
Enviado:
30/11/2004 12:31
por Presa36
Concordo inteiramente com o JCS.
Quando os serviços públicos do Estado não dão resposta eficaz em tempo útil, será bom que se abra concorrencia com empresas privadas.
Não só obrigará os serviços públicos a serem mais eficazes, como os privados terão todo o interesse em apresentar soluções concorrênciais.
A meu ver, quem sai beneficiado é o utente (Consumidor).
O mesmo poderia ser testado nos mais variados serviços públicos que não respondem eficazmente às necessidades do consumidor.
Presa35

Enviado:
30/11/2004 12:06
por JCS
Pelo que percebi (por algumas noticias que vi e artigos que li) a medida passa por, caso os serviços públicos não consigam garantir uma qualquer operação em tempo util (definido clinicamente na altura do diagnóstico), em permitir que o utente com a tal espécie de "vaucher" que se pretende criar possa ser operado noutro hospital (público ou privado) à sua escolha, operação essa financiada na mesma pelo estado. Penso que é para aliviar a sobrecarga que existe no sector público (permitindo uma maior "dispersão" dos utentes) procurando assim diminuir os tempos de espera das operações.
Parece-me uma boa medida (a meu ver) pelo que acharia interessante a sua implementação.
Cumprimentos
JCS

Enviado:
29/11/2004 22:29
por Visitante
Até prova em contrário é mais uma forma de sacar dinheiro ao contribuinte.
Há vida inteligente ... no Governo

Enviado:
29/11/2004 18:02
por Visitante
Nuno Correia da Silva
Há vida inteligente ... no Governo
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Num governo onde o disparate encontrou abrigo privilegiado, onde a insensatez ocupa lugar de destaque e o bom-senso está de licença sem vencimento, surge um rasgo de inteligência digno de registo.
Num governo onde o disparate encontrou abrigo privilegiado, onde a insensatez ocupa lugar de destaque e o bom-senso está de licença sem vencimento, surge um rasgo de inteligência digno de registo.
O Ministro da Saúde assumiu, publicamente, a incapacidade do Serviço Nacional de Saúde responder em tempo útil à procura de cuidados. A informação não constitui qualquer novidade, já todos o sabíamos, só o bloqueio provocado por uma doentia reverência dogmática impediu que esta verdade, tão evidente, fosse assumida sem preconceitos.
A novidade surge na solução proposta: atribuição de "vaucher" aos utentes que não obtenham dos serviços públicos os cuidados que necessitam. É uma mudança de atitude que, a fazer escola, poderá rasgar com velhos tabus responsáveis por uma administração pública pesada, obesa e estéril. Elevar o utente, a pessoa, ao objectivo último da política de saúde é abrir caminho a uma nova forma de encarar o serviço público.
O conceito do Estado prestador de serviços, cede lugar ao Estado garante. Os serviços públicos ficam obrigados a competir com os serviços privados, a irresponsabilidade passa a ter preço e a competência a merecer prémio.
É uma proposta ambiciosa, politicamente ousada onde não faltarão adversários ferozes. Adversários das mais diversas proveniências, nomeadamente os guardiães do sistema que se sentem ameaçados nos seus pequenos feudos e o ministro das finanças que sente o peso desta opção nas contas públicas.
Será interessante observar o dia que se segue.
Conseguirá o Ministro da Saúde manter este compromisso?
Estará disposto a travar uma acesa batalha com o Ministro das Finanças?
Qual será a atitude do Primeiro-Ministro?
Apoiará a ousadia responsável do Ministro da Saúde ou claudicará perante a pressão das Finanças?
Uma simples medida poderá dizer-nos muito sobre o Governo de Santana Lopes. O Ministro da Saúde, inteligentemente, questionou todo o Governo. As promessas habilmente repetidas pela propaganda oficial foram colocadas à prova. A apregoada vontade reformadora ou ganha corpo ou será sempre um fantasma, só visível na imaginação Shakespeariana.
Esperemos pelos resultados.
* Licenciado em Segurança Social e Pos-Graduação em Economia e Políticas Sociais-ISEG.