Fortis e Irish Bank
BCP dispara mais de 3% com entrada de institucionais estrangeiros
O BCP disparou hoje mais de 3%, na quinta sessão consecutiva a acumular valor. Fontes de mercado disseram ao Jornal de Negócios Online que a subida, acompanhada de forte liquidez, poderá estar relacionada com a entrada do Fortis e do Irish Bank na estrutura accionista, que ficou mais vulnerável a uma OPA depois da redução da posição da CGD.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
O BCP disparou hoje mais de 3%, na quinta sessão consecutiva a acumular valor. Fontes de mercado disseram ao Jornal de Negócios Online que a subida, acompanhada de forte liquidez, poderá estar relacionada com a entrada do Fortis e do Irish Bank na estrutura accionista, que ficou mais vulnerável a uma OPA depois da redução da posição da CGD.
O Banco Comercial Português (BCP) [Cot] encerrou hoje em subida de 3,13% para 1,98 euros, níveis de Maio de 2004. O banco eleva assim para 5,34% o ganho acumulado nas últimas cinco sessões de bolsa.
A valorização do banco tem sido acompanhada por um incremento de liquidez, tendo o banco nos últimos três dias movimentado sempre mais de 10 milhões de títulos.
Uma fonte de mercado, que preferiu o anonimato, disse ao Jornal de Negócios Online que a valorização do BCP estará relacionada com «a entrada de novos accionistas institucionais», avançando que no mercado circulam os nomes do Fortis e do Irish Bank.
Estas entradas poderão, ainda segunda a mesma fonte, «estar relacionadas com a tentativa do banco de evitar situações de OPA hostis» já que, «depois da redução da posição da CGD, em Julho de 2004, o capital do banco ficou mais vulnerável».
Em Julho, e para financiar a compra de parte da Seguros & Pensões (S&P), a Caixa Geral de Depósitos (CGD) alienou 110 milhões de acções do BCP, equivalentes a 3,37% do capital do banco privado, a 1,75 euros por título, o que totalizou 192,5 milhões de euros. O banco estatal passou deter 2,63% do BCP.
O Fortis é outro dos bancos que vai proceder à compra de parte do ramo segurador do BCP e na altura do negócio o BCP chegou a admitir que a instituição belga-holandesa poderia entrar no capital do banco.
A 30 de Junho de 2004, o Grupo Banca Intesa era o maior accionista da instituição liderada por Jardim Gonçalves, com 7,43% do capital. O Grupo Eureko e o BPI controlavam ambos mais de 5%.
Contactada, fonte oficial do BCP fiz «não comentamos os movimentos de mercado», escusando-se a confirmar a possível entrada de novos accionistas.