Pequenas e médias empresas lideram ganhos na bolsa nacional em 2004
31/12/2004 14:21 CN
PSI-20 apreciou 12,64% no segundo ano seguido de ganhos Pequenas e médias empresas lideram ganhos na bolsa nacional em 2004
O ano vivido na bolsa nacional ficou aquém de 2003, com o principal índice a registar uma valorização de 12,64%, menos dos que os 15,84% do ano passado. Mesmo assim, 2004 fica nos registos como o fim de um período de dois anos consecutivos de subida da bolsa, um fenómeno que já não se verificava desde o biénio terminado em 1999.
O PSI-20 [psi20] fechou o ano num número redondo, 7.600,16 pontos, um valor cerca de metade do máximo de sempre atingido em Março de 2000 nos 14.822 pontos, mas acima dos fechos de final de ano de 2002 e 2003.
A valorização de 12,64% este ano veio trazer a confirmação da ideia de que o mercado de capitais voltou a ser uma forma atractiva de investimento, numa altura em que as baixas taxas de juro praticadas e a estagnação económica impedem que os depósitos a prazo registem retornos reais positivos.
No PSI-20 a maior valorização pertenceu à Impresa (ver tabela em baixo), com um ganho de 65,71%, surgindo depois a Sonae SGPS e a Sonaecom com subidas anuais de 62,12% e 60,34%, respectivamente. A Corticeira Amorim destoou, pois foi o único título do índice a apurar um saldo anual negativo: desvalorizou 7,83%.
No PSI Geral, que em 2004 avançou 17,54%, a Reditus protagonizou a maior subida ( 204,41%), enquanto a Fisipe lidera a lista das maiores quedas (-28,57%).
De entre os principais mercados europeus e americanos, o nacional supera os desempenhos de Nova Iorque, Londres, Paris, Frankfurt, entre outros. Apesar dos atentados de 11 de Março, Madrid subiu 17,4%, um dos melhores desempenhos entre as principais praças europeias, enquanto Milão cresceu 16,9%. Os índices de Paris, Londres e Frankfurt verificaram todos ganhos anuais abaixo de 10%.
O ano das «small caps»
De entre os principais factores que condicionaram os mercados accionistas mundiais sobressaem a escalada do petróleo derivada da instabilidade geo-política e a queda do dólar para sucessivos mínimos.
Mas enquanto outros mercados sofreram com estes condicionantes, a bolsa nacional atravessou-os de forma incólume, sendo os processos de reestruturação de empresas e o consequente crescimento dos resultados os principais tónicos para o estímulo da Euronext Lisbon em 2004.
«A bolsa trata de empresas e das histórias por detrás delas e, este ano, houve muitas histórias», afirma um gestor de fundos.
As maiores cotadas, como a Portugal Telecom [ptc], EDP [edp] e Brisa [brisa] valorizaram, mas os grandes retornos vieram das empresas de pequena e média capitalização.
Os analistas olham agora para 2005 com um optimismo moderado, apontando para subidas máximas de 20%, salientando como principais catalizadores operações de fusões e aquisições na banca, media e tecnologias que poderão trazer melhores retornos em 2005.
A evolução do euro â¿¿ espera-se novos máximos face ao dólar â¿¿ bem como do petróleo â¿¿ os analistas apontam para um recuo face à escalada de 2004 â¿¿ serão também determinantes para definir a direcção dos mercados accionistas em 2005.
31/12/2004 14:21 CN
PSI-20 apreciou 12,64% no segundo ano seguido de ganhos Pequenas e médias empresas lideram ganhos na bolsa nacional em 2004
O ano vivido na bolsa nacional ficou aquém de 2003, com o principal índice a registar uma valorização de 12,64%, menos dos que os 15,84% do ano passado. Mesmo assim, 2004 fica nos registos como o fim de um período de dois anos consecutivos de subida da bolsa, um fenómeno que já não se verificava desde o biénio terminado em 1999.
O PSI-20 [psi20] fechou o ano num número redondo, 7.600,16 pontos, um valor cerca de metade do máximo de sempre atingido em Março de 2000 nos 14.822 pontos, mas acima dos fechos de final de ano de 2002 e 2003.
A valorização de 12,64% este ano veio trazer a confirmação da ideia de que o mercado de capitais voltou a ser uma forma atractiva de investimento, numa altura em que as baixas taxas de juro praticadas e a estagnação económica impedem que os depósitos a prazo registem retornos reais positivos.
No PSI-20 a maior valorização pertenceu à Impresa (ver tabela em baixo), com um ganho de 65,71%, surgindo depois a Sonae SGPS e a Sonaecom com subidas anuais de 62,12% e 60,34%, respectivamente. A Corticeira Amorim destoou, pois foi o único título do índice a apurar um saldo anual negativo: desvalorizou 7,83%.
No PSI Geral, que em 2004 avançou 17,54%, a Reditus protagonizou a maior subida ( 204,41%), enquanto a Fisipe lidera a lista das maiores quedas (-28,57%).
De entre os principais mercados europeus e americanos, o nacional supera os desempenhos de Nova Iorque, Londres, Paris, Frankfurt, entre outros. Apesar dos atentados de 11 de Março, Madrid subiu 17,4%, um dos melhores desempenhos entre as principais praças europeias, enquanto Milão cresceu 16,9%. Os índices de Paris, Londres e Frankfurt verificaram todos ganhos anuais abaixo de 10%.
O ano das «small caps»
De entre os principais factores que condicionaram os mercados accionistas mundiais sobressaem a escalada do petróleo derivada da instabilidade geo-política e a queda do dólar para sucessivos mínimos.
Mas enquanto outros mercados sofreram com estes condicionantes, a bolsa nacional atravessou-os de forma incólume, sendo os processos de reestruturação de empresas e o consequente crescimento dos resultados os principais tónicos para o estímulo da Euronext Lisbon em 2004.
«A bolsa trata de empresas e das histórias por detrás delas e, este ano, houve muitas histórias», afirma um gestor de fundos.
As maiores cotadas, como a Portugal Telecom [ptc], EDP [edp] e Brisa [brisa] valorizaram, mas os grandes retornos vieram das empresas de pequena e média capitalização.
Os analistas olham agora para 2005 com um optimismo moderado, apontando para subidas máximas de 20%, salientando como principais catalizadores operações de fusões e aquisições na banca, media e tecnologias que poderão trazer melhores retornos em 2005.
A evolução do euro â¿¿ espera-se novos máximos face ao dólar â¿¿ bem como do petróleo â¿¿ os analistas apontam para um recuo face à escalada de 2004 â¿¿ serão também determinantes para definir a direcção dos mercados accionistas em 2005.