
Enviado:
1/8/2003 0:45
por Visitante
zé povinho Escreveu:é espantoso como por dinheiro se "vende" tudo...
até o "bom nome"???
ora bolas...
Claro, com condenações destas, que esperavas?
Quantas pessoas conheces que têm um "bom nome" e já foram condenadas por muito menos, e continuam "tesas"?
Eu conheço milhares neste País
Este País passou de "tanga" a "lonas"
Os "gordos" continuam acima da "verdadeira" lei, "cega" quando "lhes" interessa.
Se continuar assim, vamos chegar ao ponto em que um condutor de um BMW vai ter sempre prioridade, face a um Fiat Punto, entendeu?
Tesinho

Enviado:
31/7/2003 23:29
por zé povinho
é espantoso como por dinheiro se "vende" tudo...
até o "bom nome"???
ora bolas...
Re: Santander as compras.... Sera o BPI?

Enviado:
31/7/2003 22:59
por Visitante
Viana Escreveu:Quinta, 31 Jul 2003 10:36
Mas em Portugal, é um feito histórico, como a própria CMVM reconheceu. É histórico, exemplar e – vejo-me obrigado a parafrasear Nicolau Santos – marca uma nova fase no mercado de capitais. Histórico porque foi a primeira vez que uma condenação por “insider trading” no mercado nacional ocorreu, no meio de tantos processos de investigação iniciados pela CMVM e depois conduzidos para a morte lenta no DIAP. Exemplar porque, a partir de agora, muitos investidores pensarão três vezes antes de se acharem impunes a lucros fáceis com informação privilegiada.
E abre as portas para uma nova era em que o receio de ser apanhado nas malhas da justiça contribui para o cumprimento de regras elementares do mercado.
Ganha a justiça, ganha o mercado e, por isso, também o investidor. No espaço de opinião reservado aos leitores no Negocios.pt – disponível no final de cada artigo –, muitos queixaram-se de o crime compensar, uma vez que a multa ficou muito aquém das mais-valias geradas na operação.
Mas não deixa de ser indesmentível que a condenação estará no subconsciente de quem tentar levar a cabo uma operação similar. Até porque o facto do veredicto ser conhecido, bem como o nome do prevaricador, por si só, são uma penitência que o visado terá que suportar, com custos que facilmente poderão superar a multa aplicada.
[/b]
Mas que maneira tão "simpática" que estes artolas têm de desmistificar o "crime".
Conheço pelo menos três gerentes bancários que utilizaram indevidamente verbas do banco para investir em proveito próprio, e falo em centenas de milhares de contos, quando descobertos foram apenas expulsos da instituição (o bom nome da instituição em jogo?). Hoje (embora um já aposentado)dois deles estão a gerir outra instituição bancária
Mas que raio de exemplos hehehe
Por favor esses "senhores" que escrevem e dizem "baboseiras" que não atirem "areia para os olhos" do zé-povinho. Justiça? Qual justiça? Eu quereria lá saber do meu "bom nome" se mete-se ao bolso 4 milhões de euros, e tivesse a mesma condenação
"Eles" encobrem-se uns aos outros
Tesinho
Não será esse Vi-ana

Enviado:
31/7/2003 22:40
por Rosa caída
Atão não é o BCP? Quando do último aumento de capital o chinfrim não era o BCP?
O Santander está aproveitando para vomitar BPI,digo eu.
Santander as compras.... Sera o BPI?

Enviado:
31/7/2003 22:08
por Viana
Quinta, 31 Jul 2003 10:36
Miguel Sousa Cintra, acusado de ter feito mais-valias de 4 milhões de euros com a compra e venda de acções da Vidago foi condenado a 18 meses de prisão com pena suspensa de três anos e a uma multa de 120 dias a uma taxa diária de 295 euros, ou seja, mais 35.400 euros.
Em países como a Inglaterra, onde Nick Leeson foi condenado a anos de prisão – sem pena suspensa – depois de ter eclipsado milhões do Barings em Singapura a jogar em futuros com contas secretas, o facto teria, na imprensa local, um destaque proporcional ao montante envolvido na operação. Ou seja, diminuto.
Mas em Portugal, é um feito histórico, como a própria CMVM reconheceu. É histórico, exemplar e – vejo-me obrigado a parafrasear Nicolau Santos – marca uma nova fase no mercado de capitais. Histórico porque foi a primeira vez que uma condenação por “insider trading” no mercado nacional ocorreu, no meio de tantos processos de investigação iniciados pela CMVM e depois conduzidos para a morte lenta no DIAP. Exemplar porque, a partir de agora, muitos investidores pensarão três vezes antes de se acharem impunes a lucros fáceis com informação privilegiada.
E abre as portas para uma nova era em que o receio de ser apanhado nas malhas da justiça contribui para o cumprimento de regras elementares do mercado.
Ganha a justiça, ganha o mercado e, por isso, também o investidor. No espaço de opinião reservado aos leitores no Negocios.pt – disponível no final de cada artigo –, muitos queixaram-se de o crime compensar, uma vez que a multa ficou muito aquém das mais-valias geradas na operação.
Mas não deixa de ser indesmentível que a condenação estará no subconsciente de quem tentar levar a cabo uma operação similar. Até porque o facto do veredicto ser conhecido, bem como o nome do prevaricador, por si só, são uma penitência que o visado terá que suportar, com custos que facilmente poderão superar a multa aplicada.
Resultados da banca
Com a análise dos resultados semestrais da banca nacional, podemos verificar alguns indicadores importantes. Tira-se o pulso à capacidade de endividamento do país, à apetência do mercado imobiliário por via do crédito à habitação, vê-se como anda o ramo dos seguros, e percebe-se a tendência dos mercados de capitais, através das comissões e actividade de banca de investimento. E o ponto de situação de parte da liquidez do sistema financeiro, através dos rácios de capital.
O BCP teve lucros de 210,2 milhões de euros, menos 34,5%, mas no intervalo superior das expectativas. O “cost-to-income” do segundo trimestre – o banco não deu o valor semestral – foi de 56,5%. O rácio de solvabilidade ficou nos 11,6%, segundo o BIS. O Tier I desceu para 7,2%. A rentabilidade dos capitais próprios (ROE) ficou nos 18,2% no segundo trimestre, com provisões de 211,6 milhões de euros.
Os lucros do BES cresceram 12,8% para 115,3 milhões, em linha com o esperado. Ricardo Salgado logo se apressou a dizer que os rácios de capital são “bastante confortáveis”, rejeitando qualquer necessidade de um aumento de capital. O rácio de solvabilidade terminou nos 13% e de Tier I, segundo o BIS, nos 7,3% O rácio de eficiência, que mede os custos sobre os proveitos, passou dos 55,4% para os 51,1%. O banco tomou 77,1% para 215,3 milhões de euros de provisões, assumindo uma “postura prudente” face a riscos bancários gerais. O ROE caiu para os 12,4%.
Os lucros do BPI subiram 13,7% para os 80,5 milhões, acima do esperado. O rácio de requisitos de fundos próprios, segundo as regras internacionais, encontra-se nos 10,4%, com um Tier I de 6,9%. Manteve as provisões nos 46 milhões de euros. O ROE fixou-se nos 13,7%. Enquanto aqueles três bancos têm vindo a manter (BPI), ou a aumentar as provisões, o Totta baixou-as em 10 milhões de euros. Teve um ROE de 18,6%, acima de qualquer concorrente mencionado e um Tier I de 8,3% para um rácio de solvabilidade internacional de 12,3%. Mas a vitória maior relaciona-se com o “cost-to-income” que é um dos baixos da Europa nos 44,2%.
Enquanto três primeiros bancos seguiram uma política de maior risco no mercado de capitais, o Totta manteve-se conservador, numa aposta ganha em contexto de abrandamento económico. Enquanto BCP, BES e BPI estipulam “targets” à volta de 50% para o rácio de eficiência, o do Totta já se encontra nos 44,2%. Os cortes nos custos começaram bem mais cedo, o que actualmente permite à equipa liderada por Horta Osório, sentar-se em 1,7 mil milhões de euros de capitais próprios. E como não pediu nada ao accionista, tampouco lhe vai pagar dividendos. O que pode abrir caminho para abandonar o crescimento orgânico para ir às compras.
Por Ricardo Domingos, Editor Online
Artigo publicado no Jornal de Negócios