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Governo propõe despedimento p/trabalhadores menos produtivos

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Re: Governo propõe despedimento p/trabalhadores menos produt

por Automech » 21/9/2011 23:33

A introdução de uma nova modalidade de despedimento por inadaptação, em estudo, irá permitir o despedimento com justa causa dos trabalhadores cuja prestação decresça em termos de produtividade ou de qualidade.

Já hoje o código do trabalho contempla isto mas é praticamente impossível provar em tribunal.

Enfim, paninhos quentes quando não se tem 'bolas' para propor a liberalização dos contratos de trabalhos, quer dum lado, quer do outro, o que resolvia automaticamente a maioria dos conflitos laborais que existem actualmente. Continuará assim haver uma enorme injustiça entre trabalhadores efectivos (super garantidos) e trabalhadores temporários ou falsos recibos verdes (super precários), que o mesmo é dizer trabalhadores de primeira e trabalhadores de segunda.
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Governo propõe despedimento p/trabalhadores menos produtivos

por JMHP » 21/9/2011 22:52

O Governo vai propor hoje aos parceiros sociais a alteração do conceito de despedimento com justa causa, introduzindo a possibilidade de o trabalhador ser despedido por não cumprir os seus objetivos ou ser menos produtivo.

Na proposta enviada aos parceiros sociais, que servirá de base de discussão ao grupo de trabalho sobre Políticas de Emprego e Reforma da Legislação Laboral, a que Agência Lusa teve acesso, o executivo defende a alteração da figura do despedimento por inadaptação de modo a que o recurso a esta modalidade de despedimento não fique dependente da introdução de novas tecnologias ou de outras alterações no local de trabalho.

A proposta governamental vai também permitir o despedimento com justa causa dos trabalhadores que não atinjam os objetivos que acordaram com o empregador.


Nova modalidade no despedimento por inadaptação

A introdução de uma nova modalidade de despedimento por inadaptação, em estudo, irá permitir o despedimento com justa causa dos trabalhadores cuja prestação decresça em termos de produtividade ou de qualidade.

Atualmente a legislação laboral apenas permite o despedimento de quadros de empresas pelo não cumprimento dos objetivos previamente combinados e o despedimento por inadaptação tem a ver com a introdução de alterações tecnológicas e obriga a entidade patronal a colocar o trabalhador num lugar compatível.

A proposta do Governo vai no sentido de eliminar esta obrigatoriedade. O Governo pretende fazer várias alterações ao Código do Trabalho para cumprir o que ficou definido no Memorando da 'troika' para flexibilizar o mercado de trabalho.

A flexibilização do tempo de trabalho, com a aplicação do banco de horas, é outra das apostas previstas no documento enviado aos parceiros, que abre a possibilidade de bancos de horas individuais.

A possibilidade de bancos de horas existe na atual legislação mas com a obrigatoriedade de serem negociados através da negociação coletiva.


Redução para metade no trabalho suplementar

A proposta governamental prevê ainda a redução do pagamento do trabalho suplementar para metade dos valores atualmente praticados.

A legislação em vigor obriga ao pagamento a 100 por cento do trabalho em dia de descanso, nomeadamente feriados, embora esse pagamento seja superior em muitas empresas devido ao que está estabelecido nos Acordos de Empresa ou nos Contratos Coletivos de Trabalho.

As horas extraordinárias são acrescidas do pagamento de 50 por cento, na primeira hora, e de 75 por cento, a partir da segunda hora.


Reforma atinge subsídio de desemprego

Na reunião de hoje em sede de concertação social, o Governo vai ainda apresentar um plano para reformar o regime do subsídio de desemprego, que levará à redução do valor do mesmo e do seu tempo de atribuição, tal como foi determinado no Memorando.

Neste âmbito, pretende reduzir a duração do subsídio de desemprego para um máximo de 18 meses e limitar esta prestação a 2,5 vezes o Indexante de Apoios Sociais.

No documento, o Executivo promete ainda apresentar uma proposta para alargar o subsídio de desemprego "a categorias claramente definidas de trabalhadores independentes, que prestam serviços regularmente a uma única empresa".



Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/governo-propoe ... z1YctSz2tm
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