Publicado 25 Fevereiro 2005 11:33
Gestores de fundos fazem proposta ao Governo PS para reintroduzir benefícios PPA/PPR
Os gestores de fundos estão a preparar uma proposta que visa a reintrodução dos benefícios fiscais dos fundos PPA-Plano Poupança Acções e fundos PPR-Plano Poupança Reforma no Orçamento Rectificativo (OR) de 2005, disse o presidente da APFIPP, Manuel Vasconcellos Guimarães, à Reuters.
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Os gestores de fundos estão a preparar uma proposta que visa a reintrodução dos benefícios fiscais dos fundos PPA-Plano Poupança Acções e fundos PPR-Plano Poupança Reforma no Orçamento Rectificativo (OR) de 2005, disse o presidente da APFIPP, Manuel Vasconcellos Guimarães, à Reuters.
Esta proposta da APFIPP-Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios será apresentada ao novo Governo, do Partido Socialista, que está em formação, e que se espera faça um Orçamento Rectificativo de 2005.
O anterior ministro das Finanças, Bagão Félix, terminou com os benefícios fiscais dos PPR/PPR-E, PPA e Conta Poupança Habitação, avaliados em 300 milhões de euros, de forma a descer as taxas de Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Singulares.
«Estamos a preparar uma proposta para promover os benefícios fiscais nos PPAs e PPRs, que infelizmente não foi aceite pelo anterior Governo no OE de 2005», disse Manuel Vasconcellos Guimarães em declarações telefónicas à Reuters.
Na campanha eleitoral José Sócrates afirmou que não iria alterar o corte de benefícios fiscais implementado pelo Governo.
«Espero que o novo Governo tenha consciência de que os benefícios fiscais para a poupança a médio/longo prazo são fundamentais, especialmente para a classe média, que é quem mais precisa e não pode fugir ao fisco», disse Carlos Bastardo do Barclays, que gere 750 milhões de euros em fundos, em declarações telefónicas à Reuters.
Explicou que, num país com um «endividamento das famílias em cerca de 115% do rendimento disponível, uma taxa de poupança das famílias a cair e as dificuldades na segurança social que se conhecem é um tiro nos pés acabar com os benefícios fiscais».
O presidente da APFIPP não quis adiantar mais pormenores sobre esta proposta, que será entregue aquando da formação do novo Governo.
«Ainda não conhecemos o nível das alterações desta rectificação no Orçamento e não queremos divulgar os pormenores da nossa proposta porque o diálogo tem de ser feito directamente entre ambas as partes», concluiu.