Empresas Portuguesas - Subida de 20% do zloty (Polónia)
Enviado: 28/12/2004 12:17Subida de 20% do zloty este ano melhora perspectivas para empresas portuguesas
A moeda polaca acumula uma valorização de 20% contra o euro, uma evolução que deverá traduzir-se numa melhoria dos resultados de empresas portuguesas na Polónia, onde se incluem o BCP, a distribuidora Jerónimo Martins e a construtora Mota-Engil.
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Ricardo Domingos
rd@mediafin.pt
A moeda polaca acumula uma valorização de 20% contra o euro, uma evolução que deverá traduzir-se numa melhoria dos resultados de empresas portuguesas na Polónia, onde se incluem o BCP, a distribuidora Jerónimo Martins e a construtora Mota-Engil.
O zloty está a caminho do melhor trimestre contra o euro desde 2001 nos últimos três meses deste ano e, segundo os analistas, deverá continuar a sua escalada em 2005.
De um conjunto de 13 especialistas consultados pela Bloomberg, sete recomendam a compra de zlotys, enquanto os restantes seis defendem a manutenção daquela divisa em carteira.
Desde 30 de Setembro, a divisa acumula uma subida de 7,2% contra o euro, enquanto, desde o início do ano, a evolução ascende já aos 20%, tornando o zloty na moeda que melhor performance apresentou face ao euro este ano.
A valorização tem vindo a ser suportada pelo maior ritmo de crescimento económico nos últimos cinco anos, um aumento das exportações que acompanhou a adesão da Polónia à União Europeia em Maio e por uma subida das taxas de juro pelo banco central.
A venda de bens e serviços para o exterior cresceu 2,4% em Novembro para um valor recorde, segundo as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg para um relatório que será publicado no próximo dia 30 de Dezembro.
«Estamos definitivamente a favor do zloty», afirmou àquela agência Jens Nordvig, um economista da Goldman Sachs em Nova Iorque. O responsável prevê que o zloty atinja os 4,05 por euro no espaço de seis meses, o que seria o nível mais elevado dos últimos dois anos.
Cada euro comprava ontem 4,074 zlotys, depois de ter tocado nos 4,051 zlotys a 24 de Dezembro, o valor mais alto desde Janeiro de 2003. No final do ano passado, cada euro comprava 4,70 zlotys.
JM, BCP e Mota-Engil beneficiam do zloty
Um dos principais problemas das empresas portuguesas quando decidiram apostar na expansão internacional em países como a Polónia, era o risco cambial, que ainda se mantém.
Mas a adesão à UE trazia algumas garantias que, pelo menos, haveria esforços por parte dos Governos dos países em vias de adesão para a manutenção de redução da dívida e défice públicos.
Em 2003, as vendas da Jerónimo Martins na Polónia cresceram 14% em moeda local, mas quando os resultados eram convertidos para euros, o ganho ficava reduzido para cerca de 10%.
«Foi uma aposta ousada, mas sabíamos que era uma questão de tempo até que o potencial de crescimento de uma economia como a polaca começasse a dar frutos», explicou ao Jornal de Negócios fonte oficial da Jerónimo Martins, líder no segmento do «discount» na Polónia onde opera a cadeia Biedronka.
A empresa liderada por Luís Palha obteve vendas totais de 3,42 mil milhões de euros em 2003, dos quais 28%, ou 970,35 milhões de euros foram obtidos na Polónia.
Mantendo as vendas inalteradas este ano, a JM facturaria, só pelo efeito cambial, mais 16%, ou 1,12 mil milhões de euros, para reflectir uma subida de 20%, uma vez que o efeito da valorização do zlotys não se espelha directamente em euros.
No caso do BCP, que controla 50% do Bank Millennium, o benefício é semelhante em termos percentuais. A unidade polaca do banco liderado por Jardim Gonçalves registou uma margem financeira de 557,98 milhões de zlotys no ano passado.
Efectuando uma consolidação pelo método de equivalência patrimonial, nas contas do BCP entrariam 278,99 milhões de zlotys que, convertidos à taxa de câmbio de 31 de Dezembro de 2003, se traduziriam em 59,34 milhões de euros.
Os mesmos 278,99 milhões de zlotys, ao câmbio de ontem, traduz-se em 68,82 milhões de euros, um aumento de 15,97%"
PS: Esta noticia não é novidade para o amigo JAS
. 
Cumprimentos
JCS
A moeda polaca acumula uma valorização de 20% contra o euro, uma evolução que deverá traduzir-se numa melhoria dos resultados de empresas portuguesas na Polónia, onde se incluem o BCP, a distribuidora Jerónimo Martins e a construtora Mota-Engil.
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Ricardo Domingos
rd@mediafin.pt
A moeda polaca acumula uma valorização de 20% contra o euro, uma evolução que deverá traduzir-se numa melhoria dos resultados de empresas portuguesas na Polónia, onde se incluem o BCP, a distribuidora Jerónimo Martins e a construtora Mota-Engil.
O zloty está a caminho do melhor trimestre contra o euro desde 2001 nos últimos três meses deste ano e, segundo os analistas, deverá continuar a sua escalada em 2005.
De um conjunto de 13 especialistas consultados pela Bloomberg, sete recomendam a compra de zlotys, enquanto os restantes seis defendem a manutenção daquela divisa em carteira.
Desde 30 de Setembro, a divisa acumula uma subida de 7,2% contra o euro, enquanto, desde o início do ano, a evolução ascende já aos 20%, tornando o zloty na moeda que melhor performance apresentou face ao euro este ano.
A valorização tem vindo a ser suportada pelo maior ritmo de crescimento económico nos últimos cinco anos, um aumento das exportações que acompanhou a adesão da Polónia à União Europeia em Maio e por uma subida das taxas de juro pelo banco central.
A venda de bens e serviços para o exterior cresceu 2,4% em Novembro para um valor recorde, segundo as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg para um relatório que será publicado no próximo dia 30 de Dezembro.
«Estamos definitivamente a favor do zloty», afirmou àquela agência Jens Nordvig, um economista da Goldman Sachs em Nova Iorque. O responsável prevê que o zloty atinja os 4,05 por euro no espaço de seis meses, o que seria o nível mais elevado dos últimos dois anos.
Cada euro comprava ontem 4,074 zlotys, depois de ter tocado nos 4,051 zlotys a 24 de Dezembro, o valor mais alto desde Janeiro de 2003. No final do ano passado, cada euro comprava 4,70 zlotys.
JM, BCP e Mota-Engil beneficiam do zloty
Um dos principais problemas das empresas portuguesas quando decidiram apostar na expansão internacional em países como a Polónia, era o risco cambial, que ainda se mantém.
Mas a adesão à UE trazia algumas garantias que, pelo menos, haveria esforços por parte dos Governos dos países em vias de adesão para a manutenção de redução da dívida e défice públicos.
Em 2003, as vendas da Jerónimo Martins na Polónia cresceram 14% em moeda local, mas quando os resultados eram convertidos para euros, o ganho ficava reduzido para cerca de 10%.
«Foi uma aposta ousada, mas sabíamos que era uma questão de tempo até que o potencial de crescimento de uma economia como a polaca começasse a dar frutos», explicou ao Jornal de Negócios fonte oficial da Jerónimo Martins, líder no segmento do «discount» na Polónia onde opera a cadeia Biedronka.
A empresa liderada por Luís Palha obteve vendas totais de 3,42 mil milhões de euros em 2003, dos quais 28%, ou 970,35 milhões de euros foram obtidos na Polónia.
Mantendo as vendas inalteradas este ano, a JM facturaria, só pelo efeito cambial, mais 16%, ou 1,12 mil milhões de euros, para reflectir uma subida de 20%, uma vez que o efeito da valorização do zlotys não se espelha directamente em euros.
No caso do BCP, que controla 50% do Bank Millennium, o benefício é semelhante em termos percentuais. A unidade polaca do banco liderado por Jardim Gonçalves registou uma margem financeira de 557,98 milhões de zlotys no ano passado.
Efectuando uma consolidação pelo método de equivalência patrimonial, nas contas do BCP entrariam 278,99 milhões de zlotys que, convertidos à taxa de câmbio de 31 de Dezembro de 2003, se traduziriam em 59,34 milhões de euros.
Os mesmos 278,99 milhões de zlotys, ao câmbio de ontem, traduz-se em 68,82 milhões de euros, um aumento de 15,97%"
PS: Esta noticia não é novidade para o amigo JAS
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Cumprimentos
JCS