Fed mantém juros pela quarta reunião consecutiva. Continua a ver dois cortes este ano

[Rolling_Trader]

No calendário que referi há uns tempos atrás, elenquei o dia de hoje como o kickoff da apresentação de resultados das construtoras europeias.

Apresentaram resultados hoje, referentes ao exercício consolidado de 2024, a francesa Vinci (a maior construtora europeia) e a sueca Peab AB (outra gigante).

A Peab AB foi a que ficou mais acima da estimativa dos analistas, nomeadamente 24,6% acima do esperado no EBT e 28,5% acima do esperado no lucro e com um impressionante rácio de surpresa, no Free Cash Flow, 109,7% acima do esperado.
Não investiguei a fundo se foi devido a vendas não recorrentes, mas o mercado parece ter gostado e reagiu pela positiva com uma valorização da cotação da Peab AB de 6.99% (nada mau).

Porém as construtoras nórdicas têm a sua receita maioritariamente proveniente do mercado doméstico (i.e. do país de onde são oriundos) e de outros da Europa do Norte, ou Escandinávia, pelo que são pouco comparáveis com as suas congéneres da Europa Ocidental, especialmente as que operam nos mesmos continentes que a Mota Engil.

Já a Vinci tem uma internacionalização impressionante, em termos de dispersão geográfica e setorial e também em volume de negócios nessas regiões/setores, tendo este ano, segundo o relatório de contas de 2024, conseguido mais de 50% da sua receita fora de França.
Segundo o ranking da ENR de 2024, a Vinci é a construtora mundial com maior volume de negócios na Europa, a 4ª nos EUA, a 3ª na Australia/Oceania, a 6ª em África, a 1ª na América Latina e a 3ª no Canadá.
É a 2ª construtora que obtém mais receita em adjudicações relacionadas com o setor de transportes, a 1ª no setor da energia, a 8ª no setor industrial, 1ª no setor de telecomunicações e 6ª no setor da água.

Os resultados da Vinci foram excelentes e atingiram um record histórico no Free Cash Flow obtido este ano. Cresceram 4% na receita, 6.1% no EBITDA, 7.7% no EBIT e 3.4% no lucro. Comparativamente com 2023, que foi um ano excelente para a Vinci como para a Mota-Engil, existiu um abrandamento nos crescimentos destas rubricas e o mesmo se espera para a Mota.
Estes resultados ficaram mais ou menos alinhados com a expetativa dos analistas, mas houve um rácio de surpresa de lucro 3.3% acima do esperado e do Free Cash Flow 44.7% acima do esperado.

Ademais comunicaram um outlook positivo para 2025 com esperado aumento das receitas e dos lucros, apesar do aumento da taxa de imposto verificada em França.

Foi um bom kickoff para o setor, apesar da Mota-Engil ter desvalorizado, em contraciclo com o setor.

Amanhã apresentam resultados mais duas construtoras nórdicas, a Finladesa Yit e a Sueca Skanska B.

O dia mais relevante de apresentação de resultados será sem dúvida o dia 27 de fevereiro, em que para além dos resultados da Mota-Engil, temos também os da Armada Espanhola toda: FCC, ACS, OHLA, Sacyr e Acciona, todas apresentam contas no mesmo dia.

E porque é que os resultados do setor são tremendamente importantes? Porque se forem maus, ou o outlook para 2025/2026 for pintado de forma negra pela administração dessas empresas, o setor cai e a Mota também por arrasto.
O inverso não é certo (o setor subir e a Mota subir por contágio), mas ajuda muito e a Mota não conseguiria subir com o setor em queda, especialmente com esta pressão shortista.

Portanto, estamos bem lançados para uma boa earning season para o setor da construção.

[Sinedrio]

Esqueçam o assunto das tarifas com o México. O México colocou meia dúzia de soldados na fronteira e isso foi o suficiente para o Trump adiar as tarifas. Isso foi uma brincadeira.

[MarcoAntonio]

Reiterando o meu comentário de ontem, volumes modestos. O meu indicador de volume está quase lateral, não obstante a correcção algo significativa desde o topo (há ali duas sessões mais expressivas, em termos de volume, provavelmente quando os fundos estiveram mais ativos, mas esse tipo de apreciação deixo para os demais interlocutores do tópico).

[barrosnelson]

Os mercados com os olhos trocados com Trumpomanias a Motaengil não pode escapa a este novo fenômeno,volumes muito fraquinhos mas vai aguentando a investida de dois fundos que não a deixam respirar, a EMA200 não está distante pode ser que os fundos torçam para passar este marco.

[ASimoes]

ou em Bitcoins contudo o potencial, mantem-se nessa citada maratona

[muad'dib]

mas parece que lhes saiu o tiro pela culatra (que pena que tenho deles)

a venda a descoberto não é uma corrida de 100 mts, é uma maratona, por isso não tenha pena dos shorts, que eles não têm nenhuma sua.

melhor que a boa notícia da suspensão das tarifas sobre o México e o Canadá,

melhor mesmo foi sabermos que a capital funds reforçou a posição curta, se tivesse diminuído com o preço em baixa é que estaria preocupado.

é provável que derivem novos projetos para a Mota-Engil, em Angola, já em 2025.

depois se os pagamentos do estado angolano forem feitos em notes do tesouro, não se queixe

[Rolling_Trader]

É o que o meu boneco opina, a manter-se o corredor, teremos dois objetivos: 3,26 e 3,44.

Se acreditarmos um pouco mais, teremos a terceira resistência, 3,82.

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Façam as vossas apostas

CumPrim/
ValeAquilino

Bem visto Vale, esse "pisar do risco", no dia de ontem, abaixo do canal ascendente, é perfeitamente explicável pelos "sacanas" da Capital Fund Management que reforçaram a posição a descoberto ainda ontem, de 0.5% para 0.6%, segundo comunicado hoje à CMVM. O que se traduz na venda a descoberto de mais 306 775 ações por parte deste fundo.

shorts_cmvm_mota.jpg (25.46 KiB) Visualizado 5161 vezes

Provavelmente diria que foi uma aposta (furada) que as tarifas do Trump iriam continuar a deitar abaixo as ações europeias, bem como as construtoras, mas parece que lhes saiu o tiro pela culatra (que pena que tenho deles) e os mercados reagiram hoje em alta e a Mota não foi exceção, liderando o Top 10 das recuperações das construtoras europeias, subindo 2,11% com um baixo volume (metade do volume médio dos últimos 180 dias), quando isto acontece, regra geral significa que os bears estão a perder a força e que o sentimento global tende a dar mais probabilidade à subida do que à descida da cotação.

Como referi ontem, melhor que a boa notícia da suspensão das tarifas sobre o México e o Canadá, foi a abertura para a negociação demonstrada por estes dois países, o que antecipa que a fúria de Deus Trump seja provavelmente apaziguada e que as tarifas acabem por ser canceladas, a título definitivo.

Já agora aproveito para divulgar mais uma notícia que favorece o outlook para mais crescimento da Mota Engil em Angola.

Segundo esta notícia do Jornal de Negócios, Angola vai-se financiar em mais 2 mil milhões de dólares para "desenvolvimento de projetos de construção, reabilitação, expansão ou melhoria do seu sistema de abastecimento de água".

A Mota Engil, já esteve envolvida neste tipo de projetos em Angola, no passado, nomeadamente:

em 2016, na reabilitação da barragem do Calueque, no sul de Angola;
Num projeto conjunto com a Soares da Costa para abastecimento de água em Angola, no valor de 276 milhões de euros
E mais recentemente, em 2020, numa obra de 115 milhões, também em conjunto com a Soares da Costa, para a construção de infraestruturas de captação, tratamento e distribuição de água em Angola.

Deste financiamento é provável que derivem novos projetos para a Mota-Engil, em Angola, já em 2025.

[MarcoAntonio]

Volumes algo discretos agora (comparados com os de outras sessões recentes). Aqui vai o update actualizado com a sessão de hoje:

[Sinedrio]

Substitui o boneco acima.

CumPrim/
ValeAquilino

Não só não foi invalidado, como olhando para esse gráfico, diria que as próximas sessões da Mota serão tendencialmente de velas verdes.

[Aqui_Vale]

Desta vez não é diferente
04 de fevereiro de 2025 às 09h05 EST
MarketScreener.com Por Romain Fournier

https://www.marketscreener.com/news/latest/This-time-it-s-not-different-48951884/?utm_campaign=morning-metting-truncated++email_newsletter_morning-metting-truncated_2025-02-04_cta-liens-contenu+2025-02-04+&utm_content=+++liens-contenu+&utm_source=email&utm_medium=newsletter

E "cá vamos indo com a cabeça entre as orelhas".

CumPrim/
ValeAquilino

[trend=friend]

Substitui o boneco acima.

CumPrim/
ValeAquilino

Ontem pisou o risco de facto, mas o RSI agradeceu estes últimos dias, em sobrevenda mas a Mota quase nos 3 euros outra vez, portanto boa margem para seguir para os alvos apontados.

[Aqui_Vale]

Substitui o boneco acima.

CumPrim/
ValeAquilino

[Aqui_Vale]

É o que o meu boneco opina, a manter-se o corredor, teremos dois objetivos: 3,26 e 3,44.

Se acreditarmos um pouco mais, teremos a terceira resistência, 3,82.

Façam as vossas apostas

CumPrim/
ValeAquilino

[Àlvaro]

A Mota poderá entrar em montanha russa entre 3.05 e 2.70. Os curtos não estão confortáveis com os desenvolvimentos no México, mas talvez estejam disposto a pagar para ver no que dá.

[SalvaFP]

com a carteira de obras existente, os juros a cair..se os resultados forem o esperado e o dividendo de 0.12 se mantiver, não vejo motivos para que a Mota não possa ir para valores mais altos

[muad'dib]

estão em linha com o guidance da empresa, o que é positivo (resta saber se o mercado também vai achar isso quando os número forem divulgados).

e se corre mal , sendo os resultados muito piores que o previsto pelos analistas, e o guidance da empresa?

a estrutura acionista está comunicada até 28.01.2025, em diversos locais, contudo é provável que esse fundo tenha reforçado a posição recentemente, pelo efeito daquilo que está fora em posiçǒes curtas.
https://www.morningstar.com/stocks/xstu/m09/ownership

a ser verdade, uma posição longa com essa magnitude, reforça a ideia que o preço da mota tenderá a contrariar a tendência de baixa do curto prazo, no médio prazo….

mas, a volatilidade no imediato talvez tenha vindo para ficar, para já!

[Rolling_Trader]

Será que a pressão dos short sellers na Mota-Engil tem a ver com os resultados da empresa ou é mais uma questão do mercado em geral?

Olá DMOT e bem vindo ao fórum,

O outlook macro-económico para 2025 não é mau e os resultados da Mota-Engil, referentes ao exercício de 2024, só são divulgados no dia 27 de fevereiro, sendo que as estimativas dos analistas estão em linha com o guidance da empresa, o que é positivo (resta saber se o mercado também vai achar isso quando os número forem divulgados).

Para os mais distraídos, a comunicação da posição a descoberto qualificada pela "Capital Fund Management S.A.", apesar de só ter sido noticiada em massa hoje, já tinha sido comunicada à CMVM na sexta feira, estando essa informação disponível, no site da CMVM, ainda dentro do horário de negociação da sessão de sexta feira. Aliás, o utilizador muad'dib divulgou aqui neste fórum essa informação em "primeira mão".

Chamo a atenção de que, apesar do que está a ser propalado nos jornais, se as datas comunicadas à CMVM, por parte do fundo, estiverem corretas, este já teria uma posição a descoberto na Mota Engil e apenas terá reforçado a mesma, tal como expliquei neste post que fiz na sexta feira.

Mas note DMOT que a aposta de alguns fundos em posições curtas (i.e. aposta na queda da cotação da Mota) está a ser finalmente contrariada com a aposta de outros fundos em posições longas (i.e. aposta na subida da cotação). Como já foi referido pelo utilizador tami, neste fórum hoje de tarde, nesta notícia do Jornal de negócios, onde é referido que:

In Jornal de Negócios

(...)

Segundo dados disponibilizados pela Bloomberg referentes ao fim do ano (...) a Vanguard passou, por seu turno, a ser dona de 3,2 milhões de ações da Mota-Engil, contra 65 mil em 2023.

(...)

Os espanhóis da Azvalor passaram de uma posição de apenas 616 mil ações na Mota-Engil, no fim de 2023, para mais de 4,7 milhões de títulos, no fim de 2024.

(...)

Agora sim conseguimos perceber o porquê da inversão da tendência de queda que se verificava desde março de 2024, os fundos começaram finalmente a comprar em força.

A confirmar-se a posição da Azvalor na Mota-Engil, este fundo passa a ser o o terceiro maior acionista da empresa, acima da posição detida pela IMG, visto que 4,7 milhões de ações correspondem a uma posição de 1,6% sobre o capital em bolsa da Mota.

De acordo com a informação de titularidade das ações da Mota Engil, disponibilizado pela DeGiro (que por sua vez refere como fonte da informação a "LSEG Data & Analytics"), a 30/11/2024, tínhamos as seguintes percentagens de titularidade das ações da Mota-Engil:

Algum forista consegue confirmar (na Bloomberg, Factsect ou afins) se a Azvalor realmente comprou 4,7 milhões de ações da Mota?

Notem que, a ser verdade, significa que a Azvalor tem mais 43% de ações que a Muddy Waters e a Capital Fund Management juntas (em conjunto as posições de 0.5% da Capital e os 0.57% da Muddy, totalizam 1 533 880 + 1748 623 = 3 282 503 ações, quantidade inferior às 4 700 000 ações alegadamente compradas pela Azvalor em dezembro de 2024, portanto os bulls estariam a ganhar mais força que os bears, o que, aliás, já aparenta ser evidente no gráfico diário da Mota).

[Rolling_Trader]

Lá terão os mercados de se habituar a que cada negociação da administração Trump com os seus amigos e/ou inimigos seja um jogo de poker na variante Texas Hold'em, em que cada jogador recebe duas cartas privadas (hole cardes) que só ele pode ver e cinco cartas comunitárias são reveladas ao longo de três rodadas de apostas:

Pré-flop: Após receber as duas cartas, os jogadores fazem a primeira rodada de apostas.
Flop: Três cartas comunitárias são viradas na mesa, seguidas de uma nova rodada de apostas.
Turn: Uma quarta carta comunitária é revelada, seguida de mais apostas.
River: A quinta e última carta comunitária aparece, com uma última rodada de apostas.

Pois acabou de ser virada mais uma "carta comunitária" nesta notícia do jornal de negócios: Primeiro-ministro do Canadá anuncia adiamento de tarifas dos EUA por 30 dias

Hoje os mercados apostaram com as tarifas México/Canadá, amanhã apostam face à suspensão das tarifas México/Canadá.

Por isso, apertem o cinto por quatro anos, espera-se volatilidade, administração Trump é isto!

[Àlvaro]

A Mota, como a Edp sofrem investidas que são investidas contra a China, basicamente é isso. A guerra provavelmente irá agudizar-se, a China está a dominar claramente o comércio e se os Bric's segurarem a Índia veremos o que por aí virá. Para começar os americanos terão de segurar a Ucrânia. Por muito bluf que façam, se perderem o Donbas perdem mais um excelente corredor para a Rússia e que tbm servirá para comércio tranquilo para a China. Bem pode Trum ameaçar, não passa de Bluf, Trump precisa da Europa. É por isso que os índices europeus Dax e Cac sobem como sobem.

[DMOT]

Será que a pressão dos short sellers na Mota-Engil tem a ver com os resultados da empresa ou é mais uma questão do mercado em geral?

[MarcoAntonio]

Mota-Engil sofre nova investida de short-sellers - Research - Jornal de Negócios

Depois da Muddy Waters, também a Capital Fund Management abriu uma posição a descoberto na construtora liderada por Carlos Mota dos Santos. A empresa desvalorizou 1,6% num dia marcado por uma maré vermelha nas bolsas.

[Àlvaro]

Como os 1.ºs não estava aconseguir vieram outros ajudar:
https://www.jornaldenegocios.pt/mercado ... ecomendada

A empresa terá de fazer alguma coisa para entalar estes artistas. Ter capital chinês é meio caminho andado para tentarem desvalorizar, a bolsa e tbm um espaço de guerrilha económica. É o caso.

[Àlvaro]

A Mota está em saldos e tudo porque abriram uma posição curta especulando precisamente enredos com Trump e o México. A coisa pode mudar a qualquer instante... Veja-se a Tesla de Elon Musk que era a melhor coisa do Mundo, pois claro...

[Rolling_Trader]

Trump pausa tarifas sobre o México por um mês

Afinal confirma-se, a Reuters ainda tem boas fontes dentro da Casa Branca e a notícia do adiamento das tarifas por 1 mês, adiantada na sexta feira pela Reuters, confirmou-se hoje.

Confirma-se também que Trump pretendia mesmo alavancagem negocial para a questão da imigração e do tráfico de drogas oriundos do México

In Jornal de Negócios

(...)

Segundo a chefe de Estado mexicana, o México vai colocar "imediatamente" mais 10 mil guardas nacionais nas fronteiras com os Estados Unidos para evitar o tráfico de drogas, nomeadamente do opiácio fentanil (que foi apontado por Donald Trump como o principal motivo para impor tarifas ao México).

Donald Trump confirmou o anúncio da presidente mexicana na rede social que fundou, a Truth Social. "Foi uma conversa muito amigável", começa por dizer, dando mais detalhes sobre o reforço de segurança na fronteira. "Estes militares [mexicanos] vão ser designados especificamente para parar o fluxo de fentanil e de migrantes ilegais", afirmou o presidente dos Estados Unidos (Sheinbaum Pardo não faz referência à migração).

Depois da pausa de um mês, prossegue Donald Trump, os Estados Unidos e o México "vão ter negociações", lideradas pelo Secretário de Estado, Marco Rubio, o Secretario do Tesouro, Scott Bessent, e o Secretário do Comércio Howard Lutnick, e representantes de alto nível do México.

"Estou expectante por participar nessas negociações com a presidente Sheinbaum, enquanto tentamos encontrar um acordo entre os dois países", termina Trump.

A Mota-Engil ia ser muito prejudicada com o avanço das tarifas ao México, especialmente no que toca ao crescimento do Volume de Negócios e Carteira de Encomendas nesta região.

Relembro que o México foi a região em que o volume de negócios, da Mota-Engil, teve um crescimento astronómico de 194% de 2021 para 2022 e de 91% de 2022 para 2023, sendo o principal impulsionador, de crescimento da empresa segundo o relatório de contas desses dois anos.
O volume de Negócios da Mota no México foi de 2 242M€, o que representa cerca de 40% do total do VN global da empresa em 2023 (que ascendeu, no total, a 5 551M€).

A imposição de tarifas extra sobre o México iria interferir com o fenómeno de nearshoring (para quem não sabe, o nearshoring consiste na deslocalização da produção e operações concentradas em países distantes como a China ou a Índia, para o México, de forma a beneficiar dos custos competitivos como a mão de obra mais barata, e outros benefícios como a proximidade geográfica e acordos comerciais com os EUA que permitem cortar os custos de transporte e diminuir as barreiras regulatórias e fiscais).

Portanto as tarifas extra iriam representar um sério revés à taxa de crescimento da Mota Engil nesta região e é uma excelente notícia não terem seguido avante.

Com Donald Trump será sempre navegação à vista, porém é muito positivo que o México tenha apresentado abertura para negociar tendo já cedido a uma das imposições de Trump.

Talvez o mais provável seja o México ceder a todas as exigências e estas tarifas nunca serem aplicadas na prática. Nenhuma dessas cedências terá impacto direto no negócio da Mota-Engil no México (apenas no erário público mexicano), continuando assim acesas as projeções de crescimento da Mota-Engil nesta região.

A queda de hoje... bom... alinhada com o a queda dos principais índices americanos e europeus e com todo o setor europeu e americano da construção, a Ferrovial por exemplo caiu 2,71%.

[Àlvaro]

Trump meteu-se em palpos de aranha . Os chineses vão sair a ganhar ainda mais deste disparate gigante! E a Europa tbm vai apertar com ele. Entretanto na Mota está-se confortável. Se pode vir ao suporte maior? Isso pode...