. Dê especial atenção quando o máximo histórico foi quebrado pela primeira vez após a OPV. Veja qual é a rentabilidade média do movimento até ter um reversal definido nos habituais padrões de barras diárias.
Cumprimentos e bons negócios.
Pedro1
00/08/11 13:09
Caro K.
Vou fazer um estudo limitado (por falta de tempo) em relação ao que sugere. No entanto deixo-lhe duas perguntas: Essa situação só se verifica nas acções objecto de OPV/OPD?
Só na primeira ultrapassagem do máximo histórico?
E, já agora, um reparo: A maior parte das considerações que tenho visto, em que se fala de só comprar acima de um determinado valor, não fixam esse valor pelo máximo histórico...
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