Como o Estado pode intervir mal
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Petrolíferas e mineiras impulsionam bolsas na Europa
As praças europeias fecharam em subida, com valorizações, em média, acima de 1%, com as empresas mineiras e as petrolíferas a liderarem os ganhos, numa altura em que o petróleo se preparava para a terceira semana consecutiva de ganhos.
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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt
As praças europeias fecharam em subida, com valorizações, em média, acima de 1%, com as empresas mineiras e as petrolíferas a liderarem os ganhos, numa altura em que o petróleo se preparava para a terceira semana consecutiva de ganhos.
As petrolíferas europeias beneficiavam dos ganhos verificados nos últimos dias da cotação do petróleo, que negociava perto do valor mais elevado de quatro meses. O «brent» [Cot] transaccionava nos 49,10 dólares em Londres e o crude [Cot] seguia nos 51,20 dólares em Nova Iorque.
O IBEX [Cot] somou 0,93% para os 9.439,70 pontos. A Repsol ganhou 1,2% para os 20,52 euros. A Arcelor liderou os ganhos na bolsa espanhola, crescendo 3,8% para os 19,10 euros, a acompanhar o sector mineiro europeu que beneficiou da revisão em alta do consumo de minério pela Merrill Lynch, que cita o aumento de procura por parte da China.
O FTSE [Cot], à hora do fecho, cotava nos 5.006,80 pontos, após uma valorização de 0,7%, impulsionado pela BP Amco que subiu 2,3% para as 5,65 libras. As mineiras BHP Billiton e a Rio tinto ganharam 4,1% e 3,5%, respectivamente.
Em França o CAC [Cot] valorizou 1,43% para os 4.034,57 pontos. A Total apreciou 2,5% para os 179,70 euros. Apenas dois dos 40 títulos cotados no índice perderam valor: a Casino e a Pernod Ricard.
O DAX [Cot] ganhou 1,03% para os 4.348,64 pontos com a Deutsche Boerse à frente nos ganhos, com uma subida de 3,7% para os 55,80 euros, depois da Fidelity Investments, a maior gestora de fundos mútuos do mundo, ter dito que se opõe à oferta de aquisição da London Stock Exchange.
O AEX [Cot], em Amesterdão, terminou a semana nos 374,56 pontos a subir 1,15%. A Royal Dutch Petroleum, dona de 60% da Shell, avançou 1,91% para os 47,49 euros.
As praças europeias fecharam em subida, com valorizações, em média, acima de 1%, com as empresas mineiras e as petrolíferas a liderarem os ganhos, numa altura em que o petróleo se preparava para a terceira semana consecutiva de ganhos.
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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt
As praças europeias fecharam em subida, com valorizações, em média, acima de 1%, com as empresas mineiras e as petrolíferas a liderarem os ganhos, numa altura em que o petróleo se preparava para a terceira semana consecutiva de ganhos.
As petrolíferas europeias beneficiavam dos ganhos verificados nos últimos dias da cotação do petróleo, que negociava perto do valor mais elevado de quatro meses. O «brent» [Cot] transaccionava nos 49,10 dólares em Londres e o crude [Cot] seguia nos 51,20 dólares em Nova Iorque.
O IBEX [Cot] somou 0,93% para os 9.439,70 pontos. A Repsol ganhou 1,2% para os 20,52 euros. A Arcelor liderou os ganhos na bolsa espanhola, crescendo 3,8% para os 19,10 euros, a acompanhar o sector mineiro europeu que beneficiou da revisão em alta do consumo de minério pela Merrill Lynch, que cita o aumento de procura por parte da China.
O FTSE [Cot], à hora do fecho, cotava nos 5.006,80 pontos, após uma valorização de 0,7%, impulsionado pela BP Amco que subiu 2,3% para as 5,65 libras. As mineiras BHP Billiton e a Rio tinto ganharam 4,1% e 3,5%, respectivamente.
Em França o CAC [Cot] valorizou 1,43% para os 4.034,57 pontos. A Total apreciou 2,5% para os 179,70 euros. Apenas dois dos 40 títulos cotados no índice perderam valor: a Casino e a Pernod Ricard.
O DAX [Cot] ganhou 1,03% para os 4.348,64 pontos com a Deutsche Boerse à frente nos ganhos, com uma subida de 3,7% para os 55,80 euros, depois da Fidelity Investments, a maior gestora de fundos mútuos do mundo, ter dito que se opõe à oferta de aquisição da London Stock Exchange.
O AEX [Cot], em Amesterdão, terminou a semana nos 374,56 pontos a subir 1,15%. A Royal Dutch Petroleum, dona de 60% da Shell, avançou 1,91% para os 47,49 euros.
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Brisa recua mais de 4%
Bolsa regista maior queda semanal de 2005
A bolsa nacional registou esta semana a maior queda deste ano, com as acções nacionais a acompanharem o sentimento negativo das congéneres europeias, que foram pressionadas pela escalada do petróleo e pela alta do euro. A Brisa e a EDP foram os títulos que mais contribuíram para o desempenho negativo.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
A bolsa nacional registou esta semana a maior queda deste ano, com as acções nacionais a acompanharem o sentimento negativo das congéneres europeias, que foram pressionadas pela escalada do petróleo e pela alta do euro. A Brisa e a EDP foram os títulos que mais contribuíram para o desempenho negativo.
O PSI-20 [Cot] terminou a primeira semana após as eleições legislativas nos 7.898,30 pontos, com 13 títulos a depreciar, quatro – Banco BPI, Cimpor, Sonaecom e Media Capital – sem variação, enquanto a Jerónimo Martins [Cot] e a Novabase [Cot] protagonizaram as únicas subidas. Para a Cofina a semana foi marcada pela cisão da empresa, que passou a negociar em bolsa apenas com os activos de media, depois do destaque da Altri.
Desde a semana terminada a 3 de Dezembro de 2004 que a bolsa nacional não verificava uma queda tão intensa, sendo que nas sete semanas deste ano, foi apenas a terceira de quedas. Desde o início de 2005 o PSI-20 está agora a valorizar 3,9%.
Nas praças europeias a semana também foi negativa, com o máximo de quatro meses do petróleo, acima dos 52 dólares, a pressionar as acções mais dependentes da evolução da matéria-prima. A alta do euro, que negoceia acima dos 1,32 dólares, também penalizou as acções das empresas europeias, sobretudo as exportadoras.
A Reditus [Cot] protagonizou a maior queda entre os títulos do PSI-20 (4,69%), mas foram as acções da Brisa [Cot] e da Energias de Portugal [Cot], que mais pressionaram o índice. A eléctrica cedeu 2,63% e a concessionária de auto-estradas baixou 4,43%.
A subida dos juros da dívida europeia penalizaram as duas companhias, sendo que a Brisa foi também afectada pelos resultados apresentados, face ao exercício de 2004, que revelaram uma quebra inesperada no tráfego do quarto trimestre. A empresa liderada por Vasco de Mello verificou mesmo a maior queda desde a semana terminada a 11 de Abril de 2003, altura em que o papel resvalou 6,2%.
Também as acções da Impresa, Portugal Telecom, Semapa, ParaRede e Gescartão registaram descidas acima de 2%, com a maioria dos títulos a corrigirem os ganhos obtidos nas semanas anteriores. Para a banca a semana também foi negativa, com o Banco Comercial Português [Cot] a depreciar 1,86%. No grupo de Belmiro de Azevedo a Sonae SGPS [Cot] cedeu 0,84% e a Sonaecom [Cot] fechou com a mesma cotação da última sexta-feira.
A próxima semana será marcada pela apresentação de resultados de várias empresas cotadas. A empresa de Paulo de Azevedo inicia logo na segunda-feira de manhã, a Energias de Portugal anuncia as suas contas na terça-feira à tarde e a Portugal Telecom publica os indicadores da sua actividade de 2004 na quinta-feira.
A bolsa nacional encetou uma recuperação na parte final desta semana, e a sua continuação será definida pelos números que estas empresas vão anunciar.
Bolsa regista maior queda semanal de 2005
A bolsa nacional registou esta semana a maior queda deste ano, com as acções nacionais a acompanharem o sentimento negativo das congéneres europeias, que foram pressionadas pela escalada do petróleo e pela alta do euro. A Brisa e a EDP foram os títulos que mais contribuíram para o desempenho negativo.
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Nuno Carregueiro
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A bolsa nacional registou esta semana a maior queda deste ano, com as acções nacionais a acompanharem o sentimento negativo das congéneres europeias, que foram pressionadas pela escalada do petróleo e pela alta do euro. A Brisa e a EDP foram os títulos que mais contribuíram para o desempenho negativo.
O PSI-20 [Cot] terminou a primeira semana após as eleições legislativas nos 7.898,30 pontos, com 13 títulos a depreciar, quatro – Banco BPI, Cimpor, Sonaecom e Media Capital – sem variação, enquanto a Jerónimo Martins [Cot] e a Novabase [Cot] protagonizaram as únicas subidas. Para a Cofina a semana foi marcada pela cisão da empresa, que passou a negociar em bolsa apenas com os activos de media, depois do destaque da Altri.
Desde a semana terminada a 3 de Dezembro de 2004 que a bolsa nacional não verificava uma queda tão intensa, sendo que nas sete semanas deste ano, foi apenas a terceira de quedas. Desde o início de 2005 o PSI-20 está agora a valorizar 3,9%.
Nas praças europeias a semana também foi negativa, com o máximo de quatro meses do petróleo, acima dos 52 dólares, a pressionar as acções mais dependentes da evolução da matéria-prima. A alta do euro, que negoceia acima dos 1,32 dólares, também penalizou as acções das empresas europeias, sobretudo as exportadoras.
A Reditus [Cot] protagonizou a maior queda entre os títulos do PSI-20 (4,69%), mas foram as acções da Brisa [Cot] e da Energias de Portugal [Cot], que mais pressionaram o índice. A eléctrica cedeu 2,63% e a concessionária de auto-estradas baixou 4,43%.
A subida dos juros da dívida europeia penalizaram as duas companhias, sendo que a Brisa foi também afectada pelos resultados apresentados, face ao exercício de 2004, que revelaram uma quebra inesperada no tráfego do quarto trimestre. A empresa liderada por Vasco de Mello verificou mesmo a maior queda desde a semana terminada a 11 de Abril de 2003, altura em que o papel resvalou 6,2%.
Também as acções da Impresa, Portugal Telecom, Semapa, ParaRede e Gescartão registaram descidas acima de 2%, com a maioria dos títulos a corrigirem os ganhos obtidos nas semanas anteriores. Para a banca a semana também foi negativa, com o Banco Comercial Português [Cot] a depreciar 1,86%. No grupo de Belmiro de Azevedo a Sonae SGPS [Cot] cedeu 0,84% e a Sonaecom [Cot] fechou com a mesma cotação da última sexta-feira.
A próxima semana será marcada pela apresentação de resultados de várias empresas cotadas. A empresa de Paulo de Azevedo inicia logo na segunda-feira de manhã, a Energias de Portugal anuncia as suas contas na terça-feira à tarde e a Portugal Telecom publica os indicadores da sua actividade de 2004 na quinta-feira.
A bolsa nacional encetou uma recuperação na parte final desta semana, e a sua continuação será definida pelos números que estas empresas vão anunciar.
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IEFP: número de desempregados subiu 4,1 por cento em Janeiro
25.02.2005 - 12h54 PUBLICO.PT
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego cresceu 4,1 por cento em Janeiro, o que representa mais 18.997 indivíduos sem emprego do que no mesmo mês de 2004, revelou hoje o Instituto de Emprego e Formação Profissional.
De acordo com a informação mensal divulgada pelo instituto público, estavam inscritos nos centros de emprego do continente e regiões autónomas 483.447 desempregados.
Entre Dezembro e Janeiro deste ano, a subida do número de desempregados atingiu 3,1 por cento.
25.02.2005 - 12h54 PUBLICO.PT
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego cresceu 4,1 por cento em Janeiro, o que representa mais 18.997 indivíduos sem emprego do que no mesmo mês de 2004, revelou hoje o Instituto de Emprego e Formação Profissional.
De acordo com a informação mensal divulgada pelo instituto público, estavam inscritos nos centros de emprego do continente e regiões autónomas 483.447 desempregados.
Entre Dezembro e Janeiro deste ano, a subida do número de desempregados atingiu 3,1 por cento.
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Multibanco retirou Bilhetes para concerto dos U2 da rede
Notícia agenciafinanceira.com
(25/02/05)-(Agência Financeira) A entidade que gere a rede das Caixas Automáticas de Multibanco explica que, «tendo-se verificado, pelas 14h00, uma elevada afluência aos Caixas Multibanco para a compra de bilhetes para o espectáculo dos U2, provocando temporariamente constrangimentos na capacidade de resposta da rede», a Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) retirou o serviço de linha.
A SIBS explica ainda que «a responsabilidade e controlo dos bilhetes disponibilizados na rede CA-MB para o espectáculo dos U2 pertence à empresa promotora do espectáculo, sendo a SIBS o processador da transacção financeira associada». Assim sendo, «a aplicação é gerida remotamente, cabendo exclusivamente à referida empresa definir o número de bilhetes disponíveis na rede Multibanco, bem como a decisão do dia e hora em que os bilhetes se encontram acessíveis a todos os interessados».
No caso do concerto dos U2, «a empresa promotora disponibilizou unicamente 10 bilhetes às 00h00 de hoje, para serem comercializados na rede Multibanco, tendo-se esgotado em poucos minutos. Pelas 14h00 de verificou-se uma extraordinária concentração de transacções na rede Multibanco visando a aquisição de bilhetes para o espectáculo em causa, mas insusceptíveis de concretização por indisponibilidade de oferta, prejudicando a oportunidade de realização de outras operações. Dados os potenciais inconvenientes para o interesse geral da rede e dada a sua inutilidade prática face à oferta de bilhetes disponibilizada, a SIBS retirou o referido serviço da rede Multibanco», conclui em comunicado.
Notícia agenciafinanceira.com
(25/02/05)-(Agência Financeira) A entidade que gere a rede das Caixas Automáticas de Multibanco explica que, «tendo-se verificado, pelas 14h00, uma elevada afluência aos Caixas Multibanco para a compra de bilhetes para o espectáculo dos U2, provocando temporariamente constrangimentos na capacidade de resposta da rede», a Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) retirou o serviço de linha.
A SIBS explica ainda que «a responsabilidade e controlo dos bilhetes disponibilizados na rede CA-MB para o espectáculo dos U2 pertence à empresa promotora do espectáculo, sendo a SIBS o processador da transacção financeira associada». Assim sendo, «a aplicação é gerida remotamente, cabendo exclusivamente à referida empresa definir o número de bilhetes disponíveis na rede Multibanco, bem como a decisão do dia e hora em que os bilhetes se encontram acessíveis a todos os interessados».
No caso do concerto dos U2, «a empresa promotora disponibilizou unicamente 10 bilhetes às 00h00 de hoje, para serem comercializados na rede Multibanco, tendo-se esgotado em poucos minutos. Pelas 14h00 de verificou-se uma extraordinária concentração de transacções na rede Multibanco visando a aquisição de bilhetes para o espectáculo em causa, mas insusceptíveis de concretização por indisponibilidade de oferta, prejudicando a oportunidade de realização de outras operações. Dados os potenciais inconvenientes para o interesse geral da rede e dada a sua inutilidade prática face à oferta de bilhetes disponibilizada, a SIBS retirou o referido serviço da rede Multibanco», conclui em comunicado.
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Venda do Negócio de Media da PT
Prisa quer rádio TSF e Jornal de Notícias
C.C.
O presidente da empresa disse preferir estar no negócio com um parceiro local.
“Sem querer entrar em números, a Prisa está disposta a fazer tudo o que seja necessário para manter-se no processo”, afirmou à Lusa fonte do grupo espanhol. A Prisa adiantou que as negociações seguem o seu curso e que tem representantes em Portugal a acompanhar esta operação.
Na apresentação dos resultados da empresa espanhola, já este mês, o presidente sublinhou, preferir estar no negócio com um parceiro local, admitindo que os activos mais interessantes são a TSF e o Jornal de Notícias.
A Prisa fechou o ano de 2004 com um lucro de 103 milhões de euros, um valor superior em 70% ao obtido no ano anterior. A facturação alcançou os 1.425,7 milhões, mais 9,3% que no exercício anterior, e o resultado de exploração (EBITDA) foi de 190,16 milhões de euros, o que equivale a um crescimento de 39,8%.
Estes valores foram impulsionados pelo aumento de 11% do conjunto das receitas publicitárias do grupo, um crescimento de 4,6% nas receitas de circulação dos diários e revistas e pelos bons resultados obtidos com as vendas de livros e textos e de edições gerais tanto em Espanha como na América Latina.
Por outro lado, os bons resultados ficaram também a dever-se às promoções associadas aos meios de comunicação, que resultaram num acréscimo de 114 milhões de euros, mais do dobro das receitas conseguidas no ano anterior com este conceito.
Um bom exemplo dos bons resultados do grupo é o diário ‘El País’, que renovou a sua liderança em circulação e audiência e conseguiu uma boa rentabilidade, com um aumento de 32% das receitas, em relação ao ano anterior, atingindo os 397 milhões de euros; e uma melhoria de 51,1% do resultado de exploração, que foi de 126,72 milhões de euros. A margem do EBITDA sobre as receitas foi de 31,9%, mais quatro pontos que no exercício de 2003.
A Prisa tem um grande grupo de media em Espanha, para além de várias participações na América Latina. É proprietária do maior operador de televisão paga em Espanha, a Sogecable, de alguma imprensa especializada e regional, como o diário desportivo AS, o jornal económico Cinco Dias e várias revistas, da rádio a Cadena Ser, da televisão local Localia, da produtora audiovisual Plural, do site Prisacom, da gráfica Dédalo, para além das divisões de publicidade e de ócio e entretenimento e da gráfica Dédalo.
Grupo Cofina ainda não perdeu a guerra
A Cofina sofreu uma primeira derrota na corrida à Lusomundo, mas ainda não perdeu a guerra. O processo entra agora na fase negocial. A Portugal Telecom anunciou que vai abrir as negociações com a Olivedesportos, cuja proposta foi considerada a melhor nesta primeira fase de selecção. Mas disse também que mantém a Cofina e os espanhóis da Prisa em volta da mesa.
Com três candidatos de peso ainda na corrida, a Cofina vai ter de se esforçar. Ontem, fonte próxima da empresa fez saber que o grupo liderado por Paulo Fernandes, tinha feito uma revisão em alto do preço, para 285 milhões de euros. Pode a primeira de várias, dependendo do decurso das negociações com a Olivedesportos.
A Cofina - que é agora Cofina Media depois da cisão da indústria, concretizada ontem - está há muito tempo à espera desta oportunidade para crescer num sector estratégico. Um sector que ao contrário da indústria está protegido da concorrência externa. Tomou posição no final de 2003, com a compra de 19% da Lusomundo por 25 milhões de euros. Uma participação tratada pela PT como meramente financeira, mas que o empresário já disse querer manter mesmo num cenário de derrota.
Através da sub-holding Investec, a Cofina detém jornais como o Correio da Manhã, o desportivo Record, o Jornal de Negócios, a revista Sábado, a TV Guia, a Máxima, entre outros títulos. Um portfolio que no primeiro semestre de 2004 gerou receitas de 63 milhões de euros e um cash-flow operacional (EBITDA) de 10,7 milhões. O negócio gerou uma margem EBITDA sobre vendas de 17,1% Segundo o empresário, juntas, a Cofina e Lusomundo, teriam ainda uma dimensão inferior à Impresa.
Prisa quer rádio TSF e Jornal de Notícias
C.C.
O presidente da empresa disse preferir estar no negócio com um parceiro local.
“Sem querer entrar em números, a Prisa está disposta a fazer tudo o que seja necessário para manter-se no processo”, afirmou à Lusa fonte do grupo espanhol. A Prisa adiantou que as negociações seguem o seu curso e que tem representantes em Portugal a acompanhar esta operação.
Na apresentação dos resultados da empresa espanhola, já este mês, o presidente sublinhou, preferir estar no negócio com um parceiro local, admitindo que os activos mais interessantes são a TSF e o Jornal de Notícias.
A Prisa fechou o ano de 2004 com um lucro de 103 milhões de euros, um valor superior em 70% ao obtido no ano anterior. A facturação alcançou os 1.425,7 milhões, mais 9,3% que no exercício anterior, e o resultado de exploração (EBITDA) foi de 190,16 milhões de euros, o que equivale a um crescimento de 39,8%.
Estes valores foram impulsionados pelo aumento de 11% do conjunto das receitas publicitárias do grupo, um crescimento de 4,6% nas receitas de circulação dos diários e revistas e pelos bons resultados obtidos com as vendas de livros e textos e de edições gerais tanto em Espanha como na América Latina.
Por outro lado, os bons resultados ficaram também a dever-se às promoções associadas aos meios de comunicação, que resultaram num acréscimo de 114 milhões de euros, mais do dobro das receitas conseguidas no ano anterior com este conceito.
Um bom exemplo dos bons resultados do grupo é o diário ‘El País’, que renovou a sua liderança em circulação e audiência e conseguiu uma boa rentabilidade, com um aumento de 32% das receitas, em relação ao ano anterior, atingindo os 397 milhões de euros; e uma melhoria de 51,1% do resultado de exploração, que foi de 126,72 milhões de euros. A margem do EBITDA sobre as receitas foi de 31,9%, mais quatro pontos que no exercício de 2003.
A Prisa tem um grande grupo de media em Espanha, para além de várias participações na América Latina. É proprietária do maior operador de televisão paga em Espanha, a Sogecable, de alguma imprensa especializada e regional, como o diário desportivo AS, o jornal económico Cinco Dias e várias revistas, da rádio a Cadena Ser, da televisão local Localia, da produtora audiovisual Plural, do site Prisacom, da gráfica Dédalo, para além das divisões de publicidade e de ócio e entretenimento e da gráfica Dédalo.
Grupo Cofina ainda não perdeu a guerra
A Cofina sofreu uma primeira derrota na corrida à Lusomundo, mas ainda não perdeu a guerra. O processo entra agora na fase negocial. A Portugal Telecom anunciou que vai abrir as negociações com a Olivedesportos, cuja proposta foi considerada a melhor nesta primeira fase de selecção. Mas disse também que mantém a Cofina e os espanhóis da Prisa em volta da mesa.
Com três candidatos de peso ainda na corrida, a Cofina vai ter de se esforçar. Ontem, fonte próxima da empresa fez saber que o grupo liderado por Paulo Fernandes, tinha feito uma revisão em alto do preço, para 285 milhões de euros. Pode a primeira de várias, dependendo do decurso das negociações com a Olivedesportos.
A Cofina - que é agora Cofina Media depois da cisão da indústria, concretizada ontem - está há muito tempo à espera desta oportunidade para crescer num sector estratégico. Um sector que ao contrário da indústria está protegido da concorrência externa. Tomou posição no final de 2003, com a compra de 19% da Lusomundo por 25 milhões de euros. Uma participação tratada pela PT como meramente financeira, mas que o empresário já disse querer manter mesmo num cenário de derrota.
Através da sub-holding Investec, a Cofina detém jornais como o Correio da Manhã, o desportivo Record, o Jornal de Negócios, a revista Sábado, a TV Guia, a Máxima, entre outros títulos. Um portfolio que no primeiro semestre de 2004 gerou receitas de 63 milhões de euros e um cash-flow operacional (EBITDA) de 10,7 milhões. O negócio gerou uma margem EBITDA sobre vendas de 17,1% Segundo o empresário, juntas, a Cofina e Lusomundo, teriam ainda uma dimensão inferior à Impresa.
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Venda do Negócio de Media da PT
A história do empresário discreto que começou por pregar cartazes
João Paulo Guerra
Nos negócios do futebol, Joaquim Oliveira é o maior jogador sem bola. E na TV jogou por antecipação.
Joaquim Oliveira é o empresário de maior peso na indústria, comércio e serviços do futebol português. E, como poucos, este é um exemplo de como o segredo é a alma do negócio. O empresário não fala, não comenta, não cultiva uma imagem. E mesmo quando aparece numa fotografia, em geral é o homem que está ao canto, na segunda linha, de bigode, óculos e charuto. Mas mexe-se como poucos por todos os bastidores.
Há 20 anos pregava cartazes de publicidade nos campos de futebol, antes dos jogos com transmissão directa ou resumo em diferido. A visão de que o futebol estava em vias de ser essencialmente um espectáculo de televisão, dependente das receitas das transmissões dos jogos, levou-o a fundar a Olivedesportos. Vinte anos depois, a exploração da publicidade estática está desmultiplicada por um vasto ramo de negócios, entre o desporto, a publicidade, a comunicação social e as viagens. A Controlinvest é a ‘holding’ do grupo que engloba a Olivdesportos, a Sportinveste e a Jornalinveste.
Nascido em Penafiel, em 1946, Joaquim Francisco Alves Oliveira começou a sua vida empresarial aos 23 anos, depois da «tropa» em Angola, com a exploração de um bar-restaurante. Mais tarde, quando o seu irmão António Oliveira era uma estrela do futebol, o empresário interessou-se pelo ramo e fundou a Futinveste, dedicando-se à promoção de espectáculo desportivos e à intermediação no mercado de transferências de jogadores. José Veiga era o director executivo da empresa. Em 1984 fundou a Olivedesportos, de sociedade com o irmão António. Dez anos depois, a empresa tinha a concessão da publicidade estática de 14 dos 18 clubes da I Divisão. Dois anos depois, com o mundial do México, Oliveira internacionalizou a sua actividade, com publicidade em Saltillo. O segredo, confidenciado por Oliveira numa das raríssimas entrevistas que deu, em Junho de 1994 ao Expresso, consistia em “pagar mais e melhor que os outros”.
O caso Benfica
O contrato da OIivedesportos com o Benfica estava a terminar em 1994, quando Manuel Damásio subiu à presidência do clube. Damásio contou ao DE que procurou alternativas: falou com a SIC, que na ocasião se manifestou mais voltada para as audiências das telenovelas brasileiras, sondou o mercado espanhol, chegou mesmo a negociar com José Roquete uma parceria entre Benfica e Sporting, associados à Lusomundo, para a detenção dos direitos de transmissões dos jogos dos dois velhos rivais. Acabou por renovar o contrato com a Olivedesportos. “A empresa de Joaquim Oliveira não só pagava mais que os outros, como cumpria religiosamente todos os acordos e facilitava adiantamentos à direcção do Benfica”, diz Manuel Damásio.
O acordo viria a ser denunciado pelo presidente seguinte do Benfica, João Vale e Azevedo. A polémica saltou para as páginas da imprensa, respigando antigas suspeições e acusações, mais ou menos veladas, sobre as relações e os negócios de Joaquim Oliveira, e arrastou-se pelos tribunais, acabando com a condenação de Vale e Azevedo ao pagamento de uma indemnização por danos causados à imagem do empresário.
Do futebol a O Jogo
Entretanto, os negócios de Oliveira tinham-se alargado à comunicação social, onde o empresário começara por concorrer à atribuição de frequências de rádio local e prosseguira com a criação do diário “O Jogo”, propriedade de outra das empresas do grupo, a Jornalinveste. O jornalista Manuel Tavares, director de “O Jogo” desde a fundação, já trabalhara para outros patrões da comunicação social, designadamente no Expresso e no Público. De Joaquim Oliveira diz que representa “uma casta diferente”, na medida em que “tem da comunicação social uma visão mais interligada” para responder à “complexidade actual do sector”. Considera-o “um bom interlocutor” e diz que “as ideias que tem, e são bastantes, não as impõe. Apenas impõe a sua discussão”.
Reinvestindo os lucros da Olivedesportos, Joaquim Oliveira detém, em ‘joint-venture’ com a PT Multimedia, partes iguais do capital da Sport TV, concessionária dos direitos exclusivos de transmissão de jogos da Super Liga até 2008, de jogos de futebol internacional, basquetebol, andebol e outras modalidades. Ao mesmo tempo, é accionista de referência de várias SADs. Em finais do ano passado, os irmãos Oliveira cessaram a sociedade: Joaquim adquiriu a posição de António e este, na mesma data, tornou-se titular de 11 por cento do capital social da Futebol Clube do Porto SAD.
‘Self made man’, Joaquim Oliveira trabalha com dois dos seus filhos, aos quais proporcionou a formação que não teve, na administração das empresas. Rolando Oliveira representa uma nova geração de gestores. Gabino Oliveira é o especialista em novas tecnologias. Empresário bem relacionado nos meios da banca, Joaquim Oliveira cultiva também uma relação pluralista nos meios políticos. Na festa dos seus 58 anos, na sua vivenda em Bicesse, juntou Santana Lopes e José Sócrates.
A história do empresário discreto que começou por pregar cartazes
João Paulo Guerra
Nos negócios do futebol, Joaquim Oliveira é o maior jogador sem bola. E na TV jogou por antecipação.
Joaquim Oliveira é o empresário de maior peso na indústria, comércio e serviços do futebol português. E, como poucos, este é um exemplo de como o segredo é a alma do negócio. O empresário não fala, não comenta, não cultiva uma imagem. E mesmo quando aparece numa fotografia, em geral é o homem que está ao canto, na segunda linha, de bigode, óculos e charuto. Mas mexe-se como poucos por todos os bastidores.
Há 20 anos pregava cartazes de publicidade nos campos de futebol, antes dos jogos com transmissão directa ou resumo em diferido. A visão de que o futebol estava em vias de ser essencialmente um espectáculo de televisão, dependente das receitas das transmissões dos jogos, levou-o a fundar a Olivedesportos. Vinte anos depois, a exploração da publicidade estática está desmultiplicada por um vasto ramo de negócios, entre o desporto, a publicidade, a comunicação social e as viagens. A Controlinvest é a ‘holding’ do grupo que engloba a Olivdesportos, a Sportinveste e a Jornalinveste.
Nascido em Penafiel, em 1946, Joaquim Francisco Alves Oliveira começou a sua vida empresarial aos 23 anos, depois da «tropa» em Angola, com a exploração de um bar-restaurante. Mais tarde, quando o seu irmão António Oliveira era uma estrela do futebol, o empresário interessou-se pelo ramo e fundou a Futinveste, dedicando-se à promoção de espectáculo desportivos e à intermediação no mercado de transferências de jogadores. José Veiga era o director executivo da empresa. Em 1984 fundou a Olivedesportos, de sociedade com o irmão António. Dez anos depois, a empresa tinha a concessão da publicidade estática de 14 dos 18 clubes da I Divisão. Dois anos depois, com o mundial do México, Oliveira internacionalizou a sua actividade, com publicidade em Saltillo. O segredo, confidenciado por Oliveira numa das raríssimas entrevistas que deu, em Junho de 1994 ao Expresso, consistia em “pagar mais e melhor que os outros”.
O caso Benfica
O contrato da OIivedesportos com o Benfica estava a terminar em 1994, quando Manuel Damásio subiu à presidência do clube. Damásio contou ao DE que procurou alternativas: falou com a SIC, que na ocasião se manifestou mais voltada para as audiências das telenovelas brasileiras, sondou o mercado espanhol, chegou mesmo a negociar com José Roquete uma parceria entre Benfica e Sporting, associados à Lusomundo, para a detenção dos direitos de transmissões dos jogos dos dois velhos rivais. Acabou por renovar o contrato com a Olivedesportos. “A empresa de Joaquim Oliveira não só pagava mais que os outros, como cumpria religiosamente todos os acordos e facilitava adiantamentos à direcção do Benfica”, diz Manuel Damásio.
O acordo viria a ser denunciado pelo presidente seguinte do Benfica, João Vale e Azevedo. A polémica saltou para as páginas da imprensa, respigando antigas suspeições e acusações, mais ou menos veladas, sobre as relações e os negócios de Joaquim Oliveira, e arrastou-se pelos tribunais, acabando com a condenação de Vale e Azevedo ao pagamento de uma indemnização por danos causados à imagem do empresário.
Do futebol a O Jogo
Entretanto, os negócios de Oliveira tinham-se alargado à comunicação social, onde o empresário começara por concorrer à atribuição de frequências de rádio local e prosseguira com a criação do diário “O Jogo”, propriedade de outra das empresas do grupo, a Jornalinveste. O jornalista Manuel Tavares, director de “O Jogo” desde a fundação, já trabalhara para outros patrões da comunicação social, designadamente no Expresso e no Público. De Joaquim Oliveira diz que representa “uma casta diferente”, na medida em que “tem da comunicação social uma visão mais interligada” para responder à “complexidade actual do sector”. Considera-o “um bom interlocutor” e diz que “as ideias que tem, e são bastantes, não as impõe. Apenas impõe a sua discussão”.
Reinvestindo os lucros da Olivedesportos, Joaquim Oliveira detém, em ‘joint-venture’ com a PT Multimedia, partes iguais do capital da Sport TV, concessionária dos direitos exclusivos de transmissão de jogos da Super Liga até 2008, de jogos de futebol internacional, basquetebol, andebol e outras modalidades. Ao mesmo tempo, é accionista de referência de várias SADs. Em finais do ano passado, os irmãos Oliveira cessaram a sociedade: Joaquim adquiriu a posição de António e este, na mesma data, tornou-se titular de 11 por cento do capital social da Futebol Clube do Porto SAD.
‘Self made man’, Joaquim Oliveira trabalha com dois dos seus filhos, aos quais proporcionou a formação que não teve, na administração das empresas. Rolando Oliveira representa uma nova geração de gestores. Gabino Oliveira é o especialista em novas tecnologias. Empresário bem relacionado nos meios da banca, Joaquim Oliveira cultiva também uma relação pluralista nos meios políticos. Na festa dos seus 58 anos, na sua vivenda em Bicesse, juntou Santana Lopes e José Sócrates.
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Resultados da CGD
Vítor Martins define plano para garantir liderança
M.J.G.
Garantir a liderança no sistema financeiro e aumentar a rentabilidade da Caixa Geral de Depósitos são as traves mestras da missão que o presidente do banco público quer concretizar.
Vítor Martins aproveitou a conferência de divulgação de resultados anuais da CGD para anunciar as linhas gerais do seu plano de acção para os próximos quatro anos.
O calendário de execução das medidas anunciadas coincide com o prazo do mandato do actual conselho de administração. Um mandato que Vítor Martins quer levar até ao fim, independentemente do facto de a maioria governativa PSD/CDS, que nomeou esta equipa de gestão, ter perdido as eleições legislativas para o PS.
“Neste momento, o conselho de administração está em plenas funções e tem um mandato para quatro anos. Estamos a exercer funções com empenho e determinação”, sublinhou Vítor Martins quando questionado sobre a possibilidade de pôr o seu lugar à disposição do Governo de José Sócrates que vai tomar posse no próximo mês.
O banqueiro apontou como “objectivos permanentes” da CGD, assegurar a liderança do sector financeiro, fazendo do banco público uma referência central do sistema”. Além disso, Vítor Martins pretende reafirmar a Caixa como uma “garantia de solidez”, através da manutenção de uma “situação financeira sólida”. Por outro lado, o gestor pretende que o grupo seja uma instituição de “excelência”, com “elevados níveis de satisfação de clientes, accionista e colaboradores e que apresente uma “rentabilidade e eficiência acima da média do sector”.
Para alcançar estas metas, a equipa de Vítor Martins vai apostar numa maior segmentação, que lhe permita aumentar a penetração junto dos clientes particulares mais atractivos e das pequenas e médias empresas. Em termos de produtos, a Caixa quer reforçar a sua posição de liderança no crédito à habitação – quota de mercado de 33% no final de Novembro último – e aumentar a penetração nos cartões de crédito e no financiamento ao consumo. Nestes dois últimos casos, o objectivo é alcançar a quota natural da CGD.
Através da aposta na segmentação de clientes e nos produtos chave, o banco pretende “optimizar a sua estratégia de receitas”, contribuindo para um aumento da rentabilidade. Para alcançar esta última meta, a administração está também a pôr em prática um novo sistema de controlo e acompanhamento de custos, que no último exercício cresceram de forma considerada “excessiva”.
Finalmente, a CGD pretende aumentar, “de forma selectiva”, o número de agências, “em zonas onde o banco está sub-representado”, e a quantidade de gabinetes de empresas. O crescimento orgânico vai implicar “algumas admissões de trabalhadores, sem aumentar o número de efectivos do banco”, admitiu Vítor Martins. O grupo está ainda a consolidar o sistema de incentivos atribuídos à rede, em função dos objectivos cumpridos, e a desenvolver processos de suporte e sistemas de gestão comercial.
Quatro estratégias para manter liderança
Segmentar clientes: para aumentar penetração dos particulares mais atractivos e nas PME
Apostar em produtos chave: para reforçar liderança no financiamento à habitação e crescer nos cartões de crédito e no crédito ao consumo
Desenvolver plataformas: alargar a rede de agências e de gabinetes de empresas. Consolidar sistema de atribuição de incentivos à rede, em função dos objectivos cumpridos. Desenvolver processos de suporte e sistemas de gestão comercial
Melhorar rentabilidade: através da optimização da estratégia de receitas e da implementação de um novo sistema de controlo e acompanhamento de custos.
Vítor Martins define plano para garantir liderança
M.J.G.
Garantir a liderança no sistema financeiro e aumentar a rentabilidade da Caixa Geral de Depósitos são as traves mestras da missão que o presidente do banco público quer concretizar.
Vítor Martins aproveitou a conferência de divulgação de resultados anuais da CGD para anunciar as linhas gerais do seu plano de acção para os próximos quatro anos.
O calendário de execução das medidas anunciadas coincide com o prazo do mandato do actual conselho de administração. Um mandato que Vítor Martins quer levar até ao fim, independentemente do facto de a maioria governativa PSD/CDS, que nomeou esta equipa de gestão, ter perdido as eleições legislativas para o PS.
“Neste momento, o conselho de administração está em plenas funções e tem um mandato para quatro anos. Estamos a exercer funções com empenho e determinação”, sublinhou Vítor Martins quando questionado sobre a possibilidade de pôr o seu lugar à disposição do Governo de José Sócrates que vai tomar posse no próximo mês.
O banqueiro apontou como “objectivos permanentes” da CGD, assegurar a liderança do sector financeiro, fazendo do banco público uma referência central do sistema”. Além disso, Vítor Martins pretende reafirmar a Caixa como uma “garantia de solidez”, através da manutenção de uma “situação financeira sólida”. Por outro lado, o gestor pretende que o grupo seja uma instituição de “excelência”, com “elevados níveis de satisfação de clientes, accionista e colaboradores e que apresente uma “rentabilidade e eficiência acima da média do sector”.
Para alcançar estas metas, a equipa de Vítor Martins vai apostar numa maior segmentação, que lhe permita aumentar a penetração junto dos clientes particulares mais atractivos e das pequenas e médias empresas. Em termos de produtos, a Caixa quer reforçar a sua posição de liderança no crédito à habitação – quota de mercado de 33% no final de Novembro último – e aumentar a penetração nos cartões de crédito e no financiamento ao consumo. Nestes dois últimos casos, o objectivo é alcançar a quota natural da CGD.
Através da aposta na segmentação de clientes e nos produtos chave, o banco pretende “optimizar a sua estratégia de receitas”, contribuindo para um aumento da rentabilidade. Para alcançar esta última meta, a administração está também a pôr em prática um novo sistema de controlo e acompanhamento de custos, que no último exercício cresceram de forma considerada “excessiva”.
Finalmente, a CGD pretende aumentar, “de forma selectiva”, o número de agências, “em zonas onde o banco está sub-representado”, e a quantidade de gabinetes de empresas. O crescimento orgânico vai implicar “algumas admissões de trabalhadores, sem aumentar o número de efectivos do banco”, admitiu Vítor Martins. O grupo está ainda a consolidar o sistema de incentivos atribuídos à rede, em função dos objectivos cumpridos, e a desenvolver processos de suporte e sistemas de gestão comercial.
Quatro estratégias para manter liderança
Segmentar clientes: para aumentar penetração dos particulares mais atractivos e nas PME
Apostar em produtos chave: para reforçar liderança no financiamento à habitação e crescer nos cartões de crédito e no crédito ao consumo
Desenvolver plataformas: alargar a rede de agências e de gabinetes de empresas. Consolidar sistema de atribuição de incentivos à rede, em função dos objectivos cumpridos. Desenvolver processos de suporte e sistemas de gestão comercial
Melhorar rentabilidade: através da optimização da estratégia de receitas e da implementação de um novo sistema de controlo e acompanhamento de custos.
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BCP ganha o primeiro lugar na banca em activos, crédito e resultados
Maria João Gago e Helena Garrido
CGD perdeu 3,9 mil milhões de euros em activos mas ficou mais perto do BCP no crédito concedido.
O BCP passou a ser, desde o início deste ano, o maior banco português em activos e resultados, ultrapassando a CGD. A transferência do fundo de pensões do banco público para a Caixa Geral de Aposentações (CGA), de forma a garantir um défice público inferior a 3%, a par das menos-valias fundamentalmente com o BCP, foram uma das principais razões para a perda de liderança. O banco de Jardim Gonçalves mantém a liderança em crédito concedido, mas a distância entre as duas instituições até se estreitou em 2004.
A Caixa acabou o ano de 2004 com menos 3,9 mil milhões de euros no seu activo, reflectindo fundamental a redução na conta de «disponibilidades» de 10,1 para 3,7 mil milhões de euros, que não é totalmente compensada pelo aumento noutras rubricas, como as aplicações em instituições de crédito.
Norberto Rosa, administrador da CGD e ex-secretário de Estado do Orçamento de Manuela Ferreira Leite, tendo tido também responsabilidades na supervisão no Banco de Portugal, explicou ao Diário Económico que essa quebra nas «disponibilidades» é o resultado de «uma gestão mais eficiente dos recursos». Admitiu que seria possível fazer uma operação, no final do ano, para evitar essa situação, mas que se optou por não o fazer.
A quebra do activo de 3,9 mil milhões de euros é o outro de uma redução dos capitais próprios em 322 milhões de euros e uma diminuição das responsabilidades em 3,6 mil milhões de euros.
Apesar de ter perdido o primeiro lugar em activos totais, a Caixa conseguiu aproximar-se do BCP em matéria de crédito concedido, onde já era líder o ano passado. A diferença entre o crédito concedido pela CGD e pelo banco liderado por Jorge Jardim Gonçalves foi de 4,7 mil milhões de euros, contra cinco mil milhões me 2003. Uma evolução que pode levar a concluir que os números negativos da Caixa ficaram a dever-se a aspectos não relacionados com o negócio de banca. Se exceptuarmos o comportamento menos favorável dos custos, o aumento das comissões foi a segunda maior entre os quatro grandes bancos e a margem financeira aumentou, tal como aconteceu com o BPI, quando no BCP e no BES caiu.
A quebra de resultados a par da redução dos capitais próprios levou a uma acentuada diminuição da rendibilidade dos capitais próprios, expondo assim, indirectamente, as perdas contabilizadas no balanço.
Maria João Gago e Helena Garrido
CGD perdeu 3,9 mil milhões de euros em activos mas ficou mais perto do BCP no crédito concedido.
O BCP passou a ser, desde o início deste ano, o maior banco português em activos e resultados, ultrapassando a CGD. A transferência do fundo de pensões do banco público para a Caixa Geral de Aposentações (CGA), de forma a garantir um défice público inferior a 3%, a par das menos-valias fundamentalmente com o BCP, foram uma das principais razões para a perda de liderança. O banco de Jardim Gonçalves mantém a liderança em crédito concedido, mas a distância entre as duas instituições até se estreitou em 2004.
A Caixa acabou o ano de 2004 com menos 3,9 mil milhões de euros no seu activo, reflectindo fundamental a redução na conta de «disponibilidades» de 10,1 para 3,7 mil milhões de euros, que não é totalmente compensada pelo aumento noutras rubricas, como as aplicações em instituições de crédito.
Norberto Rosa, administrador da CGD e ex-secretário de Estado do Orçamento de Manuela Ferreira Leite, tendo tido também responsabilidades na supervisão no Banco de Portugal, explicou ao Diário Económico que essa quebra nas «disponibilidades» é o resultado de «uma gestão mais eficiente dos recursos». Admitiu que seria possível fazer uma operação, no final do ano, para evitar essa situação, mas que se optou por não o fazer.
A quebra do activo de 3,9 mil milhões de euros é o outro de uma redução dos capitais próprios em 322 milhões de euros e uma diminuição das responsabilidades em 3,6 mil milhões de euros.
Apesar de ter perdido o primeiro lugar em activos totais, a Caixa conseguiu aproximar-se do BCP em matéria de crédito concedido, onde já era líder o ano passado. A diferença entre o crédito concedido pela CGD e pelo banco liderado por Jorge Jardim Gonçalves foi de 4,7 mil milhões de euros, contra cinco mil milhões me 2003. Uma evolução que pode levar a concluir que os números negativos da Caixa ficaram a dever-se a aspectos não relacionados com o negócio de banca. Se exceptuarmos o comportamento menos favorável dos custos, o aumento das comissões foi a segunda maior entre os quatro grandes bancos e a margem financeira aumentou, tal como aconteceu com o BPI, quando no BCP e no BES caiu.
A quebra de resultados a par da redução dos capitais próprios levou a uma acentuada diminuição da rendibilidade dos capitais próprios, expondo assim, indirectamente, as perdas contabilizadas no balanço.
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Resultados da CGD
Caixa inviabiliza banco dos CTT com Banif
M.J.G.
A CGD decidiu inviabilizar o projecto de criação de um novo banco para funcionar aos balcões dos CTT e que iria resultar da parceria recentemente estabelecida entre os Correios e o Banif.
“A Caixa já notificou os CTT de que vai exercer o seu direito de preferência” no relançamento do projecto do ‘Banco Postal’, revelou Vítor Martins, presidente do banco público.
O banqueiro justificou a posição da Caixa com o interesse do próprio banco. E sublinhou que a decisão da CGD é irreversível. “Não vamos abrimos negociações com os CTT” em relação a esta posição, adiantou, garantindo que uma “parceria” para a criação de um banco que funcione nos Correios “só pode ser feita com a Caixa”.
Desta forma, Vítor Martins afastou qualquer possibilidade de o banco a que preside vir a prescindir do seu direito de preferência contra o pagamento de uma contrapartida.
A decisão da Caixa foi conhecida um dia depois de o Banif ter anunciado a intenção de iniciar a actividade do novo ‘Banco Postal’ no início do segundo semestre deste ano. As projecções do grupo de Horácio Roque apontavam para que o novo banco alcançasse o equilíbrio financeiro ao fim de três anos.
O direito de preferência da CGD na associação aos CTT ficou definido no acordo que as duas instituições formalizaram quando decidiram desactivar o Banco Postal, criado em 2001 e que foi encerrado no início de 2003, por se ter revelado financeiramente inviável. A Caixa ficou também com a propriedade da marca Banco Postal, que é “um activo da CGD”.
Caixa inviabiliza banco dos CTT com Banif
M.J.G.
A CGD decidiu inviabilizar o projecto de criação de um novo banco para funcionar aos balcões dos CTT e que iria resultar da parceria recentemente estabelecida entre os Correios e o Banif.
“A Caixa já notificou os CTT de que vai exercer o seu direito de preferência” no relançamento do projecto do ‘Banco Postal’, revelou Vítor Martins, presidente do banco público.
O banqueiro justificou a posição da Caixa com o interesse do próprio banco. E sublinhou que a decisão da CGD é irreversível. “Não vamos abrimos negociações com os CTT” em relação a esta posição, adiantou, garantindo que uma “parceria” para a criação de um banco que funcione nos Correios “só pode ser feita com a Caixa”.
Desta forma, Vítor Martins afastou qualquer possibilidade de o banco a que preside vir a prescindir do seu direito de preferência contra o pagamento de uma contrapartida.
A decisão da Caixa foi conhecida um dia depois de o Banif ter anunciado a intenção de iniciar a actividade do novo ‘Banco Postal’ no início do segundo semestre deste ano. As projecções do grupo de Horácio Roque apontavam para que o novo banco alcançasse o equilíbrio financeiro ao fim de três anos.
O direito de preferência da CGD na associação aos CTT ficou definido no acordo que as duas instituições formalizaram quando decidiram desactivar o Banco Postal, criado em 2001 e que foi encerrado no início de 2003, por se ter revelado financeiramente inviável. A Caixa ficou também com a propriedade da marca Banco Postal, que é “um activo da CGD”.
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Bolsa
Nova Cofina vale menos 35 milhões em bolsa
Pedro Ferreira Esteves
Mercado avaliou a actividade de media do grupo em 3,59 euros. Hoje, as acções regressam ao PSI 20.
A cisão entre os activos de media e a indústria dentro do grupo Cofina representou a perda de 16% face ao valor de fecho da véspera. Esta foi a avaliação do mercado depois da sessão de ontem, na qual os títulos negociaram fora do cálculo do índice PSI 20. Os analistas reviram em baixa o preço-alvo para o papel, mas continuam a recomendar a sua compra.
A Cofina fechou, quarta-feira, nos 4,27 euros, tendo o seu valor sido dividido em metade - 2,14 euros para a indústria e media - como preço meramente indicativo no início do período de pré-abertura de ontem. Durante a sessão, o preço da Cofina, tendo em conta apenas os activos de media, disparou 67,76% para os 3,59 euros.
Esta evolução traduz a avaliação que o mercado faz dos activos de media do grupo, menos 35 milhões de euros em capitalização bolsista em relação ao fecho da véspera. Este valor representa, por outro lado, a visão que os investidores têm sobre os activos industriais - a Altri - que também negociaram em bolsa a partir da próxima semana.
De referir que o volume de negócios realizado pela nova Cofina ascendeu a apenas 712 milhões de papéis transaccionados, um número acima do normal para o título, mas muito abaixo das principais acções do PSI 20. Esta liquidez representou um total de quase 2,5 milhões de euros.
Na sequência deste processo, o BPI decidiu rever em baixa o preço-alvo da Cofina de 5 para 4,45 euros. Para Tiago Veiga Anjos, analista do BPI citado pela Reuters, “o anterior preço-alvo de cinco euros integrava as duas áreas e o novo valor reflecte apenas os activos de media”. O BPI mantém, no entanto, a recomendação de “comprar” sobre as acções do grupo.
Já para Pedro Mendes, analista do Millennium bcp Investimento, o preço-alvo da nova Cofina é de 3,45 euros para 2005. Este perito considera “razoáveis” os valores em redor dos três euros por acção. A Cofina regressa hoje ao cálculo do PSI 20, mas com um peso mais reduzido.
Longe das concorrentes
A capitalização bolsista da nova Cofina, que representa exclusivamente a área de media do grupo, fica bem abaixo daquela apresentada pelas suas directas concorrentes: Media Capital e Impresa. A empresa liderada por Paulo Fernandes fechou ontem com uma capitalização bolsista de 184 milhões de euros, ao passo que a Media Capital vale 364,1 milhões em bolsa e a Impresa tem uma capitalização na ordem dos 280 milhões.
O facto da Cofina não integrar um activo como a televisão, ao contrário das suas rivais, poderá condicionar durante algum tempo a aproximação do preço entre os três títulos.
Nova Cofina vale menos 35 milhões em bolsa
Pedro Ferreira Esteves
Mercado avaliou a actividade de media do grupo em 3,59 euros. Hoje, as acções regressam ao PSI 20.
A cisão entre os activos de media e a indústria dentro do grupo Cofina representou a perda de 16% face ao valor de fecho da véspera. Esta foi a avaliação do mercado depois da sessão de ontem, na qual os títulos negociaram fora do cálculo do índice PSI 20. Os analistas reviram em baixa o preço-alvo para o papel, mas continuam a recomendar a sua compra.
A Cofina fechou, quarta-feira, nos 4,27 euros, tendo o seu valor sido dividido em metade - 2,14 euros para a indústria e media - como preço meramente indicativo no início do período de pré-abertura de ontem. Durante a sessão, o preço da Cofina, tendo em conta apenas os activos de media, disparou 67,76% para os 3,59 euros.
Esta evolução traduz a avaliação que o mercado faz dos activos de media do grupo, menos 35 milhões de euros em capitalização bolsista em relação ao fecho da véspera. Este valor representa, por outro lado, a visão que os investidores têm sobre os activos industriais - a Altri - que também negociaram em bolsa a partir da próxima semana.
De referir que o volume de negócios realizado pela nova Cofina ascendeu a apenas 712 milhões de papéis transaccionados, um número acima do normal para o título, mas muito abaixo das principais acções do PSI 20. Esta liquidez representou um total de quase 2,5 milhões de euros.
Na sequência deste processo, o BPI decidiu rever em baixa o preço-alvo da Cofina de 5 para 4,45 euros. Para Tiago Veiga Anjos, analista do BPI citado pela Reuters, “o anterior preço-alvo de cinco euros integrava as duas áreas e o novo valor reflecte apenas os activos de media”. O BPI mantém, no entanto, a recomendação de “comprar” sobre as acções do grupo.
Já para Pedro Mendes, analista do Millennium bcp Investimento, o preço-alvo da nova Cofina é de 3,45 euros para 2005. Este perito considera “razoáveis” os valores em redor dos três euros por acção. A Cofina regressa hoje ao cálculo do PSI 20, mas com um peso mais reduzido.
Longe das concorrentes
A capitalização bolsista da nova Cofina, que representa exclusivamente a área de media do grupo, fica bem abaixo daquela apresentada pelas suas directas concorrentes: Media Capital e Impresa. A empresa liderada por Paulo Fernandes fechou ontem com uma capitalização bolsista de 184 milhões de euros, ao passo que a Media Capital vale 364,1 milhões em bolsa e a Impresa tem uma capitalização na ordem dos 280 milhões.
O facto da Cofina não integrar um activo como a televisão, ao contrário das suas rivais, poderá condicionar durante algum tempo a aproximação do preço entre os três títulos.
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Telecomunicações
Previsões de lucros antecipam ‘break-even’ da Sonaecom em 2004
Hermínia Saraiva com agências
As melhorias operacionais ao nível da Optimus terão sido o principal contribuinte para os resultados positivos da Sonaecom.
A Sonaecom deverá ter terminado 2004 com um lucro de 16,8 milhões de euros, fruto das melhorias operacionais ao nível da Optimus. A cumprirem-se as estimativas divulgadas ontem por diversos analistas, a empresa liderada por Paulo Azevedo terá antecipado em 12 meses o ‘breakeven’ previsto para 2005, ultrapassando igualmente a antevisão da empresa do resultado líquido anual. Na apresentação de resultados do primeiro semestre a empresa previa terminar o ano com um resultado líquido de 10 milhões de euros.
Numa desagregação por empresas, os analistas acreditam que é de esperar um abrandamento ao nível das receitas da Novis, ao passo que o Clix terá sido fortemente penalizado por ter retirado do mercado a sua oferta de banda larga. Ainda assim, os analistas mantêm-se atentos às novas ofertas de ADSL (acesso à Internet em alta velocidade pela rede fixa) da Novis e do Clix, lançadas durante o último trimestre de 2004, e ao número de novos clientes que a empresa terá conseguido angariar. Dos resultados depende o sucesso da estratégia da Sonaecom de apostar no acesso directo aos clientes através da sua própria rede, sem passar pela da Portugal Telecom.
Os resultados poderão ter sido penalizados durante o quarto trimestre, devido ao aumento dos gastos em campanhas de marketing, quer pela época natalícia, quer pelo investimento realizado no lançamento do Optimus Home, cuja comercialização continua pendente de uma decisão do regulador, a Anacom. A condicionar os resultados terá estado ainda uma maior pressão sobre as margens da operadora móvel do grupo.
Os lucros da Sonaecom deverão situar-se entre os 16 milhões de euros, apontados pelo BPI, e os 17,7 milhões de euros, esperados pelo Credit Suisse First Boston (CSFB). As receitas consolidadas da Sonaecom deverão ter aumentado 6%, para 889 milhões de euros. O EBITDA deverá ficar em 202 milhões de euros, face aos 146 milhões de euros de 2003.
Dentro deste intervalo ficam as estimativas do Millennium bcp Investimento que apontam para um resultado líquido de 16,5 milhões de euros e um EBITDA na ordem dos 200 milhões de euros. Relativamente à Optimus o research dos analistas do Millennium bcp Investimento prevêem um EBITDA de 2004 de 195 milhões de euros. Quanto à dívida líquida, a mesma entidade estima que se registe uma queda de 285 milhões de euros para 274 milhões de euros.
Para a Caixa Banco Investimento, a Sonaecom terá encerrado o exercício com vendas na ordem dos 885,6 milhões de euros e com receitas líquidas de 17,3 milhões de euros. Os analistas prevêem um EBITDA de 192 milhões de euros.
A Sonaecom registou em 2003, um prejuízo de 19,2 milhões de euros, o que na altura representou uma melhoria de 71% relativamente ao ano anterior.
Previsões de lucros antecipam ‘break-even’ da Sonaecom em 2004
Hermínia Saraiva com agências
As melhorias operacionais ao nível da Optimus terão sido o principal contribuinte para os resultados positivos da Sonaecom.
A Sonaecom deverá ter terminado 2004 com um lucro de 16,8 milhões de euros, fruto das melhorias operacionais ao nível da Optimus. A cumprirem-se as estimativas divulgadas ontem por diversos analistas, a empresa liderada por Paulo Azevedo terá antecipado em 12 meses o ‘breakeven’ previsto para 2005, ultrapassando igualmente a antevisão da empresa do resultado líquido anual. Na apresentação de resultados do primeiro semestre a empresa previa terminar o ano com um resultado líquido de 10 milhões de euros.
Numa desagregação por empresas, os analistas acreditam que é de esperar um abrandamento ao nível das receitas da Novis, ao passo que o Clix terá sido fortemente penalizado por ter retirado do mercado a sua oferta de banda larga. Ainda assim, os analistas mantêm-se atentos às novas ofertas de ADSL (acesso à Internet em alta velocidade pela rede fixa) da Novis e do Clix, lançadas durante o último trimestre de 2004, e ao número de novos clientes que a empresa terá conseguido angariar. Dos resultados depende o sucesso da estratégia da Sonaecom de apostar no acesso directo aos clientes através da sua própria rede, sem passar pela da Portugal Telecom.
Os resultados poderão ter sido penalizados durante o quarto trimestre, devido ao aumento dos gastos em campanhas de marketing, quer pela época natalícia, quer pelo investimento realizado no lançamento do Optimus Home, cuja comercialização continua pendente de uma decisão do regulador, a Anacom. A condicionar os resultados terá estado ainda uma maior pressão sobre as margens da operadora móvel do grupo.
Os lucros da Sonaecom deverão situar-se entre os 16 milhões de euros, apontados pelo BPI, e os 17,7 milhões de euros, esperados pelo Credit Suisse First Boston (CSFB). As receitas consolidadas da Sonaecom deverão ter aumentado 6%, para 889 milhões de euros. O EBITDA deverá ficar em 202 milhões de euros, face aos 146 milhões de euros de 2003.
Dentro deste intervalo ficam as estimativas do Millennium bcp Investimento que apontam para um resultado líquido de 16,5 milhões de euros e um EBITDA na ordem dos 200 milhões de euros. Relativamente à Optimus o research dos analistas do Millennium bcp Investimento prevêem um EBITDA de 2004 de 195 milhões de euros. Quanto à dívida líquida, a mesma entidade estima que se registe uma queda de 285 milhões de euros para 274 milhões de euros.
Para a Caixa Banco Investimento, a Sonaecom terá encerrado o exercício com vendas na ordem dos 885,6 milhões de euros e com receitas líquidas de 17,3 milhões de euros. Os analistas prevêem um EBITDA de 192 milhões de euros.
A Sonaecom registou em 2003, um prejuízo de 19,2 milhões de euros, o que na altura representou uma melhoria de 71% relativamente ao ano anterior.
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Telecomunicações
Operadoras móveis com menos receitas por cliente em 2004
Hermínia Saraiva
Com uma quebra do ARPU e o mercado perto da maturidade, as operadoras viram-se para os serviços de dados para recuperar receitas.
Portugal está entre os oito países europeus que no ano passado registaram maiores perdas na receita média por utilizador (ARPU) das operadoras de telecomunicações. De acordo com um estudo recente da Netsize, empresa de serviços móveis, também presente em Portugal, as operadoras nacionais perderam em média 1,7% da receita média mensal de cada utilizador, a qual desceu de 26,7 euros para 25 euros por mês.
Estes valores são, no entanto, contestados pelas operadoras nacionais. De acordo com a Vodafone, os dados da Netsize não correspondem aos valores reportados pela empresa. Segundo Luísa Pestana, directora de comunicação da Vodafone Portugal, o ARPU da operadora foi de 26,83 euros mensais em 2003, tendo subido para os 27,6 euros no primeiro semestre do ano passado.
De acordo com fonte oficial da TMN “a descida da receita média por cliente resulta da queda dos preços de interligação”, imposta pelo regulador, que “não sendo sentida pelos clientes finais se reflecte na facturação das operadoras. Por outro lado, em Portugal existem cerca de 7,3 milhões de pré-pagos, cujos utilizadores são habitualmente consumidores com facturas de valor inferior. Além disso, acresce aqui uma eventual dispersão da receita já que muitos utilizadores possuem mais do que um telemóvel, de diferentes operadores.
Ainda assim, as operadoras nacionais acabaram por ser das menos penalizadas. Na Polónia a quebra foi de 2,8%, seguida de perto pela Rússia e Suiça (-2,6%), sendo a terceira posição ocupada pela Finlândia e Japão com uma descida de 2,3%. No lado oposto da barricada estão países como o Reino Unido, Bélgica, Itália, Irlanda, Canadá e Espanha, tendo o último alcançado o maior crescimento a nível europeu: o ARPU mensal subiu de 30,1 euros para 33,5 euros, o equivalente a 3,3%.
Com uma quebra generalizada da receita média por cliente - sentida em 15 dos 23 países em análise - e o mercado mundial de telecomunicações móveis perto da maturidade, as operadoras viram-se para os serviços de dados numa tentativa de recuperar terreno. Os serviços de SMS, internet móvel, serviços de valor acrescentado e aplicações empresariais deverão ser a tábua de salvação das operadoras, na medida em que registaram no último ano um crescimento entre os 10% e 20%, dependo dos mercados. E mesmo que as redes de terceira geração (UMTS) ainda continuem a prometer mais do que cumprem, as esperanças das operadoras continuam centradas nas suas potencialidades, como serviços de vídeo-chamada e videostreaming, que poderá vir a destronar o download de vídeos entre os serviços mais procurados.
Internet móvel e soluções empresariais impulsionam mercado em 2005
Com as redes de terceira geração a comandarem o rumo dos mercados, 2005 deverá ser o ano das aplicações empresariais móveis. É pelo menos esta a convicção analistas do Netsize Guide 2005, que antecipam um crescimento das taxas de utilização deste tipo de serviços, a par de um aumento do uso da Internet móvel.
Depois da afirmação dos serviços de marketing via telemóvel, as empresas começam agora a apostar em soluções que permitem reforçar a mobilidade na gestão empresarial. Seja ao nível pessoal com o acesso em qualquer e a qualquer hora do correio electrónico, seja através de serviços mais complexos que incluem soluções de software empresarial, gestão do relacionamento com o cliente (CRM), ou produtos e serviços específicos para os sectores de logistica e telemática.
É ainda esperado um crescimento exponencial da internet móvel, à medida que as redes de terceira geração evoluem e os equipamentos se tornam mais fiáveis e fáceis de utilizar. Mas a evolução do mercado estará também dependente da capacidade das operadores encontrarem os serviços certos para potenciar o crescimento.
SMS continua a liderar serviços de dados móveis
A adesão aos serviços de MMS acabou por ficar, em 2004, aquém das expectativas do mercado, que esperava um sucesso semelhante ao alcançado pelo SMS. O serviço continua a debater-se com inúmeras barreiras, nomeadamente no que diz respeito à concorrência directa de outras tecnologias móveis. Além disso, sublinha o estudo da Netsize, é pouco amigável para o utilizador: é mais complexa de usar do que o SMS e os equipamentos nem sempre estão automaticamente configurados para a sua utilização. Além disso, os MMS são no mínimo duas vezes mais caros que os SMS. Ainda que muitos operadores tenham feito promoções de lançamento com o serviço gratuito, actualmente o custo médio é de 0,30 cêntimos e o download de conteúdos ronda os 4 euros. Relativamente ao SMS as previsões dos analistas acertaram ao lado. Segundo o Estudo da Netsize, nenhuma das tecnologias que prometia destronar os SMS cumpriu a tarefa. O SMS continua a ser a tecnologia mais rápida, fácil e barata. Em Portugal, e só durante o trimestre de 2004 foram enviadas cerca de 604 milhões de SMS, um resultado que compara com os 2 mil milhões mandados em todo o ano 2002.
Novos serviços UMTS procuram cativar consumidores
Com um mercado em maturidade e uma taxa de penetração superior a 100%, as operadoras móveis só tem duas vias para crescer: ou estimulam a voz ou apostam no lançamento de novos serviços de dados. Para não perder nenhuma das oportunidades as operadores nacionais - Optimus, Vodafone e TMN - apontam baterias em todas as direcções.
À semelhança do que acontece a nível mundial empenham-se em rentabilizar as redes de terceira geração recentemente lançadas. Na TMN tem actualmente em vigor uma campanha “Compra 1, leve 2…”, destinada a alargar o parque de equipamentos de terceira geração, e assim potenciar as comunicações e a utilização de serviços de valor acrescentado.
O mesmo acontece na Vodafone. O ataque ao mercado de dados começou com a criação do portal Vodafone Life, depois o lançamento da placa 3G e há pouco menos de um ano o lançamento da rede de UMTS. Na Optimus a “aposta estratégica” vai para o portal Zone que segundo a direcção de relações públicas da empresa “tem originado um aumento do número de clientes com terminais zone, o que naturalmente aumenta a receita dos serviços de dados”.
A par e passo, as três operadoras já disponibilizaram serviços específicos de acesso ao correio electrónico. Ao Blackberry da Vodafone, seguiram-se o Out Mail da TMN, e o e-Mail Acesso Directo, da Optimus, todos eles com um elevado potencial de utilização no mercado empresarial. Para o consumidor final, as empresas continuam a apostar nos serviços de toques, imagens e vídeo. A Vodafone lançou há uma semana o Ringdings, um serviço que permite substituir o toque de chamada por música.
No mercado de voz, os estímulos passam por desenvolver campanhas pontuais como a que a TMN têm actualmente no ar, que permite aos utilizadores de pré-pagos falar durante 30 minutos pagando apenas o primeiro. Ou as campanhas da Vodafone que reembolsam os utilizadores das chamadas feitas durante um mês para o período seguinte.
Operadoras móveis com menos receitas por cliente em 2004
Hermínia Saraiva
Com uma quebra do ARPU e o mercado perto da maturidade, as operadoras viram-se para os serviços de dados para recuperar receitas.
Portugal está entre os oito países europeus que no ano passado registaram maiores perdas na receita média por utilizador (ARPU) das operadoras de telecomunicações. De acordo com um estudo recente da Netsize, empresa de serviços móveis, também presente em Portugal, as operadoras nacionais perderam em média 1,7% da receita média mensal de cada utilizador, a qual desceu de 26,7 euros para 25 euros por mês.
Estes valores são, no entanto, contestados pelas operadoras nacionais. De acordo com a Vodafone, os dados da Netsize não correspondem aos valores reportados pela empresa. Segundo Luísa Pestana, directora de comunicação da Vodafone Portugal, o ARPU da operadora foi de 26,83 euros mensais em 2003, tendo subido para os 27,6 euros no primeiro semestre do ano passado.
De acordo com fonte oficial da TMN “a descida da receita média por cliente resulta da queda dos preços de interligação”, imposta pelo regulador, que “não sendo sentida pelos clientes finais se reflecte na facturação das operadoras. Por outro lado, em Portugal existem cerca de 7,3 milhões de pré-pagos, cujos utilizadores são habitualmente consumidores com facturas de valor inferior. Além disso, acresce aqui uma eventual dispersão da receita já que muitos utilizadores possuem mais do que um telemóvel, de diferentes operadores.
Ainda assim, as operadoras nacionais acabaram por ser das menos penalizadas. Na Polónia a quebra foi de 2,8%, seguida de perto pela Rússia e Suiça (-2,6%), sendo a terceira posição ocupada pela Finlândia e Japão com uma descida de 2,3%. No lado oposto da barricada estão países como o Reino Unido, Bélgica, Itália, Irlanda, Canadá e Espanha, tendo o último alcançado o maior crescimento a nível europeu: o ARPU mensal subiu de 30,1 euros para 33,5 euros, o equivalente a 3,3%.
Com uma quebra generalizada da receita média por cliente - sentida em 15 dos 23 países em análise - e o mercado mundial de telecomunicações móveis perto da maturidade, as operadoras viram-se para os serviços de dados numa tentativa de recuperar terreno. Os serviços de SMS, internet móvel, serviços de valor acrescentado e aplicações empresariais deverão ser a tábua de salvação das operadoras, na medida em que registaram no último ano um crescimento entre os 10% e 20%, dependo dos mercados. E mesmo que as redes de terceira geração (UMTS) ainda continuem a prometer mais do que cumprem, as esperanças das operadoras continuam centradas nas suas potencialidades, como serviços de vídeo-chamada e videostreaming, que poderá vir a destronar o download de vídeos entre os serviços mais procurados.
Internet móvel e soluções empresariais impulsionam mercado em 2005
Com as redes de terceira geração a comandarem o rumo dos mercados, 2005 deverá ser o ano das aplicações empresariais móveis. É pelo menos esta a convicção analistas do Netsize Guide 2005, que antecipam um crescimento das taxas de utilização deste tipo de serviços, a par de um aumento do uso da Internet móvel.
Depois da afirmação dos serviços de marketing via telemóvel, as empresas começam agora a apostar em soluções que permitem reforçar a mobilidade na gestão empresarial. Seja ao nível pessoal com o acesso em qualquer e a qualquer hora do correio electrónico, seja através de serviços mais complexos que incluem soluções de software empresarial, gestão do relacionamento com o cliente (CRM), ou produtos e serviços específicos para os sectores de logistica e telemática.
É ainda esperado um crescimento exponencial da internet móvel, à medida que as redes de terceira geração evoluem e os equipamentos se tornam mais fiáveis e fáceis de utilizar. Mas a evolução do mercado estará também dependente da capacidade das operadores encontrarem os serviços certos para potenciar o crescimento.
SMS continua a liderar serviços de dados móveis
A adesão aos serviços de MMS acabou por ficar, em 2004, aquém das expectativas do mercado, que esperava um sucesso semelhante ao alcançado pelo SMS. O serviço continua a debater-se com inúmeras barreiras, nomeadamente no que diz respeito à concorrência directa de outras tecnologias móveis. Além disso, sublinha o estudo da Netsize, é pouco amigável para o utilizador: é mais complexa de usar do que o SMS e os equipamentos nem sempre estão automaticamente configurados para a sua utilização. Além disso, os MMS são no mínimo duas vezes mais caros que os SMS. Ainda que muitos operadores tenham feito promoções de lançamento com o serviço gratuito, actualmente o custo médio é de 0,30 cêntimos e o download de conteúdos ronda os 4 euros. Relativamente ao SMS as previsões dos analistas acertaram ao lado. Segundo o Estudo da Netsize, nenhuma das tecnologias que prometia destronar os SMS cumpriu a tarefa. O SMS continua a ser a tecnologia mais rápida, fácil e barata. Em Portugal, e só durante o trimestre de 2004 foram enviadas cerca de 604 milhões de SMS, um resultado que compara com os 2 mil milhões mandados em todo o ano 2002.
Novos serviços UMTS procuram cativar consumidores
Com um mercado em maturidade e uma taxa de penetração superior a 100%, as operadoras móveis só tem duas vias para crescer: ou estimulam a voz ou apostam no lançamento de novos serviços de dados. Para não perder nenhuma das oportunidades as operadores nacionais - Optimus, Vodafone e TMN - apontam baterias em todas as direcções.
À semelhança do que acontece a nível mundial empenham-se em rentabilizar as redes de terceira geração recentemente lançadas. Na TMN tem actualmente em vigor uma campanha “Compra 1, leve 2…”, destinada a alargar o parque de equipamentos de terceira geração, e assim potenciar as comunicações e a utilização de serviços de valor acrescentado.
O mesmo acontece na Vodafone. O ataque ao mercado de dados começou com a criação do portal Vodafone Life, depois o lançamento da placa 3G e há pouco menos de um ano o lançamento da rede de UMTS. Na Optimus a “aposta estratégica” vai para o portal Zone que segundo a direcção de relações públicas da empresa “tem originado um aumento do número de clientes com terminais zone, o que naturalmente aumenta a receita dos serviços de dados”.
A par e passo, as três operadoras já disponibilizaram serviços específicos de acesso ao correio electrónico. Ao Blackberry da Vodafone, seguiram-se o Out Mail da TMN, e o e-Mail Acesso Directo, da Optimus, todos eles com um elevado potencial de utilização no mercado empresarial. Para o consumidor final, as empresas continuam a apostar nos serviços de toques, imagens e vídeo. A Vodafone lançou há uma semana o Ringdings, um serviço que permite substituir o toque de chamada por música.
No mercado de voz, os estímulos passam por desenvolver campanhas pontuais como a que a TMN têm actualmente no ar, que permite aos utilizadores de pré-pagos falar durante 30 minutos pagando apenas o primeiro. Ou as campanhas da Vodafone que reembolsam os utilizadores das chamadas feitas durante um mês para o período seguinte.
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Investigação e Desenvolvimento
Portugal é o penútimo do ‘ranking’ europeu da despesa em I&D
Luís Reis Ribeiro com R.T.
Portugal era, em 2003, o penúltimo país da União Europeia a Quinze em termos de investimentos em Investigação e Desenvolvimento (I&D), dedicando apenas 0,79% do PIB (pouco mais de mil milhões de euros), indicou ontem o Eurostat. Pior só a Grécia, com 0,64%. A média europeia era de 1,99% do PIB.
O objectivo da Agenda de Lisboa (2000) estabeleceu como meta um aumento do esforço em I&D médio da União Europeia até aos 3% do PIB, em 2010.
No seu programa eleitoral, o PS, que formará o próximo Governo constitucional, comprometeu-se duplicar o esforço público em I&D até 1% PIB e a triplicar o esforço empresarial, para que este atinja os dois pontos percentuais remanescentes. As metas traçadas no plano tecnológico dos socialistas para a legislatura (até 2009) contrastam com o atraso em que o país ainda se encontra em termos de participação pública e privada. Os dados do Eurostat (ano de 2001) revelam que a participação das empresas nacionais no I&D total ultrapassa ligeiramente os 30%, ao passo que o Estado financia mais de 60% dos projectos. No espaço da UE, a situação é justamente a inversa e está próxima dos objectivos de Lisboa (um terço de investimento público, dois terços de privado): o financiamento privado ascende a 56% do I&D total e o Estado participa com cerca de 34%.
Os números do Eurostat relativos a Portugal mostram ainda outra tendência preocupante. O peso dos investimentos totais (públicos, privados e estrangeiros) em I&D estava a cair há três anos consecutivos Em 2001, as despesas representavam 0,85% do produto interno português.
Pelo contrário, a dinâmica de crescimento da UE reforçou-se de forma consecutiva entre 1998 (1,82%) e 2002 (1,93%).
De acordo com o Eurostat, os países nórdicos são os que mais recursos dedicam ao I&D. A Suécia lidera com 4,3% do PIB, logo seguida da Finlândia com 3,5% e da Dinamarca com 2,5%. Espanha junta-se aos piores do ‘ranking’ (Portugal e Grécia) com a terceira pior marca (1,1% do PIB).
Os países com maior participação empresarial em I&D era o Luxemburgo (91% em 2000), Suécia (72% em 2001), Finlândia (70% em 2002), Irlanda (67% em 2000) e Alemanha (66% em 2002). O Eurostat repara também que os sectores privados de oito dos 25 Estados-membro investem menos de um terço em I&D. São eles Portugal, Polónia, Grécia, Hungria, Estónia, Lituânia, Letónia e Chipre.
Portugal é o penútimo do ‘ranking’ europeu da despesa em I&D
Luís Reis Ribeiro com R.T.
Portugal era, em 2003, o penúltimo país da União Europeia a Quinze em termos de investimentos em Investigação e Desenvolvimento (I&D), dedicando apenas 0,79% do PIB (pouco mais de mil milhões de euros), indicou ontem o Eurostat. Pior só a Grécia, com 0,64%. A média europeia era de 1,99% do PIB.
O objectivo da Agenda de Lisboa (2000) estabeleceu como meta um aumento do esforço em I&D médio da União Europeia até aos 3% do PIB, em 2010.
No seu programa eleitoral, o PS, que formará o próximo Governo constitucional, comprometeu-se duplicar o esforço público em I&D até 1% PIB e a triplicar o esforço empresarial, para que este atinja os dois pontos percentuais remanescentes. As metas traçadas no plano tecnológico dos socialistas para a legislatura (até 2009) contrastam com o atraso em que o país ainda se encontra em termos de participação pública e privada. Os dados do Eurostat (ano de 2001) revelam que a participação das empresas nacionais no I&D total ultrapassa ligeiramente os 30%, ao passo que o Estado financia mais de 60% dos projectos. No espaço da UE, a situação é justamente a inversa e está próxima dos objectivos de Lisboa (um terço de investimento público, dois terços de privado): o financiamento privado ascende a 56% do I&D total e o Estado participa com cerca de 34%.
Os números do Eurostat relativos a Portugal mostram ainda outra tendência preocupante. O peso dos investimentos totais (públicos, privados e estrangeiros) em I&D estava a cair há três anos consecutivos Em 2001, as despesas representavam 0,85% do produto interno português.
Pelo contrário, a dinâmica de crescimento da UE reforçou-se de forma consecutiva entre 1998 (1,82%) e 2002 (1,93%).
De acordo com o Eurostat, os países nórdicos são os que mais recursos dedicam ao I&D. A Suécia lidera com 4,3% do PIB, logo seguida da Finlândia com 3,5% e da Dinamarca com 2,5%. Espanha junta-se aos piores do ‘ranking’ (Portugal e Grécia) com a terceira pior marca (1,1% do PIB).
Os países com maior participação empresarial em I&D era o Luxemburgo (91% em 2000), Suécia (72% em 2001), Finlândia (70% em 2002), Irlanda (67% em 2000) e Alemanha (66% em 2002). O Eurostat repara também que os sectores privados de oito dos 25 Estados-membro investem menos de um terço em I&D. São eles Portugal, Polónia, Grécia, Hungria, Estónia, Lituânia, Letónia e Chipre.
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Caixa Banco de Investimento prevê lucro de 10,6M€ para Gescartão
DE
A instituição bancária estima que a Gescartão tenha registado um lucro de 10,6 milhões de euros (M€), em 2004, contra os 17,9 M€ do ano anterior. Uma queda que, segundo os analistas, se deve à quebra do preço do papel 'Kraft' no primeiro semestre do ano passado.
A especialista, Sónia Baldeira explica que as receitas da Gescartão deverão subir 2,6% para os 177 M€, em 2004, e o EBITDA cair 21% para os 36,3 milhões de euros.
"Esperamos um ano bastante melhor do que o de 2004 para a Gescartão uma vez que os preços do papel 'Kraft' ainda estão a subir" adianata a analista.
Com a compra da posição da Sonae, que vendeu recentemente os 32,5% que detinha na Gescatão à Europac, o grupo papeleiro espanhol assumiu a responsabilidade de fazer a nova fábrica de papel reciclado em Viana do castelo. Um investimento que deverá custar os 125 milhões de euros e que continua em fase de licenciamento.
A Gescartão vai apresentar resultados a 28 de Fevereiro.
DE
A instituição bancária estima que a Gescartão tenha registado um lucro de 10,6 milhões de euros (M€), em 2004, contra os 17,9 M€ do ano anterior. Uma queda que, segundo os analistas, se deve à quebra do preço do papel 'Kraft' no primeiro semestre do ano passado.
A especialista, Sónia Baldeira explica que as receitas da Gescartão deverão subir 2,6% para os 177 M€, em 2004, e o EBITDA cair 21% para os 36,3 milhões de euros.
"Esperamos um ano bastante melhor do que o de 2004 para a Gescartão uma vez que os preços do papel 'Kraft' ainda estão a subir" adianata a analista.
Com a compra da posição da Sonae, que vendeu recentemente os 32,5% que detinha na Gescatão à Europac, o grupo papeleiro espanhol assumiu a responsabilidade de fazer a nova fábrica de papel reciclado em Viana do castelo. Um investimento que deverá custar os 125 milhões de euros e que continua em fase de licenciamento.
A Gescartão vai apresentar resultados a 28 de Fevereiro.
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Cinco maiores sobem lucro em 21,1% no ano passado
DE
Os cinco maiores bancos espanhóis, Santander, BBVA, La Caixa, Popular e Caja Madrid, obtiveram em 2004 lucros recorde de 8,4 mil milhões de euros (M€), mais 21,1% que no ano anterior.
De acordo com dados hoje divulgados pela agência de notícias espanhola EFE, o aumento recorde registado no total dos resultados líquidos ficou a dever-se ao dinamismo do negócio na área do crédito.
O crédito hipotecário foi de novo "o motor do crescimento do negócio" dos cinco maiores bancos espanhóis, apesar das previsões económicas indicarem um abrandamento na construção do mercado da habitação no país.
O aumento das comissões cobradas aos clientes e o corte nos custos realizado pelas instituições financeiras também contribuiram para estes resultados.
O Santander foi de entre os cinco maiores bancos espanhóis o que registou o maior lucro, com 3,13 mil milhões de euros contra os 2,6 mil milhões em 2003, seguindo-se o BBVA com 2,8 mil milhões de euros (2,2 mil milhões), La Caixa 1,02 mil milhões de euros (840 milhões), o banco Popular com 801 milhões de euros (714 milhões) e por último a Caja Madrid com 636 mil milhões de euros (541 milhões em 2003).
DE
Os cinco maiores bancos espanhóis, Santander, BBVA, La Caixa, Popular e Caja Madrid, obtiveram em 2004 lucros recorde de 8,4 mil milhões de euros (M€), mais 21,1% que no ano anterior.
De acordo com dados hoje divulgados pela agência de notícias espanhola EFE, o aumento recorde registado no total dos resultados líquidos ficou a dever-se ao dinamismo do negócio na área do crédito.
O crédito hipotecário foi de novo "o motor do crescimento do negócio" dos cinco maiores bancos espanhóis, apesar das previsões económicas indicarem um abrandamento na construção do mercado da habitação no país.
O aumento das comissões cobradas aos clientes e o corte nos custos realizado pelas instituições financeiras também contribuiram para estes resultados.
O Santander foi de entre os cinco maiores bancos espanhóis o que registou o maior lucro, com 3,13 mil milhões de euros contra os 2,6 mil milhões em 2003, seguindo-se o BBVA com 2,8 mil milhões de euros (2,2 mil milhões), La Caixa 1,02 mil milhões de euros (840 milhões), o banco Popular com 801 milhões de euros (714 milhões) e por último a Caja Madrid com 636 mil milhões de euros (541 milhões em 2003).
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Prisa satisfeita por continuar na corrida à compra da Lusomundo
DE
Satisfeita por estar entre os três grupos seleccionados para negociar a compra da Lusomundo Serviços, a empresa espanhola reviu hoje em alta a sua oferta económica.
A Prisa afirma que se mantém na corrida e insiste na sua capacidade de gestão e credibilidade como grupo internacional com vantagens face aos concorrentes. Depois de ter feito uma nova proposta, o grupo espera receber resposta ainda hoje, adiantou o administrador do grupo, Juan Luis Cebrián.
"A nossa oferta é global, mas não poderíamos estar em Portugal sem parceiros locais", reforçou Cebrián.
Além da capacidade de gestão e do facto de a Prisa ser um grupo exclusivamente de media, com presença em 22 países, o grupo espanhol sublinha que este processo coincide com as negociações para aumentar a sua participação, até 25%, no jornal francês o Le Monde, cujo objectivo é "criar uma rede de jornais de referência na Europa".
Outro aspecto da proposta em que Cebrián insiste é na possibilidade de colaboração alargada entre a Prisa a PT, enquanto empresas detentoras de operadoras de televisão por subscrição, "que os outros concorrentes não oferecem".
A Prisa, juntamente com a Telefónica, tem em Espanha a Sogecable, maior empresa de televisão por subscrição do país, assim como a PT é dona da TV Cabo.
DE
Satisfeita por estar entre os três grupos seleccionados para negociar a compra da Lusomundo Serviços, a empresa espanhola reviu hoje em alta a sua oferta económica.
A Prisa afirma que se mantém na corrida e insiste na sua capacidade de gestão e credibilidade como grupo internacional com vantagens face aos concorrentes. Depois de ter feito uma nova proposta, o grupo espera receber resposta ainda hoje, adiantou o administrador do grupo, Juan Luis Cebrián.
"A nossa oferta é global, mas não poderíamos estar em Portugal sem parceiros locais", reforçou Cebrián.
Além da capacidade de gestão e do facto de a Prisa ser um grupo exclusivamente de media, com presença em 22 países, o grupo espanhol sublinha que este processo coincide com as negociações para aumentar a sua participação, até 25%, no jornal francês o Le Monde, cujo objectivo é "criar uma rede de jornais de referência na Europa".
Outro aspecto da proposta em que Cebrián insiste é na possibilidade de colaboração alargada entre a Prisa a PT, enquanto empresas detentoras de operadoras de televisão por subscrição, "que os outros concorrentes não oferecem".
A Prisa, juntamente com a Telefónica, tem em Espanha a Sogecable, maior empresa de televisão por subscrição do país, assim como a PT é dona da TV Cabo.
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Grupos da PT e da Sonae impulsionam PSI-20
José Pedro Luís
O índice de referência nacional encerrou a subir, beneficiando dos ganhos da PT Multimedia e da sua 'casa-mãe', as quais beneficiam com o aproximar do fim da venda da Lusomundo Media, e das subidas da 'família' Sonae, com os investidores optimistas quanto ao resultado a apresentar segunda-feira pela Sonaecom.
Deste modo, o PSI-20 encerrou a crescer 0,51% para os 7898,30 pontos, em linha com a Europa.
Enfoque na praça nacional para a subida da PT Multimedia, agora que se preparam para iniciar as negociações com a Olivedesportos para vender a Lusomundo Media, a um preço superior ao inicialmente estimado.
O BPI considera que o início das negociações entre a PT Multimédia (PTM) e Controlinveste, com vista à venda da Lusomundo Serviços, terá um impacto entre 'Neutro' a 'Positivo' para a empresa presidida por Zeinal Bava.
A PT também esteve a beneficiar com este negócio, registando uma valorização de 0,65% para os 9,25€, tendo sido acompanhada pelo BCP - cresceu 0,96% para os 2,11€ - enquanto que a EDP encerrou inalterada nos 2,22€.
Alguns analistas calculam que o resultado líquido da energética nacional deverá ter variado no ano passado entre os 420 e os 527 milhões de euros (M€), acima dos 381,1 M€ obtidos em 2003.
Destaque ainda para a subida do grupo de Belmiro Azevedo, com a Sonae a crescer 0,85% para os 1,18€ e a tecnológica a valorizar 2,91% para os 4,24€.
A Sonaecom deverá registar um resultado entre 14,4 e 17,7 milhões de euros (M€) afirmou uma poll de peritos, contra um prejuízo de 19,2 M€, em 2003. A tecnológica vai apresentar o seu resultado segunda-feira.
A Cofina caiu 0,28% para os 3,58€, num dia em que o mercado fixou uma nova ponderação no PSI-20 para o título nos 0,4197%, depois da empresa de media ter feito a cisão com o seu sector industrial.
O papel mais transaccionado foi o do BCP com 10,41 milhões de acções negociadas, seguido pelos da EDP e da Sonae, com 8,32 e 3,31 milhões de títulos movimentados, respectivamente.
Dos vinte títulos que negociaram no PSI-20, 15 subiram de cotação, três desceram e dois encerraram inalterados. O volume de negócios ascendeu a 100,52 milhões de euros.
José Pedro Luís
O índice de referência nacional encerrou a subir, beneficiando dos ganhos da PT Multimedia e da sua 'casa-mãe', as quais beneficiam com o aproximar do fim da venda da Lusomundo Media, e das subidas da 'família' Sonae, com os investidores optimistas quanto ao resultado a apresentar segunda-feira pela Sonaecom.
Deste modo, o PSI-20 encerrou a crescer 0,51% para os 7898,30 pontos, em linha com a Europa.
Enfoque na praça nacional para a subida da PT Multimedia, agora que se preparam para iniciar as negociações com a Olivedesportos para vender a Lusomundo Media, a um preço superior ao inicialmente estimado.
O BPI considera que o início das negociações entre a PT Multimédia (PTM) e Controlinveste, com vista à venda da Lusomundo Serviços, terá um impacto entre 'Neutro' a 'Positivo' para a empresa presidida por Zeinal Bava.
A PT também esteve a beneficiar com este negócio, registando uma valorização de 0,65% para os 9,25€, tendo sido acompanhada pelo BCP - cresceu 0,96% para os 2,11€ - enquanto que a EDP encerrou inalterada nos 2,22€.
Alguns analistas calculam que o resultado líquido da energética nacional deverá ter variado no ano passado entre os 420 e os 527 milhões de euros (M€), acima dos 381,1 M€ obtidos em 2003.
Destaque ainda para a subida do grupo de Belmiro Azevedo, com a Sonae a crescer 0,85% para os 1,18€ e a tecnológica a valorizar 2,91% para os 4,24€.
A Sonaecom deverá registar um resultado entre 14,4 e 17,7 milhões de euros (M€) afirmou uma poll de peritos, contra um prejuízo de 19,2 M€, em 2003. A tecnológica vai apresentar o seu resultado segunda-feira.
A Cofina caiu 0,28% para os 3,58€, num dia em que o mercado fixou uma nova ponderação no PSI-20 para o título nos 0,4197%, depois da empresa de media ter feito a cisão com o seu sector industrial.
O papel mais transaccionado foi o do BCP com 10,41 milhões de acções negociadas, seguido pelos da EDP e da Sonae, com 8,32 e 3,31 milhões de títulos movimentados, respectivamente.
Dos vinte títulos que negociaram no PSI-20, 15 subiram de cotação, três desceram e dois encerraram inalterados. O volume de negócios ascendeu a 100,52 milhões de euros.
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Petrolíferas levam Europa para terreno positivo
DE
Os principais mercados da Europa encerraram em alta a sessão de hoje, com os títulos das petrolíferas a beneficiarem da subida do preço do barril de petróleo, o qual voltou a aproximar-se dos 51 dólares no NYMEX de Nova Iorque.
Segundo os analistas, as tecnológicas também contribuiram para a subida das praças europeias, com os investidores a revelarem optimismo após a divulgação do relatório do Governo norte-americano que revelou que o investimento em 'hardware' e 'software' cresceu no último trimestre de 2004.
Assim, o FTSE-100 de Londres encerrou a subir 0,70% para os 5006,80 pontos, seguido do Ibex-35 de Madrid que avançou 0,93% para os 9439,70 pontos e do Dax Xetra de Frankfurt, que se valorizou em 1,03%. O S&P/MIB de Milão cresceu 1,09% para os 31 744,00, enquanto o CAC-40 de Paris ganhou 1,43% para os 4034,57 pontos.
DE
Os principais mercados da Europa encerraram em alta a sessão de hoje, com os títulos das petrolíferas a beneficiarem da subida do preço do barril de petróleo, o qual voltou a aproximar-se dos 51 dólares no NYMEX de Nova Iorque.
Segundo os analistas, as tecnológicas também contribuiram para a subida das praças europeias, com os investidores a revelarem optimismo após a divulgação do relatório do Governo norte-americano que revelou que o investimento em 'hardware' e 'software' cresceu no último trimestre de 2004.
Assim, o FTSE-100 de Londres encerrou a subir 0,70% para os 5006,80 pontos, seguido do Ibex-35 de Madrid que avançou 0,93% para os 9439,70 pontos e do Dax Xetra de Frankfurt, que se valorizou em 1,03%. O S&P/MIB de Milão cresceu 1,09% para os 31 744,00, enquanto o CAC-40 de Paris ganhou 1,43% para os 4034,57 pontos.
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João Talone destaca papel da Naturcorp no negócio do gás
DE
O presidente executivo da EDP-Energias de Portugal afirma que a Naturcorp vai desempenhar um papel chave no desenvolvimento das infra-estruturas gasistas, bem como no reforço da capacidade de armazenamento, distribuição e comercialização do gás.
Segundo um comunicado da eléctrica espanhola, João Talone, que hoje esteve presente na reunião dos conselhos de administração da Hidrocantábrico e Naturcorp, reafirmou a grande aposta da EDP no negócio do gás.
O presidente executivo da EDP e o presidente do conselho de administração da Hidrocantábrico e da Naturcorp, Manuel Menéndez, reiteraram ainda a importância de cumprir os investimentos previstos nos respectivos planos estratégicos, acrescentando que os mesmos podem aumentar significativamente se existirem as "condições adequadas".
Manuel Menéndez lembrou também a forte aposta nas energias renováveis, nomeadamente na eólica, prevendo ter mais de 1.000 megawatts de potência em 2010.
A reunião do conselho de administração nomeou hoje João Manso Neto como administrador-delegado da Hidrocantábrico e Ruben Llop como administrador e director-geral da Naturcorp.
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O presidente executivo da EDP-Energias de Portugal afirma que a Naturcorp vai desempenhar um papel chave no desenvolvimento das infra-estruturas gasistas, bem como no reforço da capacidade de armazenamento, distribuição e comercialização do gás.
Segundo um comunicado da eléctrica espanhola, João Talone, que hoje esteve presente na reunião dos conselhos de administração da Hidrocantábrico e Naturcorp, reafirmou a grande aposta da EDP no negócio do gás.
O presidente executivo da EDP e o presidente do conselho de administração da Hidrocantábrico e da Naturcorp, Manuel Menéndez, reiteraram ainda a importância de cumprir os investimentos previstos nos respectivos planos estratégicos, acrescentando que os mesmos podem aumentar significativamente se existirem as "condições adequadas".
Manuel Menéndez lembrou também a forte aposta nas energias renováveis, nomeadamente na eólica, prevendo ter mais de 1.000 megawatts de potência em 2010.
A reunião do conselho de administração nomeou hoje João Manso Neto como administrador-delegado da Hidrocantábrico e Ruben Llop como administrador e director-geral da Naturcorp.
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Madrid apresenta reformas destinadas ao aumento da produtividade
DE
O Governo espanhol apresentou hoje uma série de medidas destinadas a aumentar a produtividade do país, colocando particular ênfase no estímulo da competitividade no sector doméstico de Energia.
O pacote de mais de cem reformas hoje apresentado em Madrid inclui planos para aumentar o controlo regulatório sobre os grupos que tenham uma quota superior a 10% no mercado de energia espanhol, tendo como objectivo a geração de mais competição e correspondente redução dos preços para as empresas locais.
Em adição, o governo socialista de Zapatero acordou hoje também em reduzir para 1% a participação máxima que um accionista privado poderá ter no capital da Red Electrica (REE), o que impedirá qualquer energética de obter uma vantagem competitiva.
Segundo explicou em conferência de imprensa o ministro da Economia Pedro Solbes, "este plano é um elemento chave da estratégia económica do Governo, a qual tem como objectivo a criação de mais emprego, produtividade e competição".
"Queremos um sistema que é mais restritivo, ou mais apropriado, ou mais eficiente, relativamente à competição", adiantou este responsável.
O Governo espanhol adiantou também que está a estudar a colocação de limites das participações na distribuidora de gás Enagás e na empresa de transporte de combustível CLH, embora não tenha avançado com prazos para estes desinvestimentos.
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O Governo espanhol apresentou hoje uma série de medidas destinadas a aumentar a produtividade do país, colocando particular ênfase no estímulo da competitividade no sector doméstico de Energia.
O pacote de mais de cem reformas hoje apresentado em Madrid inclui planos para aumentar o controlo regulatório sobre os grupos que tenham uma quota superior a 10% no mercado de energia espanhol, tendo como objectivo a geração de mais competição e correspondente redução dos preços para as empresas locais.
Em adição, o governo socialista de Zapatero acordou hoje também em reduzir para 1% a participação máxima que um accionista privado poderá ter no capital da Red Electrica (REE), o que impedirá qualquer energética de obter uma vantagem competitiva.
Segundo explicou em conferência de imprensa o ministro da Economia Pedro Solbes, "este plano é um elemento chave da estratégia económica do Governo, a qual tem como objectivo a criação de mais emprego, produtividade e competição".
"Queremos um sistema que é mais restritivo, ou mais apropriado, ou mais eficiente, relativamente à competição", adiantou este responsável.
O Governo espanhol adiantou também que está a estudar a colocação de limites das participações na distribuidora de gás Enagás e na empresa de transporte de combustível CLH, embora não tenha avançado com prazos para estes desinvestimentos.
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Ernâni Lopes diz que Estado tem de reduzir funcionários em um terço
DE
O economista Ernâni Lopes defendeu hoje que a administração pública portuguesa precisa de ser reduzida em um terço e posteriormente aumentada em cinco ou seis por cento para se tornar mais eficiente e mais jovem.
Na 16ª Jornada da Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco (SaeR) que está hoje a decorrer no Centro Cultural de Belém, o responsável da SaeR defendeu que o aparelho administrativo do Estado "precisa de ser muito reduzido", sendo desejável que um terço dos funcionários públicos abandone o sistema.
Esses 33% de trabalhadores têm "produtividade marginal nula", pelo que o aumento da eficiência do Estado passa pela sua dispensa, explicou o ex-ministro das Finanças.
Existem cerca de 800 mil funcionário públicos em Portugal.
Além disso e porque a administração pública precisa de pessoal mais jovem e qualificado, o Estado deve voltar a contratar mais cinco ou seis por cento de pessoas.
A banca portuguesa sofreu um reajustamento semelhante a este nos últimos anos, lembrou Ernâni Lopes, e, "mais tarde ou mais cedo", a administração pública também o vai ter, simplesmente "porque tem de ser".
Falando sobre o "Alargamento da União Europeia e as Empresas Portuguesas. Um Patamar de exigência", o economista voltou a dizer que actualmente a economia portuguesa está a braços com um problema não apenas conjuntural, mas sobretudo estrutural.
Para vingar, Portugal tem de saber articular as relações com o Brasil, África e Europa e fazer um esforço prolongado para se aproximar dos seus parceiros.
A margem de manobra da economia portuguesa é agora "reduzida", segundo o especialista, numa altura em que se sente diariamente o "agravamento da deterioração" económica.
Para evoluir no sentido do desenvolvimento e do crescimento económico, Portugal precisa que as suas empresas se centrem na melhoria da "matriz produto/preços/mercado/custos", conseguindo assim aumentar a produtividade e posteriormente a competitividade, na opinião de Ernâni Lopes.
É também necessário um enquadramento de políticas económicas sadias, que não escondam ou fujam aos problemas e que dêem credibilidade e estabilidade à economia portuguesa, disse ainda o presidente da Portugal Telecom.
O mesmo responsável voltou a insistir que o turismo, o ambiente, as cidades e a economia do mar são os domínios onde Portugal pode ter sucesso, cabendo às políticas económicas identificar e concretizar um quadro estratégico favorável a estas áreas.
Carlos Costa, administrador da Caixa Geral de Depósitos também interviu no painel de oradores da manhã e disse que Portugal seria sempre perdedor quer existisse ou não alargamento a Leste da União Europeia, pois a globalização das economias e do comércio é imparável.
Carlos Costa citou vários estudos para concluir que o impacto desse alargamento na UE varia entre zero e dois por cento da riqueza gerida na região, embora esse valor seja distribuído de forma não uniforme.
Os países mais ganhadores são a Alemanha, a Áustria, a Itália, a Bélgica, a Holanda, o Luxemburgo e a Finlândia. Do lado dos mais perdedores estão os da coesão: Portugal, Espanha, Grécia e talvez a Irlanda.
DE
O economista Ernâni Lopes defendeu hoje que a administração pública portuguesa precisa de ser reduzida em um terço e posteriormente aumentada em cinco ou seis por cento para se tornar mais eficiente e mais jovem.
Na 16ª Jornada da Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco (SaeR) que está hoje a decorrer no Centro Cultural de Belém, o responsável da SaeR defendeu que o aparelho administrativo do Estado "precisa de ser muito reduzido", sendo desejável que um terço dos funcionários públicos abandone o sistema.
Esses 33% de trabalhadores têm "produtividade marginal nula", pelo que o aumento da eficiência do Estado passa pela sua dispensa, explicou o ex-ministro das Finanças.
Existem cerca de 800 mil funcionário públicos em Portugal.
Além disso e porque a administração pública precisa de pessoal mais jovem e qualificado, o Estado deve voltar a contratar mais cinco ou seis por cento de pessoas.
A banca portuguesa sofreu um reajustamento semelhante a este nos últimos anos, lembrou Ernâni Lopes, e, "mais tarde ou mais cedo", a administração pública também o vai ter, simplesmente "porque tem de ser".
Falando sobre o "Alargamento da União Europeia e as Empresas Portuguesas. Um Patamar de exigência", o economista voltou a dizer que actualmente a economia portuguesa está a braços com um problema não apenas conjuntural, mas sobretudo estrutural.
Para vingar, Portugal tem de saber articular as relações com o Brasil, África e Europa e fazer um esforço prolongado para se aproximar dos seus parceiros.
A margem de manobra da economia portuguesa é agora "reduzida", segundo o especialista, numa altura em que se sente diariamente o "agravamento da deterioração" económica.
Para evoluir no sentido do desenvolvimento e do crescimento económico, Portugal precisa que as suas empresas se centrem na melhoria da "matriz produto/preços/mercado/custos", conseguindo assim aumentar a produtividade e posteriormente a competitividade, na opinião de Ernâni Lopes.
É também necessário um enquadramento de políticas económicas sadias, que não escondam ou fujam aos problemas e que dêem credibilidade e estabilidade à economia portuguesa, disse ainda o presidente da Portugal Telecom.
O mesmo responsável voltou a insistir que o turismo, o ambiente, as cidades e a economia do mar são os domínios onde Portugal pode ter sucesso, cabendo às políticas económicas identificar e concretizar um quadro estratégico favorável a estas áreas.
Carlos Costa, administrador da Caixa Geral de Depósitos também interviu no painel de oradores da manhã e disse que Portugal seria sempre perdedor quer existisse ou não alargamento a Leste da União Europeia, pois a globalização das economias e do comércio é imparável.
Carlos Costa citou vários estudos para concluir que o impacto desse alargamento na UE varia entre zero e dois por cento da riqueza gerida na região, embora esse valor seja distribuído de forma não uniforme.
Os países mais ganhadores são a Alemanha, a Áustria, a Itália, a Bélgica, a Holanda, o Luxemburgo e a Finlândia. Do lado dos mais perdedores estão os da coesão: Portugal, Espanha, Grécia e talvez a Irlanda.
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Negócios do mundo luso
Pedro Marques Pereira
Se se tratasse de uma corrida, a venda da Lusomundo Media teria entrado ontem na recta final, com três atletas a dobrarem a última curva ombro a ombro. Mas à medida que se aproxima a linha da meta, os candidatos às medalhas começam a acotovelar-se e a corrida ameaça transformar-se numa batalha campal.
Resta saber se a vitória será ditada pelo maior ou menos fôlego final dos corredores ou decidida nas secretarias.
Num meio pequeno, uma aldeia, como é Portugal, não abundam as oportunidades de crescimento para os grupos de media, motivo que, por si só, explica o apetite despertado pelo ‘leilão’ da Lusomundo Media, que detém títulos como o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias e a TSF. Estes activos atrairam inicialmente oito propostas concorrentes, entre as quais as de alguns dos principais grupos de media espanhóis, como a Prisa, dona do El País, a Vocento, que detém o diário ABC, e a Recoletos, proprietária do diário desportivo Marca, do Expansión e do Diário Económico – e que acabou por abandonar a corrida à entrada da última volta.
O interesse despertado é uma boa notícia para a Portugal Telecom, que assim consegue maximizar o encaixe da operação. O reverso da medalha é que, dada a dimensão reduzida do País e as interligações entre os diversos grupos económicos, ou entre os grupos económicos e a banca, qualquer concurso de venda de uma empresa, pública ou privada, dificilmente escapa às acusações de favorecimento. E isso é verdade para a venda da Lusomundo como o foi para a da Portucel, da Cimpor, ou de qualquer processo de privatização que não tenha sido feito em bolsa.
Não há memória de que algum concurso em Portugal tenha terminado com os derrotados, desportivamente, a darem os parabéns aos vencedores. A venda da Lusomundo media não será certamente o primeiro.
No caso em apreço, muitas considerações podem ainda baralhar os dados. Como a permanência de um grupo espanhol entre os três finalistas, contra a qual Ricardo Salgado, principal accionista da PT, já se pronunciou publicamente. Mas essas são as cenas dos próximos capítulos. O mais importante é que a Portugal Telecom parece decidida a despachar os activos de media reunidos na Lusomundo onde, dizem alguns analistas, nunca deveria ter entrado.
pmpereira@economicasgps.com
Pedro Marques Pereira
Se se tratasse de uma corrida, a venda da Lusomundo Media teria entrado ontem na recta final, com três atletas a dobrarem a última curva ombro a ombro. Mas à medida que se aproxima a linha da meta, os candidatos às medalhas começam a acotovelar-se e a corrida ameaça transformar-se numa batalha campal.
Resta saber se a vitória será ditada pelo maior ou menos fôlego final dos corredores ou decidida nas secretarias.
Num meio pequeno, uma aldeia, como é Portugal, não abundam as oportunidades de crescimento para os grupos de media, motivo que, por si só, explica o apetite despertado pelo ‘leilão’ da Lusomundo Media, que detém títulos como o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias e a TSF. Estes activos atrairam inicialmente oito propostas concorrentes, entre as quais as de alguns dos principais grupos de media espanhóis, como a Prisa, dona do El País, a Vocento, que detém o diário ABC, e a Recoletos, proprietária do diário desportivo Marca, do Expansión e do Diário Económico – e que acabou por abandonar a corrida à entrada da última volta.
O interesse despertado é uma boa notícia para a Portugal Telecom, que assim consegue maximizar o encaixe da operação. O reverso da medalha é que, dada a dimensão reduzida do País e as interligações entre os diversos grupos económicos, ou entre os grupos económicos e a banca, qualquer concurso de venda de uma empresa, pública ou privada, dificilmente escapa às acusações de favorecimento. E isso é verdade para a venda da Lusomundo como o foi para a da Portucel, da Cimpor, ou de qualquer processo de privatização que não tenha sido feito em bolsa.
Não há memória de que algum concurso em Portugal tenha terminado com os derrotados, desportivamente, a darem os parabéns aos vencedores. A venda da Lusomundo media não será certamente o primeiro.
No caso em apreço, muitas considerações podem ainda baralhar os dados. Como a permanência de um grupo espanhol entre os três finalistas, contra a qual Ricardo Salgado, principal accionista da PT, já se pronunciou publicamente. Mas essas são as cenas dos próximos capítulos. O mais importante é que a Portugal Telecom parece decidida a despachar os activos de media reunidos na Lusomundo onde, dizem alguns analistas, nunca deveria ter entrado.
pmpereira@economicasgps.com
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Como o Estado pode intervir mal
Como o Estado pode intervir mal
Helena Garrido, António José Gouveia e Luís Reis Ribeiro
A história das contas da CGD em 2004 é o exemplo mais recente e acabado do poder do Estado na gestão das empresas públicas.
Em 2004, a CGD contabilizou 1500 milhões de euros de prejuízos nas contas do balanço, sem passar pela demonstração de resultados, mediante autorização do Banco de Portugal. Esta excepção foi viabilizada porque essas perdas não estavam relaciondas com o negócio da Caixa. Nem podiam estar. Ou antes, se estivessem teria de se pedir responsabilidades à equipa de gestão, já que a banca, um pouco por todo o mundo, entrou em fase de recuperação dos maus anos da crise recente. Essas perdas excepcionais são, em cerca de 748 milhões de euros explicadas por menos-valias com a venda do BCP e EDP e no restante pela transferência da quase totalidade do fundo de pensões do banco para a CGD, de forma que o défice ficasse abaixo dos 3%. São prejuízos que são determinados por orientações do accionista Estado. E se no caso das participações no BCP e na EDP ainda se possa compreender que tal esteja enquadrado numa etsratégia de política económica, já no fundo de pensões a Caixa pagou pela falta de orientação que foi marca dos últimos meses deste Governo. Existia uma operação de venda de imóveis para «salvar» o défice que não foi feita por razões que estão por esclarecer e teria evitado parte da transferência do fundo de pensões. E a Caixa teria, no mínimo, menos perdas.
BCP é o novo líder na banca
Activos em milhões euros
Fonte: Relatórios dos bancos
Joaquim Oliveira ‘engorda’ grupo
Começou por pregar cartazes publicitários nos relvados do futebol português e hoje afirma-se cada vez mais como um grupo de comunicação social. Construiu o seu império apoiado nos negócios do futebol e actualmente tem praticamente os clubes de futebol na mão. Comprou-lhe os direitos de transmissão televisiva dos jogos (uma das principais fontes de financiamento dos clubes) e vende-os à Sport TV, onde detém 50% do capital, juntamente com a PT. Os que não pode transmitir foram vendidos a preço de ouro à TVI. Durante anos foi amealhando poder e dinheiro para estarem bem posicionados para conseguir um dos negócios mais apetecíveis de media: a venda dos activos da Lusomundo Media por parte da Portugal Telecom. Joaquim Oliveira vai passar a controlar jornais influentes na sociedade portuguesa, uns rentáveis outros nem tanto, aumentando assim a sua área de influência a outros sectores que não o mundo do futebol. O caso Marcelo terá despoletado o negócio e parece que a política vai bem com o futebol.
A urgência de um plano infalível para a tecnologia
Bruxelas actualizou ontem o ‘ranking’ da inovação e, já se sabia, Portugal voltou a ser, juntamente com a Grécia e a Espanha, o país mais inerte da UE em investimento em I&D (Investigação e Desenvolvimento). Ao todo, Estado e sector privado investiram pouco mais de 0,79% do PIB. A média da UE ficou em 2% do produto, beneficiando de um crescimento real médio de 4%, entre 1998 e 2003; Portugal permitiu que os investimentos crescessem apenas 2,3%. É pouco, tendo em conta que a Agenda de Lisboa fixou uma meta de 3% para o I&D até 2010. Os socialistas elaboraram um plano para enfrentar a situação. Um plano de “choque”, como foi apelidado, e com o qual ganharam o futuro Governo, mas que, em vez de metas, afinal tinha “medidas”. Faltou o compromisso maior. O PS sabe o país que tem e conhece as regras em vigor. Hoje, a iniciativa empresarial representa apenas um terço do esforço total de I&D, quando as metas da Agenda apontam para dois terços até 2010. Por fim, há os constrangimentos do Pacto de Estabilidade e Crescimento, que deverão ser negociados no decorrer das próximas semanas.
Helena Garrido, António José Gouveia e Luís Reis Ribeiro
A história das contas da CGD em 2004 é o exemplo mais recente e acabado do poder do Estado na gestão das empresas públicas.
Em 2004, a CGD contabilizou 1500 milhões de euros de prejuízos nas contas do balanço, sem passar pela demonstração de resultados, mediante autorização do Banco de Portugal. Esta excepção foi viabilizada porque essas perdas não estavam relaciondas com o negócio da Caixa. Nem podiam estar. Ou antes, se estivessem teria de se pedir responsabilidades à equipa de gestão, já que a banca, um pouco por todo o mundo, entrou em fase de recuperação dos maus anos da crise recente. Essas perdas excepcionais são, em cerca de 748 milhões de euros explicadas por menos-valias com a venda do BCP e EDP e no restante pela transferência da quase totalidade do fundo de pensões do banco para a CGD, de forma que o défice ficasse abaixo dos 3%. São prejuízos que são determinados por orientações do accionista Estado. E se no caso das participações no BCP e na EDP ainda se possa compreender que tal esteja enquadrado numa etsratégia de política económica, já no fundo de pensões a Caixa pagou pela falta de orientação que foi marca dos últimos meses deste Governo. Existia uma operação de venda de imóveis para «salvar» o défice que não foi feita por razões que estão por esclarecer e teria evitado parte da transferência do fundo de pensões. E a Caixa teria, no mínimo, menos perdas.
BCP é o novo líder na banca
Activos em milhões euros
Fonte: Relatórios dos bancos
Joaquim Oliveira ‘engorda’ grupo
Começou por pregar cartazes publicitários nos relvados do futebol português e hoje afirma-se cada vez mais como um grupo de comunicação social. Construiu o seu império apoiado nos negócios do futebol e actualmente tem praticamente os clubes de futebol na mão. Comprou-lhe os direitos de transmissão televisiva dos jogos (uma das principais fontes de financiamento dos clubes) e vende-os à Sport TV, onde detém 50% do capital, juntamente com a PT. Os que não pode transmitir foram vendidos a preço de ouro à TVI. Durante anos foi amealhando poder e dinheiro para estarem bem posicionados para conseguir um dos negócios mais apetecíveis de media: a venda dos activos da Lusomundo Media por parte da Portugal Telecom. Joaquim Oliveira vai passar a controlar jornais influentes na sociedade portuguesa, uns rentáveis outros nem tanto, aumentando assim a sua área de influência a outros sectores que não o mundo do futebol. O caso Marcelo terá despoletado o negócio e parece que a política vai bem com o futebol.
A urgência de um plano infalível para a tecnologia
Bruxelas actualizou ontem o ‘ranking’ da inovação e, já se sabia, Portugal voltou a ser, juntamente com a Grécia e a Espanha, o país mais inerte da UE em investimento em I&D (Investigação e Desenvolvimento). Ao todo, Estado e sector privado investiram pouco mais de 0,79% do PIB. A média da UE ficou em 2% do produto, beneficiando de um crescimento real médio de 4%, entre 1998 e 2003; Portugal permitiu que os investimentos crescessem apenas 2,3%. É pouco, tendo em conta que a Agenda de Lisboa fixou uma meta de 3% para o I&D até 2010. Os socialistas elaboraram um plano para enfrentar a situação. Um plano de “choque”, como foi apelidado, e com o qual ganharam o futuro Governo, mas que, em vez de metas, afinal tinha “medidas”. Faltou o compromisso maior. O PS sabe o país que tem e conhece as regras em vigor. Hoje, a iniciativa empresarial representa apenas um terço do esforço total de I&D, quando as metas da Agenda apontam para dois terços até 2010. Por fim, há os constrangimentos do Pacto de Estabilidade e Crescimento, que deverão ser negociados no decorrer das próximas semanas.
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