Caldeirão da Bolsa

As máximas de Drucker o «Dr. Management»

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por maisum_CALD » 30/12/2004 17:02

Drucker teve a possibilidade de conhecer pessoalmente os dois maiores economistas da primeira metade do século passado, Keynes e Schumpeter. Sabendo-se que estes últimos nasceram ambos no ano da morte de Marx (este viveu em 1818-1883), não podemos evitar o sentimento de que estes quatro homens, Marx, Schumpeter, Keynes e Drucker são testemunhas, intérpretes e actores principais, segundo visões e talentos muito diversos e próprios, do desenvolvimento histórico do moderno capitalismo. Dir-se-ia que um Deus de suprema sabedoria incumbiu os quatro de produzir e gravar "grandes reportagens" sobre tempos verdadeiramente desconcertantes.

A obra de Drucker revela ......o contínuo deslumbramento desse bystander. Deslumbramento, por exemplo, perante a sua própria avó, senhora de vastos talentos, que observa com ternura e ironia. Essa avó sabiamente aconselhava as netas, sempre que saíssem, a levar roupa interior limpa, "pois nunca se sabe o que pode acontecer…"

http://www.janelanaweb.com/

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Reflexões de um século de transformações

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A minha dívida pessoal com Drucker

Entrevista em Dezembro de 2001 (só disponível em inglês)

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por maisum_CALD » 30/12/2004 16:56

AS FRASES PREFERIDAS DE PETER

·Aprender a partir dos sucessos não dos erros. Concentrem-se esforços no que cada um é capaz de fazer, e não naquilo para o qual não damos [algo que aprendeu com a sua professora primária Miss Elsa]

·Os principais acontecimentos que determinam o futuro já aconteceram irrevogavelmente. O futuro já aconteceu. Não sou fã do futurismo. A última adivinhação que fiz foi em Setembro de 1929 e saíu literalmente ao contrário [o «crash» bolsista deu-se no mês seguinte]

·Há apenas uma definição válida para a razão de ser de um negócio: criar clientes. A finalidade está por isso fora do quadro do próprio negócio. Está na sociedade, na medida em que a empresa é um orgão da sociedade

·Uma sociedade baseada na máxima de que os vícios privados se tornam virtudes públicas é insustentável [crítica ao conceito de racionalidade económica da mão invísivel do mercado]

·Os bons resultados advém sempre de se explorar (novas) oportunidades e não de se resolverem problemas

·As novas realidades económicas significam que o governo já não consegue controlar o «tempo» económico dos ciclos de recessões e «booms», do desemprego, da poupança ou da despesa. Ao invés, devemos concentrar esforços no «clima», evitando o proteccionismo, ou educando o povo para uma sociedade do saber. Ou seja, é preferível a medicina preventiva em vez das tentativas cegas de querer resolver o curto prazo

·Desde que se começou a falar da globalização há 35 anos que se começou a contar os dias ao Estado-Nação e que se espalhou a ideia de que a interdependência económica mundial ou regional impediria as paixões nacionalistas. No fundo a mesma predição vem sendo feita desde há 200 anos, desde Immanuel Kant em 1795. Mas sempre que as paixões políticas e os Estados-Nação colidiram com a racionalidade económica, os primeiros ganharam.
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As máximas de Drucker o «Dr. Management»

por maisum_CALD » 30/12/2004 16:54

O QUE DRUCKER NUNCA ESQUECEU

· Os chefes têm que dar o pelo
«A Guerra mundial [a 1ª] foi um exemplo de incompetência militar total, porque não morreu suficiente número de generais no campo de batalha. Eles ficaram atrás das linhas e largaram a tropa como carne para canhão» - explicação dada pelo professor de Liceu ao jovem Drucker em Viena, de Áustria, então a capital do destroçado Império Austro-Húngaro

· Trabalhar até morrer
«Em toda a minha vida como músico, lutei pela perfeição. Mas ela sempre me fugiu entre os dedos. Tenho, por isso, obrigação de tentar sempre mais uma vez» - resposta de Verdi, explicando porque continuava a compor aos 80 anos [no caso, a ópera Falstaff]

· Império da realidade e não narcisismo
«Os factos tomaram a decisão por mim - eu estava enganado!», disse uma vez Alfred Sloan, o chefe mais carismático da General Motors, uma máxima que Drucker transformou na virtude nº1 do líder empresarial e do gestor em geral

· A falta que se faz
«Não basta ser-se recordado pelos livros ou pela teoria. Só fazemos efectivamente falta, se ela se sentir na vida comum das pessoas», disse o grande economista Joseph Schumpeter oito dias antes de morrer a Adoph Drucker e ao filho
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