Uma casa portuguesa
Enviado: 15/2/2005 15:1715/02/2005 14:10
Uma casa portuguesa
O bloco central está de acordo: sem dinheiro, Portugal deve preparar-se para uma açorda com azeitonas e aromas sintetizados do «fiel amigo» que nos abandonou.
No nosso país não há galinhas que ponham ovos de ouro. Não há avestruzes que, quando escondem a cabeça dos problemas mundanos descobrem, com o bico, poços de petróleo.
Há, apenas políticos que não falam sobre o que devemos fazer para competir num mercado onde a mão-de-obra barata deixou de ser o nosso ás trunfo ou sobre as enormes dívidas ao fisco dos clubes de futebol. Esses assuntos queimam a língua e torram votos.
Às tantas parece quem Portugal precisa para governar não é um político: é uma dona de casa. Que saiba fazer uma refeição sem produtos e que os tempere sem ter azeite ou vinagre. São os candidatos a primeiro-ministro que o insinuam. Do sonho da riqueza à ressaca da pobreza vai um pequeno discurso.
Uma casa portuguesa
O bloco central está de acordo: sem dinheiro, Portugal deve preparar-se para uma açorda com azeitonas e aromas sintetizados do «fiel amigo» que nos abandonou.
No nosso país não há galinhas que ponham ovos de ouro. Não há avestruzes que, quando escondem a cabeça dos problemas mundanos descobrem, com o bico, poços de petróleo.
Há, apenas políticos que não falam sobre o que devemos fazer para competir num mercado onde a mão-de-obra barata deixou de ser o nosso ás trunfo ou sobre as enormes dívidas ao fisco dos clubes de futebol. Esses assuntos queimam a língua e torram votos.
Às tantas parece quem Portugal precisa para governar não é um político: é uma dona de casa. Que saiba fazer uma refeição sem produtos e que os tempere sem ter azeite ou vinagre. São os candidatos a primeiro-ministro que o insinuam. Do sonho da riqueza à ressaca da pobreza vai um pequeno discurso.