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Caldeirão da Bolsa

Erros meus, Má fortuna... Lições pungentes!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Erros meus, Má fortuna... Lições pungentes!

por BioInvestidor » 2/9/2015 18:43

rsacramento Escreveu:
Lauriston Livermore Escreveu::?: :?: :?:

"Ler é estar informado, esse é o único e verdadeiro segredo dos mercados accionistas que nos permite atingir a fortuna e evitar os erros."

O único verdadeiro segredo?

:?: :?: :?: :?: :?: :?:

citas alguém que, na sua assinatura, ostenta "retorno actual acima de 900%" :wink:


Tem razão rsacramento- o número está errado. Na realidade o valor actualizado é de 1058%, mas para quê insistir?
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Re: Erros meus, Má fortuna... Lições pungentes!

por rsacramento » 2/9/2015 17:45

Lauriston Livermore Escreveu::?: :?: :?:

"Ler é estar informado, esse é o único e verdadeiro segredo dos mercados accionistas que nos permite atingir a fortuna e evitar os erros."

O único verdadeiro segredo?

:?: :?: :?: :?: :?: :?:

citas alguém que, na sua assinatura, ostenta "retorno actual acima de 900%" :wink:
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Re: Erros meus, Má fortuna... Lições pungentes!

por Suportes/Resistências » 2/9/2015 16:35

:?: :?: :?:

"Ler é estar informado, esse é o único e verdadeiro segredo dos mercados accionistas que nos permite atingir a fortuna e evitar os erros."

O único verdadeiro segredo?

:?: :?: :?: :?: :?: :?:
“Não há nada como perder tudo o que você tem no mundo para lhe ensinar o que não fazer. E quando você sabe o que não fazer com o objetivo de não perder dinheiro, você começa a aprender o que fazer a fim de ganhar. Entendeu isso? Você começou a aprender!” Jesse Lauriston Livermore
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Re: Erros meus, Má fortuna... Lições pungentes!

por Dr Tretas » 2/9/2015 14:12

artista_ Escreveu:Excelente relato! O meu não é muito diferente do teu, a grande diferença é que a primeira grande lição que tive, a "crise das Dot.com" no virar do milénio, serviu-me de imenda e não voltei a cometer erros graves, cometi e cometo alguns mas de gravidade reduzida que não colocam em causa a proteção do meu capital (muitas vezes é por causa de o proteger que às vezes cometo pequenos erros). Bastou-me passar a olhar apenas para os gráficos, seguir as tendências dominantes, e usar stops, nunca mais fiquei "agarrado" a nada, nunca mais tive posições com perdas significativas, nunca mais deixei de dormir por causa disto! :D


Depois das dot.com, sem dúvida a maior lição que o mercado deu nas últimas décadas, ainda aprendi outra coisa: a evitar tudo o que sejam derivados e alavancagem, não tenho mesmo perfil para a especulação pura. Depois disso, de facto, já lá vão bastantes anos sem erros graves 8-)
Mas não convém nunca ganhar excesso de confiança.
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Re: Erros meus, Má fortuna... Lições pungentes!

por Dom_Quixote » 2/9/2015 12:46

artista_ Escreveu: serviu-me de imenda e não voltei a cometer erros graves


Mentira!

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Re: Erros meus, Má fortuna... Lições pungentes!

por artista_ » 2/9/2015 12:36

Excelente relato! O meu não é muito diferente do teu, a grande diferença é que a primeira grande lição que tive, a "crise das Dot.com" no virar do milénio, serviu-me de imenda e não voltei a cometer erros graves, cometi e cometo alguns mas de gravidade reduzida que não colocam em causa a proteção do meu capital (muitas vezes é por causa de o proteger que às vezes cometo pequenos erros). Bastou-me passar a olhar apenas para os gráficos, seguir as tendências dominantes, e usar stops, nunca mais fiquei "agarrado" a nada, nunca mais tive posições com perdas significativas, nunca mais deixei de dormir por causa disto! :D
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Erros meus, Má fortuna... Lições pungentes!

por BioInvestidor » 2/9/2015 11:59

Há sensivelmente 20 anos, mais ou menos por esta altura, estava a preparar-me para ingressar no ensino superior. Para os que não se recordam, em 1996 a internet era ainda uma moda muito recente e absolutamente básica quando comparada com o que é actualmente. Já então os mercados me começavam a fascinar, ainda que o acesso aos mesmos fosse muito parcial e desfasado. Pensava eu na época que na iminência de entrar em Economia, e como tinha até tido uma notas bastante decentes, que sabia como isto da bolsa funcionava. Os anos seguintes revelaram o quão genuinamente enganado eu estava. Em abono da verdade, e olhando em retrospectiva, posso dizer que sabia muito pouco a tender para nada.

3 anos volvidos, em plena bolha dotcom, e durante alguns meses, investir no sector tecnológico norte-americano era quase tão fácil como acertar o Euromilhões ao sábado. Sinceramente não me recordo de um período desde então, em que de uma forma sistemática e generalizada, se pudesse escolher uma empresa onde investir com resultados positivos quase imediatos. Sinceramente nem se tratava de uma escolha. Tudo o que estivesse associado ao comércio online via a sua cotação florescer, sem que demasiada atenção se prestasse aos reais números por detrás da cortina. Acho que todos se gostam de deslumbrar com a ideia de uma época de super crescimento e espanto, apenas para terem uma valente dose de realidade quando o pano por fim cai, e se vê a verdadeira cara do "feiticeiro".

Com o rebentar da bolha, também as minhas ilusões de sabedoria levaram o primeiro rombo. Mas, esta foi apenas a primeira de várias lições. Acho que tive sorte de me licenciar por esta altura no curso em que me licenciei. Afinal, que melhor época para ver os mercados e a condição humana se entralaçarem de uma forma tão gritante?

Comecei então a prestar maior atenção ao que fazia. A verdadeira estória da empresa, do produto que vende, do mercado onde se insere, ganhou um protagonismo na minha análise. Contudo, novos erros estavam por suceder.

Comprei penny stocks, algo que hoje não me passa pela cabeça, se bem que há época, com a facilidade de acesso aos mercados "over the counter" (obrigado internet!), me parecesse boa ideia. Afinal de contas, algumas daquelas empresas que valiam cêntimos por vezes explodiam para valores unitários. Ganhos percentuais de centenas de pontos! Como não investir? Como não arriscar? Lição aprendida.

Outras situações foram as tentativas de ir atrás do rebanho. Se todos compram, se todos os analistas adoram aquela empresa, não me resta segui-los? Sabem por certo mais do que eu, não? Bom, em muitos casos sim, todavia, rapidamente aprendi que os analistas costumam chegar tarde às festas e só costumam sair quando estas já há muito terminaram. E price targets? Isso dava pano para mangas, para vários artigos, mas resumindo, ir atrás destes targets, destas "fotografias" estáticas no tempo, está longe de ser uma cruzada infalível.

Antecipar subidas; apanhar facas em queda; não ler o suficiente sobre as empresas; ficar deslumbrado por gráficos, sem mais analise; apaixonar-me por acções, como se de super modelos se tratassem; ir atrás de buzzwords (quem seguiu a nanotecnologia sabe do que falo), entre outros erros...tudo isto fiz, e todas estas lições me valeram.

Significa isto que estou imune a erros? Nem por sombras. O bom dos mercados é que nos ensina todos os dias, especialmente a prestarmos mais atenção a nós próprios, aos nossos medos e ambições.

Por fim, e ao contrário do poeta que se lamuriava por uma vida perdida em face dos erros, azares e falta de amor, nós, enquanto investidores, podemos todos os dias emendar a mão, aprender com erros do passado, e procurar a fortuna que ambicionamos. Analisar as falhas cometidas, não ir atrás de quimeras, nem ficar demasiadamente atemorizado por falsos Adamastores, e, ler. Ler muito, ler sempre, estar informado. Nem as cotadas nacionais significam que as conheçamos melhor só por serem cá do burgo, nem as internacionais são mais desconhecidas, apesar de fazerem parte das nossas despesas ou do nosso quotidiano. Ler é estar informado, esse é o único e verdadeiro segredo dos mercados accionistas que nos permite atingir a fortuna e evitar os erros.


Infelizmente, tal como o poeta, a única coisa que este não nos pode garantir é o Amor. Parece que teremos de o encontrar noutro lugar.

Cumprimentos


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