1% população detêm metade riqueza Mundial
Re: 1% população detêm metade riqueza Mundial
uma comparação que posso dar é a nível do retalho.
ideia: centenas de pequenos empresários com o seu pequeno negocio com entre 1 a 3 colaboradores, versus um mega empresário com 30 ou 40 mil colaboradores
temos este confronto em negócios como o IKEA e a Zara. Eles cresceram e obliteraram milhares de pequenos empresários, que eram capazes de trazer para casa entre 2500 a 10000 euros/mês digamos. e todos estes pequenos empresários eram eles próprios consumidores, que saiam ao fim de semana, comiam fora, compravam, iam de ferias, etc. . . . O cash rodava mais facilmente. Agora há a Zara, com as suas dezenas de milhares de colaboradores a ganharem o mínimo possível. Também são consumidores, mas consumidores à rasca, e pagam coisas como a prestação da casa, luz, agua, telemóvel (as poucas empresas que tiram rendimento disto são grandes empresas ligadas às utilities) e pouco mais sobra.
e será pior, porque esta necessidade que os mercados e empresas teem de estar sempre a crescer, e sempre a ter que mostrar mais lucros que o ano anterior, cada vez mais dinheiro estará nas mãos de menos gente. parece que a tendência é que daqui a umas centenas de anos exista apenas uma mega empresa mundial, dona de tudo, com um mega empresário 0,0000000000000000000000000001% da população com 99,99999999999999% da riqueza
ideia: centenas de pequenos empresários com o seu pequeno negocio com entre 1 a 3 colaboradores, versus um mega empresário com 30 ou 40 mil colaboradores
temos este confronto em negócios como o IKEA e a Zara. Eles cresceram e obliteraram milhares de pequenos empresários, que eram capazes de trazer para casa entre 2500 a 10000 euros/mês digamos. e todos estes pequenos empresários eram eles próprios consumidores, que saiam ao fim de semana, comiam fora, compravam, iam de ferias, etc. . . . O cash rodava mais facilmente. Agora há a Zara, com as suas dezenas de milhares de colaboradores a ganharem o mínimo possível. Também são consumidores, mas consumidores à rasca, e pagam coisas como a prestação da casa, luz, agua, telemóvel (as poucas empresas que tiram rendimento disto são grandes empresas ligadas às utilities) e pouco mais sobra.
e será pior, porque esta necessidade que os mercados e empresas teem de estar sempre a crescer, e sempre a ter que mostrar mais lucros que o ano anterior, cada vez mais dinheiro estará nas mãos de menos gente. parece que a tendência é que daqui a umas centenas de anos exista apenas uma mega empresa mundial, dona de tudo, com um mega empresário 0,0000000000000000000000000001% da população com 99,99999999999999% da riqueza
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Re: 1% população detêm metade riqueza Mundial
Muffin Escreveu:Mas a pergunta de fundo, é o da distribuição equitativa (...)
A riqueza não se distribui, tem de ser criada.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Re: 1% população detêm metade riqueza Mundial
K. Escreveu:Aproveito para dar os parabéns aos 210 novos elementos do “restrito clube dos multimilionários". Salvo algumas excepcoes, em muito devem ter contribuido para a inovacao, criacao de riqueza e emprego nas suas áreas de actividade.
Algumas perguntas...
1. E esse contributo é proporcional à "multimilionária" recompensa?
2. Porque é que 210 contibuintes de há 20 anos não se tornaram também eles então multimilionários, mas apenas milionários?
Mas a pergunta de fundo, é o da distribuição equitativa, ou da desigualdade e das assimetrias sociais. Porque aumentam consistentemente apenas os rendimentos dos que estão no topo? - para os USA - http://www.epi.org/blog/real-hourly-wag ... eneration/
Dito de outra forma, e remetendo-nos a números ainda dos US - http://www.cbo.gov/publication/42729:
The share of income going to higher-income households rose, while the share going to lower-income households fell.
- The top fifth of the population saw a 10-percentage-point increase in their share of after-tax income.
- Most of that growth went to the top 1 percent of the population.
- All other groups saw their shares decline by 2 to 3 percentage points.
Edito para acrescentar... World's richest 85 people have as much as half of globe’s population in http://www.miamiherald.com/2014/01/20/3 ... -have.html
"The report said that the trend is more pronounced in the United States than in other nations, but hardly limited to the U.S. It said that in only two countries, Colombia and the Netherlands, had the share of income received by the wealthiest 1 percent not increased between 1980 and 2012.
In the United States, China and Portugal, the report said, the wealthiest 1 percent had seen its share of income more than double in the same period."
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Re: 1% população detêm metade riqueza Mundial
K. Escreveu:Aproveito para dar os parabéns aos 210 novos elementos do “restrito clube dos multimilionários". Salvo algumas excepcoes, em muito devem ter contribuido para a inovacao, criacao de riqueza e emprego nas suas áreas de actividade.

“O sucesso no investimento é toda a gente concordar contigo... mais tarde.” - Jim Grant
Re: 1% população detêm metade riqueza Mundial
Aproveito para dar os parabéns aos 210 novos elementos do “restrito clube dos multimilionários". Salvo algumas excepcoes, em muito devem ter contribuido para a inovacao, criacao de riqueza e emprego nas suas áreas de actividade.
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Re: 1% população detêm metade riqueza Mundial
Three Myths on the World's Poor
By BILL AND MELINDA GATES
By almost any measure, the world is better off now than it has ever been before. Extreme poverty has been cut in half over the past 25 years, child mortality is plunging, and many countries that had long relied on foreign aid are now self-sufficient.
So why do so many people seem to think things are getting worse? Much of the reason is that all too many people are in the grip of three deeply damaging myths about global poverty and development. Don't get taken in by them.
MYTH ONE: Poor countries are doomed to stay poor.
They're really not. Incomes and other measures of human welfare are rising almost everywhere—including Africa.
Take Mexico City, for instance. In 1987, when we first visited, most homes lacked running water, and we often saw people trekking on foot to fill up water jugs. It reminded us of rural Africa. The guy who ran Microsoft's Mexico City office would send his kids back to the U.S. for checkups to make sure the smog wasn't making them sick.
Today, Mexico City is mind-blowingly different, boasting high-rise buildings, cleaner air, new roads and modern bridges. You still find pockets of poverty, but when we visit now, we think, "Wow—most people here are middle-class. What a miracle." You can see a similar transformation in Nairobi, New Delhi, Shanghai and many more cities around the world.
In our lifetimes, the global picture of poverty has been completely redrawn. Per-person incomes in Turkey and Chile are where the U.S. was in 1960. Malaysia is nearly there. So is Gabon. Since 1960, China's real income per person has gone up eightfold. India's has quadrupled, Brazil's has almost quintupled, and tiny Botswana, with shrewd management of its mineral resources, has seen a 30-fold increase. A new class of middle-income nations that barely existed 50 years ago now includes more than half the world's population.
And yes, this holds true even in Africa. Income per person in Africa has climbed by two-thirds since 1998—from just over $1,300 then to nearly $2,200 today. Seven of the 10 fastest-growing economies of the past half-decade are in Africa.
Here's our prediction: By 2035, there will be almost no poor countries left in the world. Yes, a few unhappy countries will be held back by war, political realities (such as North Korea) or geography (such as landlocked states in central Africa). But every country in South America, Asia and Central America (except perhaps Haiti) and most in coastal Africa will have become middle-income nations. More than 70% of countries will have a higher per-person income than China does today.
Editado pela última vez por atomez em 20/1/2014 19:00, num total de 1 vez.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Re: 1% população detêm metade riqueza Mundial
Lion_Heart Escreveu:Ja Gekko dizia:
"Gordon Gekko: The richest one percent of this country owns half our country's wealth, five trillion dollars. One third of that comes from hard work, two thirds comes from inheritance, interest on interest accumulating to widows and idiot sons and what I do, stock and real estate speculation. It's bullshit. You got ninety percent of the American public out there with little or no net worth. I create nothing. I own. We make the rules, pal. The news, war, peace, famine, upheaval, the price per paper clip. We pick that rabbit out of the hat while everybody sits out there wondering how the hell we did it. Now you're not naive enough to think we're living in a democracy, are you buddy? It's the free market. And you're a part of it. You've got that killer instinct. Stick around pal, I've still got a lot to teach you.
Gordon Gekko: You're walking around blind without a cane, pal. A fool and his money are lucky enough to get together in the first place.
Bud Fox: How much is enough?
Gordon Gekko: It's not a question of enough, pal. It's a zero sum game, somebody wins, somebody loses. Money itself isn't lost or made, it's simply transferred from one perception to another. "
E desde quando é que Hollywood é uma fonte de informação credível?
As 3 principais razões porque fazem filmes são:
1 - ganhar dinheiro
2 - ganhar mais dinheiro
3 - ganhar ainda mais dinheiro
Para o conseguirem têm de atrair audiências pagantes, nos cinemas, DVDs, canais de cabo, aluguer, download, merchandising, etc.
E a fórmula para atrair audiências é (relativamente) simples -- criar drama (sem drama não há audiências, já dizia Shakespeare) e apresentar aquilo que as as pessoas em geral querem e gostam de ver e ouvir.
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Re: 1% população detêm metade riqueza Mundial
Ja Gekko dizia:
"Gordon Gekko: The richest one percent of this country owns half our country's wealth, five trillion dollars. One third of that comes from hard work, two thirds comes from inheritance, interest on interest accumulating to widows and idiot sons and what I do, stock and real estate speculation. It's bullshit. You got ninety percent of the American public out there with little or no net worth. I create nothing. I own. We make the rules, pal. The news, war, peace, famine, upheaval, the price per paper clip. We pick that rabbit out of the hat while everybody sits out there wondering how the hell we did it. Now you're not naive enough to think we're living in a democracy, are you buddy? It's the free market. And you're a part of it. You've got that killer instinct. Stick around pal, I've still got a lot to teach you.
Gordon Gekko: You're walking around blind without a cane, pal. A fool and his money are lucky enough to get together in the first place.
Bud Fox: How much is enough?
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"Gordon Gekko: The richest one percent of this country owns half our country's wealth, five trillion dollars. One third of that comes from hard work, two thirds comes from inheritance, interest on interest accumulating to widows and idiot sons and what I do, stock and real estate speculation. It's bullshit. You got ninety percent of the American public out there with little or no net worth. I create nothing. I own. We make the rules, pal. The news, war, peace, famine, upheaval, the price per paper clip. We pick that rabbit out of the hat while everybody sits out there wondering how the hell we did it. Now you're not naive enough to think we're living in a democracy, are you buddy? It's the free market. And you're a part of it. You've got that killer instinct. Stick around pal, I've still got a lot to teach you.
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" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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1% população detêm metade riqueza Mundial
Os 85 mais ricos do mundo têm tanto como a metade mais pobre
ANA BRITO 20/01/2014 - 13:00
Portugal é assinalado como um dos países onde o peso dos rendimentos dos mais ricos no rendimento total mais que duplicou nas últimas décadas.
Um relatório divulgado esta segunda-feira pela organização humanitária Oxfam conclui que a riqueza concentrada nas mãos das 85 pessoas mais ricas do mundo equivale aos recursos da metade mais pobre da população mundial.
O estudo “Governar para as Elites – Sequestro Democrático e Desigualdade Económica”, publicado dias antes de mais uma edição do Fórum Económico Mundial de Davos, quer ser um alerta para os mais ricos e poderosos do mundo. O poder económico e político está “a separar cada vez mais as pessoas”, o que torna inevitáveis “as tensões sociais e o aumento do risco de ruptura social”, sublinha a Oxfam.
Segundo a organização, quase metade da riqueza mundial está nas mãos de apenas 1% da população. São cerca de 110.000 milhões de euros, um valor que é 65 vezes maior do que o total de recursos de que dispõe a metade mais pobre da população.
Em 2013, 210 pessoas entraram para o “restrito clube dos multimilionários [que superam os mil milhões de dólares de fortuna]” e que é composto por 1426 pessoas, com uma fortuna avaliada em torno dos 5400 milhões de dólares. Na Europa, o património das dez pessoas mais ricas (cerca de 217.000 milhões de euros) é superior ao total das medidas de estímulo à economia aplicadas entre 2008 e 2010 (200.000 milhões de euros), acrescenta a Oxfam, defendendo que este número “dá uma ideia da magnitude da concentração de riqueza a nível mundial”.
A organização revela que sete em cada dez pessoas vivem em países onde a desigualdade económica aumentou nos últimos 30 anos e que o peso dos rendimentos do 1% mais rico da população nos rendimentos totais dos seus países cresceu em pelo menos 24 dos 26 Estados para os quais dispõe de dados. Esta tendência crescente de concentração de riqueza é notória “mesmo em países considerados mais igualitários, como a Suécia e a Noruega”. Em Portugal, à semelhança dos Estados Unidos e da China, o peso dos rendimentos dos mais ricos no rendimento total do país mais que duplicou desde 1980, “e a situação tem vindo a piorar”, lê-se no relatório.
Mas “é provável que, na realidade, a concentração de riqueza [na generalidade dos países] seja muito maior, dado que uma grande quantidade dos rendimentos dos mais endinheirados se ocultam em paraísos fiscais”, alerta a Oxfam, que calcula que existam pelos menos 18.599 milhões de dólares não registados.
Quanto à distribuição de riqueza, a Oxfam cita dados do Crédit Suisse que concluem que 86% dos recursos do planeta estão concentrados em apenas 10% da população, enquanto a maioria dos 70% mais pobres – que são mais de 3000 milhões de adultos – apenas dispõem de 3% dos recursos. A organização humanitária considera mesmo que os actuais milionários não têm comparação na história mundial e dá o exemplo do mexicano Carlos Slim que, com os seus rendimentos anuais, teria possibilidade de pagar o salário anual de 440 mil mexicanos.
O estudo denuncia ainda que a concentração massiva de recursos económicos numa minoria provoca um “sequestro democrático” que faz com que os governos passem a servir uma elite suportada em “políticas fiscais injustas e práticas corruptas” que expoliam os cidadãos. Porque “a magnitude da concentração de riqueza, a monopolização de oportunidades e a desigualdade na representação política são uma tendência grave e preocupante”, que ameaça “perpetuar as diferenças entre ricos e pobres e torná-las irreversíveis”, a organização pede aos participantes do Fórum de Davos que se comprometam em várias frentes para combater as desigualdades e que exijam o mesmo a outras elites económicas.
Entre as recomendações aos mais ricos e poderosos do mundo figuram as de não recorrer a paraísos fiscais, nem fugir aos impostos; não utilizar o poder económico para obter favores políticos; o apoio a políticas de progressividade fiscal sobre a riqueza e os rendimentos; exigir que todas as empresas paguem salários justos aos seus trabalhadores e que os governos canalizem a sua receita fiscal para proporcionar cuidados de saúde, educação e protecção social a todos os cidadãos.
In Publico
ANA BRITO 20/01/2014 - 13:00
Portugal é assinalado como um dos países onde o peso dos rendimentos dos mais ricos no rendimento total mais que duplicou nas últimas décadas.
Um relatório divulgado esta segunda-feira pela organização humanitária Oxfam conclui que a riqueza concentrada nas mãos das 85 pessoas mais ricas do mundo equivale aos recursos da metade mais pobre da população mundial.
O estudo “Governar para as Elites – Sequestro Democrático e Desigualdade Económica”, publicado dias antes de mais uma edição do Fórum Económico Mundial de Davos, quer ser um alerta para os mais ricos e poderosos do mundo. O poder económico e político está “a separar cada vez mais as pessoas”, o que torna inevitáveis “as tensões sociais e o aumento do risco de ruptura social”, sublinha a Oxfam.
Segundo a organização, quase metade da riqueza mundial está nas mãos de apenas 1% da população. São cerca de 110.000 milhões de euros, um valor que é 65 vezes maior do que o total de recursos de que dispõe a metade mais pobre da população.
Em 2013, 210 pessoas entraram para o “restrito clube dos multimilionários [que superam os mil milhões de dólares de fortuna]” e que é composto por 1426 pessoas, com uma fortuna avaliada em torno dos 5400 milhões de dólares. Na Europa, o património das dez pessoas mais ricas (cerca de 217.000 milhões de euros) é superior ao total das medidas de estímulo à economia aplicadas entre 2008 e 2010 (200.000 milhões de euros), acrescenta a Oxfam, defendendo que este número “dá uma ideia da magnitude da concentração de riqueza a nível mundial”.
A organização revela que sete em cada dez pessoas vivem em países onde a desigualdade económica aumentou nos últimos 30 anos e que o peso dos rendimentos do 1% mais rico da população nos rendimentos totais dos seus países cresceu em pelo menos 24 dos 26 Estados para os quais dispõe de dados. Esta tendência crescente de concentração de riqueza é notória “mesmo em países considerados mais igualitários, como a Suécia e a Noruega”. Em Portugal, à semelhança dos Estados Unidos e da China, o peso dos rendimentos dos mais ricos no rendimento total do país mais que duplicou desde 1980, “e a situação tem vindo a piorar”, lê-se no relatório.
Mas “é provável que, na realidade, a concentração de riqueza [na generalidade dos países] seja muito maior, dado que uma grande quantidade dos rendimentos dos mais endinheirados se ocultam em paraísos fiscais”, alerta a Oxfam, que calcula que existam pelos menos 18.599 milhões de dólares não registados.
Quanto à distribuição de riqueza, a Oxfam cita dados do Crédit Suisse que concluem que 86% dos recursos do planeta estão concentrados em apenas 10% da população, enquanto a maioria dos 70% mais pobres – que são mais de 3000 milhões de adultos – apenas dispõem de 3% dos recursos. A organização humanitária considera mesmo que os actuais milionários não têm comparação na história mundial e dá o exemplo do mexicano Carlos Slim que, com os seus rendimentos anuais, teria possibilidade de pagar o salário anual de 440 mil mexicanos.
O estudo denuncia ainda que a concentração massiva de recursos económicos numa minoria provoca um “sequestro democrático” que faz com que os governos passem a servir uma elite suportada em “políticas fiscais injustas e práticas corruptas” que expoliam os cidadãos. Porque “a magnitude da concentração de riqueza, a monopolização de oportunidades e a desigualdade na representação política são uma tendência grave e preocupante”, que ameaça “perpetuar as diferenças entre ricos e pobres e torná-las irreversíveis”, a organização pede aos participantes do Fórum de Davos que se comprometam em várias frentes para combater as desigualdades e que exijam o mesmo a outras elites económicas.
Entre as recomendações aos mais ricos e poderosos do mundo figuram as de não recorrer a paraísos fiscais, nem fugir aos impostos; não utilizar o poder económico para obter favores políticos; o apoio a políticas de progressividade fiscal sobre a riqueza e os rendimentos; exigir que todas as empresas paguem salários justos aos seus trabalhadores e que os governos canalizem a sua receita fiscal para proporcionar cuidados de saúde, educação e protecção social a todos os cidadãos.
In Publico
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