
Enviado:
9/2/2005 15:57
por Gargalhas
Que estranha forma de vida apresenta o texto.
Eu a pensar que o homem estava a evoluir para seu bem:com os seus inventos;as suas obras;a transformação do dificil em fácil; a produtividade crescente; o seu descanço mais cedo.....Enfim, viver mais é sinal de mais anos a carregar a canga!
Eu bem disse há dias que não havia paraísos na terra.Melhor dizendo:haver há, mas é só para a geração que ensacou as lécas!
Mas quem sabe disto é o JOTABIL

Enviado:
9/2/2005 15:48
por Visitante
Oh Luiz, deculpe lá...
Estou farto de procurar e não encontro...
É capaz de me dizer em que mercados estão a negociar estas acções de que tanto fala????
Desde já o meu obrigado....
Um sambinha para Guterres

Enviado:
9/2/2005 15:19
por luiz22
09/02/2005 14:07
Um sambinha para Guterres
É certo que hoje a expressão «ter autoridade moral» tem o mesmo peso que dizer «faço parte do elenco dos Batanetes», mas Guterres escusava de ser tão modesto. Quando Guterres diz que tem «autoridade moral» até sentimos pena de Santana Lopes. Guterres quer reentrar na política activa como se tivesse sido um cordeirinho imolado sem saber porquê. Não foi: ele é que acendeu o forno de onde saiu a correr e a saltar.
Entre combater as dificuldades do país e encontrar uma fuga rápida, escolheu o «sentido de Estado» e a «autoridade moral» que mais se parecesse com um bólide veloz. Ainda bem que há dirigentes feitos de gesso como Guterres, senão o que é que seria de nós?
É por políticos como ele terem nojo dos sacrifícios, que todos os candidatos a primeiro-ministro prometem amanhãs que cantam. Escutá-los é o mesmo que ouvir Nero com a sua lira: louva-se o prazer, oculta-se o fogo que consome o país.
Amo-te, trabalho!

Enviado:
9/2/2005 15:14
por luiz22
09/02/2005 14:06
Amo-te, trabalho!
Li, pelos jornais, que o PS sugere a subida da idade de reforma dos 65 para os 70 anos. A inevitabilidade matemática e financeira desta medida é tão evidente que a remete logo para o patamar das coisas indiscutíveis. Pois se somos cada vez menos a trabalhar, se vivemos mais anos e se a Segurança Social assenta ainda num sistema redistributivo, que outra seria a equação possível? Visto assim, não há forma de fugir a este destino. Nem os outros partidos concorrentes às eleições podem dizer coisas muito diferentes sobre o tema, a não ser que escolham a demagogia. Porque nesta questão da Segurança Social há uma factura para liquidar e alguém a vai ter de pagar - nós próprios. As simple as that. Agora, também é verdade que impressiona sempre fazer a conta e tomar nota de que faltam uns trinta e tal anos para «fechar o livro». É, pelo menos, esse o caso deste jovem que vos escreve. Mas a situação não será distinta para muitos milhões de outros portugueses, todos igualmente condenados a bulir até lá para as calendas de 2040...
Mas há para ir um conjunto de ideias sobre o trabalho que convém clarificar. Coisas do tipo o trabalho é mandatório, o trabalho liberta, o trabalho santifica. Não, o trabalho não é mandatório - ninguém é obrigado a trabalhar. Qualquer um pode despedir-se hoje mesmo e partir para a aventura. Não, o trabalho não liberta. Antes pelo contrário, todos estamos presos pelos horários, pelas rotinas e pelas hierarquias. Finalmente, o trabalho não santifica. Se assim fosse, a agenda de canonizações estaria repleta. Mas gera cansaço, chatices e olheiras. Então e se é assim, porque trabalhamos? Ou trabalhamos apenas para pagar a prestação da casa, a conta do supermercado e o almoço no snack-bar da esquina? Ou, ainda de outra forma, trabalhamos para viver e vivemos para trabalhar?
Na verdade, a compensação financeira deve estar para o trabalho como o sexo está para os casais. É uma cereja sobre o bolo, mas não o seu drive essencial. A pessoa trabalha para a sua realização profissional. Para construir uma carreira. Para dar vazão à sua criatividade. Para ser confrontado com problemas complexos e os resolver. Para desenvolver relações sociais dentro da empresa e junto dos seus clientes, fornecedores, concorrentes e parceiros. Para ter gozo no que faz, como faz, com quem faz.
Caríssimo leitor, se a perspectiva de mais umas dezenas de anos a fazer o que hoje está a fazer não o entusiasma, pare esta leitura e tire uns minutos para pensar. Para quê continuar a fazer o que faz, para quê continuar a amargar com a sua rotina, para quê viver desmotivado? A vida é curta, passa num instante e é você que deve mandar nela. Não lamente, arrisque. Não sofra, aventure-se. É o gostar do trabalho que torna livre. Se não é esse o caso, tome uma atitude. A sua vida é demasiado preciosa para ser desperdiçada. Saia à procura de uma nova oportunidade, imagine o que gostaria mesmo de construir, sonhe e realize.
Pelo contrário, se a ideia de continuar a desenvolver a sua carreira actual o entusiasma, siga em frente. Vai ver que, muito brevemente, terá atingindo a sua idade da reforma. Quando se ama, nem se dá pelo tempo a passar. O problema não está em que as pessoas trabalhem mais anos, até porque a esperança de vida média continua a subir, o que significa que provavelmente vamos ter o mesmo número de anos para viver a reforma. O problema está na satisfação que retiramos do nosso trabalho. E se cabe a cada um procurar a actividade ou a posição profissional onde consegue extrair mais gozo e valorizar as suas próprias características pessoais, então é preciso fomentar a mobilidade. Carreiras mais longas, implicam maior capacidade de mudar. De empresa, de actividade, de colegas, de experiências. A flexibilidade laboral não pode ser só uma exigência das entidades patronais, a bem da optimização de recursos empresariais. Deve também ser reivindicada por quem trabalha, para que possa cumprir...