CALDEIRÃO DE BOLSA

Amigo, bom comentário e excelente visão.
Digo mais, se permite.
Uma visita à casa de 1.08 também é possível nesta altura, não comprometendo a posterior subida do Euro.
Alturas mais fortes na minha opinião para o Euro, surgirão no último trimestre do ano, ou talvez ainda em Setembro.

Um abraço
dj

Em face da trajectória muito pouco linear do cross EUR/USD, especialmente nos últimos tempos, vou dar uma opinião muito sintética sobre a sua evolução, que pretende principalmente colocar em destaque determinadas questões para, se possível, dar origem a uma boa discussão aqui no fórum.

Em primeiro lugar, esta tendência ascendente de longo prazo do EUR/USD, em vigor desde Fevereiro de 2002, tem tido uma evolução normalíssima. É errado esperarem-se movimentos lineares muito longos, já que, por exemplo, a subida do euro em relação ao dólar americano, desde meados de Março deste ano até fins de Maio, foi demasiado rápida (passou de 1,0498 a 1,1932 – um aumento de quase 14%).

Actualmente os pontos chave do cross são os 1,1215 (50% de retracement de Fibonacci da subida referida), 1,1046 (61,8%), 1,1268 (média móvel exponencial de 100 registos diários) e 1,1250 (linha de tendência ascendente de longo prazo).

Para hoje, o nível de 1,1304 (retracement de 23,6% da descida de 1,1932 até 1,1110) reveste-se de bastante interesse.

Penso que existem muitas probabilidades de o EUR/USD vir a testar a zona de retracement de 61,8%, que pode eventualmente implicar a quebra em baixa, durante mais ou menos tempo, da actual “linha de tendência de longo prazo”, sem que com isso seja posta em causa a sua tendência de subida de longo prazo.

Realmente, sendo certo que, nas moedas, as tendências de longo prazo duram normalmente muitos anos, a actual linha de tendência de longo prazo do EUR/USD é ainda uma primeira projecção, que poderá muito bem ser acertada mais tarde, para então ser uma tendência forte de vários anos. Foi o que aconteceu por exemplo com o US Dólar Index (DX): a sua subida de longo prazo que começou em finais do 1ª. Trimestre de 1995 parecia ter uma linha de tendência mais inclinada, tendo sido “corrigida” em finais de 1998 e mantida até finais de 2002, quando foi “oficialmente” quebrada em baixa.

Fico à espera de contribuições.

Um abraço

Comentador