Caldeirão da Bolsa

Desafio difícil para Sócrates

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 24/2/2005 1:27

Concorrência não analisa reforço da EDP na Turbogás
A Autoridade da Concorrência não vai pronunciar-se sobre a opção da EDP para comprar mais 20% da Turbogás, porque não está em causa uma operação de aquisição ou reforço de controlo, mas apenas um aumento de quota, adiantou ao Jornal de Negócios Online fonte oficial da instituição.

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Ana Suspiro
asuspiro@mediafin.pt


A Autoridade da Concorrência não vai pronunciar-se sobre a opção da EDP para comprar mais 20% da Turbogás, porque não está em causa uma operação de aquisição ou reforço de controlo, mas apenas um aumento de quota, adiantou ao Jornal de Negócios Online fonte oficial da instituição.

Na dúvida sobre a necessidade de aprovação por parte da Concorrência desta operação, a EDP notificou em 13 de Janeiro a opção para a compra de 20% da Turbogás, empresa que gere a central da Tapada do Outeiro, onde a eléctrica nacional já controla 20%. Com a decisão da Autoridade da Concorrência, que concluiu não se aplicar a necessidade de analisar a operação, a EDP pode exercer a opção e reforçar para 40%.

As acções da EDP encerraram a cair 0,45% para os 2.23 euros.
 
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por marafado » 24/2/2005 1:23

Bolsas dos EUA encerram a valorizar
Os índices norte-americanos encerraram a sessão de hoje a subir com os mercados mais optimistas depois do departamento do trabalho ter divulgado que a inflação no país ficou aquém do esperado e da descida dos preços do petróleo. O Nasdaq subiu 0,05% enquanto o Dow Jones apreciou 0,59%.

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Maria João Soares
mjsoares@mediafin.pt


Os índices norte-americanos encerraram a sessão de hoje a subir com os mercados mais optimistas depois do departamento do trabalho ter divulgado que a inflação no país ficou aquém do esperado e da descida dos preços do petróleo. O Nasdaq subiu 0,05% enquanto o Dow Jones apreciou 0,59%.

O Dow Jones registava 10.673,49 pontos e o Nasdaq apontava 2.031,25 pontos.

O índice de preços no consumidor norte-americano aumentou 0,1% em Janeiro, face ao mesmo mês do ano passado, divulgou o departamento do trabalho do país.

A subida da inflação nos EUA foi inferior ao estimado pelos analistas consultados pela Bloomberg e veio afastar os receios de uma subida agressiva dos juros por parte da Reserva Federal.

A descida dos preços do petróleo, depois da escalada de 6% na sessão de ontem, também contribuía para o sentimento mais positivo registado hoje em Wall Street. Em Nova Iorque o crude caiu % para os dólares o barril e em Londres o «brent» desceu 0,35% para os 48,45 dólares.

A Exxon Móbil apreciou 1,96% para os 59,39 dólares.

A Boeing valorizou 1,36% para os 52,86 dólares.

A Amazon perdeu 1,57% para os 34,14 dólares.
 
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por marafado » 24/2/2005 1:21

Sonae investe 13,8 M€ em dois centros comerciais

DE


A filial brasileira do grupo de Belmiro de Azevedo revelou hoje que vai construir um novo espaço comercial no maior país de língua portuguesa e expandir outro no Rio Grande do Sul.

De acordo com a empresa, o grupo vai investir 5,9 milhões de euros na construção de um centro comercial na cidade de Gravataí, na região metropolitana da capital Porto Alegre.

O empreendimento, que deverá estar concluído em Setembro, terá 25 mil metros quadrados, com seis salas de cinema, dezenas de lojas e um hipermercado BIG, uma das cinco diferentes redes de supermercados controladas pelo grupo português no Brasil.

O grupo português vai também investir 7,9 milhões de euros no alargamento do Shopping Itália, em Porto Alegre, com a construção de um hipermercado BIG. O Presidente do grupo no Brasil afirmou que é preciso "reformular os empreendimentos de maneira a adaptá-los aos novos tempos".

Em Janeiro, o grupo português anunciou a construção de um centro comercial em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, com conclusão prevista para 2007, além de um investimento de 9,3 milhões de euros no Shopping Santa Mônica, que terá um hipermercado BIG.

No Brasil desde o final da década de 80, a Sonae Distribuição é actualmente a terceira maior rede de supermercados no país, com cerca de 150 lojas nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

No ano passado, a facturação da Sonae Distribuição Brasil aumentou 15% para os 1,28 mil milhões de euros, face a 2003. A projecção para 2005 é de um aumento de 10% na facturação relativamente a 2004.
 
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por marafado » 24/2/2005 1:20

FMI analisa sistema financeiro português a partir do final de 2005

DE


O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai analisar o sistema financeiro português a partir do final de 2005, revelou hoje o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

"A missão do FMI é esperada na parte final deste ano, com o lançamento dos primeiros contactos que têm em vista a preparação do chamado FSAP", afirmou Fernando Teixeira dos Santos, na conferência de imprensa de apresentação da actividade da CMVM em 2004.

"Em boa verdade, creio que, tal como o calendário agora se antevê, o grosso da actividade será no início do próximo ano, com a sua parte preparatória a começar ainda este ano", acrescentou.

Fonte oficial do FMI tinha já explicado à agência Lusa que "tanto Portugal como Espanha expressaram interesse numa análise mais profunda aos seus sectores financeiros", ao abrigo do programa Financial Sector Asessment Program (FSAP).

Até aqui não era conhecida ainda uma data para o início dos trabalhos.

O programa FSAP é uma iniciativa conjunta criada em Maio de 1999 pelo FMI e pelo Banco Mundial, com o objectivo de aumentar a efectividade das medidas para promover a solidez dos sistemas financeiros dos estados-membros.

A avaliação socorre-se dos serviços de "várias agências nacionais e entidades de supervisão, de forma a identificar as forças e as vulnerabilidades do sistema financeiro de um país", dando depois origem a relatórios sobre o nível de observância das regras de bom funcionamento do mercado.

A actividade do FMI passará ainda pela análise das necessidades tecnológicas e desenvolvimento do sistema, pela identificação e controlo das maiores fontes de risco e pelo estabelecimento de prioridades quanto às respostas a dar às
fragilidades.

O FSAP constitui ainda a base para o programa Financial System Stability Assessments (FSSA), de âmbito mais geral, em que o FMI "analisa os riscos para a estabilidade macroeconómica que possam derivar do sistema financeiro", e a "capacidade deste em absorver choques macroeconómicos".

Nos últimos anos, o FMI já elaborou relatórios de FSSA para países europeus como a Alemanha, a Polónia, a Finlândia, o Luxemburgo e a Suécia.
 
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por marafado » 24/2/2005 1:19

Área de novos centros comerciais quase quadruplica em 2005

DE


A área de centros comerciais a inaugurar este ano em Portugal será quase quatro vezes maior do que a de 2004, um ano de poucas inaugurações, estimou hoje a consultora CB Richard Ellis.

Segundo o boletim do mercado de comércio português, hoje divulgado, devem ser colocados este ano 227 mil metros quadrados de área bruta locável, face a 60 mil metros quadrados em 2004.

A área de novos centros comerciais vai continuar a crescer no próximo ano, para 290 mil metros quadrados, batendo o ano-recorde de 2003, em que foram colocados no mercado 240 mil metros quadrados.

Para a CBRE, "o ritmo de implementação de novos centros comerciais é ainda considerável" e há "muita oferta programada para os próximos anos", liderada por promotores como a Amorim, AM Development e Sonae.

Em 2004, o destaque foi para os "factory outlets", grandes espaços com lojas de desconto fora dos centros urbanos, com 155 mil metros quadrados a serem colocados em três novos empreendimentos, incluindo o maior da Europa, o Freeport de Alcochete.

"Ao contrário do sucedido nos mercados de escritório e industrial", no ano passado "o mercado de comércio teve um forte desempenho", considera a consultora imobiliária.

De acordo com dados do Investment Property Databak (IPD), Portugal foi o melhor mercado europeu de centros comerciais entre 2001 e 2003.

Estas grandes superfícies comerciais, que oferecem áreas de restauração e lazer, dominam quase totalmente o mercado de investimento institucional, representando 96% do sector.

No mercado de investimento, a procura é "grande", de acordo com a CBRE, e alimentada principalmente por fundos de origem holandesa e alemã, mas também portugueses, como a AF Investimentos e a Imovest, respectivamente dos bancos BCP e Santander.

A apetência pelo mercado português deve-se ao elevado retorno oferecido, à qualidade de construção e à "popularidade que os centros comerciais têm no consumidor português", adianta.
 
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por marafado » 24/2/2005 1:17

Banco de Portugal 2005-02-23 20:47
Balança corrente deteriora-se 50,5% em 2004

DE


O Banco de Portugal divulgou hoje que o défice da balança corrente da economia portuguesa, que dá conta do saldo das suas trocas externas, se deteriorou 50,5% em 2004, para 10.670 milhões de euros.

A balança corrente resulta da conjugação dos saldos das balanças de bens, serviços, rendimentos e transferências correntes.

Este valor corresponde a 8% do valor estimado para o produto interno bruto e corporiza uma inversão da tendência, após os 12.499 milhões de euros registados em 2001 terem baixado para 9.705 milhões de euros em 2002 e 7.091 milhões de euros em 2003.

O principal contributo para esta deterioração foi dado pelas trocas internacionais de bens, em que Portugal registou um défice de 14.655 milhões de euros, um valor superior em 24,4% ao do ano transacto.

A balança de rendimentos, que incorpora a remuneração do investimento estrangeiro, também foi deficitária em 2.522 milhões de euros, uma deterioração de 64,2% face a 2003.

A amenizar o défice agregado estiveram os excedentes das balanças de serviços e transferências correntes.

A primeira, que reflecte os fluxos turísticos, aumentou o seu excedente em 17,7% para 3.799 milhões de euros.

A segunda, que inclui entradas financeiras da União Europeia e as remessas de emigrantes deduzidas das dos imigrantes, reduziu o seu saldo positivo em 9,8% para 2.707 milhões de euros.

Particularize-se que no espaço de quatro anos, de 2001 para 2004, o saldo líquido da balança das remessas de emigrantes baixou 41,2% para 1.957 milhões de euros.
 
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por marafado » 24/2/2005 1:16

Wall Street fecha em alta

DE


Os mercados norte-americanos fecharam hoje em alta, ajudados pela expectativa de que as taxas de juro possam subir mais lentamente, visto que a inflação aparenta estar controlada.

Deste modo, o Nasdaq Composite fechou a subir ligeiros 0,05% para 2.031,25 pontos, depois de ter fechado na segunda-feira a perder 1,37% para 2.030,32 pontos.

O Dow Jones Industrial Average terminou o dia a ganhar 0,59% para 10.673,79 pontos, após ter encerrado a cair 1,61% para 10.611,2 pontos, na sessão anterior.

Os analistas dizem que o mercado estava todo de olhos postos nos números da inflação que hoje foram divulgados.

Antes da abertura do mercado foi anunciado que os preços subiram 0,1% de Dezembro para Janeiro, menos 0,1 pontos do que o previstos pelos analistas, e que a taxa de inflação caiu de 3,3 para 3,0%.

Não parecem existir sinais de pressões inflacionistas, o que reduz a pressão sobre a Fed no sentido de continuar a subida das taxas de juro ao longo de 2005.

A ajudar as bolsas a abrirem em alta esteve também a correcção em baixa do preço do petróleo, depois de na terça-feira ter atingido os 51 dólares em máximos de quatro meses.

O ministro do Petróleo do Kuwait veio dizer que os preços elevados dessa matéria-prima podem levar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) a aumentar a produção.

A melhoria do prejuízo da tecnológica Ciena, hoje anunciada, e a revisão em alta dos resultados para o primeiro trimestre da Autodesk beneficiaram igualmente os mercados bolsistas norte-americanos.
 
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por marafado » 24/2/2005 1:15

Actividade económica em Portugal melhora em Fevereiro


Notícia agenciafinanceira.com
(23/02/05)-(Agência Financeira) O indicador fixou-se nos 44,6 pontos, no segundo mês do ano, acima dos 44,1 pontos verificados em Janeiro.

Este novo indicador mensal de expectativas sobre a evolução de curto prazo da economia portuguesa publicado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) tinha estagnado em Janeiro, caído dois pontos em Dezembro e estagnado em Novembro.

Segundo a Lusa, uma queda indicia uma deterioração das expectativas sobre o andamento económico, enquanto uma subida aponta para uma melhoria dessa antecipação do andamento da actividade económica.

A nota do ISEG refere que em Fevereiro «aumentou o consenso dos membros do Painel relativamente à evolução económica».

O índice foi divulgado pela primeira vez em Outubro e é disponibilizado na última quarta-feira de cada mês.

O seu valor pode variar entre zero e 100 e é constituído por um painel de 16 professores da faculdade.

Assenta em informação quantitativa (números do Instituto Nacional de Estatística e em relatórios de instituições especializadas na actividade económica) e qualitativa (inquérito a todos os docentes do ISEG sobre a forma como antecipam a evolução da economia portuguesa no curto prazo).


Editorial
 
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por marafado » 24/2/2005 1:13

comentário cambial
Corrida ao euro arrefece



O euro recuou ontem para 1,3216 dólares, depois de ter chegado a transaccionar-se a 1,3274 dólares, o valor mais alto desde 13 de Janeiro, logo que as autoridades monetárias da Coreia do Sul, Japão e Taiwan asseguraram que não têm planos para reduzir as suas reservas em dólares. Na terça-feira, a moeda norte-americana tinha caído mais de 1,5%, a maior quebra diária em mais de seis meses, em reacção a notícia de que a Coreia do Sul tencionava trocar uma parte dos seus 200 mil milhões de dólares em reservas cambiais por activos denominados em outras moedas, nomeadamente euros. A pressão sobre o euro foi ainda acentuada pela divulgação de uma inesperada descida na confiança dos empresários alemães - o índice IFO recuou de 96,4 pontos para 95,5 pontos, reflectindo o pessimismo gerado pelo aumento do desemprego, que penaliza o consumo e adia as perspectivas de retoma na primeira economia da Europa. Para os analistas, o euro poderá corrigir em baixa um pouco mais.
 
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por marafado » 24/2/2005 1:13

Economia em desaceleração no final de 2004

O aumento do consumo provocou um forte crescimento nas importações


As expectativas dos agentes económicos não revelaram sinais de "recuperação" até Janeiro deste ano e, nos últimos três meses de 2004, os indicadores acusam mesmo um arrefecimento, generalizado, da actividade económica, de acordo com a síntese de conjuntura do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), a qual destaca um forte crescimento das importações, provocado pelo aumento do consumo das famílias.

"O arrefecimento económico voltou a ser extensivo aos principais sectores de actividade", realça o INE. A produção na indústria transformadora nos últimos três meses do ano, "voltou a diminuir", mais que o apurado no trimestre anterior, "prolongando o abrandamento iniciado em Junho passado". A quebra na produção registou-se nos principais agrupamentos de actividade, mas o INE destaca a descida nos bens de consumo e de investimento. Na construção , obras públicas e na componente civil, "também se acentuou a tendência de queda". O arrefecimento nas empreitadas foi de tal modo que anulou por completo o "movimento de recuperação" visível até "meados do segundo trimestre de 2004".

Nos serviços, o INE detectou um "abrandamento do crescimento do volume de negócios" nos últimos meses do ano, principalmente em Outubro, já que "desde então se registaram melhorias".

Do lado da procura interna - consumo e investimento -, "o consumo privado manteve um apreciável dinamismo", tanto no "consumo corrente, como no de bens duradouros", com as famílias a comprarem mais automóveis. O investimento, uma das componentes da procura interna, "apresentou uma evolução positiva" principalmente na construção - ainda assim o INE considera o andamento como "incerto" - e na compra de máquinas e material de transporte.

As exportações, em valor, subiram 5,5% em relação ao terceiro trimestre, mas as importações cresceram cerca de 11,9%, "aumentando assim o diferencial entre os dois fluxos". O comportamento das importações é justificado pelo "dinamismo dos bens de consumo e de investimento".
 
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por marafado » 24/2/2005 1:12

comentário
Em queda pelo sexto dia



A Euronext Lisboa fechou ontem em baixa, com o índice PSI-20 a perder 0,81%, fixando-se nos 7851,20 pontos. É a sexta sessão consecutiva em quebra. A pressão do preço do petróleo - e o seu impacto na retoma da economia - voltou a fazer-se sentir. Os destaques negativos pertenceram à Cofina, Impresa, Sonaecom, PT Multimédia, EDP e Brisa. A Cofina perdeu 3,17%. A partir de hoje, a empresa negoceia sem direitos a uma nova acção da sua participada Altri. A Impresa perdeu 2,59% e a PT Multimédia desceu 0,47%. A Sonaecom desceu 0,49%, enquanto a Media Capital escapou à onda negativa das empresas do sector, fechando inalterada nos 5,50 euros. Também a EDP encerrou em baixa, descendo 0,45%, com forte liquidez, no dia em que a Autoridade da Concorrência autorizou o reforço da posição na Turbogás. A Merril Lynch prevê que os lucros da EDP relativos a 2004 subam 16%, mas a indefinição política no sector energético leva os analistas a agir com cautelas. A Brisa, que apresentou resultados na terça-feira, caiu 0,45%. A Morgan Stanley manteve o preço-alvo da concessionária de auto-estradas (8 euros) apesar de considerar os seus resultados "decepcionantes". Antes do fecho, em Nova Iorque, o Dow Jones subia 0,47% e o Nasdaq perdia 0,04%.
 
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por marafado » 24/2/2005 1:11

CMVM 'deu' 85% dos fundos às Finanças



A Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) foi obrigada a entregar às Finanças 1,2 milhões de euros, 85% do saldo de gerência de 2003. A revelação foi feita ontem pelo presidente do órgão que supervisiona o mercado de capitais. Fernando Teixeira Santos diz mesmo que a imposição do anterior governo "é inconstitucional" uma vez que este montante deriva "de taxas que são cobradas junto de entidades que beneficiam de serviços de supervisão e regulação". Este responsável vai mais longe e explica que "o problema da CMVM é um problema de autonomia administrativa e financeira, (...) é um problema muito sério e muito grave que não tem sido resolvido".

Teixeira Santos adiantou ainda que o lucro da CMVM, relativo a 2004, deverá rondar 4,5 milhões de euros, um resultado que permitirá fazer uma nova descida das taxas de supervisão em 2005. "Há um espaço de manobra que devemos aproveitar", sublinhou Teixeira Santos. A 'polícia do mercado' revelou ainda que vai novamente entregar ao Governo um pacote de medidas que visam atrair mais investidores para as bolsas. No mercado de obrigações privadas, a medida mais emblemática é a proposta de isenção de retenção na fonte para transacções de dívida privada feitas por investidores não-residentes. "Está a ser um factor que penaliza a competitividade do nosso mercado", revelou o presidente da CMVM. Fernando Teixeira Santos explicou ainda que no âmbito da dívida privada é ainda proposto o alargamento da possibilidade de emissão obrigações às novas empresas (actualmente é reservada a empresas com mais de dois anos de existência), actualização do regime das obrigações hipotecárias e equiparar o regime da dívida privada ao da dívida pública. Relativamente ao controlo dos relatórios e contas das empresas, Teixeira dos Santos referiu que a nova legislação tem como objectivo a "reestruturação do sistema de acompanhamento dos auditores e a actualização dos valores da caução de responsabilidade dos administradores de sociedades abertas", que actualmente é de 5000 euros. A CMVM pretende ainda diminuir o prazo para a convocação de assembleias gerais, que actualmente é o dobro do exigido, por exemplo, em Espanha.
 
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por marafado » 24/2/2005 1:09

impostos Selo do carro vai aumentar 2%



Os automobilistas vão pagar este ano mais 2% pelo selo do carro. Segundo as novas tabelas publicadas ontem em Diário da República, o imposto de selo vai custar entre 5,19 e 342,20 euros, de acordo com a idade e cilindrada do veículo. Nos carros a gasóleo, porém, o imposto vai fixar-se entre os 15,32 a 121,55 euros. No caso dos motociclos, o imposto de selo poderá custar entre 4,65 e 97,44 euros.
 
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por marafado » 24/2/2005 1:07

EDP pode reforçar posição na central da Tapada Outeiro

Autoridade da Concorrência viabiliza compra de 20 % da Turbogás
Lusa-AntónioCotrim

Quota. A EDP vai reforçar a posição na produção com duas centrais

A EDP pode exercer a opção de compra de 20% da Turbogás, a empresa detentora da central a ciclo combinado a gás da natural da Tapada do Outeiro, sem ter de passar pelo Autoridade da Concorrência (AdC). Esta entidade concluiu agora "pela não aplicabilidade da lei da concorrência e consequentemente da notificação obrigatória desta operação, por se considerar que não consiste numa aquisição do controlo da Turbogás".

Recorde-se que a eléctrica nacional já detinha 20% da Turbogás, o que quer dizer que, com aquela operação, passará a deter uma posição de 40% na empresa.

A compra de mais esta posição pode custar à EDP cerca de 55,6 milhões de euros. Mas está sujeita, segundo fonte oficial da eléctrica, a uma aprovação do sindicato bancário que irá financiar a operação.

Este processo teve início quando a alemã RWE, a empresa que detinha 75% do capital da Turbogás , anunciou que iria vender à International Power a sua posição.

Mas a EDP, como accionista da empresa, tinha o direito de preferência sobre a compra caso qualquer outro dos seus parceiros decidisse vender. E foi isso que fez. A EDP anunciou que não estava interessada em ficar com os 75% da RWE, mas queria reforçar a sua posição na Turbogás em mais 20%. Assim, será a International Power que poderá ficar com o controlo da Turbogás.

Este será, no entanto, mais um passo em frente no reforço da posição da empresa na área da produção.

A atribuição de uma série de licenças para a construção de centrais a ciclo combinado em Portugal, anunciada na terça-feira pelo Governo, também acabou por beneficiar a EDP.

À eléctrica foram atribuídas duas licenças, uma para a construção de uma unidade de 400 megawatts em Sines e a segunda para uma unidade com igual potência para a Figueira da Foz. Isto, reforça a posição da eléctrica no mercado da geração, ao contrário do que Álvaro Barreto defendeu em entrevista ao DN. Em Janeiro passado, o ministro das Actividades Económicas dizia que a eléctrica deveria reduzir a sua quota na produção.

Mas o Ministério de Álvaro Barreto argumenta agora que na altura em que as novas centrais entrarem em funcionamento, em 2008, já estará a funcionar o Mercado Ibérico de Electricidade (Mibel). E, nessa altura, a EDP terá apenas 11% da quota ibérica do mercado de centrais a ciclo combinado.
 
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por marafado » 24/2/2005 1:06

Zona franca inflaciona PIB e retira apoios à região


lília bernardes
funchal

Se a actividade económica da Zona Franca da Madeira (ZFM) fosse nula, o PIB per capita na região autónoma situar-se-ia em 64%, em vez de 80%. Ou seja, a Madeira não estaria em risco de sair, a partir de 2007, do núcleo das regiões de Objectivo 1, por se encontrar acima do limiar dos 75% da média europeia, o que significa cortes de fundos comunitários, não muito radicais dada a promessa de phasing-out suave por parte da Comissão.

No Orçamento para 2005, as transferências da UE previstas para este ano atingem 214 milhões de euros, estando ainda abrangidas pelo III QCA.

O problema coloca-se em 2007, dado que a Madeira tem vindo a apresentar uma taxa de aprovação de investimentos muito elevada e uma taxa de execução bastante inferior. Ora, as transferências são realizadas com base na execução e não na aprovação de projectos.

Por outro lado, sabe-se que os milhares de milhões de euros entrados na região via Bruxelas, desde 1986, foram quase exclusivamente aplicados em infra-estruturas (vias rápidas, aeroporto, pontes) e formação, no âmbito do Fundo Social Europeu. De acordo com o estudo realizado pelo INE para o triénio 2000/2002, o peso determinante da Zona Franca da Madeira (ZFM), na ordem dos 20% do total da economia da região, permite determinar que o índice em relação à UE dos 15 países se situaria nos 64%, em vez de 80%, caso a ZFM fosse excluída da comparação entre regiões europeias".

Estima-se ainda que, em 2002, o PIB da Madeira rondava os 3,4 mil milhões de euros, e a ZFM 720 milhões de euros, o que representava 21% do total da economia da região, quase tanto como o turismo. Este número contraria os dados avançados pelo governo e pela concessionária da Zona Franca, que oscilavam entre os 8% e os 11%.

A verdade é que apesar de as empresas sediadas na ZFM serem apenas 6% do total da região, elas são responsáveis por 93% dos proveitos em juros e comissões cobradas, sendo que 66,1% do total recebido provém de empresas nacionais ali estabelecidas. Por outro lado, só "72% das empresas financeiras licenciadas exercem efectivamente actividade económica". Das que têm actividade efectiva, cerca de 78% correspondem a sucursais de sociedades nacionais localizadas noutras regiões do País.
 
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por marafado » 24/2/2005 1:04

Madeira vai perder 60% dos fundos da UE a partir de 2007



Fernando de sousa
Delegado em Bruxelas Arquivo DN

Aviso. Jardim alerta que construção de estradas será a mais afectada

A Madeira irá perder entre 50% e 60% dos fundos comunitários de que actualmente beneficia, quando entrar em vigor o novo quadro financeiro da União Europeia, em 2007.

O alerta foi dado ontem por Alberto João Jardim, em Bruxelas, depois de um encontro que manteve com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, no qual debateu o futuro da região, que deixa de ser considerada uma das zonas mais pobres europeias, mas que continua a ter problemas ligados à sua ultraperiferia.

O "corte" dos fundos abrangidos pelo chamado Objectivo 1, destinado ao apoio a regiões com maior atraso económico, é explicado pelo facto de o nível de prosperidade da Madeira ter ultrapassado o limite de 75% da riqueza média comunitária.

O presidente do Governo Regional recordou que, em 1978, quando foi eleito, a Madeira tinha um nível de desenvolvimento equivalente a 29% da média comunitária, mas que, agora, a riqueza média é já de 90% [de acordo com os números do Instituto Nacional de Estatística, a riqueza é, na verdade, de 80% da média europeia].

O sector da construção de vias rodoviárias será, segundo Alberto João Jardim, o mais "prejudicado" pela diminuição dos fundos estruturais, mas adiantou, optimista, que os problemas nessa área ficarão "praticamente resolvidos" no final do actual mandato do governo regional.

Apesar de perder fundos provenientes do Objectivo 1, a Madeira continuará a receber ajudas devido à sua condição de ultraperiférica, uma classificação aplicada a certas regiões comunitárias, como as Canárias, por exemplo, alvo de apoios destinados a compensar os efeitos da insularidade.

Os novos fundos comunitários, para o período de 2007 a 2013, estão a ser negociados actualmente no âmbito das Perspectivas Financeiras, que consignam o futuro quadro orçamental da União Europeia.

A situação especial dos arquipélagos da Madeira e dos Açores deverá ser um dos pontos sensíveis no trabalho dos negociadores portugueses das Perspectivas Financeiras. Estas negociações estão a entrar numa fase de maior intensidade, com a presidência luxemburguesa da UE interessada em alcançar um acordo político sobre todo o pacote financeiro durante a cimeira europeia de 16 e 17 de Junho, em Bruxelas.

As circunstâncias destes arquipélagos deverão ser abordadas no Plenário das Regiões Periféricas europeias, marcado para Outubro no Funchal, para o qual Alberto João Jardim convidou Durão Barroso.
 
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Desafio difícil para Sócrates

por marafado » 24/2/2005 1:03

Perspectivas Financeiras
Desafio difícil para Sócrates


F. S.

Se há vertente da vida comunitária a que o futuro primeiro- -ministro, José Sócrates, tem de estar atento é a negociação das Perspectivas Financeiras da União Europeia, para o período de 2007 a 2013. Este quadro orçamental da UE terá uma importância crucial na determinação da capacidade do País para prosseguir o seu esforço de aproximação à média de desenvolvimento comunitário, iniciado desde a sua adesão há cerca de duas décadas.

Com a entrada na UE de dez novos Estados membros, com grande necessidade de apoios ao seu desenvolvimento, esta negociação será muito mais complexa e dura que as de quadros financeiros anteriores. Haverá mais países a competir pelos fundos comunitários e, segundo vários Estados membros, os "novos" surgem como prioritários, na perspectiva de que os que já eram parceiros tiveram a sua oportunidade de beneficiarem.

Recorde-se que um estudo recente encomendado pelo Parlamento Europeu estimava que Portugal arrisca-se a perder 20% dos fundos comunitários.

A situação torna-se mais grave com a insistência de um grupo de seis países que pagam mais para a UE que aquilo que recebem (contribuintes líquidos), liderados pela Alemanha, em limitarem o orçamento comunitário a 1% do rendimento nacional bruto (RNB) da UE.

Os países que mais beneficiam, Portugal incluído, insistem em que tais cortes orçamentais são altamente prejudiciais ao de-senvolvimento da própria UE, precisamente num período em que esta, para responder ao desafio do alargamento, precisa de mais financiamentos. Estes países apoiam as propostas apresentadas pela Comissão Europeia, para que o nível médio do orçamento comunitário seja de 1,14% do RNB e o tecto máximo de 1,24%. O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, já apoiou estas propostas, elaboradas pelo executivo comunitário anterior, liderado por Romano Prodi. Nessa altura, o então comissário europeu António Vitorino esteve directamente envolvido na preparação de tais propostas, o que o torna, agora, um elemento de grande importância ao lado de José Sócrates.
 
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