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BESI analisa parcerias na Polónia e República Checa

19/01/2005 21:16

Por Sérgio Gonçalves

COURCHEVEL, FRANÇA, 19 Jan (Reuters) - O Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), do grupo BES , está a analisar parcerias com players locais para entrar na Polónia e na República Checa, podendo concluí-las em 2005, disse Francisco Cary, administrador do BES Investimento.

Adiantou que "a perspectiva será inicialmente o BES Investimento ter uma posição accionista minoritária" e que, apesar de "potencialmente o BES Investimento poder fazer parcerias nesses dois mercados, se tiver de fazer uma escolha prioritária será a Polónia".

Explicou que a entrada nestes dois mercados com elevado potencial de crescimento não será feita a qualquer preço e frisou que acredita que "é possível manter" os níveis de rentabilidade do BES Investimento em 2004 ou seja um Return on Equities (ROE) superior a 25 pct.

Lembrou que, durante 2004, o BES Investimento iniciou a implementação da sua estratégia de entrada nos países de Leste, tendo sido feito "o trabalho de avaliação" que concluiu pelo "foco nos principais países que recentemente entraram na União Europeia (UE) e entrada por associação com um player local".

"Estamos a olhar, a analisar a Polónia e a República Checa. Estamos a analisar associações com players locais desses países (que seriam) parcerias com participação no capital", disse Francisco Cary, num encontro com jornalistas.

"O objectivo é fazer essas parcerias em 2005 e potencialmente podemos fazer essas duas parcerias", adiantou o administrador do BES Investimento.

BES INVESTIMENTO PREVÊ LUCRO 50 ME 2004 VS 27 ME 2003

Adiantou que o BES Investimento prevê que tenha alcançado um lucro líquido conslidado de cerca de 50 milhões de euros (ME) em 2004 face aos 27 ME de 2003, com o Produto Bancário a ter um crescimento anual homólogo superior a 25 pct e "com a melhoria da eficiência e rentabilidade". ou seja um cost-to-income consolidado inferior a 40 pct versus 42,8 pct em 2003 e um ROE superior a 25 pct contra 21 pct em 2003.

Salientou que a área internacional do BES Investimento -- em Espanha e no Brasil -- já terá sido responsável por cerca de 35 pct daquele lucro líquido tendo os restantes 65 pct sido gerados em Portugal.

Explicou que cerca de 80 pct da performance externa de resultados é oriunda de Espanha e os restantes 20 pct do Brasil.

Afirmou que, muito recentemente, a Standard & Poor_s atribuiu ao BES Investimento os mesmos ratings do BES, um instrumento importante para reforçar o posicionamento do banco de investimento no exterior.

O BES Investimento, em corretagem, ocupa o primeiro lugar no ranking, tendo ascendido ao décimo lugar em Espanha "com cerca de 3,6 pct de quota de mercado" e alcançando o vigésimo quarto lugar no Brasil "com uma quota de 1,4 pct", sendo "o objectivo, entre 2005 e 2006, entrar também nos 10 primeiros lugares" brasileiros.

"O resultado líquido (consolidado) terá sido da ordem dos 50 ME. Estamos no caminho certo quanto ao nosso objectivo de ter 50 pct dos nossos resultados vindos do exterior (...) mais dois ou três anos e acho que é possível alcançá-lo", disse.

"Apesar de termos crescido muito em resultados, estamos a crescer com menos risco", salientou.

A propósito da possibilidade do prolongamento do contrato de promessa de compra e venda de uma posição importante da Galp centrada nos petróleos pelo consórcio Petrocer, adiantou que para a avaliação do consórcio Luso-Oil é que, após a reestruturação do sector energético não ter prosseguido, esse negócio está "morto" e que este "prolongamento é artificial".

Afirmou que respeita a eventualidade da fusão da Portugália e TAP poder não avançar para já, mas vincou que esta operação -- que conta com uma