Barroso desfaz Durão
09/12/2004 14:32
Barroso desfaz Durão
O novo presidente da Comissão Europeia vislumbra a partir de Bruxelas aquilo que não quis ver quando presidia ao Conselho de Ministros em Lisboa: o consumidor português era lesado pelo monopólio que ele estava a criar.
Portugal é de novo um «case study» na Europa. Não pelas boas razões, como aliás aconteceu na polémica aquisição do Santander ao império financeiro de Champalimaud.
Bruxelas aproveitou a oportunidade e cavalgou então sobre as «golden share» do Estado em empresas privadas. Agora, prepara-se para indagar sobre os múltiplos monopólios energéticos que se repetem por essa Europa fora.
Obviamente que deste «chumbo» não podem apenas ser retiradas lições morais. Existem responsáveis, que têm um nome e um rosto, que conduziram o processo da forma mais atabalhoada, sem o mínimo de transparência e, o que é pior, sem uma alternativa de recúo.
Durão Barroso é o principal responsável, porque era o chefe do Governo. Carlos Tavares é o grande culpado, porque tudo saiu da sua cabeça. Manuela Ferreira Leite é condenada por cumplicidade. É perante o país que devem prestar contas. Talone também o deve fazer, mas aos accionistas da empresa.
Nunca, em nenhum momento, se ouviu do ministro Tavares uma explicação cabal sobre a validade da sua reestruturação para a economia portuguesa, em geral, e para os consumidores de energia em particular.
A opção gás / electricidade era sustentada em dois argumentos poderosos: o mercado ibérico de electricidade garantia a concorrência; a tendência era europeia. Afinal, o Mibel era uma ficção mediática. Afinal, a tendência europeia morreu à nascença pelas mãos da própria Europa.
Muitos, incluindo aqui, alertaram na altura para este perigos. Exigiram estudos, os fundamentos da opção, que nunca apareceram. Não foi por falta de aviso que também a «operação Galp» acaba agora morta num enorme descampado.
O dr. Tavares escondeu-se num Grupo de Sábios criadoàs pressas. A ministra das Finanças aceitou entrar no jogo, escondendo-se também atrás de uma obscura Parpública. A Petrocer venceu a corrida também às escondidas e sem glória.
Para nada. É na ENI, sempre na ENI, desde os tempos de Pina Moura que é na ENI que o Estado português fica de mãos atadas.
O sector é estratégico e os centros de decisão são fundamentais. Mas é nisto que dá a histeria dos campeões nacionais. A EDP está hoje menos preparada do que estava há meia década para enfrentar a invasão espanhola. Que já começou. Em contrapartida, está a gastar o que não tem para ganhar algum espaço no mercado espanhol.
O interesse nacional sai lesado. E os nossos campeões estão cada vez mais coxos.
Barroso desfaz Durão
O novo presidente da Comissão Europeia vislumbra a partir de Bruxelas aquilo que não quis ver quando presidia ao Conselho de Ministros em Lisboa: o consumidor português era lesado pelo monopólio que ele estava a criar.
Portugal é de novo um «case study» na Europa. Não pelas boas razões, como aliás aconteceu na polémica aquisição do Santander ao império financeiro de Champalimaud.
Bruxelas aproveitou a oportunidade e cavalgou então sobre as «golden share» do Estado em empresas privadas. Agora, prepara-se para indagar sobre os múltiplos monopólios energéticos que se repetem por essa Europa fora.
Obviamente que deste «chumbo» não podem apenas ser retiradas lições morais. Existem responsáveis, que têm um nome e um rosto, que conduziram o processo da forma mais atabalhoada, sem o mínimo de transparência e, o que é pior, sem uma alternativa de recúo.
Durão Barroso é o principal responsável, porque era o chefe do Governo. Carlos Tavares é o grande culpado, porque tudo saiu da sua cabeça. Manuela Ferreira Leite é condenada por cumplicidade. É perante o país que devem prestar contas. Talone também o deve fazer, mas aos accionistas da empresa.
Nunca, em nenhum momento, se ouviu do min...
09/12/2004 14:32
Barroso desfaz Durão
O novo presidente da Comissão Europeia vislumbra a partir de Bruxelas aquilo que não quis ver quando presidia ao Conselho de Ministros em Lisboa: o consumidor português era lesado pelo monopólio que ele estava a criar.
Portugal é de novo um «case study» na Europa. Não pelas boas razões, como aliás aconteceu na polémica aquisição do Santander ao império financeiro de Champalimaud.
Bruxelas aproveitou a oportunidade e cavalgou então sobre as «golden share» do Estado em empresas privadas. Agora, prepara-se para indagar sobre os múltiplos monopólios energéticos que se repetem por essa Europa fora.
Obviamente que deste «chumbo» não podem apenas ser retiradas lições morais. Existem responsáveis, que têm um nome e um rosto, que conduziram o processo da forma mais atabalhoada, sem o mínimo de transparência e, o que é pior, sem uma alternativa de recúo.
Durão Barroso é o principal responsável, porque era o chefe do Governo. Carlos Tavares é o grande culpado, porque tudo saiu da sua cabeça. Manuela Ferreira Leite é condenada por cumplicidade. É perante o país que devem prestar contas. Talone também o deve fazer, mas aos accionistas da empresa.
Nunca, em nenhum momento, se ouviu do ministro Tavares uma explicação cabal sobre a validade da sua reestruturação para a economia portuguesa, em geral, e para os consumidores de energia em particular.
A opção gás / electricidade era sustentada em dois argumentos poderosos: o mercado ibérico de electricidade garantia a concorrência; a tendência era europeia. Afinal, o Mibel era uma ficção mediática. Afinal, a tendência europeia morreu à nascença pelas mãos da própria Europa.
Muitos, incluindo aqui, alertaram na altura para este perigos. Exigiram estudos, os fundamentos da opção, que nunca apareceram. Não foi por falta de aviso que também a «operação Galp» acaba agora morta num enorme descampado.
O dr. Tavares escondeu-se num Grupo de Sábios criadoàs pressas. A ministra das Finanças aceitou entrar no jogo, escondendo-se também atrás de uma obscura Parpública. A Petrocer venceu a corrida também às escondidas e sem glória.
Para nada. É na ENI, sempre na ENI, desde os tempos de Pina Moura que é na ENI que o Estado português fica de mãos atadas.
O sector é estratégico e os centros de decisão são fundamentais. Mas é nisto que dá a histeria dos campeões nacionais. A EDP está hoje menos preparada do que estava há meia década para enfrentar a invasão espanhola. Que já começou. Em contrapartida, está a gastar o que não tem para ganhar algum espaço no mercado espanhol.
O interesse nacional sai lesado. E os nossos campeões estão cada vez mais coxos.
Barroso desfaz Durão
O novo presidente da Comissão Europeia vislumbra a partir de Bruxelas aquilo que não quis ver quando presidia ao Conselho de Ministros em Lisboa: o consumidor português era lesado pelo monopólio que ele estava a criar.
Portugal é de novo um «case study» na Europa. Não pelas boas razões, como aliás aconteceu na polémica aquisição do Santander ao império financeiro de Champalimaud.
Bruxelas aproveitou a oportunidade e cavalgou então sobre as «golden share» do Estado em empresas privadas. Agora, prepara-se para indagar sobre os múltiplos monopólios energéticos que se repetem por essa Europa fora.
Obviamente que deste «chumbo» não podem apenas ser retiradas lições morais. Existem responsáveis, que têm um nome e um rosto, que conduziram o processo da forma mais atabalhoada, sem o mínimo de transparência e, o que é pior, sem uma alternativa de recúo.
Durão Barroso é o principal responsável, porque era o chefe do Governo. Carlos Tavares é o grande culpado, porque tudo saiu da sua cabeça. Manuela Ferreira Leite é condenada por cumplicidade. É perante o país que devem prestar contas. Talone também o deve fazer, mas aos accionistas da empresa.
Nunca, em nenhum momento, se ouviu do min...