O Que É Nacional Foi Bom
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O Que É Nacional Foi Bom
Balanço até Novembro
O Que É Nacional Foi Bom
Segunda-feira, 13 de Dezembro de 2004
Os fundos de investimento em acções nacionais bateram o PSI 20 nos primeiros 11 meses de 2004 com ganhos médios de 18,26 por cento, contra apenas 11,5 por cento das 20 maiores cotadas na bolsa de Lisboa
Gonçalo Morna
Quem apostou em acções nacionais nos primeiros 11 meses de 2004 têm razões para sorrir. O índice PSI 20, principal referência da bolsa de Lisboa subiu 11,5 por cento no período, praticamente o dobro da média europeia e norte-americana. Os mercados accionistas europeus subiram 6,45 por cento, medidos pelo índice Morgan Stanley Europe, enquanto o índice S & P 500, composto pelas 500 maiores empresas de Wall Street, valorizou apenas 5,57 por cento. Pelo menos até Novembro valeu a pena ignorar a máxima que deu um nobel da Economia a Markowitz e que desaconselha os investidores a pôr todos os ovos na mesma cesta, neste caso o mercado accionista português.
Entre os que investiram em títulos de empresas cotadas em Portugal, os que têm mais razões para sorrir são os que o fizeram através de fundos. Com efeito os fundos de investimento especializados em acções nacionais já valorizaram 18,26 por cento desde o início do ano, mais 6,76 pontos percentuais do que a média do mercado, medida pelo PSI 20.
O "ranking" dos cinco melhores desempenhos é monopolizado pelos fundos poupança acções com quatro presenças. A liderança cabe ao Barclays FPA com uma rentabilidade efectiva de 22,63 por cento. O destaque pela negativa vai para dois fundos do BPI que lideram a classificação dos piores: o Universal com perdas de 4,59 por cento e o Tecnologias que desvalorizou 3,59 por cento. Caixagest Acções Japão, AF América e Caixagest Gestão Acções EUA completam o "ranking" dos piores sugerindo que os investimentos nos mercados accionistas nipónico e norte-americano não foi uma boa aposta.
Obrigações resistem
Para quem preferiu investimentos menos arriscados, a aposta certa nos primeiros 11 meses de 2004 foram os fundos de obrigações de taxa fixa internacionais que valorizaram 6,12 por cento até 30 de Novembro. Mais uma vez os gestores de fundos estão de parabéns já que o índice JP Morgan Global Trade, que serve de refrência para o mercado mundial de obrigações registou uma variação de 4,19 por cento no mesmo período. Pior fizeram os fundos de obrigações de taxa fixa euro com ganhos de apenas 3,65 por cento. As previsões de alguns analistas que desde o início do ano vinham alertando para o perigo dos investimentos em obrigações de taxa fixa devido à tendência para a subida das taxas de juro não se confirmaram (quando o preço do dinheiro sobe o preço das obrigações desce).
Se o que é nacional foi bom nos primeiros 11 meses de 2004, o mesmo não se pode dizer de Novembro. Neste mês, o PSI 20 valorizou apenas 0,83 por cento, enquanto o índice Morgan Stanley World, "benchmark" mais utilizado para as bolsas mundiais, subia 3,18 por cento. Wall Street, maior e mais influente praça do planeta, liderou as subidas dos principais mercados desenvolvidos, com o índice S & P 500 a registar ganhos de 3,86 por cento em dólares. A vitória de George Bush nas eleições presidenciais, a divulgação de números de desemprego abaixo das previsões e a estabilização do preço do petróleo terão sido os principais factores responsáveis pelo bom comportamento do mercado norte-americano.
Analistas dividem o impacte da reeleição de Bush nos mercados em dois períodos. No curto prazo, as bolsas saem favorecidas uma vez que as políticas económicas do presidente, como por exemplo a baixa os impostos, podem acelerar o crescimento. Já em relação ao médio e longo prazo, os especialistas são menos optimistas e alertam mesmo para os perigos de agravamento do défice orçamental se a administração Bush insistir nas actuais políticas. Pode ser necessária uma forte recessão para corrigir os défices gémeos - orçamental e comercial - da maior economia do mundo, avisam.
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Segunda-feira, 13 de Dezembro de 2004
Os fundos de investimento em acções nacionais bateram o PSI 20 nos primeiros 11 meses de 2004 com ganhos médios de 18,26 por cento, contra apenas 11,5 por cento das 20 maiores cotadas na bolsa de Lisboa
Gonçalo Morna
Quem apostou em acções nacionais nos primeiros 11 meses de 2004 têm razões para sorrir. O índice PSI 20, principal referência da bolsa de Lisboa subiu 11,5 por cento no período, praticamente o dobro da média europeia e norte-americana. Os mercados accionistas europeus subiram 6,45 por cento, medidos pelo índice Morgan Stanley Europe, enquanto o índice S & P 500, composto pelas 500 maiores empresas de Wall Street, valorizou apenas 5,57 por cento. Pelo menos até Novembro valeu a pena ignorar a máxima que deu um nobel da Economia a Markowitz e que desaconselha os investidores a pôr todos os ovos na mesma cesta, neste caso o mercado accionista português.
Entre os que investiram em títulos de empresas cotadas em Portugal, os que têm mais razões para sorrir são os que o fizeram através de fundos. Com efeito os fundos de investimento especializados em acções nacionais já valorizaram 18,26 por cento desde o início do ano, mais 6,76 pontos percentuais do que a média do mercado, medida pelo PSI 20.
O "ranking" dos cinco melhores desempenhos é monopolizado pelos fundos poupança acções com quatro presenças. A liderança cabe ao Barclays FPA com uma rentabilidade efectiva de 22,63 por cento. O destaque pela negativa vai para dois fundos do BPI que lideram a classificação dos piores: o Universal com perdas de 4,59 por cento e o Tecnologias que desvalorizou 3,59 por cento. Caixagest Acções Japão, AF América e Caixagest Gestão Acções EUA completam o "ranking" dos piores sugerindo que os investimentos nos mercados accionistas nipónico e norte-americano não foi uma boa aposta.
Obrigações resistem
Para quem preferiu investimentos menos arriscados, a aposta certa nos primeiros 11 meses de 2004 foram os fundos de obrigações de taxa fixa internacionais que valorizaram 6,12 por cento até 30 de Novembro. Mais uma vez os gestores de fundos estão de parabéns já que o índice JP Morgan Global Trade, que serve de refrência para o mercado mundial de obrigações registou uma variação de 4,19 por cento no mesmo período. Pior fizeram os fundos de obrigações de taxa fixa euro com ganhos de apenas 3,65 por cento. As previsões de alguns analistas que desde o início do ano vinham alertando para o perigo dos investimentos em obrigações de taxa fixa devido à tendência para a subida das taxas de juro não se confirmaram (quando o preço do dinheiro sobe o preço das obrigações desce).
Se o que é nacional foi bom nos primeiros 11 meses de 2004, o mesmo não se pode dizer de Novembro. Neste mês, o PSI 20 valorizou apenas 0,83 por cento, enquanto o índice Morgan Stanley World, "benchmark" mais utilizado para as bolsas mundiais, subia 3,18 por cento. Wall Street, maior e mais influente praça do planeta, liderou as subidas dos principais mercados desenvolvidos, com o índice S & P 500 a registar ganhos de 3,86 por cento em dólares. A vitória de George Bush nas eleições presidenciais, a divulgação de números de desemprego abaixo das previsões e a estabilização do preço do petróleo terão sido os principais factores responsáveis pelo bom comportamento do mercado norte-americano.
Analistas dividem o impacte da reeleição de Bush nos mercados em dois períodos. No curto prazo, as bolsas saem favorecidas uma vez que as políticas económicas do presidente, como por exemplo a baixa os impostos, podem acelerar o crescimento. Já em relação ao médio e longo prazo, os especialistas são menos optimistas e alertam mesmo para os perigos de agravamento do défice orçamental se a administração Bush insistir nas actuais políticas. Pode ser necessária uma forte recessão para corrigir os défices gémeos - orçamental e comercial - da maior economia do mundo, avisam.
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