16/02/2005 - 17h25
Greenspan: economia forte e inflação sob controle nos EUA
WASHINGTON, 16 fev (AFP) - A economia americana se mantém forte, com a inflação sob controle, mas poderá enfrentar problemas no futuro devido ao lento crescimento do emprego e à escassez da poupança, afirmou nesta quarta-feira o presidente do Federal Reserve (Fed), Alan Greenspan.
O relatório do Fed, o banco central americano, sobre as perspectivas econômicas dos EUA projeta um crescimento de entre 3,75% e 4,0% para 2005, com a inflação entre 1,5% e 1,75%.
Além disso, o Fed prevê uma ligeira queda na taxa de desemprego, de 5,25% no quarto trimestre, contra os 5,4% atuais.
Greenspan manifestou-se surpreso, no entanto, com comportamento do mercado de obrigações, onde as taxas de juros baixaram enquanto o banco central americano aumentava os índices de referência. Em seu relatório econômico semestral apresentado ao Congresso, Greenspan indicou que as "evidências respaldam amplamente a visão de que os fundamentos econômicos se estabilizaram".
Segundo ele, nos sete meses posteriores a seu último relatório, "a expansão econômica americana se fortaleceu, a inflação geral diminuiu e a inflação de base se manteve baixa".
O presidente do Fed não deu indicações claras sobre como evoluirão as taxas no futuro, após seis altas consecutivas de 0,25%, mas anunciou que a taxa básica, atualmente em 2,5%, "continua bastante baixa", o que pode sugerir que os acréscimos graduais continuarão.
Greenspan destacou que "um amplo leque de indicadores financeiros em particular mostram uma confiança importante dos investidores e a vontade de assumir riscos.
Mas, segundo ele, "persiste uma certa prudência" nas empresas que se traduz por um ritmo de investimentos e de contratações muito abaixo dos lucros, e isso é completamente incomum".
Greenspan considera que isto se deve a um "temor acentuado dos patrões sobre os riscos de procedimentos legais mais do que uma apreciação fundamentalmente diferente dos riscos macroeconômicos".
Em relação ao mercado de títulos, disse que por enquanto, o comportamento tão inesperado dos mercados obrigatórios mundiais continua sendo um enigma".
"Os movimentos dos preços das obrigações podem ser uma aberração a curto prazo, mas, antes, precisaremos compreender melhor as forças subjacentes de uma experiência recente", acrescentou.
Os rendimentos dos bônus do Tesouro americano caíram quando o Fed aumentou suas próprias taxas de juros e, segundo um esquema econômico clássico, as taxas a longo prazo devem seguir o mesmo caminho.
As taxas sobre os bônus do Tesouro a dez anos passaram de 6,5% em junho do ano passado a 5,25%, hoje.
A queda dos rendimentos -e por conseqüência a alta do preço das obrigações- é um indicador da forte demanda para este tipo de investimentos, considerados como os mais seguros do mundo.
Greenspan levantou várias hipóteses para explicar este fenômeno, desde a redução das projeções de crescimento dos investidores, que querem se assegurar com investimentos garantidos no mercado de obrigações, até a abundãncia das fontes de financiamento, em particular por parte dos investidores estrangeiros (por exemplo os bancos centrais que compram bônus do Tesouro americano).
Greenspan: economia forte e inflação sob controle nos EUA
WASHINGTON, 16 fev (AFP) - A economia americana se mantém forte, com a inflação sob controle, mas poderá enfrentar problemas no futuro devido ao lento crescimento do emprego e à escassez da poupança, afirmou nesta quarta-feira o presidente do Federal Reserve (Fed), Alan Greenspan.
O relatório do Fed, o banco central americano, sobre as perspectivas econômicas dos EUA projeta um crescimento de entre 3,75% e 4,0% para 2005, com a inflação entre 1,5% e 1,75%.
Além disso, o Fed prevê uma ligeira queda na taxa de desemprego, de 5,25% no quarto trimestre, contra os 5,4% atuais.
Greenspan manifestou-se surpreso, no entanto, com comportamento do mercado de obrigações, onde as taxas de juros baixaram enquanto o banco central americano aumentava os índices de referência. Em seu relatório econômico semestral apresentado ao Congresso, Greenspan indicou que as "evidências respaldam amplamente a visão de que os fundamentos econômicos se estabilizaram".
Segundo ele, nos sete meses posteriores a seu último relatório, "a expansão econômica americana se fortaleceu, a inflação geral diminuiu e a inflação de base se manteve baixa".
O presidente do Fed não deu indicações claras sobre como evoluirão as taxas no futuro, após seis altas consecutivas de 0,25%, mas anunciou que a taxa básica, atualmente em 2,5%, "continua bastante baixa", o que pode sugerir que os acréscimos graduais continuarão.
Greenspan destacou que "um amplo leque de indicadores financeiros em particular mostram uma confiança importante dos investidores e a vontade de assumir riscos.
Mas, segundo ele, "persiste uma certa prudência" nas empresas que se traduz por um ritmo de investimentos e de contratações muito abaixo dos lucros, e isso é completamente incomum".
Greenspan considera que isto se deve a um "temor acentuado dos patrões sobre os riscos de procedimentos legais mais do que uma apreciação fundamentalmente diferente dos riscos macroeconômicos".
Em relação ao mercado de títulos, disse que por enquanto, o comportamento tão inesperado dos mercados obrigatórios mundiais continua sendo um enigma".
"Os movimentos dos preços das obrigações podem ser uma aberração a curto prazo, mas, antes, precisaremos compreender melhor as forças subjacentes de uma experiência recente", acrescentou.
Os rendimentos dos bônus do Tesouro americano caíram quando o Fed aumentou suas próprias taxas de juros e, segundo um esquema econômico clássico, as taxas a longo prazo devem seguir o mesmo caminho.
As taxas sobre os bônus do Tesouro a dez anos passaram de 6,5% em junho do ano passado a 5,25%, hoje.
A queda dos rendimentos -e por conseqüência a alta do preço das obrigações- é um indicador da forte demanda para este tipo de investimentos, considerados como os mais seguros do mundo.
Greenspan levantou várias hipóteses para explicar este fenômeno, desde a redução das projeções de crescimento dos investidores, que querem se assegurar com investimentos garantidos no mercado de obrigações, até a abundãncia das fontes de financiamento, em particular por parte dos investidores estrangeiros (por exemplo os bancos centrais que compram bônus do Tesouro americano).