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Caldeirão da Bolsa

Desemprego em Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por alexandre7ias » 4/3/2012 3:40

A idade não é obstáculo ao desejo de muitos portugueses procurarem uma vida melhor em Londres, onde ficam com familiares ou amigos enquanto procuram qualquer tipo de trabalho.
Cinquentenário, Arlindo Pardal, residente em Barcouço, no concelho da Mealhada, chegou a Londres em janeiro depois de fechar portas à mercearia que tinha em Portugal. "Tive problemas em Portugal com o estabelecimento que tive e fiquei a dever alguma coisita a fornecedores e eu quero pagar e foi o que me trouxe cá, para ver se conseguia porque aqui sempre se ganha melhor", explicou à agência Lusa.
Acompanhado da mulher, começou por ficar com "pessoas conhecidas" fora de Londres mas para ser mais fácil arranjar trabalho alugou um quarto mais perto de Stockwell, no sul da cidade, onde está concentrada a comunidade portuguesa.
Passou a frequentar uma agência de emprego portuguesa porque não fala nem percebe inglês, todavia nem para limpezas tem conseguido oportunidades e começa a ficar preocupado com os custos do alojamento. "Está a ficar complicado, pagamento semanal, o pouco dinheiro que trouxemos vai-se esvaziando", reconhece.
Sabia que "ia ser difícil" mas quer trabalhar para pagar as dívidas, senão terá de voltar a Portugal pior do que quando partiu. "Eu só queria estar aqui dois anitos, não vim aqui para enriquecer nem vim para morrer aqui, só queria dois anitos, era suficiente para mim", garante.
Já Nair Ferreira, de 49 anos, está disposta a trocar uma posição na função pública como cozinheira numa escola por um trabalho em Londres. Chegada em dezembro, tirou um ano de licença sem vencimento para acompanhar o filho que veio tirar um curso superior de informática.
Deixou Sintra pelos arredores da capital britânica, onde está a viver em casa de familiares, mas as numerosas buscas na internet e em agências de emprego têm sido infrutíferas. "Pensei que fosse mais fácil. Que no primeiro ou segundo mês não arranjasse trabalho, mas que depois conseguisse", admitiu.
Até para lavar pratos "começa a ser difícil", queixa-se Luís Filipe, de 21 anos e natural do Funchal. Está desde agosto em casa de familiares e é a este tipo de trabalhos que se tem candidatado porque não exigem qualificações nem grandes conhecimentos da língua. Veio porque "estava difícil arranjar trabalho" na Madeira, mas o que encontrou em Londres não foi melhor, nem para jovens. Mas Tânia Correia, de 23 anos, alega que não tinha alternativas para ficar na sua Lousã porque, após cerca de dois anos desempregados, ela e o namorado perderam o subsídio que cobria as despesas e o pagamento da hipoteca da casa. Deixaram a filha menor com uma das avós e instalaram-se há três semanas em casa da cunhada perto de Londres.
Enquanto Tânia Correia continua a procurar empregos temporários, a situação melhorou porque o namorado foi aceite numa formação para trabalhar num bar. O próximo passo, adiantou a portuguesa, será encontrar alojamento próprio e "ir buscar a filha assim que conseguir orientar as coisas.

Dinheiro Vivo | Lusa
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Muito bem sr primeiro ministro!
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por alexandre7ias » 4/3/2012 3:38

Comunidades: Fracasso na procura de emprego deixa portugueses a dormir nas ruas de Londres
Partem convencidos que, em pouco tempo, arranjam trabalho, o que não acontece, alerta o consulado e o Centro de Apoio à Comunidade Lusófona

Hilário Graça e a esposa viajaram à procura de trabalho no Reino Unido mas as promessas de emprego não se concretizaram e acabaram a dormir dentro de um carro nas ruas de Londres. Este construtor civil de 54 anos, deixou Tomar em janeiro porque "estava numa situação dramática".
"Tenho vários dinheiros a receber no Algarve e como realmente não pagavam tentei a busca de melhor", contou à agência Lusa. Porém, as promessas de trabalho que obteve de contactos que fez previamente não se concretizaram. "Agora estou numa situação em que nem dinheiro tenho para ir para Portugal".
Nem em Thetford, no leste de Inglaterra, onde vive uma numerosa comunidade portuguesa e onde já tinha estado no passado, nem em Londres conseguiu trabalhos de construção ou de limpeza para a esposa. Gasto o dinheiro que trouxeram de Portugal e sem alojamento, dormiram vários dias dentro do carro nas ruas de Stockwell, zona onde está concentrada a comunidade portuguesa na capital britânica.
"Estava a cair neve, ficava com as pernas quase congeladas", descreveu, a propósito das temperaturas baixas a que se sujeitou até ser ajudado por Carlos Ribeiro, emigrante há cerca de 40 anos. "Encontrei-os há três semanas atrás, disseram-me que dormiam na estrada, dentro do carro, ao frio e essas coisas todas", recordou o funchalense. Porque tem um "coração mole", ofereceu-se para os receber e desde então dormem no sofá da sala e comem as refeições que cozinha.
A situação não é inédita, garante Hilário, que diz ter conhecido outros portugueses a dormir nas ruas, testemunho que coincide com situações do conhecimento do consulado-geral português em Londres e de outras instituições da comunidade.
Luís Ventura, diretor do Centro Português de Apoio à Comunidade Lusófona, confirmou à Lusa ter recebido pessoas recém-chegadas em estado de desespero. "Vêm com a ideia de que chegam aqui, arranjam trabalho e fica tudo resolvido em um mês ou uma semana, num muito curto espaço de tempo", comentou, algo que, vincou, "precisa de ser desmistificado".
O padre Pedro Rodrigues, da Missão Católica Portuguesa de Londres, admitiu à Lusa ter assistido um homem que estava a viver na rua e uma família com filhos a encontrar alojamento. O consulado também já recebeu vários pedidos de apoio mas, tal como a igreja portuguesa, não possui meios para ajudar estas pessoas. No limite, pode ser feito um pedido de repatriamento para Portugal mas este tem de ser avaliado e autorizado por Lisboa.
Ventura adiantou que, menos de dois meses após a abertura, o centro já pondera criar "um apoio de emergência" para dar "comida ou teto". Hilário Graça, que já trabalhou na Alemanha e na Holanda, garante que nunca lhe aconteceu nada parecido e que agora tem apenas um objetivo. "O meu maior desejo", garante, "é conseguir arranjar dinheiro para ir para Portugal".Dinheiro Vivo | Lusa
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O primeiro ministro deve estar orgulhoso !!!!
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por ticojuno666 » 3/3/2012 9:28

alexandre7ias Escreveu:
Bruxelas garantiu ao Governo que não haverá mais verbas para o combate ao desemprego jovem

02.03.2012 - 21:38 Raquel Martins

Paulo Pimenta (arquivo)

Bruxelas garantiu ao Governo que não haverá mais verbas para o combate ao desemprego jovem

A equipa de Bruxelas que esteve em Portugal no final de Fevereiro para desenhar com o Governo um programa de combate ao desemprego jovem garantiu que não há margem para reforçar o pacote financeiro com dinheiro novo.

Na prática, isto significa que o Impulso Jovem terá uma dotação de 352 milhões de euros, oriundos da reprogramação dos fundos europeus já existentes, e abrangerá 77 mil jovens. O cenário mais ambicioso divulgado, nesta sexta-feira, pelo Governo – dotação de 651 milhões de euros para quase 165 mil jovens - dificilmente se concretizará.

“A Comissão Europeia esclareceu que não teria em vista, no âmbito da presente iniciativa, qualquer acréscimo de verbas do orçamento comunitário, apostando claramente numa capacidade de cada um dos Estados-membros virem a reafectar as dotações que já se lhes encontram atribuídas”, lê-se no documento entregue pelo Governo em Bruxelas e enviado aos parceiros sociais na quinta à noite.

Isto quer dizer que o programa será alimentado sobretudo com as verbas libertadas pela reprogramação do Quadro de Referências Estratégica Nacional (QREN), que será feita nos próximos meses.

Apesar disso, em Bruxelas, o primeiro-ministro lembrou que a proposta portuguesa contempla a possibilidade de “uma grande reafectação de verbas incluídas em fundos estruturais” e o “reforço do envelope financeiro português”, através de redistribuição de verbas não utilizadas pelos Estados-membros.

Esta é para os parceiros sociais uma “hipótese remota”. “Tanto quanto sabemos haverá reafectação de verbas, mas de Bruxelas não vem mais dinheiro”, garante António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP).

“Nada está garantido”, disse por seu lado ao PÚBLICO João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP). Mas mesmo que o programa seja alimentado em exclusivo por verbas resultantes da reprogramação do QREN, este responsável quer saber quais os programas que perdem apoios.

Estágios apenas ajudam

Um dos principais pontos do programa de combate ao desemprego jovem – que afecta mais de 470 mil pessoas entre os 15 e os 34 anos – é o reforço dos estágios profissionais. Porém, os parceiros sociais garantem que a medida não resolve o problema do desemprego.

João Vieira Lopes considera a medida positiva, mas “não tenhamos ilusões, isto por si não cria emprego”.

Também o líder da UGT, João Proença, aplaude a medida, que em condições normais tem elevadas taxas de empregabilidade. Porém, deixa claro que, nas actuais condições, se trata de um “paliativo”. “Se não houver crescimento económico e criação de postos de trabalho atenuou-se o desemprego jovem por dois ou três anos, melhorou-se a capacidade de empregabilidade, mas ao fim desse tempo volta-se ao princípio”, realça, lembrando que o crescimento está sujeito a um elevado grau de incerteza.

O responsável da CIP considera as propostas em cima da mesa “meritórias”. “Temos é de as dotar de eficácia”, adianta, acrescentando que tudo depende da forma como os estágios, as acções de formação e os apoios ao empreendedorismo forem operacionalizados de forma integrada. Mas António Saraiva também deixa claro que no actual cenário recessivo e com os constrangimentos à actividade que se mantêm “dificilmente as empresas serão geradoras de emprego”.

António Dornelas, professor no Instituto de Ciências do Trabalho e da Empresa e conselheiro para as áreas do trabalho da antiga ministra Helena André, não comenta o programa do Governo, porque o desconhece, mas tece alguns comentários sobre o papel dos estágios na integração dos jovens no mercado de trabalho.

Dornelas considera que o estágio enquanto medida de empregabilidade durável “é discutível”, mas não tem dúvidas de que numa conjuntura como a que o país atravessa e para o curto prazo “é positiva”, ao permitir “reduzir o desemprego transitoriamente”.

O programa apresentado, nesta sexta-feira, aposta ainda nos apoios ao empreendedorismo, à formação e ao trabalho em pequenas e médias empresas e no estrangeiro.
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por alexandre7ias » 3/3/2012 3:56

Bruxelas garantiu ao Governo que não haverá mais verbas para o combate ao desemprego jovem

02.03.2012 - 21:38 Raquel Martins

Paulo Pimenta (arquivo)

Bruxelas garantiu ao Governo que não haverá mais verbas para o combate ao desemprego jovem

A equipa de Bruxelas que esteve em Portugal no final de Fevereiro para desenhar com o Governo um programa de combate ao desemprego jovem garantiu que não há margem para reforçar o pacote financeiro com dinheiro novo.

Na prática, isto significa que o Impulso Jovem terá uma dotação de 352 milhões de euros, oriundos da reprogramação dos fundos europeus já existentes, e abrangerá 77 mil jovens. O cenário mais ambicioso divulgado, nesta sexta-feira, pelo Governo – dotação de 651 milhões de euros para quase 165 mil jovens - dificilmente se concretizará.

“A Comissão Europeia esclareceu que não teria em vista, no âmbito da presente iniciativa, qualquer acréscimo de verbas do orçamento comunitário, apostando claramente numa capacidade de cada um dos Estados-membros virem a reafectar as dotações que já se lhes encontram atribuídas”, lê-se no documento entregue pelo Governo em Bruxelas e enviado aos parceiros sociais na quinta à noite.

Isto quer dizer que o programa será alimentado sobretudo com as verbas libertadas pela reprogramação do Quadro de Referências Estratégica Nacional (QREN), que será feita nos próximos meses.

Apesar disso, em Bruxelas, o primeiro-ministro lembrou que a proposta portuguesa contempla a possibilidade de “uma grande reafectação de verbas incluídas em fundos estruturais” e o “reforço do envelope financeiro português”, através de redistribuição de verbas não utilizadas pelos Estados-membros.

Esta é para os parceiros sociais uma “hipótese remota”. “Tanto quanto sabemos haverá reafectação de verbas, mas de Bruxelas não vem mais dinheiro”, garante António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP).

“Nada está garantido”, disse por seu lado ao PÚBLICO João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP). Mas mesmo que o programa seja alimentado em exclusivo por verbas resultantes da reprogramação do QREN, este responsável quer saber quais os programas que perdem apoios.

Estágios apenas ajudam

Um dos principais pontos do programa de combate ao desemprego jovem – que afecta mais de 470 mil pessoas entre os 15 e os 34 anos – é o reforço dos estágios profissionais. Porém, os parceiros sociais garantem que a medida não resolve o problema do desemprego.

João Vieira Lopes considera a medida positiva, mas “não tenhamos ilusões, isto por si não cria emprego”.

Também o líder da UGT, João Proença, aplaude a medida, que em condições normais tem elevadas taxas de empregabilidade. Porém, deixa claro que, nas actuais condições, se trata de um “paliativo”. “Se não houver crescimento económico e criação de postos de trabalho atenuou-se o desemprego jovem por dois ou três anos, melhorou-se a capacidade de empregabilidade, mas ao fim desse tempo volta-se ao princípio”, realça, lembrando que o crescimento está sujeito a um elevado grau de incerteza.

O responsável da CIP considera as propostas em cima da mesa “meritórias”. “Temos é de as dotar de eficácia”, adianta, acrescentando que tudo depende da forma como os estágios, as acções de formação e os apoios ao empreendedorismo forem operacionalizados de forma integrada. Mas António Saraiva também deixa claro que no actual cenário recessivo e com os constrangimentos à actividade que se mantêm “dificilmente as empresas serão geradoras de emprego”.

António Dornelas, professor no Instituto de Ciências do Trabalho e da Empresa e conselheiro para as áreas do trabalho da antiga ministra Helena André, não comenta o programa do Governo, porque o desconhece, mas tece alguns comentários sobre o papel dos estágios na integração dos jovens no mercado de trabalho.

Dornelas considera que o estágio enquanto medida de empregabilidade durável “é discutível”, mas não tem dúvidas de que numa conjuntura como a que o país atravessa e para o curto prazo “é positiva”, ao permitir “reduzir o desemprego transitoriamente”.

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por alexandre7ias » 3/3/2012 3:51

Bosch dispensa 120 trabalhadores
Empresa tinha contratado vários trabalhadores temporários para dar resposta a incremento de encomendas, cujos contratos não foram renovados

A Bosch de Braga anunciou a dispensa de 120 trabalhadores, uma medida que justificou com a flutuação dos mercados, mas o sindicato fala num "despedimento coletivo" resultante da aposta no contrato precário.

Em comunicado, a Bosch explica que, em 2011, para dar resposta ao incremento de encomendas recebidas pela empresa por determinado período, procedeu à contratação a termo de vários trabalhadores temporários, "como é prática corrente nas empresas que atuam na indústria automóvel".

"Aquando da contratação dos colaboradores, a Bosch informou sobre a finalidade de tal contratação, sobre as condições do vínculo laboral e sobre a possibilidade de o contrato não vir a ser renovado no seu termo. Neste contexto, tendo-se verificado a respetiva caducidade, a Bosch entendeu não proceder à renovação de 120 destes contratos", acrescenta.

Hoje, em conferência de imprensa, o Sindicato das Indústrias Transformadoras do Norte denunciou o despedimento coletivo de "150" trabalhadores na Bosch de Braga.

Segundo Amélia Lopes, daquele sindicato, o "despedimento" resulta do facto de a empresa contar com cerca de 550 trabalhadores com contrato precário, ou seja, "ocupam postos de trabalho de caráter permanente, mas o vínculo do trabalhador é a termo incerto".

"Tão incerto que nada fazia esperar que, da noite para o dia, a 29 de fevereiro, a Bosch fizesse caducar cerca de 150 contratos de trabalho", acrescentou.

A Bosch é uma das maiores empregadoras do distrito de Braga, com entre 2300 a 2400 trabalhadores diretos.

Dinheiro Vivo /Lusa
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por alexandre7ias » 2/3/2012 14:45

A taxa de desemprego “dificilmente ficará abaixo dos 16%” no final do ano, prevê Francisco Madelino, ex-presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

“Começar o ano com uma taxa de desemprego de 14,8%, levará a que, com todas as medidas de retracção da procura interna, muito dificilmente se chegará ao fim de 2012 com uma taxa inferior a 16%”, adverte.

“Medidas cosméticas” não travam desemprego Para combater o desemprego jovem, o Governo avança com o programa “Impulso Jovem”, que prevê estágios em organizações internacionais, incentivos a jovens agricultores e micro-crédito.

Luís Bento, investigador da Universidade Autónoma de Lisboa e especialista em recursos humanos, receia que o programa destinado a combater o desemprego jovem sirva apenas para maquilhar as estatísticas.

“Essas medidas só podem ser efectivas se forem medidas de estímulo económico, porque se forem medidas cosméticas de subsidiação do desemprego, de subsidiação de formação profissional ou de subsidiação de estágios, são medidas que não vão fazer estancar o crescimento da taxa de desemprego em Portugal”, afirma Luís Bento.

Também o ex-presidente do IEFP, Francisco Madelino diz que o programa de apoio aos jovens apenas terá sucesso se houver crescimento económico.

O presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), Francisco Maria Balsemão, diz que uma das sugestões feitas ao Governo aponta para a criação de estágios no estrangeiros, através da extensão do programa Inov Contacto.

O número de licenciados desempregados que anulou a inscrição nos centros de emprego para emigrar subiu 49,5% entre 2009 e 2011, de acordo com os registos do Instituto de Emprego e Formação Profissional.

O presidente da ANJE considera fundamental o país criar condições para evitar a fuga de cérebros e de talentos ou promover o seu regresso.
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por L.S.S » 2/3/2012 14:39

Passos
"Tendência do desemprego é para continuar a subir"
Luís Rego em Bruxelas
02/03/12 13:00



"Um valor muito elevado", disse Passos em Bruxelas sobre a taxa de 14,8%, admitindo alargar programa para emprego jovem.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse hoje que a taxa de desemprego de 14,8% registada em Portugal atingiu "um valor muito elevado" mas alertou que a "tendência é para continuar a subir antes de abrandar no segundo semestre".

Passos colocou um tom grave na sua avaliação da taxa de desemprego mostrando "preocupação", em particular para o desemprego jovem e as discrepâncias a nível regional. Na região do Norte, explicou, está mesmo acima de 40%. Mas é o desemprego jovem que parece o primeiro alvo do governo neste defeso, com Passos a explicar um programa que vai incluir uma soma "entre 400 e 600 milhões de euros" de fundos comunitários, e que vai abranger "pelo menos 70 mil jovens".

O programa de passaporte jovem com estágios profissionais e primeira oportunidade de emprego, com um destaque particular para a agricultura. O primeiro-ministro explicou que o programa está desenhado para funcionar apenas com uma reprogramação de verbas que já fazem parte do envelope financeiro no quadro da política da coesão. Mas também incluiu uma "extensão do programa" no caso de poder receber novos fundos europeus que poderão advir de ‘sobras' a nível do orçamento comunitário.

A situação actual do emprego estimula o governo a mostrar uma "determinação muito grande na implementação de medidas de transformação estrutural e uma atenção redobrada a todas as medidas programas de mais curto e médio prazo".http://economico.sapo.pt/noticias/tendencia-do-desemprego-e-para-continuar-a-subir_139480.html
Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
 
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Mais do mesmo...

por bboniek33 » 2/3/2012 14:04

MiamiBlueHeart Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:Estágios são a arma do Governo contra o desemprego jovem

Empresas que contratarem o estagiário serão premiadas

O programa que o Governo apresentou ontem em Bruxelas para combater o desemprego jovem prevê o reforço dos estágios profissionais e vai premiar as empresas que acabem por contratar o estagiário.


Continuam a derreter dinheiro...siga


Esta medida não passa de um comprimido ligeiro para imensa dor de cabeça que atualmente temos!!!

Os nossos problemas são a falta de financiamento e a queda brutal da procura interna.

Mas e as pessoas com mais idade??
Pessoas com mais de 45 anos, com familia, encargos financeiros assumidos, estão a ser despedidos e com pouquissimas hipóteses de voltar ao mercado de trabalho.

A situação do país continua a degradar-se rapidamente, a procura interna em fevereiro foi ainda pior que em janeiro... o túnel continua sem luz e cada vez mais escuro...


Laa vai o dinheirinho para financiar o destinataario em vez de ser injectado na Economia como geradora de emprego sustentaavel.

Sao de casta baixa estes governantes que repetem o que condenaram nos outros. Este programa limita-se a mascarar a situac,ao ameac,ando mesmo prolonga-la.

O ministro da Economia bem podia fazer uns corninhos na AR e levar guia de marcha para a British Columbia ir ensinar canadianos provenientes do subcontinente asiaatico. Bem... o "call me Alvaro" nem tem mais culpa que os outros ineptos. Tem ee cabec,a de chouric,o, laa isso tem ! :P
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por MiamiBlue » 2/3/2012 13:29

alexandre7ias Escreveu:Estágios são a arma do Governo contra o desemprego jovem

Empresas que contratarem o estagiário serão premiadas

O programa que o Governo apresentou ontem em Bruxelas para combater o desemprego jovem prevê o reforço dos estágios profissionais e vai premiar as empresas que acabem por contratar o estagiário.


Continuam a derreter dinheiro...siga


Esta medida não passa de um comprimido ligeiro para imensa dor de cabeça que atualmente temos!!!

Os nossos problemas são a falta de financiamento e a queda brutal da procura interna.

Mas e as pessoas com mais idade??
Pessoas com mais de 45 anos, com familia, encargos financeiros assumidos, estão a ser despedidos e com pouquissimas hipóteses de voltar ao mercado de trabalho.

A situação do país continua a degradar-se rapidamente, a procura interna em fevereiro foi ainda pior que em janeiro... o túnel continua sem luz e cada vez mais escuro...
 
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por alexandre7ias » 2/3/2012 12:41

Estágios são a arma do Governo contra o desemprego jovem

02.03.2012 - 07:23 Raquel Martins

Foto: Jorge Silva/Arquivo

Empresas que contratarem o estagiário serão premiadas

O programa que o Governo apresentou ontem em Bruxelas para combater o desemprego jovem prevê o reforço dos estágios profissionais e vai premiar as empresas que acabem por contratar o estagiário.

A medida faz parte do programa Impulso Jovem, que, ao todo, abrangerá entre 77 mil e 165 mil jovens e representa um investimento entre os 352 e os 651 milhões de euros.

Os estágios são a principal arma do Governo para combater o desemprego jovem, um problema que, no último trimestre de 2011, afectava 35,4% dos jovens portugueses.

A medida "passaporte-emprego" mobiliza uma parte significativa dos fundos e destina-se a jovens inscritos há pelo menos quatro meses nos centros de emprego e que se proponham fazer um estágio numa PME, em organizações da economia social ou no estrangeiro.

O documento a que o PÚBLICO teve acesso não precisa se a duração do estágio continuará a ser de nove meses, como actualmente, mas o valor da bolsa continua a ser em função do grau académico do estagiário. A grande novidade é que a bolsa pode ser prolongada por mais seis meses no caso de as empresas integrarem os estagiários por um período mínimo de dois anos.

O Governo é optimista quanto à adesão a uma medida desta natureza e conta apoiar entre 35.500 a 91 mil jovens.

É também proposto um "incentivo à promoção da orientação profissional" de jovens sem escolaridade obrigatória e de jovens com habilitações escolares, mas sem qualificação profissional. Cria-se ainda a possibilidade de os jovens com habilitações escolares e profissionais receberem apoios específicos à criação do próprio emprego, embora não se diga em que moldes. Ao todo, estas acções poderão chegar, no máximo, a 65 mil pessoas.

O Governo quer ainda apostar no empreendedorismo, com destaque para o apoio a jovens agricultores e para projectos em regiões menos desenvolvidas, e nos apoios à colocação de jovens em empresas estrangeiras.

No plano, o Governo traça dois cenários para o financiamento e metas a atingir. Num primeiro cenário, as verbas disponíveis resultam da reprogramação do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), o que permitirá realocar perto de 352 milhões de euros para o programa e abranger 77 mil jovens. O segundo cenário conta com um reforço das verbas comunitárias, o que permitiria abranger perto de 165 mil jovens com um total de 651 milhões de euros.

O Governo reconhece que o financiamento das medidas - que incluem também um reforço dos apoios às pequenas e médias empresas e à criação de microempresas nos territórios menos desenvolvidos ou que se insiram na revitalização das cidades - implica uma reafectação dos fundos estruturais existentes e alerta que "existe uma margem reduzida de verbas" para essa reprogramação.Isto acontece porque os programas operacionais estão praticamente esgotados. Esta reprogramação foi aprovada ontem em Conselho de Ministros e depende da aprovação de Bruxelas.

O programa apresentado ontem é a resposta de Lisboa a uma carta enviada por Durão Barroso aos chefes de Governo dos países onde o desemprego jovem é mais preocupante - Portugal é o terceiro país com a taxa mais elevada, a seguir à Grécia e à Espanha - e deverá ser posto no terreno a partir do segundo trimestre de 2012. [quote]

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por alexandre7ias » 2/3/2012 12:38

Dados de Fevereiro do Ministério do Emprego
Novo recorde de desempregados em Espanha: 4,7 milhões

02.03.2012 - 10:08 Lusa, PÚBLICO

Foto: Philippe Desmazes/ AFP Photo


O número de desempregados em Espanha atingiu em Fevereiro um novo recorde, com mais 112 mil do que em Janeiro, somando um total de mais de 4,7 milhões, segundo revelou o Ministério do Emprego.

Este aumento representa um crescimento de 2,4% em relação ao mês de Janeiro e põe o número total de desempregados (4.712.098) no valor mais elevado em toda a série histórica de dados, que começa em 1996.

Em termos anuais (face a Fevereiro de 2011), o desemprego aumentou 9,6%, o que equivale a mais 413 mil desempregados, tendo o crescimento em Fevereiro face ao mês anterior sido superior ao registado no mesmo mês em 2011 face a Janeiro de 2011.

Trata-se do segundo maior aumento num mês de Fevereiro e é o sétimo aumento mensal de desemprego consecutivo.
© Público Comunicação Social SA
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E Espanha deixou de ser solução para arranjar emprego!
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por artista_ » 2/3/2012 12:05

O Alvarinho está agora na TV a justificar o aumento do desemprego em Portugal com a deterioração das condições económicas na Europa! Hummm, onde é que eu já vi desculpas destas?! :roll: :-k :-k
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por Automech » 2/3/2012 2:40

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Re: Vergonha.

por bboniek33 » 1/3/2012 23:33

AutoMech Escreveu:
bboniek00 Escreveu:Portugal a produzir exilados econoomicos como nos anos 40/50/60... soo nao vao mais porque nao ha para onde ir.

Isto nem ee emigrar. Ee fugir.

Ei-los que partem, os fugitivos. E hoje nem precisam de ir a "salto", mas muitos vao "em saldo".


Epá, por momentos pensei que estava a ler um excerto de As Vinhas da Ira :wink:


Ve-se que ees uma pessoa "lida". Vaarios criiticos literaarios frequentemente comparam a minha prosa aa de Steinbeck, embora refiram na minha escrita vs. Steinbeck uma finura superior e gradientes narrativos mais ricos e burilados.

Certiissimo ! O tom traagico que utilizei foi de recorte dramaatico... se bem que, quando escrevia o post, me tenha aflorado aa mente a canc,ao de Manuel Freire ("Ei-los que partem" - a Sangria da Paatria).

Que bom ee encontrar alguem que sabe apreciar a Literatura de qualidade...

8-)
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Re: Vergonha.

por Automech » 1/3/2012 22:14

bboniek00 Escreveu:Portugal a produzir exilados econoomicos como nos anos 40/50/60... soo nao vao mais porque nao ha para onde ir.

Isto nem ee emigrar. Ee fugir.

Ei-los que partem, os fugitivos. E hoje nem precisam de ir a "salto", mas muitos vao "em saldo".


Epá, por momentos pensei que estava a ler um excerto de As Vinhas da Ira :wink:
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por alexandre7ias » 1/3/2012 22:11

Governo quer criar 'passaporte jovem' para apoiar 91 mil desempregados
Proposta foi hoje entregue na Comissão Europeia e destina-se a criar estágios profissionais

O Governo propôs à Comissão Europeia a atribuição de bolsas a empresas que promovam estágios profissionais e empreguem esses estagiários, uma medida que poderá beneficiar 91 mil jovens desempregados, mas que ainda depende do apoio de Bruxelas.

A medida defendida pelo Governo - denominada 'passaporte emprego' - faz parte do documento hoje enviado ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e aos parceiros sociais, e destina-se a criar estágios profissionais para desempregados com idade compreendida entre os 16 aos 34 anos independentemente do seu nível de escolaridade.

Todavia, o Governo esclarece que apenas os desempregados inscritos nos Centros de Emprego há pelo menos quatro meses poderão ser abrangidos pelo 'passaporte emprego', independentemente de se tratar de um jovem desempregado à procura do primeiro emprego ou de um novo emprego.

Agora, a Comissão Europeia terá de autorizar a reprogramação das verbas comunitárias atribuídas a Portugal. Se tal acontecer, o Governo propõe-se a alocar 140 milhões de euros a esta iniciativa o que, segundo as contas do executivo, poderia beneficiar 35 500 jovens.

Se Bruxelas for mais generosa e reforçar as verbas atribuídas a Portugal, então, o Governo prevê alocar 335 milhões de euros ao 'passaporte emprego' e assim beneficiar 91 mil jovens, 50% dos inscritos no IEFP.

Só com estas condições satisfeitas e quando estiverem satisfeitas é que a medida avançará.

A partir desse momento, será atribuída uma "bolsa de apoio" à entidade empregadora, diferenciada por grau académico. No caso dos doutorados, esta bolsa será equivalente a três IAS (Indexante de Apoio Social), ou seja 1257,66 euros por mês para um período de estágio de um ano. Já no caso dos mestres e licenciados, a bolsa será equivalente a 1,5 IAS (628,83 euros) para um período de estágio de seis meses.

No caso de um jovem com o ensino secundário completo, a uma bolsa será equivalente a 1,25 IAS (524,03 euros) para um período de estágio de seis meses, mas caso o ensino secundário esteja completo, o valor da bolsa será equivalente a um IAS (419,22 euros) para um período de estágio de seis meses.

De acordo com o documento, o Governo refere ainda que as bolsas serão comparticipadas na sua totalidade, restando como encargos da responsabilidade da entidade empregadora o subsídio de alimentação e de transporte, bem como o seguro obrigatório de acidentes de trabalho.

Caso as empresas garantam a empregabilidade futura dos jovens estagiários, o Governo pretende criar "um prémio de integração após conclusão do período de estágio", isto é, após a conclusão do estágio, caso ocorra a celebração de um contrato de trabalho, com a duração mínima de dois anos, "haverá lugar a prémio de integração de montante idêntico ao atribuído durante o estágio".

O 'passaporte emprego' faz parte de um programa mais vasto do Governo para combater o desemprego jovem e que foi batizado pelo Executivo de "Impulso Jovem". Visa responder ao desafio lançado por Durão Barroso durante o Conselho Europeu de janeiro, e assim reduzir o desemprego jovem nos países da União com taxas mais elevadas.

O plano estratégico agora entregue em Bruxelas foi elaborado pela Comissão Interministerial, liderada pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que contou com a presença de 12 secretários de Estado, tendo sido ouvidos todos os parceiros sociais.

Dinheiro Vivo \ Lusa
.


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Vergonha.

por bboniek33 » 1/3/2012 21:18

Portugal a produzir exilados econoomicos como nos anos 40/50/60... soo nao vao mais porque nao ha para onde ir.

Isto nem ee emigrar. Ee fugir.

Ei-los que partem, os fugitivos. E hoje nem precisam de ir a "salto", mas muitos vao "em saldo".

Que vergonha para este Paiis de corruptos e gastadores.

Tenho que o dizer: isto soo aa porrada.
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por alexandre7ias » 1/3/2012 20:34

Número de licenciados a emigrar aumentou 49,5%
Publicado hoje às 17:06

O número de licenciados desempregados que anulou a inscrição nos centros de emprego para emigrar subiu 49,5% entre 2009 e 2011, de acordo com os registos do Instituto de Emprego e Formação Profissional.
O número de licenciados é reduzido face ao total de trabalhadores que decidiram emigrar segundo os registos do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), mas sugere que a opção pelo estrangeiro está cada vez mais em cima da mesa dos trabalhadores mais qualificados que se encontram numa situação de desemprego.

Em 2011, a emigração justificou o fim da inscrição de 1.893 desempregados licenciados (contra os 1.266 registados em 2009), de um total de 22.700 trabalhadores que deixaram de estar inscritos no IEFP porque decidiram aceitar ofertas de trabalho no estrangeiro.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do IEFP, Octávio Oliveira, aconselha porém uma "leitura muito limitada" destes dados uma vez que representam "apenas e só as anulações de candidatura a emprego realizadas pelos serviços do IEFP na sequência da declaração do próprio".

Para o responsável, "não é significativo" o aumento da emigração entre os desempregados inscritos que possuem uma habilitação superior nos últimos três anos.

Para Octávio Oliveira, a saída de trabalhadores para o estrangeiro tem sido constante nos últimos anos e resultado de um mercado de trabalho cada vez mais globalizado.

"Mesmo em momentos de crescimento da economia nacional foi significativo o número de anulações por motivo de emigração", disse.

"A própria emigração tem hoje uma componente de sazonalidade, sendo normal o aproveitamento de excecionais oportunidades, com remunerações e condições interessantes", acrescentou.

A divulgação de ofertas de emprego no espaço europeu e a cooperação dos serviços públicos de emprego tem aliás sido uma das prioridades na União Europeia, reforçou.

De acordo com os dados do instituto, a maioria dos desempregados que optam por emigrar têm entre 35 e 54 anos (55,2%) e possuem habilitações escolares ao nível do ensino secundário (24,3%).

Entre os grupos de profissões com mais trabalhadores a emigrar, estão os operários, artífices e trabalhadores similares (20,4% do total), pessoal dos serviços de proteção e segurança (12,3%) e os trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio (10,5%).
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por A330-300 » 1/3/2012 20:15

AutoMech Escreveu:Totalmente de acordo.

Não sabe, não mexe
Por:Paulo Morais, Professor Universitário


O programa de apoio ao emprego jovem anunciado pelo governo português é uma medida inútil. Provavelmente, contraproducente e até injusta. Apesar disso, tem o suporte da Comissão Europeia e Durão Barroso manifestou o seu entusiástico apoio ao projecto.


Os programas publicitados nem sequer existem. E ainda bem. Porque se há coisa que os governantes não sabem mesmo, é criar empregos.

Essa tarefa deve ser deixada aos empresários, já que só através do surgimento de novas empresas e do crescimento das já existentes se cria emprego. Ao estado competiria criar um contexto favorável ao funcionamento da economia e à subsequente criação de riqueza.

O que não acontece em Portugal. Assim, um estado que não faz bem o que lhe compete, não deve tentar outras aventuras.

E se a criação de emprego não cabe aos governos, muito menos devem os políticos favorecer o emprego dos jovens, ou a qualquer grupo parti-cular.

Ao discriminarem positivamente um determinado segmento da sociedade, estão a discriminar negativamente todos os outros. Por que motivo há-de o governo beneficiar, de forma sectária, o emprego para os jovens? E os desempregados de meia-idade? Admitir-se-ia que se favorecesse o emprego dos homens em detrimento das mulheres?

Este tipo de apoios é aliás perverso, pois muitos patrões serão tentados a substituir funcionários competentes por outros que pertençam a grupos beneficiários de incentivos ou subsídios e, logo, mais baratos.

Os governantes que pensam criar programas de emprego deveriam deixar-se disso. Se não sabem, não mexam! Mas se de facto sabem como criar emprego, demitam-se já do governo e dediquem-se à vida empresarial. Os desempregados agradecem.

Quanto a Durão Barroso, o seu apoio só pode ser entendido à luz da vontade de ficar bem-visto perante o eleitorado jovem, que poderá ajudá-lo numa eleição presidencial de 2016. Ou seja, o único emprego que o programa de apoio ao emprego jovem ainda poderá vir a criar é o de Durão Barroso como Presidente da República. Um único emprego, que nem sequer é jovem.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... e-nao-mexe


Excelente artigo !!

Depois põe-se com essas tretas de desemprego jovem desemprego velho...
Na verdade quem mais me preocupa são aquelas pessoas na faixa dos 45 para cima que não conseguem emprego por já serem consideradas velhas e tem um monte de responsabilidades a seu encargo.

Os jovens ainda não tem casa para pagar e nem filhos.É mau , mas antes pobre do que endividado.

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Não te preocupes

por Fiscalista » 1/3/2012 15:47

artista Escreveu:Duas amigas minhas perderam o emprego em Janeiro, embora uma só fique realmente desempregada daqui a um mês... espero que esta tendência não se mantenha por muito tempo, mas não será fácil! :|


Não te preocupes que o Álvaro já disse que a crise acaba daqui a 10 meses. Como o País está a perder cerca de 1000 empregos por dia até ao fim do ano vão ser só mais 300.000 desempregados (para chegarmos aos 20%). Depois isto recupera num ápice. Em 2013 até o Alberto João vai torrar 25 Milhões de euros em foquetes na passagem de ano para comemorar a retoma.
Vai ser uma maravilha...
 
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Nada de confusoes !

por bboniek33 » 1/3/2012 15:46

Anteontem, passaamos com 18 o exame da Troika.

Agora veem com esses numeros para assustar as pessoas...

Ora se o programa de ajustamento estaa a correr bem, para quee vir com esses indicadores alarmantes e negativos ?

Nao seraa altura de tomar uma atitude construtiva ?

Acho que sim.
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por artista_ » 1/3/2012 15:38

Duas amigas minhas perderam o emprego em Janeiro, embora uma só fique realmente desempregada daqui a um mês... espero que esta tendência não se mantenha por muito tempo, mas não será fácil! :|
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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por L.S.S » 1/3/2012 12:59

Portugal
DESEMPREGO SOBE PARA 14,8% EM JANEIRO
Pedro Latoeiro
01/03/12 10:10


A taxa de desemprego em Portugal agravou-se para novo recorde em Janeiro, nos 14,8%, indicou hoje o Eurostat.

O número representa um agravamento face aos 14,6% registados em Dezembro e compara também com a taxa de 12,3% observada em Janeiro do ano passado.

O desemprego em Portugal continua assim bem acima da média da zona euro, onde 10,7% da população activa não tem trabalho, um máximo de 14 anos. Na UE a 27 a taxa é um pouco mais baixa, de 10,1%, significando que há 24,32 milhões de cidadãos europeus em situação de desemprego. A Europa continua assim, no que a mercado laboral diz respeito, a perder pontos para os EUA, onde o desemprego tem diminuído, estando hoje nos 8,3%.

A taxa de desemprego em Portugal igualou a da Irlanda e é a terceira mais elevada da Europa, apenas superada pela Espanha e pela Grécia. No extremo oposto, e em clima de pleno emprego, estão Áustria (4%), Holanda (5%) e Luxemburgo (5,1%).

Os números do desemprego jovem são alarmantes e também aqui a taxa portuguesa cresceu, passando de 35% em Dezembro para 35,1% em Janeiro. Espanha é campeã pelos piores motivos, dado que 49,9% dos jovens do país estão desempregados. O Eurostat mostra que há 5,5 milhões de jovens sem emprego na Europa.http://economico.sapo.pt/noticias/desemprego-sobe-para-148-em-janeiro_139356.html
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por alexandre7ias » 29/2/2012 23:31

O ministro Pedro Mota Soares anunciou hoje que a Segurança Social vai reduzir de 60 para três dias o tempo de resposta ao processo de destacamento de um trabalhador português no estrangeiro.

«Até hoje, o processo de destacamento demorava 60 dias. Para esta situação de empresas portuguesas ou estrangeiras que precisam de levar mão-de-obra qualificada portuguesa para o estrangeiro, passará a ser possível uma desburocratização do processo, numa redução de 60 para três dias», disse o ministro da Solidariedade e Segurança Social no Congresso Mundial de Empresários das Comunidades Portuguesas e da Lusofonia, em Lisboa.

Segundo Mota Soares, esta redução do tempo de resposta da Segurança Social será sobretudo importante para empresas portuguesas que ganhem projectos no exterior, e poderá mesmo levar a uma «maior capacidade de conquista de novos projectos e criação de novos postos de trabalho».

O ministro disse ainda que uma parte importante da sustentabilidade do sistema previdencial está dependente de uma maior produtividade das empresas, já que estas são importantes geradoras de receitas sociais.

Mota Soares considerou igualmente que, num momento difícil para o país, há «cada vez mais empresas a assumir uma resposta social», apelando a um reforço dessa intervenção das empresas na sociedade.

Lusa/SOL


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por alexandre7ias » 29/2/2012 23:29

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Portugal vai estabelecer parcerias com agências privadas de emprego, para a colocação de desempregados que já não têm direito ao subsídio de desemprego.

A medida faz parte do Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, aprovado pelo Conselho de Ministros na semana passada, e deverá arrancar no final do ano, através de projectos-piloto. Depois da avaliação do sucesso da fase experimental, haverá uma decisão sobre a generalização destas parcerias.

Num momento em que a taxa de desemprego do país atinge um patamar histórico, nos 14%, o Governo luso anunciou medidas para tentar melhorar a eficiência do mercado de trabalho.

O novo programa de reestruturação dos centros de emprego assenta em oito eixos, com 40 medidas específicas. Um dos eixos é o reforço da colocação de desempregados em cooperação com parceiros. Esta orientação passa por uma «colaboração regular» entre os Centros de Emprego, as empresas de trabalho temporário e as agências privadas de colocação de desempregados, segundo um documento-resumo do Governo a que o SOL teve acesso.

Estão previstas parcerias com «serviços privados de emprego para a colocação de desempregados não abrangidos por subsídio de desemprego ou subsídio social de desemprego». O Governo admite vir a pagar a estas empresas pela colocação de desempregados, caso se revelem bem sucedidas na fase-piloto. Num encontro com jornalistas, o secretário de Estado do emprego, Pedro Martins, explicou que foram implementadas experiências semelhantes, com resultados positivos, em países como o Reino Unido e a Suécia. «O que nos interessa é o resultado, mesmo que seja através de uma abordagem menos convencional», diz.

Outro eixo é o reforço da empregabilidade, através de formação obrigatória para todos os novos desempregados, sob pena de perderem o direito ao subsídio. O objectivo é que, no prazo de duas semanas a contar da data da inscrição no centro de emprego, os desempregados sejam encaminhados para acções técnicas de procura de emprego ou de formação de curta duração.

Esta acção deverá abranger entre 50 mil e 76 mil novos desempregados todos os meses, segundo as estatísticas do IEFP do último ano. Parte dos actuais desempregados também será chamada para acções de formação. O governante adiantou que, dentro de um a dois meses, quem estiver desempregado há mais de seis meses, ou que tenha mais de 45 anos, será chamado.

Os efeitos do aumento do desemprego também serão alvo de atenção por parte do Ministério da Solidariedade Social, nomeadamente através do Programa de Emergência Social (PES). Fonte oficial do gabinete de Mota Soares adiantou que 80% das medidas já estão em curso, e que, sendo um programa «em crescendo», pode ainda incluir mais. Várias componentes do PES procuram ajudar à criação e manutenção de postos de trabalho. Uma «aposta forte» é no Programa Nacional de Microcrédito, que passa por dar capacidades às pessoas para lançarem os seus próprios projectos.

Outra medida em curso é o processo de reprogramação do QREN para projectos do sector social, permitindo um aumento de 75% para 85% no apoio a respostas sociais das zonas mais desfavorecidas do país. Esta medida ajudará a economia social, podendo ajudar a conter o desemprego, visto que este sector envolve 10 mil organizações e emprega cerca de 250 mil trabalhadores no país.



Hum quem vai ganhar dinheiro com isto?
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