Empresas vão investir mais 6,2% este ano
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comentário cambial
Trichet não travou euro
O euro voltou ontem a subir para 1,3053 dólares, apesar de Jean- -Claude Trichet, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), ter avisado que a apreciação da moeda europeia "é contraproducente na perspectiva do crescimento económico". E as autoridades monetárias europeias pediram, uma vez mais, à administração Bush que tome medidas para travar os elevados défices orçamental e comercial, a razão para a recente queda do dólar. A recuperação do euro foi, no entanto, limitada, pelas boas perspectivas para a economia dos EUA - as despesas de consumo das famílias aumentaram 0,8% em Dezembro e o índice da produção industrial subiu. O mercado aguarda agora as decisões da reunião da Fed, que termina amanhã. A maioria dos analistas já descontou um agravamento de 25 pontos percentuais nos juros, atirando a taxa de referência da Fed para 2,50%, contra os 2% dos juros praticados na Europa, o que poderá levar a uma maior procura de dólares e à subida da moeda norte-americana.
Trichet não travou euro
O euro voltou ontem a subir para 1,3053 dólares, apesar de Jean- -Claude Trichet, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), ter avisado que a apreciação da moeda europeia "é contraproducente na perspectiva do crescimento económico". E as autoridades monetárias europeias pediram, uma vez mais, à administração Bush que tome medidas para travar os elevados défices orçamental e comercial, a razão para a recente queda do dólar. A recuperação do euro foi, no entanto, limitada, pelas boas perspectivas para a economia dos EUA - as despesas de consumo das famílias aumentaram 0,8% em Dezembro e o índice da produção industrial subiu. O mercado aguarda agora as decisões da reunião da Fed, que termina amanhã. A maioria dos analistas já descontou um agravamento de 25 pontos percentuais nos juros, atirando a taxa de referência da Fed para 2,50%, contra os 2% dos juros praticados na Europa, o que poderá levar a uma maior procura de dólares e à subida da moeda norte-americana.
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bolsa de valores
Lisboa ao máximo desde 2001
A Bolsa portuguesa ganhou ontem quase 1%, com o índice PSI-20 a ultrapassar a barreira dos 8 mil pontos, o valor mais alto desde Novembro de 2001. BCP, Portugal Telecom e Cofina estiveram por detrás da subida.
O BCP, que liderou o volume de negócios com mais de 18,9 milhões de acções a mudarem de mãos, valorizou 2,42%. O impulso é explicado pela garantia dada pelo novo presidente executivo, Paulo Teixeira Pinto, que manterá a linha estratégica do banco (centrar a actividade no core-business), explicou um operador.
Em grande destaque estiveram ainda a Cofina, Impresa e Media Capital, todos puxadas pelo eventual compra da Lusomundo Media. Todos os interessados na empresa do grupo PT que concentra os negócios de media (DN, JN, TSF...) terão que apresentar as respectivas propostas até dia 14 deste mês. Alavancada pela eventual venda, a PT subiu 1,5 e a PTM ganhou 1,78%, chegando a negociar, a meio da sessão, a 20,09 euros, o valor mais alto desde Fevereiro de 2001. No resto da Europa, os ganhos variaram entre 0,4% e 1,2%, com os investidores a aplaudirem a descida do preço do petróleo. A sessão de hoje deverá ser condicionada pela reunião da Fed sobre taxas de juro.
bolsa de valores
Lisboa ao máximo desde 2001
A Bolsa portuguesa ganhou ontem quase 1%, com o índice PSI-20 a ultrapassar a barreira dos 8 mil pontos, o valor mais alto desde Novembro de 2001. BCP, Portugal Telecom e Cofina estiveram por detrás da subida.
O BCP, que liderou o volume de negócios com mais de 18,9 milhões de acções a mudarem de mãos, valorizou 2,42%. O impulso é explicado pela garantia dada pelo novo presidente executivo, Paulo Teixeira Pinto, que manterá a linha estratégica do banco (centrar a actividade no core-business), explicou um operador.
Em grande destaque estiveram ainda a Cofina, Impresa e Media Capital, todos puxadas pelo eventual compra da Lusomundo Media. Todos os interessados na empresa do grupo PT que concentra os negócios de media (DN, JN, TSF...) terão que apresentar as respectivas propostas até dia 14 deste mês. Alavancada pela eventual venda, a PT subiu 1,5 e a PTM ganhou 1,78%, chegando a negociar, a meio da sessão, a 20,09 euros, o valor mais alto desde Fevereiro de 2001. No resto da Europa, os ganhos variaram entre 0,4% e 1,2%, com os investidores a aplaudirem a descida do preço do petróleo. A sessão de hoje deverá ser condicionada pela reunião da Fed sobre taxas de juro.
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BESI e UBS lideram operação
Mota-Engil vai dispersar 22% do capital em Bolsa
Os accionistas da Mota-Engil, Vallis e Algosi, contrataram o Bes Investimento e a UBS para proceder a uma "oferta particular de um lote até 45 milhões de acções da Mota-Engil», cerca de 22% do capital da construtora, de acordo com o comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Além dos objectivos dos accionistas, esta operação, que à cotação actual envolverá 112,5 milhões de euros, terá como consequência directa o aumento do capital disperso em bolsa (free-float), contribuindo para uma maior liquidez e visibilidade da empresa. No dia 21 de Janeiro, a construtora já tinha anunciado a intenção de aumentar o free-float através de uma operação de dispersão em mercado secundário. De acordo com a Espírito Santo Research, a Mota-Engil tem, actualmente, cerca de 28% de free-float. A construtora é controlada pela família Mota, que detém mais de 70% do capital social, e pelas participadas Mota Gestão e PA, Algosi-Gestão e Vallis SGPS.
Mota-Engil vai dispersar 22% do capital em Bolsa
Os accionistas da Mota-Engil, Vallis e Algosi, contrataram o Bes Investimento e a UBS para proceder a uma "oferta particular de um lote até 45 milhões de acções da Mota-Engil», cerca de 22% do capital da construtora, de acordo com o comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Além dos objectivos dos accionistas, esta operação, que à cotação actual envolverá 112,5 milhões de euros, terá como consequência directa o aumento do capital disperso em bolsa (free-float), contribuindo para uma maior liquidez e visibilidade da empresa. No dia 21 de Janeiro, a construtora já tinha anunciado a intenção de aumentar o free-float através de uma operação de dispersão em mercado secundário. De acordo com a Espírito Santo Research, a Mota-Engil tem, actualmente, cerca de 28% de free-float. A construtora é controlada pela família Mota, que detém mais de 70% do capital social, e pelas participadas Mota Gestão e PA, Algosi-Gestão e Vallis SGPS.
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Assembleia extraordinária de accionistas
Roquette na administração
Arquivo DN
O empresário José Roquette (na foto) e o presidente das asturianas Cajastur e Hidrocantábrico, Manuel Menéndez, foram eleitos membros do conselho de administração da EDP-Energias de Portugal. A decisão de nomeação foi ontem aprovada pelos accionistas da EDP em assembleia geral extraordinária. Manuel Menéndez, presidente da Cajastur e da Hidrocantábrico, foi eleito em representação da instituição bancária, que na sequência da operação de aumento de capital da EDP reforçou a sua participação na empresa portuguesa para 5,53%, e José Roquette foi eleito como membro independente. Na sequência do aumento de capital, a assembleia geral extraordinária, realizada a 7 de Outubro decidiu aumentar de 13 para 15 o número efectivo de membros do conselho de administração para o triénio 2003-2005. A reunião de accionistas ratificou também a cooptação dos administradores João da Silva Freixa e José Sucena Paiva em substituição dos administradores Luís Mira Amaral e Vítor Costa Martins, que renunciaram ao cargo. A Hidrocantábrico, controlada pela EDP, aprovou na passada sexta-feira, também em assembleia extraordinária, os novos estatutos e o modelo de gestão, tendo nomeado João Talone vice-presidente da eléctrica asturiana.
Roquette na administração
Arquivo DN
O empresário José Roquette (na foto) e o presidente das asturianas Cajastur e Hidrocantábrico, Manuel Menéndez, foram eleitos membros do conselho de administração da EDP-Energias de Portugal. A decisão de nomeação foi ontem aprovada pelos accionistas da EDP em assembleia geral extraordinária. Manuel Menéndez, presidente da Cajastur e da Hidrocantábrico, foi eleito em representação da instituição bancária, que na sequência da operação de aumento de capital da EDP reforçou a sua participação na empresa portuguesa para 5,53%, e José Roquette foi eleito como membro independente. Na sequência do aumento de capital, a assembleia geral extraordinária, realizada a 7 de Outubro decidiu aumentar de 13 para 15 o número efectivo de membros do conselho de administração para o triénio 2003-2005. A reunião de accionistas ratificou também a cooptação dos administradores João da Silva Freixa e José Sucena Paiva em substituição dos administradores Luís Mira Amaral e Vítor Costa Martins, que renunciaram ao cargo. A Hidrocantábrico, controlada pela EDP, aprovou na passada sexta-feira, também em assembleia extraordinária, os novos estatutos e o modelo de gestão, tendo nomeado João Talone vice-presidente da eléctrica asturiana.
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EDP atenta às fusões na energia em Espanha
A EDP-Energias de Portugal está atenta a eventuais movimentos de concentração no sector da energia em Espanha. A revelação foi feita ontem pelo presidente-executivo da empresa, depois da assembleia extraordinária de accionistas.
"A única concentração que se proporcionou em termos ibéricos até hoje, com a compra do controlo da Hidrocantábrico e da Naturcorp, foi feita pela EDP", disse João Talone, citado pela Lusa, que sublinhou que a EDP está "atenta" a movimentos no sector em Espanha.
Vários responsáveis do sector em Espanha, nomeadamente o presidente de La Caixa, Ricardo Fornesa, têm manifestado a intenção de proceder a fusões para criar grandes grupos energéticos.
Em relação ao 'chumbo' de Bruxelas sobre a transferência do gás para a esfera da EDP, João Talone afirmou que a eléctrica "está ainda a estudar" se avança ou não para um recurso da decisão. O prazo para o fazer termina no final de Fevereiro, afirmou o gestor.
A Comissão Europeia decidiu, a 9 de Dezembro, proibir a EDP e a ENI de adquirirem a Gás de Portugal, alegando que a operação constituiria um obstáculo a uma concorrência efectiva.
A EDP tem um grupo de especialistas a estudar os fundamentos da decisão de Bruxelas e, se concluir que foi errada, deverá recorrer, ponderando mesmo pedir uma indemnização à Comissão Europeia se se provar que a empresa foi lesada pela decisão das autoridades comunitárias.
João Talone reafirmou, contudo, que a EDP está a "estudar alternativas para a solução do gás, em termos de negócio".
A compra de um terminal de gás em Espanha, como chegou a ser equacionada, não é ainda certa para a EDP. "Ainda não sabemos se precisamos de avançar, mas se precisarmos há muitos em vista", disse João Talone, considerando que esse não é um problema, uma vez que "neste momento há excesso de capacidade de terminais na Península Ibérica".
A empresa já tem capacidade reservada no terminal de Bilbau e conta com a utilização do terminal de Sines, explicou o presidente executivo do grupo EDP.
No final do primeiro trimestre, a EDP espera ter finalizado um estudo sobre a oferta combinada de gás e electricidade aos seus clientes do mercado português.
A EDP-Energias de Portugal está atenta a eventuais movimentos de concentração no sector da energia em Espanha. A revelação foi feita ontem pelo presidente-executivo da empresa, depois da assembleia extraordinária de accionistas.
"A única concentração que se proporcionou em termos ibéricos até hoje, com a compra do controlo da Hidrocantábrico e da Naturcorp, foi feita pela EDP", disse João Talone, citado pela Lusa, que sublinhou que a EDP está "atenta" a movimentos no sector em Espanha.
Vários responsáveis do sector em Espanha, nomeadamente o presidente de La Caixa, Ricardo Fornesa, têm manifestado a intenção de proceder a fusões para criar grandes grupos energéticos.
Em relação ao 'chumbo' de Bruxelas sobre a transferência do gás para a esfera da EDP, João Talone afirmou que a eléctrica "está ainda a estudar" se avança ou não para um recurso da decisão. O prazo para o fazer termina no final de Fevereiro, afirmou o gestor.
A Comissão Europeia decidiu, a 9 de Dezembro, proibir a EDP e a ENI de adquirirem a Gás de Portugal, alegando que a operação constituiria um obstáculo a uma concorrência efectiva.
A EDP tem um grupo de especialistas a estudar os fundamentos da decisão de Bruxelas e, se concluir que foi errada, deverá recorrer, ponderando mesmo pedir uma indemnização à Comissão Europeia se se provar que a empresa foi lesada pela decisão das autoridades comunitárias.
João Talone reafirmou, contudo, que a EDP está a "estudar alternativas para a solução do gás, em termos de negócio".
A compra de um terminal de gás em Espanha, como chegou a ser equacionada, não é ainda certa para a EDP. "Ainda não sabemos se precisamos de avançar, mas se precisarmos há muitos em vista", disse João Talone, considerando que esse não é um problema, uma vez que "neste momento há excesso de capacidade de terminais na Península Ibérica".
A empresa já tem capacidade reservada no terminal de Bilbau e conta com a utilização do terminal de Sines, explicou o presidente executivo do grupo EDP.
No final do primeiro trimestre, a EDP espera ter finalizado um estudo sobre a oferta combinada de gás e electricidade aos seus clientes do mercado português.
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'ranking'
Seguradora ocupa terceiro lugar
O Grupo Tranquilidade ocupa o terceiro lugar no ranking segurador em Portugal, com uma quota de mercado de 12,4% (prémios Vida e Não-Vida), de acordo com os dados ontem divulgados pela empresa. O seu volume de prémios totais ascendeu a 1,2 mil milhões de euros, contra 1,3 mil milhões do grupo BCP (quota de 13,1%) e 2,8 mil milhões do grupo CGD (com 27% do mercado). Em quarto lugar está o grupo BPI/Allianz, com 12,1% de quota.
Seguradora ocupa terceiro lugar
O Grupo Tranquilidade ocupa o terceiro lugar no ranking segurador em Portugal, com uma quota de mercado de 12,4% (prémios Vida e Não-Vida), de acordo com os dados ontem divulgados pela empresa. O seu volume de prémios totais ascendeu a 1,2 mil milhões de euros, contra 1,3 mil milhões do grupo BCP (quota de 13,1%) e 2,8 mil milhões do grupo CGD (com 27% do mercado). Em quarto lugar está o grupo BPI/Allianz, com 12,1% de quota.
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Tranquilidade aguarda parceiro e admite aquisições
paula cordeiro Arquivo DN-Armando Jacinto
redimensionar. Tranquilidade reduziu efectivos em 27,6% desde 2002
A Tranquilidade equaciona a possibilidade de abrir parte do seu capital a um parceiro, ao mesmo tempo que admite entrar em processos de aquisição em Portugal.
Na apresentação dos resultados de 2004, Peter Brito e Cunha, presidente-executivo do grupo segurador, esclareceu que o accionista, a Espírito Santo Financial Group (ESFG), não pretende perder o controlo da companhia. "Sempre defendemos a importância de haver centros de decisão em Portugal", esclareceu. Para a Tranquilidade, o potencial parceiro poderá ser uma companhia já presente no mercado português ou não, tendo sempre presente que "quem vier juntar-se a nós tem as vantagens da nossa marca e do nosso nome", acrescentou. Neste momento, "há apenas conversas, como sempre houve", sendo mais necessário um parceiro para a área Não-Vida. Se a parceria se desenvolver com um player estrangeiro, europeu ou mundial, a seguradora portuguesa ganharia vantagem no negócios dos resseguros, salientou o seu presidente.
Quanto à possibilidade da Tranquilidade poder vir a comprar outra companhia, Brito e Cunha explicou esta intenção com o facto do mercado se preparar para entrar "em fase de consolidação". Segundo este responsável, com a entrada do Fortis no negócio segurador em parceria com o BCP, passando a controlar 36% do mercado, "há-de haver outro tipo alterações no mercado e nós aqui estamos para tomar decisões". A entrada deste player europeu "é positivo para o mercado e somos os últimos a temê-la", disse. "O Fortis vem mexer em tudo e obriga àquela reorganização e reestruturação que era necessária", referiu ainda o presidente-executivo da Tranquilidade.
Quanto ao eventual interesse da seguradora do grupo BES na Seguro Directo, que a Caixa Seguros vai ter de vender, Brito e Cunha não manifestou interesse, salientando apenas que "a existência de muitas companhias telefónicas é negativo".
As seguradoras do Grupo Tranquilidade obtiveram, em conjunto, um lucros líquido de 49,5 milhões de euros, mais 2,2% que no ano anterior. Os resultados da Tranquilidade cresceram 25% (atingindo 25 milhões de euros), os da Espírito Santo Seguros subiram 10% e a Tranquilidade-Vida, apesar do crescimento de 9% dos resultados técnicos, viu os seus lucros caírem 17,1%, devido à conjuntura dos mercados de capitais.
O total de prémios brutos emitidos pela Tranquilidade ascendeu a 335,4 milhões de euros, mais 5,5% que no ano anterior. Os custos gerais caíram 14,4% entre 2003 e 2004, revelando o rácio dos custos face aos prémios um decréscimo de 30,1% para 24,4%.
O grupo segurador concluiu o seu plano de redução de colaboradores em 2004, iniciado em 2002, tendo reduzido 27,6%, ficando agora com 999 efectivos.
No final de 2004, o grupo ultimou o processo de fusão da Tranquilidade com a Espírito Santo Inter-Atlântico (ESIA), outra das companhias do grupo.
Com vista recuperar os 2% de quota global perdida no últimos dois anos (para voltar aos 10%), a Tranquilidade acaba de lançar o 'Programa Turbo', que visa potenciar os canais de distribuição, acelerar a captação de clientes do assurfinance e melhorar o rácio combinado (abaixo dos 100%).
paula cordeiro Arquivo DN-Armando Jacinto
redimensionar. Tranquilidade reduziu efectivos em 27,6% desde 2002
A Tranquilidade equaciona a possibilidade de abrir parte do seu capital a um parceiro, ao mesmo tempo que admite entrar em processos de aquisição em Portugal.
Na apresentação dos resultados de 2004, Peter Brito e Cunha, presidente-executivo do grupo segurador, esclareceu que o accionista, a Espírito Santo Financial Group (ESFG), não pretende perder o controlo da companhia. "Sempre defendemos a importância de haver centros de decisão em Portugal", esclareceu. Para a Tranquilidade, o potencial parceiro poderá ser uma companhia já presente no mercado português ou não, tendo sempre presente que "quem vier juntar-se a nós tem as vantagens da nossa marca e do nosso nome", acrescentou. Neste momento, "há apenas conversas, como sempre houve", sendo mais necessário um parceiro para a área Não-Vida. Se a parceria se desenvolver com um player estrangeiro, europeu ou mundial, a seguradora portuguesa ganharia vantagem no negócios dos resseguros, salientou o seu presidente.
Quanto à possibilidade da Tranquilidade poder vir a comprar outra companhia, Brito e Cunha explicou esta intenção com o facto do mercado se preparar para entrar "em fase de consolidação". Segundo este responsável, com a entrada do Fortis no negócio segurador em parceria com o BCP, passando a controlar 36% do mercado, "há-de haver outro tipo alterações no mercado e nós aqui estamos para tomar decisões". A entrada deste player europeu "é positivo para o mercado e somos os últimos a temê-la", disse. "O Fortis vem mexer em tudo e obriga àquela reorganização e reestruturação que era necessária", referiu ainda o presidente-executivo da Tranquilidade.
Quanto ao eventual interesse da seguradora do grupo BES na Seguro Directo, que a Caixa Seguros vai ter de vender, Brito e Cunha não manifestou interesse, salientando apenas que "a existência de muitas companhias telefónicas é negativo".
As seguradoras do Grupo Tranquilidade obtiveram, em conjunto, um lucros líquido de 49,5 milhões de euros, mais 2,2% que no ano anterior. Os resultados da Tranquilidade cresceram 25% (atingindo 25 milhões de euros), os da Espírito Santo Seguros subiram 10% e a Tranquilidade-Vida, apesar do crescimento de 9% dos resultados técnicos, viu os seus lucros caírem 17,1%, devido à conjuntura dos mercados de capitais.
O total de prémios brutos emitidos pela Tranquilidade ascendeu a 335,4 milhões de euros, mais 5,5% que no ano anterior. Os custos gerais caíram 14,4% entre 2003 e 2004, revelando o rácio dos custos face aos prémios um decréscimo de 30,1% para 24,4%.
O grupo segurador concluiu o seu plano de redução de colaboradores em 2004, iniciado em 2002, tendo reduzido 27,6%, ficando agora com 999 efectivos.
No final de 2004, o grupo ultimou o processo de fusão da Tranquilidade com a Espírito Santo Inter-Atlântico (ESIA), outra das companhias do grupo.
Com vista recuperar os 2% de quota global perdida no últimos dois anos (para voltar aos 10%), a Tranquilidade acaba de lançar o 'Programa Turbo', que visa potenciar os canais de distribuição, acelerar a captação de clientes do assurfinance e melhorar o rácio combinado (abaixo dos 100%).
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Empresas vão investir mais 6,2% este ano
Empresas vão investir mais 6,2% este ano
hugo bordeira
Os empresários portugueses prevêem um aumento significativo do investimento durante este ano, sobretudo em aquisição de equipamentos. Mas, apesar disso, não esperam um crescimento substancial na criação de postos de trabalho. Esta é uma das principais conclusões do Inquérito ao Investimento de Outubro de 2004, divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que revela que os homens de negócio estão mais receosos nesta altura do que em Abril do ano passado.
Na verdade, os dados do INE mostram que as estimativas dos inquiridos apontam para uma quebra na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) de 0,6% em 2004, um valor que contrasta com o aumento de 5,6% no investimento esperado pelos empresários, no inquérito de Abril/Junho do ano transacto.
A boa notícia, porém, é que a primeira projecção para 2005 já aponta para um crescimento global do investimento das empresas na ordem dos 6,2%, face a 2004. Um aumento que poderá estar relacionado com o adiamento deste tipo de decisões por causa da convocação de eleições antecipadas.
A penúria de 2004 afectou quase todos os sectores. Neste quadro negro, destacaram-se pela negativa as empresas ligadas ao comércio (as estimativas de investimento desceram 20,5% em seis meses), à construção (quebra de 20,3%), actividades financeiras (-18,9%) e indústria extractiva (-12,7%). Apesar da quebra registada em quase todas as áreas, não deixa de ser curioso constatar que o inquérito de Outubro revela que há agora mais empresas apostadas em investir (64,9 em cada 100 inquiridos, sete pontos percentuais acima do inquérito realizado em Abril).
Quando interrogados sobre o futuro, os empresários revelaram mais optimismo para 2005. Sobretudo os que estão ligados aos sectores da electricidade, água e gás (prevêem investir mais 28,1% face a 2004) ; transportes, armazenagem e comunicações (mais 18,7%); alojamento e restauração (16,4%); actividades financeiras (13,3%); e actividades imobiliárias e serviços às empresas (12,5%).
De sublinhar que a dimensão das empresas é um factor importante nas expectativas. A grande maioria (40%) das organizações que prevê investir em 2005 tem entre 50 a 99 empregados, destacando-se também as grandes companhias com mais de 500 trabalhadores. As PME, pelo contrário, são as que têm menos perspectivas.
As prioridades das empresas centram-se fundamentalmente na aquisição de equipamentos, que deverá absorver mais de metade dos verbas previstas para este ano (50,9%). Também importantes são as dotações para obras e construção (28,8% do total), ao passo que os materiais de transporte e outros investimentos vão receber menos dinheiro das empresas.
Os empresários prevêem que os efeitos dos investimentos na criação de emprego não sejam muito significativos em 2005, estimando um crescimento global de 1,2%. As expectativas são até mais baixas do que em Abril de 2004, já que apenas 7% das empresas pensam aumentar a sua força de trabalho. Os sectores que prevêem criar mais postos de trabalho são o comércio (mais 11,5% face a 2004), alojamento e restauração (11%) e os transportes e comunicações (7,2%). Em sentido inverso, 5,8% das empresas inquiridas prevêem reduzir o número de trabalhadores, nomeadamente as que estão ligadas a actividades financeiras (29,3%) e indústria transformadora (8,1%).
hugo bordeira
Os empresários portugueses prevêem um aumento significativo do investimento durante este ano, sobretudo em aquisição de equipamentos. Mas, apesar disso, não esperam um crescimento substancial na criação de postos de trabalho. Esta é uma das principais conclusões do Inquérito ao Investimento de Outubro de 2004, divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que revela que os homens de negócio estão mais receosos nesta altura do que em Abril do ano passado.
Na verdade, os dados do INE mostram que as estimativas dos inquiridos apontam para uma quebra na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) de 0,6% em 2004, um valor que contrasta com o aumento de 5,6% no investimento esperado pelos empresários, no inquérito de Abril/Junho do ano transacto.
A boa notícia, porém, é que a primeira projecção para 2005 já aponta para um crescimento global do investimento das empresas na ordem dos 6,2%, face a 2004. Um aumento que poderá estar relacionado com o adiamento deste tipo de decisões por causa da convocação de eleições antecipadas.
A penúria de 2004 afectou quase todos os sectores. Neste quadro negro, destacaram-se pela negativa as empresas ligadas ao comércio (as estimativas de investimento desceram 20,5% em seis meses), à construção (quebra de 20,3%), actividades financeiras (-18,9%) e indústria extractiva (-12,7%). Apesar da quebra registada em quase todas as áreas, não deixa de ser curioso constatar que o inquérito de Outubro revela que há agora mais empresas apostadas em investir (64,9 em cada 100 inquiridos, sete pontos percentuais acima do inquérito realizado em Abril).
Quando interrogados sobre o futuro, os empresários revelaram mais optimismo para 2005. Sobretudo os que estão ligados aos sectores da electricidade, água e gás (prevêem investir mais 28,1% face a 2004) ; transportes, armazenagem e comunicações (mais 18,7%); alojamento e restauração (16,4%); actividades financeiras (13,3%); e actividades imobiliárias e serviços às empresas (12,5%).
De sublinhar que a dimensão das empresas é um factor importante nas expectativas. A grande maioria (40%) das organizações que prevê investir em 2005 tem entre 50 a 99 empregados, destacando-se também as grandes companhias com mais de 500 trabalhadores. As PME, pelo contrário, são as que têm menos perspectivas.
As prioridades das empresas centram-se fundamentalmente na aquisição de equipamentos, que deverá absorver mais de metade dos verbas previstas para este ano (50,9%). Também importantes são as dotações para obras e construção (28,8% do total), ao passo que os materiais de transporte e outros investimentos vão receber menos dinheiro das empresas.
Os empresários prevêem que os efeitos dos investimentos na criação de emprego não sejam muito significativos em 2005, estimando um crescimento global de 1,2%. As expectativas são até mais baixas do que em Abril de 2004, já que apenas 7% das empresas pensam aumentar a sua força de trabalho. Os sectores que prevêem criar mais postos de trabalho são o comércio (mais 11,5% face a 2004), alojamento e restauração (11%) e os transportes e comunicações (7,2%). Em sentido inverso, 5,8% das empresas inquiridas prevêem reduzir o número de trabalhadores, nomeadamente as que estão ligadas a actividades financeiras (29,3%) e indústria transformadora (8,1%).
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