Depois da Merrill Lynch
Credit Suisse defende que novo Governo será uma «ameaça» potencial à EDP
O CSFB, num estudo divulgado hoje, defende que um novo Governo em Portugal é uma das ameaças potenciais para as acções da Energias de Portugal (EDP). Esta visão é idêntica à defendida pela Merrill Lynch que, recentemente, considerou que as declarações de Sócrates sobre o sector poderão travar ainda mais a incursão da eléctrica no negócio do gás.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
O CSFB, num estudo divulgado hoje, defende que um novo Governo em Portugal é uma das ameaças potenciais para as acções da Energias de Portugal (EDP). Esta visão é idêntica à defendida pela Merrill Lynch que, recentemente, considerou que as declarações de Sócrates sobre o sector poderão travar ainda mais a incursão da eléctrica no negócio do gás.
O Credit Suisse First Boston (CSFB) divulgou hoje a lista das «Top Picks» para 2005 do sector pan-europeu das «utilities». As escolhidas foram a E.ON, a NGT, a Unión Fenosa e a PPC.
Para a Energias de Portugal (EDP) [Cot], o banco suíço reiterou a recomendação de «neutral», bem como o preço-alvo de 2,36 euros.
O analista Alfonso Zuloaga elaborou uma lista das «ameaças potencias» que pairam sobre as acções da eléctrica, citando a liberalização do mercado, que irá atrair novos «players» para o sector; as revisões a nível da regulação no mercado português e brasileiro e, finalmente, «um novo governo em Portugal».
A mesma opinião manifestou a Merrill Lynch que, no passado dia 20 de Janeiro, defendeu que as declarações de Sócrates sobre o sector poderão travar ainda mais a incursão no negócio do gás.
Num encontro, em meados de Janeiro com a imprensa estrangeira, o líder do Partido Socialista disse que «vamos fazer uma reestruturação no sector energético». Sócrates não detalhou os planos que têm para o sector energético português, mas avançou que quer «mais concorrência, para beneficiar os portugueses, as empresas portuguesas, de modo a ficarem mais eficientes», com tarifas eléctricas mais baixas.
Uma sondagem ontem publicada pela revista «Visão» apontava para uma vitória do Partido Socialista com 40% das intenções de voto, enquanto o PSD garante 32% e o CDS/PP 8%. Segundo a mesma fonte, o Bloco de Esquerda assegura 5% e a CDU, que agrega o PCP e os Verde, detém 4% das intenções.
Dos inquiridos, 59% afirmou acreditar que o PS vai ganhar as eleições, enquanto 11% aposta na vitória do PSD.
«Um governo menos apoiante poderá travar ainda mais as opções da eléctrica no negócio do gás, nomeadamente com a Gás de Portugal; poderá tornar mais difícil o caminho para as Centrais de Ciclo Combinado; podendo ainda criar incertezas sobre a gestão da empresa», referia o banco.
Lucros da eléctrica em 2004 devem aumentar 16%
Sobre os resultados da eléctrica, o Credit Suisse prevê que estes, em 2004, tenham crescido 16% para os 444 milhões de euros.
As receitas, caso se confirmem as previsões, poderão registar um incremento para os 7.636 milhões de euros, enquanto o EBITDA (lucros antes dos juros, impostos, amortizações / depreciações) deverá subir 5% para os 1.918 milhões de euros.
Alfonso Zuloaga prevê uma subida no valor dos dividendos por acção dos 0,09 euros para os 0,10 euros. O analista também elaborou um rol das «oportunidades potenciais» para negócio da eléctrica: um dos potenciais de corte de custos mais elevados na Europa; o desenvolvimento de serviços «multi-utility» no sector do gás; e uma consolidação no sector das telecomunicações, que poderá «cristalizar» o valor dos activos da EDP nesta área.
Em relação a 2004, a Merrill Lynch também espera que os lucros líquidos da EDP se quedem nos 444 milhões de euros, contra os 457 milhões anteriormente estimados. Já a previsão para o EBITDA, é mais conservadora, descendo dos 1,946 mil milhões de euros para os 1,904 mil milhões.
As acções da EDP negociavam hoje em queda de 0,45% para os 2,23 euros.
Credit Suisse defende que novo Governo será uma «ameaça» potencial à EDP
O CSFB, num estudo divulgado hoje, defende que um novo Governo em Portugal é uma das ameaças potenciais para as acções da Energias de Portugal (EDP). Esta visão é idêntica à defendida pela Merrill Lynch que, recentemente, considerou que as declarações de Sócrates sobre o sector poderão travar ainda mais a incursão da eléctrica no negócio do gás.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
O CSFB, num estudo divulgado hoje, defende que um novo Governo em Portugal é uma das ameaças potenciais para as acções da Energias de Portugal (EDP). Esta visão é idêntica à defendida pela Merrill Lynch que, recentemente, considerou que as declarações de Sócrates sobre o sector poderão travar ainda mais a incursão da eléctrica no negócio do gás.
O Credit Suisse First Boston (CSFB) divulgou hoje a lista das «Top Picks» para 2005 do sector pan-europeu das «utilities». As escolhidas foram a E.ON, a NGT, a Unión Fenosa e a PPC.
Para a Energias de Portugal (EDP) [Cot], o banco suíço reiterou a recomendação de «neutral», bem como o preço-alvo de 2,36 euros.
O analista Alfonso Zuloaga elaborou uma lista das «ameaças potencias» que pairam sobre as acções da eléctrica, citando a liberalização do mercado, que irá atrair novos «players» para o sector; as revisões a nível da regulação no mercado português e brasileiro e, finalmente, «um novo governo em Portugal».
A mesma opinião manifestou a Merrill Lynch que, no passado dia 20 de Janeiro, defendeu que as declarações de Sócrates sobre o sector poderão travar ainda mais a incursão no negócio do gás.
Num encontro, em meados de Janeiro com a imprensa estrangeira, o líder do Partido Socialista disse que «vamos fazer uma reestruturação no sector energético». Sócrates não detalhou os planos que têm para o sector energético português, mas avançou que quer «mais concorrência, para beneficiar os portugueses, as empresas portuguesas, de modo a ficarem mais eficientes», com tarifas eléctricas mais baixas.
Uma sondagem ontem publicada pela revista «Visão» apontava para uma vitória do Partido Socialista com 40% das intenções de voto, enquanto o PSD garante 32% e o CDS/PP 8%. Segundo a mesma fonte, o Bloco de Esquerda assegura 5% e a CDU, que agrega o PCP e os Verde, detém 4% das intenções.
Dos inquiridos, 59% afirmou acreditar que o PS vai ganhar as eleições, enquanto 11% aposta na vitória do PSD.
«Um governo menos apoiante poderá travar ainda mais as opções da eléctrica no negócio do gás, nomeadamente com a Gás de Portugal; poderá tornar mais difícil o caminho para as Centrais de Ciclo Combinado; podendo ainda criar incertezas sobre a gestão da empresa», referia o banco.
Lucros da eléctrica em 2004 devem aumentar 16%
Sobre os resultados da eléctrica, o Credit Suisse prevê que estes, em 2004, tenham crescido 16% para os 444 milhões de euros.
As receitas, caso se confirmem as previsões, poderão registar um incremento para os 7.636 milhões de euros, enquanto o EBITDA (lucros antes dos juros, impostos, amortizações / depreciações) deverá subir 5% para os 1.918 milhões de euros.
Alfonso Zuloaga prevê uma subida no valor dos dividendos por acção dos 0,09 euros para os 0,10 euros. O analista também elaborou um rol das «oportunidades potenciais» para negócio da eléctrica: um dos potenciais de corte de custos mais elevados na Europa; o desenvolvimento de serviços «multi-utility» no sector do gás; e uma consolidação no sector das telecomunicações, que poderá «cristalizar» o valor dos activos da EDP nesta área.
Em relação a 2004, a Merrill Lynch também espera que os lucros líquidos da EDP se quedem nos 444 milhões de euros, contra os 457 milhões anteriormente estimados. Já a previsão para o EBITDA, é mais conservadora, descendo dos 1,946 mil milhões de euros para os 1,904 mil milhões.
As acções da EDP negociavam hoje em queda de 0,45% para os 2,23 euros.