Li no fim de semana um artigo interessante no Expresso, artigo esse que, curiosamente, o AB7 desenvolveu na sua Newsletter semanal e que aqui transcrevo.
ActivoBank7
22 Nov 2004
Newsletter nº 157
Os conhecedores da vida nas vilas e aldeias de Portugal no terceiro quartel do século passado lembrar-se–ão do pregão que titula este artigo e que era anúncio de passagem dos vendedores de ouro que alimentavam com as suas peças, não só os sonhos (casamenteiros) das jovens solteiras, mas também o sentido de aforro e de transferência geracional de valor dos pais e avós, porventura em anos de safra mais abundante.
Nos dias de hoje, sendo certo que as peças de ourivesaria e de joalharia mantêm ainda os valores acima referidos, o investimento numa perspectiva mais racional impõe a escolha de instrumentos mais sofisticados e com outro profissionalismo na respectiva gestão.
Nos últimos dias, a imprensa tem referenciado o investimento em ouro numa dupla perspectiva: a rendibilidade do próprio investimento, numa óptica de longo prazo, e a capacidade desta commodity funcionar como instrumento de refúgio em tempos de crise. Como refere o Semanário Económico de 19 de Novembro de 2004, “Desde o começo do ano, o metal precioso já valorizou cerca de 24% e, depois de há duas semanas ter ultrapassado o valor mais alto dos últimos 16 anos, a cotação do ouro esteve muito perto de bater o recorde de há 17 anos, ao atingir os 442,30 dólares, uma valorização que os analistas acreditam que irá manter-se durante os próximos meses”.
Por outro lado, numa entrevista concedida ao semanário Expresso, publicada no passado Sábado, Graham Birch, gestor do fundo MLIIF World Gold, da Merrill Lynch, refere, entre outros aspectos, que a “... dinâmica histórica tem sido o aumento de um dólar por semana no preço do ouro, nos últimos dois anos.. “ e que, dado estarmos em presença de um recurso escasso, “Não vamos conseguir extrair ouro suficiente das minas face à procura crescente. A oferta de ouro continua a diminuir, com novos cortes na África do Sul já este ano...”. Completando as citações, Graham Birch considera que “Bush é bom para o ouro. A continuar a sua política, teremos um dólar fraco e um mundo instável. O que aumentará o interesse pelo ouro como activo de refúgio”.
É importante ter presente que o investimento em ouro (e em commodities em geral) integra um nível muito elevado de risco, não só devido às flutuações muito amplas das respectivas cotações, como também ao facto de serem denominadas em dólares e, como tal, sofrerem do risco cambial face ao euro. Por isso, pensamos que o investimento em ouro, através de fundos de investimento, pode ser uma boa alternativa neste momento geradora de rendibilidades superiores a prazo. Porém, como sempre alertamos, entendemos que um investidor, mesmo agressivo, não deverá alocar mais de 5% dos seus investimentos neste tipo de instrumento. Valores superiores devem ser considerados, na nossa perspectiva, como investimentos bastante especulativos e, como tal, sujeitos aos inerentes riscos acrescidos.
Na oferta do ActivoBank7 integramos dois fundos de investimento especializados neste sector.
Destacamos o Merrill Lynch IIF World Gold E, que é o maior fundo no seu sector, com activos de valor superior a 1.700 milhões de euros. As subscrições deste fundo têm crescido a ritmo muito forte no último ano e meio, período durante o qual a sua carteira mais do que triplicou.
A Standard & Poor’s atribui-lhe um rating AAA, a sua classificação mais elevada, atestando a qualidade da sua equipa de gestão, liderada pelo já mencionado Graham Birch, doutorado em geologia e com mais de 20 anos de experiência no sector.
Nos últimos 5 anos, a rendibilidade anualizada em euros foi de 20,85%**, que corresponde ao triplo do valor atingido pelo índice de referência no mesmo período.
Para além de empresas de extracção de ouro, que têm um peso de quase 90% na carteira, o fundo investe também em empresas de extracção de platina, diamantes e prata. Em relação ao seu benchmark, o fundo está actualmente sobre-exposto a empresas australianas, russas e da América Latina, em detrimento da América do Norte e da África do Sul.
O portfolio do fundo está construído por forma a tirar o máximo partido de variações no preço do ouro, pelo que está fortemente exposto ao risco deste activo. O fundo tem igualmente subjacente um risco cambial, já que muitos dos activos estão denominados em moedas diferentes do euro.