Trouxe este tópico para cima, dada a sua importância.
De facto, é óbvio que esta operação não pode ser feita no mercado, porque com o volume de transações da Euronext Lisboa, para não causar muitos "estragos" nas cotações, teria que ser realizado ao longo de...p'rá aí uns 6 meses
Há a referir que a 1ª operação, em Novembro, uma boa parte do fundo era constituído por acções da brisa que foram vendidasaoi grupo Mello...
Mas para as restantes existirão então acordos com fundos, instituições financeiras, etc, para a compra em bloco das acções que constituíam o fundo da CGD.
Mas estes fundos ou instituições querem ganhar dinheiro, e assim, não existindo a possibilidade de recompra dessas acções pelo vendedor (como por exemplo a Sonae acordou com o Santander), poderá constar do acordo a obrigatoriedade de não as alienarem num determinado período ou então serem vendidas a desconto...
Quer num quer noutro caso, o efeito a curto e médio prazo é negativo para as acções que o fundo CGD tinha em carteira: a curto prazo pelas expectativas que as cotações possam ser afectadas pela venda do fundo, pelo facto de esse fundo (1 dos + importantes fundos de pensões em Portugal) não continuar a comprar e a capitalizar-se, e por último pela perda de credibilidade e incertezas que advém deste tipo de pedidas.
A médio prazo o efeito é negativo porque esses fundos que agora terão comprado poderão ser vendedores efectivos (de parte) desses títulos pressionando a oferta. A este aspecto acresce a pouca atractividade da economia portuguesa actualmente.
Isto são apenas suposições, mas que nos deverão fazer reflectir um pouco e salvaguardar o nosso capital.
Hão-de reparar que há títulos que andam há várias semanas em canais muito apertados, com as cotações muito controladas, numa indecisão pouco típica de final de ano (acho eu).
Gostaria de comentários, nomeadamente dos administradores relativamente a estas perspectivas
Um excelente 2005
Pessoa