
Bem, já tive oportunidade para consultar o livro e a interpretação é mesmo aquela que estavas a dar... o que me deixou bastante perplexo. O autor refere inclusivamente que muitos se encontram a meio do range anual e não propriamente num fundo pelo que o próprio nome da formação é enganadora neste aspecto (ele especifica o termo «bottom» mas eu não resisto a acrescentar que o termo reversal fica desprovido de sentido pois a figura deixa de ser uma figura de inversão passando a enquadra-se nas figuras de consolidação e continuação de tendência como os pendões e bandeiras).
De qq das formas, há alguns aspectos que eu gostaria de sublinhar e espero mais tarde talvez vir a desenvolve-los mais (quem sabe para depois do tema «Alavancagem» que estou a abordar actualmente na secção de Artigos Didácticos) que é o tema que se refere aos padrões (figuras), reconhecimento, critérios de avaliação, etc...
O autor tem obviamente, neste caso do BARR, alguma autoridade para dizer o que bem entender da figura pois foi ele próprio que a propôs. No entanto, devo sublinhar o seguinte (já referi este aspecto aqui neste forum inclusivamente relativo a esse mesmo livro do Bulkowski) - o trabalho estatístico realizado pelo Bulkowski não deve ser considerado uma verdade absoluta pois como qq estatística está condicionado pela amostragem e pelos critérios de avaliação/definição de cada padrão.
Ora, estes aspectos não são nada insignificantes. Duas coisas me saltaram à vista qnd fui consultar o BARR Bottom. O Bulkowski foi pesquisar a figura por curiosidade depois de ter descoberto o BARR Top (uma figura que eu até considero fiável e tecnicamente interessante... se não me falha a memória detectei dois e falei deles nos foruns, salvo erro a Portucel e a Impresa em 2002 e ambos funcionaram na perfeição). Portanto, ele foi à procura da figura, partindo do princípio de que esta devería existir... Trata-se de uma «inversão», evidentemente, que poderá introduzir algumas falácias (de certa forma ele definiu que a figura existia e partiu em busca dela... e evidentemente ela surgiu-lhe nos gráficos, nem que para isso ele tivesse que fazer algumas concessões... E fez, como atrás se viu.
Outro aspecto que me saltou à vista foi o facto de a amostra que ele tomou dizer respeito aos anos 91 a 96... A década de 90 foi uma década de forte bull market. Ele próprio o refere na introdução do livro... Ora, parece-me natural que numa amostra que se situa entre 91 e 96 ele tenha tido dificuldade em encontrar fundos (realmente fundos) suficientes. Acabou por encontrar a figura a meio das subidas grande parte das vezes...
Ainda outro aspecto que merece ser sublinhado é o facto de ele ter utilizado, para reconhecer as figuras, um computador, ao qual ele «ensinou» previamente a reconher os padrões... Bem, são vários os casos em que eu olho para os gráficos e discordo destes «reconhecimentos automáticos» que o computador fez.
Sobre o processo que ele utilizou para reconhecer as figuras (creio que ele não esclarece ao certo o método que ele utilizou), esse é um tema que só ele dava para escrever vários livros.
Existem muitos estudos académicos sobre este tema (encontrei imensos papers numa pesquisa que fiz há algum tempo na net) e sobre ele havería muito a dizer, sobre os diversos processos e abordagens, validade estatística, etc...
Pessoalmente, embora considere o trabalho dele louvável, interessante e relativamente útil, coloco muitas reservas quanto à validade e interesse estatístico de muitos dos números apresentados e dos critérios de identificação que ele propõe (por vezes demasiado latos).
Quer a forma como o computador foi «ensinado» a reconhecer os padrões quer a amostra utilizada condiciona, e de que forma, os resultados...
Procurar uma figura que supostamente (em teoria) devería ocorrer nos fundos e analisa-la estatísticamente num fortíssimo Bull-Market tem que se lhe diga...

De qq das formas, há alguns aspectos que eu gostaria de sublinhar e espero mais tarde talvez vir a desenvolve-los mais (quem sabe para depois do tema «Alavancagem» que estou a abordar actualmente na secção de Artigos Didácticos) que é o tema que se refere aos padrões (figuras), reconhecimento, critérios de avaliação, etc...
O autor tem obviamente, neste caso do BARR, alguma autoridade para dizer o que bem entender da figura pois foi ele próprio que a propôs. No entanto, devo sublinhar o seguinte (já referi este aspecto aqui neste forum inclusivamente relativo a esse mesmo livro do Bulkowski) - o trabalho estatístico realizado pelo Bulkowski não deve ser considerado uma verdade absoluta pois como qq estatística está condicionado pela amostragem e pelos critérios de avaliação/definição de cada padrão.
Ora, estes aspectos não são nada insignificantes. Duas coisas me saltaram à vista qnd fui consultar o BARR Bottom. O Bulkowski foi pesquisar a figura por curiosidade depois de ter descoberto o BARR Top (uma figura que eu até considero fiável e tecnicamente interessante... se não me falha a memória detectei dois e falei deles nos foruns, salvo erro a Portucel e a Impresa em 2002 e ambos funcionaram na perfeição). Portanto, ele foi à procura da figura, partindo do princípio de que esta devería existir... Trata-se de uma «inversão», evidentemente, que poderá introduzir algumas falácias (de certa forma ele definiu que a figura existia e partiu em busca dela... e evidentemente ela surgiu-lhe nos gráficos, nem que para isso ele tivesse que fazer algumas concessões... E fez, como atrás se viu.
Outro aspecto que me saltou à vista foi o facto de a amostra que ele tomou dizer respeito aos anos 91 a 96... A década de 90 foi uma década de forte bull market. Ele próprio o refere na introdução do livro... Ora, parece-me natural que numa amostra que se situa entre 91 e 96 ele tenha tido dificuldade em encontrar fundos (realmente fundos) suficientes. Acabou por encontrar a figura a meio das subidas grande parte das vezes...
Ainda outro aspecto que merece ser sublinhado é o facto de ele ter utilizado, para reconhecer as figuras, um computador, ao qual ele «ensinou» previamente a reconher os padrões... Bem, são vários os casos em que eu olho para os gráficos e discordo destes «reconhecimentos automáticos» que o computador fez.
Sobre o processo que ele utilizou para reconhecer as figuras (creio que ele não esclarece ao certo o método que ele utilizou), esse é um tema que só ele dava para escrever vários livros.
Existem muitos estudos académicos sobre este tema (encontrei imensos papers numa pesquisa que fiz há algum tempo na net) e sobre ele havería muito a dizer, sobre os diversos processos e abordagens, validade estatística, etc...
Pessoalmente, embora considere o trabalho dele louvável, interessante e relativamente útil, coloco muitas reservas quanto à validade e interesse estatístico de muitos dos números apresentados e dos critérios de identificação que ele propõe (por vezes demasiado latos).
Quer a forma como o computador foi «ensinado» a reconhecer os padrões quer a amostra utilizada condiciona, e de que forma, os resultados...
Procurar uma figura que supostamente (em teoria) devería ocorrer nos fundos e analisa-la estatísticamente num fortíssimo Bull-Market tem que se lhe diga...
