Os fundamentais da PAD têm evoluído de forma muito positiva, aliás, de forma demasiadamente positiva!
Basta ver esses fundamentais na demonstração de resultados trimestrais/anuais que estão ao dispor do público no sítio da CMVM (
www.cmvm.pt) ou no sítio da própria Pararede (
www.pararede.com).
Quando digo "demasiadamente positiva" direi que num futuro mais ou menos próximo (numa perspectiva de longo prazo) de cerca de 3 a 4 anos no máximo, tenho muitas dúvidas que a evolução positiva seja assim tão "brutal" porque tornar-se-á muito mais dificil manter a mesma taxa de recuperação e evolução dos resultados e rácios financeiros...
E na minha opinião, esta evolução positiva dos "números" da PAD não retrata eventuais manipulações no Balanço,
mas retrata antes "alguma" manipulação de mercado onde se insere o "core business" da PAD;
Quero eu dizer que um dos accionistas de referência da PAD (o BES) é também accionista de referência de outras grandes empresas (nomeadamente a PT) e consegue através dessas "influências", que legitimamente tem e exerce, fechar bons contratos com a PAD de modo a recuperar sustentadamente esta de uma eventual falência que esteve para ocorrer no ano 2001...
Esta "manipulação de mercado" ou "influência" (como queiramos designar...) é visivel no histórico de noticias no sítio da PAD (
www.pararede.com) e podemos pensar que tal é mau ou negativo!
Na minha opinião, no nosso pequeno Portugal, isso é uma vantagem competitiva muito significativa, que gera mais valias tanto a montante (PT e outras empresas e organismos publicos ou privados...) como a Juzante (Pararede) e se não tem sido este o cenário, ou seja, da PAD possuir como accionista de referência este "big player" (BES) muito provavelmente a PAD já tinha pedido falência em algum tribunal... e os créditos mal-parados tinham ido "para o penico" e tal não é aceitavel para um banco como o BES, além de que este apanhava um "porradão" tipo dois em um: levava como Banco nos créditos mal parados e levava como accionista da PAD!
Ora como o BES tem uma "doutrina bancária" de tentar por todos os meios possiveis a recuperação de qualquer empresa ou negócio (até pode ser uma sociedade por quotas LDA...) era e é do interesse deste "big" que a Pararede melhore a situação até onde puder ir... nem que seja para mais tarde o BES reduzir a sua participação a um nível considerado "aceitavel" de modo a não estar tão exposto a uma empresa como a PAD... que sendo uma tecnológica, é sempre um ramo de negócio muito "voluvel" e sujeito a grandes surpresas que poderão vir de alguma inovação tecnológica inesperada e negativa para o negócio da PAD...
Resumindo:
1) Tendo em conta os "números" apresentados no último balanço trimestral (3º trimestre de 2004) o valor de cotação considerado aceitável/bom para a PAD é de cerca de 0,40€ o que significa que o mercado de algum modo foi eficiente.
2) Se o próximo balanço (Anual 2004) continuar com esta taxa de evolução, é natural que a cotação tenha de subir...
Não é por acaso que perante perspectivas de melhoria da situação financeira, esta administração já tenha proposto e aprovado na última AG a entrada de mais dois administradores no Conselho de Administração.
Podemos interpretar este facto como positivo (melhoria das vendas e lucros logo situação financeira da PAD que justifique mais 2 administradores)
ou interpretar de forma negativa (mal surgem perspectivas de melhoria na situação financeira, vai logo a Administração para um aumento prematuro de custos Administrativos e estes até têm um peso significativo na estrutura de custos da PAD).
3) Em face destes elementos, cada um decidirá se é melhor investir ou não na PAD, tendo sempre presente que da parte dos accionistas de peso (BES e outros) é do seu respectivo interesse que a PAD se torne ainda mais lucrativa poís os prejuízos desses accionistas ainda são uma realidade...
