China desbanca EUA como maior consumidor mundial
16/02/2005 - 19h15
WASHINGTON, 16 fev (AFP) - A China substituiu os Estados Unidos como consumidor mundial número Um, ofuscando a maior economia do mundo em termos de demanda relacionada a quatro dos cinco produtos básicos, assim como energia e matéria-prima industrial, anunciou nesta quarta-feira o Earth Policy, instituto especializado em estudos estratégicos.
Crescendo a um ritmo veloz, a China leva a maior porção no consumo de grãos, carne, carvão e aço, e perde para os Estados Unidos apenas em petróleo, segundo a entidade.
Em outra área chave, a dos fertilizantes, a utilização na China representa o dobro da dos Estados Unidos. O consumo de televisores, geladeiras e celulares no país mais povoado do mundo também supera o americano.
A China só fica atrás dos Estados Unidos em matéria de automóveis, afirmou o instituto em um informe. É apenas questão de tempo antes que a China supere os Estados Unidos no uso de computadores. A quantidade de PCs na China duplica a cada 28 meses, segundo o relatório.
"O avanço chinês, em relação aos Estados Unidos como país consumidor deve ser visto como outro marco no caminho de sua evolução em direção a uma liderança econômica mundial", afirmou Lester Brown, presidente do instituto.
"A China já não é um país em desenvolvimento", acrescentou. "É uma superpotência econômica emergente, que está escrevendo a história da economia", acrescentou.
Se for comparado o consumo em matéria de grãos, a China lidera tanto em trigo como em arroz e fica para trás dos Estados Unidos apenas no uso de grãos.
O consumo de 64 milhões de toneladas na China em 2004 supera de longe 38 milhões de toneladas consumidas nos Estados Unidos, enquanto a utilização do aço - um indicador de desenvolvimento industrial - é atualmente mais do dobro que nos Estados Unidos: 258 milhões de toneladas contra 104 milhões de toneladas, em 2003.
Ainda que o consumo americano de petróleo seja o triplo do chinês - 20,4 milhões de barris diários, contra 6,5 milhões barris em 2004 - o uso na China multiplicou-se mais de cinco vezes, destacou Brown.
O analista destacou o inconveniente do insaciável apetite chinês, que está encarecendo os preços das matérias-primas e das tarifas de transporte marítimo.
O crescente consumo chinês também pode implicar em outro golpe para os Estados Unidos, que sofre com um déficit comercial enorme com o gigante asiático e depende bastante dos capitais chineses para financiar sua dívida.
"Se a China decidir desviar o excedente de capitais para outro local, seja para investimento interno ou para desenvolvimento de recursos do petróleo, gás e minerais em outros lugares do mundo, a economia americana estaria em maus lençóis", opinou Brown.
WASHINGTON, 16 fev (AFP) - A China substituiu os Estados Unidos como consumidor mundial número Um, ofuscando a maior economia do mundo em termos de demanda relacionada a quatro dos cinco produtos básicos, assim como energia e matéria-prima industrial, anunciou nesta quarta-feira o Earth Policy, instituto especializado em estudos estratégicos.
Crescendo a um ritmo veloz, a China leva a maior porção no consumo de grãos, carne, carvão e aço, e perde para os Estados Unidos apenas em petróleo, segundo a entidade.
Em outra área chave, a dos fertilizantes, a utilização na China representa o dobro da dos Estados Unidos. O consumo de televisores, geladeiras e celulares no país mais povoado do mundo também supera o americano.
A China só fica atrás dos Estados Unidos em matéria de automóveis, afirmou o instituto em um informe. É apenas questão de tempo antes que a China supere os Estados Unidos no uso de computadores. A quantidade de PCs na China duplica a cada 28 meses, segundo o relatório.
"O avanço chinês, em relação aos Estados Unidos como país consumidor deve ser visto como outro marco no caminho de sua evolução em direção a uma liderança econômica mundial", afirmou Lester Brown, presidente do instituto.
"A China já não é um país em desenvolvimento", acrescentou. "É uma superpotência econômica emergente, que está escrevendo a história da economia", acrescentou.
Se for comparado o consumo em matéria de grãos, a China lidera tanto em trigo como em arroz e fica para trás dos Estados Unidos apenas no uso de grãos.
O consumo de 64 milhões de toneladas na China em 2004 supera de longe 38 milhões de toneladas consumidas nos Estados Unidos, enquanto a utilização do aço - um indicador de desenvolvimento industrial - é atualmente mais do dobro que nos Estados Unidos: 258 milhões de toneladas contra 104 milhões de toneladas, em 2003.
Ainda que o consumo americano de petróleo seja o triplo do chinês - 20,4 milhões de barris diários, contra 6,5 milhões barris em 2004 - o uso na China multiplicou-se mais de cinco vezes, destacou Brown.
O analista destacou o inconveniente do insaciável apetite chinês, que está encarecendo os preços das matérias-primas e das tarifas de transporte marítimo.
O crescente consumo chinês também pode implicar em outro golpe para os Estados Unidos, que sofre com um déficit comercial enorme com o gigante asiático e depende bastante dos capitais chineses para financiar sua dívida.
"Se a China decidir desviar o excedente de capitais para outro local, seja para investimento interno ou para desenvolvimento de recursos do petróleo, gás e minerais em outros lugares do mundo, a economia americana estaria em maus lençóis", opinou Brown.