O Pina Moura ainda é do PS? Ou é só da Iberdrola?
Onde PSD e PS divergem, advinha-se porque não está explícito, é no modelo de organização empresarial para o sector da energia, onde o Estado tem ainda uma participação determinante. No entanto, os dois programas são omissos em relação àquela que será, porventura, o tema que os agentes e operadores querem ver esclarecido, o impasse na ordenação do sector energético nacional criado pelo chumbo da Comissão Europeia à transferência dos activos de distribuição de gás da Galp para a EDP. E se no caso do PSD se pode presumir a continuidade do modelo promovido pela actual maioria e que passa, no essencial, pela separação do gás do petróleo e pela sua junção com a electricidade, em relação ao PS a expectativa é grande. O programa refere a reestruturação do sector, mas não revela a sua orientação. O líder do partido, José Sócrates, já se manifestou publicamente contra o modelo de colocar sob o controlo da EDP a distribuição de gás, concordando com as objecções de concorrência de Bruxelas ao negócio.
Nem sempre o que é bom para a EDP, é bom para o país, chegou a dizer. No entanto, e depois da decisão presidencial de antecipar eleições, José Sócrates mostrou-se mais cauteloso com a imprensa estrangeira, mas disse o suficiente para fazer cair as acções da EDP. No programa, é feita uma alusão ao novo impulso à liberalização da electricidade em todos os segmentos, incluindo a distribuição que é monopólio da EDP. No programa do PS, as alusões à promoção da concorrência e à defesa activa dos consumidores num sector dominado pela concentração industrial e a correcção das falhas de mercado pela regulação forte e independente não parecem ser um bom sinal para as empresas nacionais dominantes EDP e Galp.
Nem sempre o que é bom para a EDP, é bom para o país, chegou a dizer. No entanto, e depois da decisão presidencial de antecipar eleições, José Sócrates mostrou-se mais cauteloso com a imprensa estrangeira, mas disse o suficiente para fazer cair as acções da EDP. No programa, é feita uma alusão ao novo impulso à liberalização da electricidade em todos os segmentos, incluindo a distribuição que é monopólio da EDP. No programa do PS, as alusões à promoção da concorrência e à defesa activa dos consumidores num sector dominado pela concentração industrial e a correcção das falhas de mercado pela regulação forte e independente não parecem ser um bom sinal para as empresas nacionais dominantes EDP e Galp.