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Acções seguem leve alta suportadas PT e família Sonae

10/12/2004 11:21

LISBOA, 10 Dez (Reuters) - O mercado accionista segue com uma valorização ligeira, em linha com as restantes bolsas europeias, suportado pelos ganhos da Portugal Telecom (PT) e da família Sonae .

A recuperação da moeda norte-americana face ao euro mantém os mercados em alta, mas são os dados macroeconómicos nos EUA que vão ditar a tendência das bolsas na parte da tarde.

Aguarda-se pela divulgação dos preços no produtor de Novembro e dos dados preliminares sobre a confiança dos consumidores medida pela Universidade de Michigan, referente a Dezembro.

O euro segue a cair para 1,3164 dólares.

Por outro lado, os preços do petróleo sobem, estando o crude a ganhar 1,29 pct para 43,08 dólares o barril e o Brent a valorizar 1,61 pct para 40,31 dólares.

Segundo um delegado senior da OPEP, a quota oficial de produção de petróleo deverá manter-se inalterada, enquanto a oferta adicional, que está acima dos limites formais da OPEP, deverá ser reduzida. A OPEP está a produzir cerca de 1,1 milhões de barris por dia acima da sua quota de 27 milhões (de barris por dia).

O índice PSI20 segue a valorizar 0,17 pct para 7.486,90 pontos com seis subidas, oito quedas e os restantes títulos estáveis.

As praças europeias somam entre 0,22 e 0,49 pct. A Portugal Telecom acentua os ganhos de ontem e cresce 1,22 pct para 9,14 euros após a recente underperformance face ao sector e uma vez que ainda tem upside fundamental.

Também a família Sonae acumula ganhos, estando a casa-mãe a valorizar 1,01 pct para um euro e a Sonaecom a crescer 0,82 pct para 3,7 euros.

A Sonae foi alvo hoje de um upgrade por parte da UBS que subiu o seu preço alvo para 1,27 euros de 1,16 euros e reiterou a sua recomendação de buy para o papel, revendo em alta também as suas estimativas para os resultados operacionais da Sonae nos próximos anos.

Numa nota de hoje, o banco justificou a revisão em alta das estimativas para a Sonae e para as suas subsidiárias com os resultados melhores do que o previsto, de Janeiro a Setembro de 2004.
A EDP-Energias de Portugal evita uma melhor performance do PSI20 visto estar a cair 0,9 pct para 2,2 euros, enquanto o Millennium bcp segue estabilizado nos 1,83 euros.

Movimentaram-se 12,5 milhões de acções para um total de 68,4 milhões de euros.


((---Vanessa Chazan, Lisboa Editorial 351 21 3509205 lisbon.newsroom@reuters.com; Reuters Messaging: vanessa.chazan.reuters.com@reuters.net))

[jepm]

Caro Marco António,

Obrigado pela sua opinião. Faz bastante sentido o que diz.

Bons negócios,

jepm

[MarcoAntonio]

Estimado jepm, como pediu a minha opinião...

(i) Não me parece. Ou a transacção não passou de uma passagem para efeitos de cosmética financeira/fiscal ou a venda a um valor inflaccionado foi realizada a algum parceiro previligiado (ou com qualquer contrapartida). Ou simplesmente alguém disposto a pagar mais para deter 10% da MOC. Não creio que sirva de indicador de que a acção vá para os 2€ (as possibilidades são várias e eu colocarái de parte essa assumpção). Repare que o comprador pode ser a própria SON (nem sabemos quem é o comprador e se a passagem não se deu «dentro» do grupo).

(ii) Se a SON quiser tirar a MOC definitivamente de Bolsa (já tirou a maior parte em 2002), terá de pagar algum prémio pelas acções mas 2€ parece-me demais para o valor actual médio das acções.

(iii) Duvido que vá ter um grande impacto na cotação mas para ser franco não sei ao certo quanto estes milhões representam no universo da Sonae SGPS (isso tería de ser analisado por um Analista Fundamental e que conhecesse os detalhes da SON e também os da operação). Chamo de novo a atenção para a possibilidade de poder tratar-se de cosmética e não haver qualquer lucro real da SON (se for uma passagem dentro da SON, é apenas lucro que passa de um lado para o outro dentro da SON).

[jepm]

Vivam,

O que é que esta venda 43% acima do preço de compra ao Carrefour indicia ?

Para leigos (tal como eu) significaria:
(i) negociação em Bolsa de MOC vai aproximar-se dos 2,00 Euro
(ii) se Sonae quiser tirar MOC de Bolsa vai ter que as pagar mais perto dos 2 Euro do que dos 1,40 Euro
(iii) Sonae SGPS sobe, dado que participação na MOC deveria estar contabilizada a 1,40 e agora poderá sê-lo a 2,00

Isto estará certo ?
Alguém pode opinar ?

Bons negócios,
jepm

[Visitante]

A quem terá sido efectuada a venda, já que o vendedor tem de se a Sonae pois ela própria dizia que detinha 985 do capital. Ou tratar-se-á de uma simples passagem e para quê?

Pelo normal da gestão da Sonae inclino-me mais para um novo grande negócio o que é normal no grupo Sonae ao longo de todos osm anos. Comprou a preço de super saldo ao carrefour (muito abaixo da opa em que o carrefour não vendeu há anos) e vende de imediato com uma mais valia financeira enorme.

Vá lá que parece que temos um grupo com sede em Portugal, que se consegue impôr e afirmar mesmo a nível internqacional...

[Visitante]

43% acima do preço de compra ao Carrefour
Modelo Continente alvo de passagem de 10% do capital fora de bolsa
A Modelo Continente foi hoje alvo de uma passagem, fora de bolsa, de um lote de 110,4 milhões de acções, valor que corresponde a mais de 10% do capital da distribuidora. A transacção foi feita a 2 euros, um valor 43% acima do preço pago ao Carrefour para sair da estrutura accionista da empresa.

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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt


A Modelo Continente foi hoje alvo de uma passagem, fora de bolsa, de um lote de 110,4 milhões de acções, valor que corresponde a mais de 10% do capital da distribuidora. A transacção foi feita a 2 euros, um valor 43% acima do preço pago ao Carrefour para sair da estrutura accionista da empresa.

O lote que passou fora de mercado regulamentado perfaz um total de 110.356.700 acções, correspondente a 10,03% do capital social. Cada acção foi alienada a 2 euros, elevando o valor da transacção para mais de 220 milhões de euros.

Esta passagem poderá estar relacionada com o negócio anunciado a 16 de Novembro, quando a Sonae SGPS [Cot] desvendou a compra dos 22,37% que o Carrefour detinha na sua participada Modelo Continente [Cot], por um total de 345 milhões de euros.

Posteriormente, a Sonae vendeu cerca de metade desta posição ao Crédito Predial Português, do Santander, grupo que detém agora 30% da distribuidora.

Ambas as transacções foram efectuadas ao preço unitário de 1,40 euros.

Na altura, a «holding» adiantou que passou a deter 98,06% dos direitos de voto da Modelo Continente. Uma maioria de 68,06% detida de forma directa e os restantes 30% correspondem a «acções de que tem o direito de adquirir» no âmbito de um acordo realizado com o Banco Santander Central Hispano.

É que dos 22,37% do capital da Modelo que a Sonae comprou ao Carrefour – que saiu da estrutura accionista da distribuidora – uma fatia de 11,35% dos direitos de voto da mesma empresa foi já vendida ao mesmo preço – 1,40 euros – ao Crédito Predial Português.

O grupo liderado por Belmiro de Azevedo ficou ainda com «o direito de readquirir, a todo o tempo, acções Modelo Continente correspondentes a 30% do respectivo capital», que corresponde à percentagem alienada em 2002, mais os 11,35% agora vendidos em Novembro ao grupo luso-espanhol.

As acções da Modelo Continente encerram hoje a valer 1,38 euros, após uma desvalorização de 0,72%, com 15,6 mil títulos movimentados.