Caldeirão da Bolsa

PSI-20: Lucros por acção sobem 30% e dividendos crescem 50%

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por Visitante » 29/12/2004 13:57

EDP, Sonae e Ibersol entre as acções ibéricas preferidas do ESR para 2005 (act)

29/12/2004 12:04

PSI-20 deve subir 19% EDP, Sonae e Ibersol entre as acções ibéricas preferidas do ESR para 2005 (act)
(actualiza com mais informação)

O Espírito Santo Research estima que a bolsa nacional apresente uma valorização de 19% no próximo ano e entre as oito acções da Península Ibérica que destaca como preferidas para 2005 constam a Energias de Portugal, a Sonae SGPS e a Ibersol.

«Depois de um mau comportamento no segundo trimestre de 2004, os mercados ibéricos encerraram o ano muito sólidos, comportando-se consideravelmente melhor que o DJ Euro Stoxx 50 e o S&P 500», refere um estudo do Espírito Santo Research onde o banco de investimento do BES destaca as suas perspectivas para 2005.

Apesar de ainda ver «algumas nuvens negras no horizonte», o ESR diz que as avaliações são «suficientemente atractivas para compensar o risco». Assim, e tendo em conta os preços alvo dos seus analistas, o ESR diz que para o PSI-20 aguarda uma valorização de 19% em 2005, até aos 9.004 pontos, a que acresce um «dividend yield» de 3,8%.

Para o mercado espanhol a performance estimada é mais modesta, com o ESR a aguardar um crescimento de 12% no IBEX 35, e um «dividend yield» de 3,5%.

O banco de investimento do BES identifica sete factores específicos para sustentar a sua perspectiva para o mercado accionista ibérico em 2005, como o «optimismo acerca do crescimento dos lucros por acção», a exposição à América Latina, a introdução das novas normas contabilísticas, as eleições em Portugal, os movimentos de fusões e a debilidade do dólar.

Carteira modelo para 2004 valorizou 26,9%

Entre as empresas de elevada capitalização bolsista o ESR seleccionou o Banesto, a Telefónica e a EDP como as preferidas para a Península Ibérica. Já entre as companhias de baixa e média capitalização as preferidas são a Sonae SGPS, o Banco Pastor, A Tubacex, a Logista e a Ibersol.

Face à lista de recomendações avançada no finaldo ano passado o ESR trocou a Endesa pela EDP e entre as companhias portuguesas consta ainda a saída da PT Multimédia e da Sonaecom, apesar de manter uma recomendação de compra para estas duas empresas.

O ESR lembra que a carteira recomendada o ano passado para 2004 registou uma valorização de 26,9%, acima do retorno registado pelos índices, e que a recomendada para 2005 «é diversificada e apresenta um potencial de valorização muito interessante», que em média ascende a 24%.

Entre as companhias de alta capitalização o ESR destaca a EDP como a maior aposta para o recebimento de dividendos e entre as cinco companhias de baixa e média capitalização a mesma fonte diz que apresentam uma «adequada combinação de valor e crescimento a um bom preço».

Preço-alvo da EDP revisto em alta para 2,7 euros
O ESR reviu o preço-alvo da Energias de Portugal para 2,7 euros por acção, avançando com uma recomendação de «comprar» para a eléctrica nacional. Esta melhoria deve-se à avaliação do negócio de geração eléctrica em Portugal, que beneficia «das elevadas compensações» com o fim dos contratos de aquisição de energia, o facto de os custos com os combustíveis serem repercutidos no cliente final até 2014 e um «mix» eficiente na geração de energia, com elevada exposição à energia hidráulica.

A mesma fonte destaca ainda o «â¿¿dividend yieldâ¿¿ muito atractivo» de 4,6%, a melhoria do cenário macro-económico, do mercado de divisas e do Brasil.

A Sonae SGPS também recebe uma recomendação de comprar, com um preço-alvo de 1,24 euros por acção, com o ESR a destacar os resultados «muito sólidos» registados nos primeiros nove meses de 2004 e a maior probabilidade de a Sonae Indústria avançar com o «spin off», devido à melhores perspectivas de geração de «cash flow» na unidade de aglomerados de madeira.

Acerca da Ibersol o ESR iniciou a cobertura das acções da companhia com uma recomendação de «comprar» e um preço-alvo de 6,1 euros, justific...
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PSI-20: Lucros por acção sobem 30% e dividendos crescem 50%

por marafado » 29/12/2004 7:35

PSI-20: Lucros por acção sobem 30% e dividendos crescem 50%
Os lucros por acção das 20 maiores cotadas nacionais deverão subir 29% este ano, mas as empresas deverão devolver, em 2005, uma fatia maior dos resultados. O dividendo do PSI-20 deve crescer 50%.

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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt


PSI-20 nos últimos 12 meses

Os lucros por acção das 20 maiores cotadas nacionais deverão subir 29% este ano, mas as empresas deverão devolver, em 2005, uma fatia maior dos resultados. O dividendo do PSI-20 deve crescer 50%.

A melhoria dos resultados projectada pelos analistas encontra eco nos resultados conseguidos pelas emitentes nos primeiros nove meses deste ano. De Janeiro a Setembro, as 20 maiores cotadas nacionais lucraram um total de 2,22 mil milhões de euros, o que representou uma melhoria de 33,83% face ao período homólogo em 2003.

Menos empresas deficitárias no índice

Das empresas que compõem o cabaz, apenas a Media Capital [Cot] apresentou prejuízos no acumulado dos primeiros três trimestres de 2004 mas, até ao final do ano, e acreditando nas projecções dos analistas, a empresa presidida por Pais do Amaral deverá dar a volta à situação.

A Impresa [Cot], a ParaRede [Cot] e a Sonaecom [Cot] são outras cotadas que este ano poderão inverter a situação de prejuízos de 2003.

Dividendos por acção devem crescer 50%

Depois da Sonae SGPS [Cot] e a PT Multimédia (PTM) [Cot], que este ano presentearam os accionistas com parte dos lucros, em 2005 deverá ser a vez da Jerónimo Martins [Cot] retomar a política de remuneração.

Em Junho, Luís Palha garantiu que a empresa, no próximo ano, iria distribuir, sob a forma de dividendos, 40% a 50% dos lucros obtidos este ano.

O somatório dos dividendos unitários estimados para 2005 ascende a 2,2 euros, um valor 50% acima dos 1,46 euros pagos este ano, relativos ao exercício de 2003.

O crescimento percentual mais acentuado cabe à dona da TV Cabo que, para o ano, vai remunerar cada acção com 0,40 euros, um valor que, mesmo assim, não convenceu os analistas que opinaram, na altura da divulgação, que o balanço dava margem para uma remuneração mais agressiva.

Alguns sugeriam a possibilidade da empresa, tal como a «casa-mãe», encetar um programa de recompra de acções próprias.

A Portugal Telecom (PT) [Cot], em meados de Setembro, anunciou que iria propor, em assembleia de accionistas, a aprovação de uma distribuição de dividendos relativos ao exercício de 2004, no montante de 0,35 por acção.

Paralelamente, a operadora disse que vai proceder a um novo programa de recompra de acções próprias de até 3% do capital social, após terminar, ainda este mês, o actual «share buy back» que visa comprar 10% do capital.

Emitentes invertem política de retenção de lucros

Feitas as contas, o crescimento dos dividendos supera em muito a subida dos lucros, invertendo a tendência de 2003, quando as empresas do índice aumentarem a remuneração aos accionistas em 8%, quando os lucros subiram 73,7% (em valores absolutos).

A escassez de oportunidades de crescimento e de fusão em alguns sectores, o regresso aos lucros de algumas cotadas, e a política de alguns gestores em compensar os accionistas que confiaram na empresa nos últimos anos de recessão económica, são razões que ajudam a explicar a política mais agressiva das cotadas.
 
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