As apostas da Goldman Sachs para o próximo ano
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As apostas da Goldman Sachs para o próximo ano
Acções Europeias sobem entre 8% e 10%
As apostas da Goldman Sachs para o próximo ano
As acções são o melhor activo para investir em 2005. Goldman Sachs recomenda negócios com forte potencial de crescimento e preço em bolsa abaixo da sua avaliação justa. Empresas com forte exposição ao dólar são de evitar.
17-12-2004, André Veríssimo
Chegados ao fim do ano, é tempo de fazer contas e ver quanto renderam os investimentos efectuados. Mas não só. É altura de construir uma carteira a pensar no ano seguinte. As notas de research dos analistas sobre o assunto multiplicam-se. Esta semana foi a vez da Goldman Sachs divulgar a sua estratégia para a Europa. As acções vão continuar a proporcionar ganhos, que a casa de investimento americana estima entre 8% e 10%.
O cenário macroeconómico e das empresas traçado pela Goldman Sachs para 2005 sustenta o investimento em acções. A casa de investimento americana afirma que existe maior clareza em relação ao rumo da economia - que não é brilhante, mas também não é negativo. Refere que os balanços das empresas estão equilibrados. Aponta que o valor das acções está barato em relação às outras classes de activos. E acredita numa descida controlada do dólar, que não ameaçará o crescimento económico global.
Este cenário tem os seus riscos. A subida das taxas de juro das obrigações americanas terá um impacto negativo nas acções. O crescimento dos lucros das empresas europeias vai também abrandar para 4%. Por último, uma apreciação ainda maior do euro face ao dólar funcionará como um travão ao crescimento.
Perante este cenário, a Goldman Sachs considera que a estratégia de investimento no próximo será norteada por três ideias chave: a exposição ao dólar, a recuperação do investimento e uma combinação de valor e crescimento, conhecida como GARP (Growth at a Reseonable Price). Assim sendo, títulos a transaccionar acima do seu preço alvo e com uma forte exposição ao dólar sem cobertura de risco cambial são de evitar. Já as empresas com balanços equilibrados e “ricas” em fundos libertos (free cash flow), logo com capacidade de investimento e de aumentar a remuneração aos accionistas (dividendos e recompra de acções), deverão ser boas apostas. O mesmo acontece com as empresas que oferecem valor (com cotações abaixo do seu valor intrínseco) e perspectivas de crescimento (forte subida das receitas e lucros, acima do nível médio do mercado). Esta abordagem deve presidir à escolha das acções a colocar na carteira.
Face a esta receita, os analistas da casa americana definiram os melhores sectores para investir em 2005. A banca é um deles. “O sector tem um forte suporte de rendibilidade, um crescimento aceitável e beneficia da saúde generalizada das contas das empresas”, justificam. É ainda um dos sectores que melhor combina valor com crescimento. Capitalia, Credit Agricole, Royal Bank of Scotland e UBS são os bancos preferidos pela Goldman Sachs. Há, no entanto, títulos no sector com forte recomendação negativa, entre eles o BCP.
Numa lógica mais defensiva, a Goldman Sachs aconselha ainda o sector das telecomunicações, que deverá liderar a remuneração aos accionistas, e as farmacêuticas. A casa americana sustenta que as cotações no sector não reflectem o potencial de crescimento que representa o elevado número de terapias aprovadas para comercialização este ano.
Pela negativa, destaca-se o sector petrolífero, que a Goldman Sachs revê em baixa de “neutral” para “subexposição”. A casa de investimento onde o economista António Borges, do PSD, é vice-presidente, não acredita em novas fortes valorizações do petróleo. Os bens de consumo e a tecnologia são também sectores com recomendação negativa. O primeiro, porque se espera uma desaceleração no crescimento do consumo. O segundo, por um menor crescimento do lucros, pelo potencial de valorização menos atraente e por não existir uma nova aplicação informática a puxar pelo sector.
As apostas da Goldman Sachs para o próximo ano
As acções são o melhor activo para investir em 2005. Goldman Sachs recomenda negócios com forte potencial de crescimento e preço em bolsa abaixo da sua avaliação justa. Empresas com forte exposição ao dólar são de evitar.
17-12-2004, André Veríssimo
Chegados ao fim do ano, é tempo de fazer contas e ver quanto renderam os investimentos efectuados. Mas não só. É altura de construir uma carteira a pensar no ano seguinte. As notas de research dos analistas sobre o assunto multiplicam-se. Esta semana foi a vez da Goldman Sachs divulgar a sua estratégia para a Europa. As acções vão continuar a proporcionar ganhos, que a casa de investimento americana estima entre 8% e 10%.
O cenário macroeconómico e das empresas traçado pela Goldman Sachs para 2005 sustenta o investimento em acções. A casa de investimento americana afirma que existe maior clareza em relação ao rumo da economia - que não é brilhante, mas também não é negativo. Refere que os balanços das empresas estão equilibrados. Aponta que o valor das acções está barato em relação às outras classes de activos. E acredita numa descida controlada do dólar, que não ameaçará o crescimento económico global.
Este cenário tem os seus riscos. A subida das taxas de juro das obrigações americanas terá um impacto negativo nas acções. O crescimento dos lucros das empresas europeias vai também abrandar para 4%. Por último, uma apreciação ainda maior do euro face ao dólar funcionará como um travão ao crescimento.
Perante este cenário, a Goldman Sachs considera que a estratégia de investimento no próximo será norteada por três ideias chave: a exposição ao dólar, a recuperação do investimento e uma combinação de valor e crescimento, conhecida como GARP (Growth at a Reseonable Price). Assim sendo, títulos a transaccionar acima do seu preço alvo e com uma forte exposição ao dólar sem cobertura de risco cambial são de evitar. Já as empresas com balanços equilibrados e “ricas” em fundos libertos (free cash flow), logo com capacidade de investimento e de aumentar a remuneração aos accionistas (dividendos e recompra de acções), deverão ser boas apostas. O mesmo acontece com as empresas que oferecem valor (com cotações abaixo do seu valor intrínseco) e perspectivas de crescimento (forte subida das receitas e lucros, acima do nível médio do mercado). Esta abordagem deve presidir à escolha das acções a colocar na carteira.
Face a esta receita, os analistas da casa americana definiram os melhores sectores para investir em 2005. A banca é um deles. “O sector tem um forte suporte de rendibilidade, um crescimento aceitável e beneficia da saúde generalizada das contas das empresas”, justificam. É ainda um dos sectores que melhor combina valor com crescimento. Capitalia, Credit Agricole, Royal Bank of Scotland e UBS são os bancos preferidos pela Goldman Sachs. Há, no entanto, títulos no sector com forte recomendação negativa, entre eles o BCP.
Numa lógica mais defensiva, a Goldman Sachs aconselha ainda o sector das telecomunicações, que deverá liderar a remuneração aos accionistas, e as farmacêuticas. A casa americana sustenta que as cotações no sector não reflectem o potencial de crescimento que representa o elevado número de terapias aprovadas para comercialização este ano.
Pela negativa, destaca-se o sector petrolífero, que a Goldman Sachs revê em baixa de “neutral” para “subexposição”. A casa de investimento onde o economista António Borges, do PSD, é vice-presidente, não acredita em novas fortes valorizações do petróleo. Os bens de consumo e a tecnologia são também sectores com recomendação negativa. O primeiro, porque se espera uma desaceleração no crescimento do consumo. O segundo, por um menor crescimento do lucros, pelo potencial de valorização menos atraente e por não existir uma nova aplicação informática a puxar pelo sector.
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- Registado: 5/10/2004 16:59
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