Caldeirão da Bolsa

EDP em máximos de sete meses às portas do aumento de capital

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por heterocedastico » 10/11/2004 16:04

Estarão os grandalhões a artilharem-se para a arbitragem dos direitos????
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por Bertrand Gille » 10/11/2004 14:21

Pelas informações das 4 maiores correctoras nacionais são fundos internacionais que estão a reforçar posições.
Grandes tubarões.
Algumas agências financeiras mundiais noticiaram.
Bertrand Gille
 

EDP em máximos de sete meses às portas do aumento de capital

por TRSM » 10/11/2004 13:35

EDP em máximos de sete meses às portas do aumento de capital
As acções da EDP valorizam 1,74%, em máximos de Abril, um desempenho que permite à empresa ultrapassar o BCP no «ranking» das cotadas com maior peso no PSI-20. Nas vésperas do aumento de capital, a UBS subiu o «target» ajustado da eléctrica, mas alerta para uma série de riscos que pairam sobre o papel.

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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt


As acções da EDP valorizam 1,74%, em máximos de Abril, um desempenho que permite à empresa ultrapassar o BCP no «ranking» das cotadas com maior peso no PSI-20. Nas vésperas do aumento de capital, a UBS subiu o «target» ajustado da eléctrica, mas alerta para uma série de riscos que pairam sobre o papel.

As acções da Energias de Portugal (EDP) [Cot] negociavam hoje em subida de 1,74% para 2,34 euros, na terceira sessão consecutiva de valorizações.

O valor de mercado da maior eléctrica nacional sobe para 8,6 mil milhões de euros e, tendo em conta as acções consideradas para o cálculo do PSI-20 [Cot], a EDP passa a ter uma ponderação de 17,94% no índice, ultrapassando pela primeira vez o Banco Comercial Português (BCP) [Cot].

A instituição bancária liderada por Jardim Gonçalves, com uma capitalização bolsista de 5,9 mil milhões de euros, vê o seu peso no índice reduzido a 17,7%, num «ranking» dominado pela Portugal Telecom (PT) [Cot] com uma importância de 20%.

A eléctrica está a realizar um aumento de capital, reservado a accionistas, de 1,21 mil milhões de euros, para financiar o reforço de 56,2% da sua participação na eléctrica espanhola HidroCantábrico (HC).

As acções da EDP negociaram ontem, pela primeira vez, sem os direitos de subscrição incorporados no preço. A partir de sexta-feira, os accionistas que não pretendam acompanhar a operação, poderão alienar os seus direitos em bolsa. O preço de referência dos direitos é de 0,09 euros, mas à actual cotação das acções, os direitos têm um preço teórico de 0,11 euros.

EDP no último ano

UBS sobe preço-alvo da eléctrica mas alerta para riscos
Numa nota a clientes emitida hoje, a UBS aumentou o preço-alvo para os títulos da EDP de 2,30 euros para os 2,35 euros, avaliação já ajustada ao efeito de diluição do aumento de capital.

Antes de destacar os direitos e antes da integração da HC, o modelo da soma-das-partes do banco helvético sugeria um «target» de 2,59 euros.

O banco manteve inalterada a recomendação de «neutral» para o papel, citando vários riscos que ainda pairam sobre a actividade da empresa.

A concorrência no segmento em que opera, com o arranque do MIBEL, o risco de regulação e a exposição às flutuações dos preços das matérias-primas, ao mercado brasileiro e às telecomunicações (a EDP controla a maioria do capital da ONI) são factores de risco aventados pelos analistas do banco suíço.

Veto de Bruxelas ao negócio do gás com impacto negativo

A este propósito, a edição de hoje do jornal «Público» avança que a Comissão Europeia deverá vetar a aquisição da GDP pela EDP e ENI.

As propostas de solução que as empresas têm estado a apresentar para obviar às objecções ao negócio apresentadas pela Comissão continuam a ser consideradas insuficientes em unanimidade por todos os serviços envolvidos na avaliação da transacção.

O Ministro Álvaro Barreto já declarou publicamente que a EDP deverá vender os 10% que detém na central a carvão Tejo Energia. A EDP admite por seu lado prescindir dos direitos de voto tanto na Tejo Energia como na Turbogás onde detém uma participação de 20%.

Sobre um eventual veto de Bruxelas ao negócio do gás, um dos pilares da reestruturação do sector energético em Portugal, os analistas do BPI – com uma recomendação de «acumular» e um preço-alvo de 2,55 euros – dizem que o impacto na cotação é «negativo».

Sobre a cedência dos direitos de veto da EDP na Tejo Energia e na Turbogás, «apesar de ser negativo, do nosso ponto de vista seria aceite pela EDP de forma a conseguir a aprovação» por parte das autoridades de concorrência na União Europeia.

Sobre a compensação pelo fim dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) – que garantem «a priori» a venda de energia à REN – o analista Enrique Soldevila diz que o valor de 2,5 a 3 mil milhões de euros avançado pela imprensa «é ligeiramente positivo», esperando agora pelo anúncio da formula de cálculo do mecanismo de compensação.
 
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