Execução orçamental: superavit histórico de €836 milhões
pdcarrico Escreveu:Pode ser que tenhas razão. Admito que há muita coisa de que não tenho conhecimento em termos quantitativos. Isto é, tenho pouca noção dos montantes desorçamentados.
O problema da desorçamentação é mesmo esse! Ninguém sabe bem quanto é, onde está... O perimetro de consolidação do Estado é imenso!
Julgo que um dos factores que está a desencadear esta fuga para a frente do Sr. Pinto de Sousa, resulta do facto do S&P ter baixado para junk o rating das principais empresas públicas sobre endividadas... Assim, estas têm que recorrer ao accionista para fazer face aos deficits de tesouraria... E o accionista, i.e. o ESTADO, tem que aumentar a despesa pública e o seu endividamento!
Se googlares desorçamentação tens muito por onde entreter...
Abraços,
Pepi
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pepi Escreveu:Esse "só" não está correcto, basta que se tenha desorçamentado muitas despesas, o que aconteceu de facto!
Essa desorçamentação ocorreu nas várias PPP's, nas fundações criadas a pontapé, em empresas públicas, nos hospitais EPE, etc.
Vou-te dar um exemplo:
- Quando foi lançado o e-escolinhas com o Magalhães? E quando foi reconhecida essa despesa no OE?
Desculpa, mas tenho urticária quando se tenta branquear a acção vergonhosa do Sr. Pinto de Sousa!
Abraço,
Pepi
Pode ser que tenhas razão. Admito que há muita coisa de que não tenho conhecimento em termos quantitativos. Isto é, tenho pouca noção dos montantes desorçamentados. Diria que tenho mais tempo gasto a ler R&C da altri do que os orçamentos públicos ... por isso, a minha conclusão vale o que vale - que é pouco.
Mas repara que se por exemplo ocorrer um défice de 4%, um crescimento de 2% e uma inflação de 2%, consegue-se fazer com o rácio dívida/PIB não suba, e apesar disso o défice já estaria acima do limite dos 3%. Ou seja é possível que o Governo tenha sido eficiente no primeiro mandato (mas ainda longe de ser perfeito), até porque é mais fácil fazer passar as medidas que eles entendam porque a oposição é minoritária.
Depois de 2008, acho de facto que o Governo enfraqueceu e se descredibilizou.
Abraço,
Pedro
Pedro Carriço
urukai Escreveu:Pd Carriço.
Parabéns pelos seus posts equilibrados, ponderados e certeiros.
... e pela paciência do tamanho do mundo!

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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pdcarrico Escreveu:Nos primeiros quatro anos o rácio desceu ligeiramente (o que só pode ter sido conseguido com menor défice). Mas de 2008 até hoje disparou de 64 para quase 90%.
A conclusão é que foi minha, e na verdade são duas - o Governo piorou orçamentalmente quando passou a ser minoritário e teve efeito de contágio do exterior.
Pois, eu vi esse mesmo gráfico e (falando de cabeça) n consegui perceber essa redução, mas como sei que fundamentas bem as tuas posições, acredito que estejas correcto. Não obstante, eu vou rever esse gráfico mais logo a noite...

pdcarrico Escreveu:Nos primeiros quatro anos o rácio desceu ligeiramente (o que só pode ter sido conseguido com menor défice).
Esse "só" não está correcto, basta que se tenha desorçamentado muitas despesas, o que aconteceu de facto!
Essa desorçamentação ocorreu nas várias PPP's, nas fundações criadas a pontapé, em empresas públicas, nos hospitais EPE, etc.
Vou-te dar um exemplo:
- Quando foi lançado o e-escolinhas com o Magalhães? E quando foi reconhecida essa despesa no OE?
Desculpa, mas tenho urticária quando se tenta branquear a acção vergonhosa do Sr. Pinto de Sousa!
Abraço,
Pepi
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pepi Escreveu:pdcarrico Escreveu:Mas apesar de muitos defeitos que eu veja em Sócrates, reconheço-lhe que conseguiu até 2008 controlar de alguma forma o défice e o endividamento. Depois não - uma parte é concerteza porque não teve as mesmas competências quando em maioria relativa, mas a outra é porque teve efeito indesejado do lado de fora. Efectivamente uma economia pequena e aberta tem muito maior probabilidade de contágio.
pdcarrico, em que te baseias para fazeres esta afirmação?
Viva Pepi,
Referes-te ao controle do défice e do endividamento, presumo bem?
No expresso esta semana (...estou desde há uma semana em Portugal, então matei saudades da versão impressa ...

Nos primeiros quatro anos o rácio desceu ligeiramente (o que só pode ter sido conseguido com menor défice). Mas de 2008 até hoje disparou de 64 para quase 90%.
A conclusão é que foi minha, e na verdade são duas - o Governo piorou orçamentalmente quando passou a ser minoritário e teve efeito de contágio do exterior.
Aliás, já tinha dito antes, que para mim, o que precisamos é de um Governo maioritário ou então de um compromisso sério entre os partidos que querem responsabilidade governativa - exactamente o que disse o Pires de Lima.
Pedro Carriço
pdcarrico Escreveu:Mas apesar de muitos defeitos que eu veja em Sócrates, reconheço-lhe que conseguiu até 2008 controlar de alguma forma o défice e o endividamento. Depois não - uma parte é concerteza porque não teve as mesmas competências quando em maioria relativa, mas a outra é porque teve efeito indesejado do lado de fora. Efectivamente uma economia pequena e aberta tem muito maior probabilidade de contágio.
pdcarrico, em que te baseias para fazeres esta afirmação?
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urukai Escreveu:Pd Carriço.
Parabéns pelos seus posts equilibrados, ponderados e certeiros.
Urukai
Obrigado pelo comentário!

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Varus,
varus Escreveu:Caro pdcarrico :
Está no Brasil, que está a viver um momento de grande prosperidade e confiança, espero que dure muitos anos, e por isso não está a viver as dificuldades actuais no nosso país , e não está a sentir na pele , as consequências do desgoverno do após 25A , que verdadeiramente se está sentir agora.
O desemprego continua a crescer, pessoas que estavam na privada , que ficaram no desemprego , as que arranjaram emprego estão menos de metade do sala´rio anterior, e outras, que tiveram bons empregos , são forçadas a se desenrascar, emigrar, etc, e estão ver o seu nível de vida a cair a pique.
As PME estão a falir, ou a suportar a loucura constante de subida de impostos, pagando impostos futuros (!!) com PC e o PEC , não tem crédito , porque o estado chegou a estado de falta de credibilidade , que reflecte na subida das taxas de juro, que automaticamente , encarece e dificulta recursos á banca e as empresas, e cada vez mais caros.
Estou de facto no estrangeiro mas isso não me impede de ver o País com proximidade. Com excepção da minha mulher e da família dela, todo o resto da minha família está em Portugal e todos os dias vejo a Sic notícias, vejo o que se passa, leio jornais, etc...
De facto tem razão em estar preocupado com a situação. Neste últimos dois anos o rácio Dívida pública/PIB cresceu de 64% para quase 90%, quando até parecia estar a decair ligeiramente nos primeiros anos de Sócrates, existe muita precaridade. Muita emigração, etc..
Mas veja, um critério interessante para ver como a população está insatisfeita é justamente porque está a ir para fora. Se recordar bem, isso já aconteceu e foi nos anos 60. Com a diferença que na altura as pessoas iam sem qualificação e sem saber o que encontrariam e se sujeitariam a qualquer biscate em Frankfurt, Genebra ou Paris. É preciso desespero para se emigrar assim. A minha conclusão é que também nos anos 50' e 60', quando governava o seu político de referência, as pessoas experimentavam falta de esperança, desespero e vontade de fugir.
Mas apesar de muitos defeitos que eu veja em Sócrates, reconheço-lhe que conseguiu até 2008 controlar de alguma forma o défice e o endividamento. Depois não - uma parte é concerteza porque não teve as mesmas competências quando em maioria relativa, mas a outra é porque teve efeito indesejado do lado de fora. Efectivamente uma economia pequena e aberta tem muito maior probabilidade de contágio.
varus Escreveu:
Em termos gerais os políticos do antigo regime eram mias competentes e sérios, mas não invalida que no após tenham havido bons políticos de todos quadrantes, competentes e sérios.Estou de acordo.
Mas o problema é que mos últimos anos a qualidade tem se degradado e muito, os que andaram a colar cartazes estão a chegar ao topo da politica , a clientela politica está a tapar o acesso dos bons elementos da nossa sociedade, as ascensão actual está a ser pela politica e não pela competência.Quem não pertence ao sistema , não sobe e as próprias empresas privadas tem de entrar neste jogo.
Este problema tem muito que ver com a cultura da cunha que discutíamos antes. Seja com Salazar ou com Sócrates ou com qualquer, não teremos um Governo como na Suécia porque no geral está nos nossos genes pensarmos primeiro na nossa horta e depois no bem comum. Você pode acreditar que um salvador qualquer poderia mudar essa mentalidade, eu discordo frontalmente - acredito que o que nos vai valendo é haver democracia e liberdade editorial que com críticas abertas vai inibindo alguma da muita actividade menos séria na política.
varus Escreveu:Quanto á Africa do Sul estou pouco confiante , a longo prazo não acredito neste país.
Existem muitas razões para se ter pouca confiança. Eu gostava que esse País desse certo, mas é mais wishful thinking do que convicção de que vai acontecer.
varus Escreveu:Porque motivo em Angola , deveria ter havido a descolonização , se a guerra estava ganha , e era a região do globo que mais crescia, e as populações estavam a sentir a evolução positiva nas suas vidas , e por isso mesmo os movimentos tinham dificuldades em recrutar novos combatentes .
Volto a dizer que segundo especialistas não era líquido que tivéssemos a guerra ganha. Mas supondo que tínhamos, tente ver uma perspectiva metafórica - imagine que paga a um empregado um salário mínimo, que você sabe que é pouco, que você sabe que não o contenta, que você que não é justo para o que ele lhe oferece. Mas que você sabe que o manterá no activo porque ele precisa do emprego.
Você pode-o aumentar ou você continuar a pagar esse valor. Tarde ou cedo ele poderá conseguir uma alternativa e você vai perder um funcionário que lhe era útil.
Política é a mesma coisa - numa altura está-se por cima e depois por baixo - os grandes estadistas pensam a longo prazo e pensam nos ciclos de futuro. Um grande estadista nos anos 60 iria ver como cultivar uma relação, estável e pacífica que durásse para futuro e comprasse estabilidade com um povo que no essencial quer mandar no seu próprio nariz.
Veja a Índia. A Inglaterra forçou o domínio, quis exercer o colonialismo e quando saiu nem conseguiu uma relação para futuro. Hoje os engenheiros super-qualificados que sairam da Índia para os EUA para fundar empresas como a Sun e outras, teriam talvez ido para Inglaterra, e possivelmente há bastante mais tempo. Talvez a Índia tivesse 20 anos a mais de desenvolvimento com a cooperação inglesa e agora seriam os ingleses a beneficiar desse avanço.
varus Escreveu:A maioria das pessoas tem uma ideia muito romântica dos movimentos de libertação, mas a realidade no terreno era muito diferente. Obrigavam as populações a pagar o imposto revolucionário, tinham purgas internas ,tiranetes nas "zonas libertadas", muitas vezes minavam os carreiros para as machambas de populações vizinhas , por não lhes darem apoio , faziam retaliações , matavam os sobas , muitas das vezes massacravam povoações inteiras . A UNITA começou a estar sob uma forte pressão do exercito português creio que em 1972, por ter exterminado uma vila aliada dos portugueses.
Não é uma questão de romantismo. Ou melhor até é, mas veja o seu romantismo quando pensa numa grande pátria Portuguesa, num império além-mar, não é mais legítimo que um outro de alguém que queira a sua independência. Portugal teria condições de ajudar a fazer uma transição pacífica e até poderia arbitrar uma solução que eliminasse os problemas que descreveu.
Mas veja, na óptica de muitos, tiranete era também o próprio Salazar.
Pedro Carriço
Caro luisfna :
Como explica que no último grande congresso do PCP, no campo pequeno, os convidados ilustres fossem o partido comunista cubano e Norte Coreano .
Segundo um amigo meu comunista , disse-me a criticar, que o mais grave é o MPLA nas festas do partido.
Como explica que no último grande congresso do PCP, no campo pequeno, os convidados ilustres fossem o partido comunista cubano e Norte Coreano .
Segundo um amigo meu comunista , disse-me a criticar, que o mais grave é o MPLA nas festas do partido.
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Caro pdcarrico :
Está no Brasil, que está a viver um momento de grande prosperidade e confiança, espero que dure muitos anos, e por isso não está a viver as dificuldades actuais no nosso país , e não está a sentir na pele , as consequências do desgoverno do após 25A , que verdadeiramente se está sentir agora.
O desemprego continua a crescer, pessoas que estavam na privada , que ficaram no desemprego , as que arranjaram emprego estão menos de metade do sala´rio anterior, e outras, que tiveram bons empregos , são forçadas a se desenrascar, emigrar, etc, e estão ver o seu nível de vida a cair a pique.
As PME estão a falir, ou a suportar a loucura constante de subida de impostos, pagando impostos futuros (!!) com PC e o PEC , não tem crédito , porque o estado chegou a estado de falta de credibilidade , que reflecte na subida das taxas de juro, que automaticamente , encarece e dificulta recursos á banca e as empresas, e cada vez mais caros.
Em termos gerais os políticos do antigo regime eram mias competentes e sérios, mas não invalida que no após tenham havido bons políticos de todos quadrantes, competentes e sérios.Estou de acordo.
Mas o problema é que mos últimos anos a qualidade tem se degradado e muito, os que andaram a colar cartazes estão a chegar ao topo da politica , a clientela politica está a tapar o acesso dos bons elementos da nossa sociedade, as ascensão actual está a ser pela politica e não pela competência.Quem não pertence ao sistema , não sobe e as próprias empresas privadas tem de entrar neste jogo.
Quanto á Africa do Sul estou pouco confiante , a longo prazo não acredito neste país.
Porque motivo em Angola , deveria ter havido a descolonização , se a guerra estava ganha , e era a região do globo que mais crescia, e as populações estavam a sentir a evolução positiva nas suas vidas , e por isso mesmo os movimentos tinham dificuldades em recrutar novos combatentes .
A maioria das pessoas tem uma ideia muito romântica dos movimentos de libertação, mas a realidade no terreno era muito diferente. Obrigavam as populações a pagar o imposto revolucionário, tinham purgas internas ,tiranetes nas "zonas libertadas", muitas vezes minavam os carreiros para as machambas de populações vizinhas , por não lhes darem apoio , faziam retaliações , matavam os sobas , muitas das vezes massacravam povoações inteiras . A UNITA começou a estar sob uma forte pressão do exercito português creio que em 1972, por ter exterminado uma vila aliada dos portugueses.
Está no Brasil, que está a viver um momento de grande prosperidade e confiança, espero que dure muitos anos, e por isso não está a viver as dificuldades actuais no nosso país , e não está a sentir na pele , as consequências do desgoverno do após 25A , que verdadeiramente se está sentir agora.
O desemprego continua a crescer, pessoas que estavam na privada , que ficaram no desemprego , as que arranjaram emprego estão menos de metade do sala´rio anterior, e outras, que tiveram bons empregos , são forçadas a se desenrascar, emigrar, etc, e estão ver o seu nível de vida a cair a pique.
As PME estão a falir, ou a suportar a loucura constante de subida de impostos, pagando impostos futuros (!!) com PC e o PEC , não tem crédito , porque o estado chegou a estado de falta de credibilidade , que reflecte na subida das taxas de juro, que automaticamente , encarece e dificulta recursos á banca e as empresas, e cada vez mais caros.
Em termos gerais os políticos do antigo regime eram mias competentes e sérios, mas não invalida que no após tenham havido bons políticos de todos quadrantes, competentes e sérios.Estou de acordo.
Mas o problema é que mos últimos anos a qualidade tem se degradado e muito, os que andaram a colar cartazes estão a chegar ao topo da politica , a clientela politica está a tapar o acesso dos bons elementos da nossa sociedade, as ascensão actual está a ser pela politica e não pela competência.Quem não pertence ao sistema , não sobe e as próprias empresas privadas tem de entrar neste jogo.
Quanto á Africa do Sul estou pouco confiante , a longo prazo não acredito neste país.
Porque motivo em Angola , deveria ter havido a descolonização , se a guerra estava ganha , e era a região do globo que mais crescia, e as populações estavam a sentir a evolução positiva nas suas vidas , e por isso mesmo os movimentos tinham dificuldades em recrutar novos combatentes .
A maioria das pessoas tem uma ideia muito romântica dos movimentos de libertação, mas a realidade no terreno era muito diferente. Obrigavam as populações a pagar o imposto revolucionário, tinham purgas internas ,tiranetes nas "zonas libertadas", muitas vezes minavam os carreiros para as machambas de populações vizinhas , por não lhes darem apoio , faziam retaliações , matavam os sobas , muitas das vezes massacravam povoações inteiras . A UNITA começou a estar sob uma forte pressão do exercito português creio que em 1972, por ter exterminado uma vila aliada dos portugueses.
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João Cândido da Silva Escreveu:O PS ressona
21 Março2011 | 11:50
João Cândido da Silva - joaosilva@negocios.pt
Portugal enfrenta quatro crises. Na economia, nas finanças públicas e privadas, na área social e ainda uma de natureza política. Só esta pode ser resolvida a curto prazo. E a oportunidade não devia ser desperdiçada.
O discurso actual do Governo visa criar a ilusão de que o País está a resolver os seus problemas sozinho. Mas não é preciso andar especialmente atento para se saber que isto não é verdade. Através das instituições financeiras, a economia está há longos meses a ser sustentada através do Banco Central Europeu. Quem disser o contrário, estará a mentir.
É, também, a partir de Frankfurt que tem chegado aos mercados o dinheiro para comprar títulos de dívida pública, travar a sua desvalorização e arrefecer de forma artificial e inconsistente a escalada das taxas de juro perante a deterioração do risco de crédito do País. Os dados da execução orçamental deste ano podem conter dados positivos mas não têm chegado para dispensar o apoio precioso do BCE e persuadir os credores. Percebe-se porquê.
Em primeiro lugar, referem-se a um período ainda curto e são da responsabilidade de um Governo que, nos três últimos anos, acumulou erros na condução das finanças públicas e um currículo fértil em derrapagens de última hora. Em segundo lugar, os números que têm sido divulgados, sobretudo aqueles que expressam o comportamento da despesa, indicam como está a evoluir a tesouraria mas dizem pouco sobre os compromissos que pendem sobre as contas do Estado.
Adiar a liquidação de uma factura pode parecer um sinal de saúde e de contenção na despesa mas o compromisso não deixa de existir e terá de ser honrado, mais tarde ou mais cedo. Não é por acaso que os números que contam para validação junto dos parceiros europeus sejam aqueles que são apurados na óptica da contabilidade nacional e se desvalorize a contabilidade pública. A verdade é que esta esconde muita coisa e se presta às maiores mistificações, como se tem visto.
Com FMI ou sem FMI, Portugal não se teria aguentado, nem se aguentará, sem ajuda externa. Posto isto, seria uma completa irresponsabilidade não criar, já, condições para superar o impasse político provocado por um Governo minoritário e com uma liderança que há muito esgotou o seu crédito. A situação de Portugal é grave e difícil e é por este motivo que se torna necessário realizar eleições antecipadas e abrir a porta à formação de uma maioria e de um Governo de salvação nacional. Porque é de salvar o País, e de o recolocar na rota de crescimento de que se desviou há mais de uma década, que se trata.
Cavaco Silva tem uma palavra decisiva. Pode tentar encontrar uma solução no actual quadro parlamentar mas a tarefa é inútil. Entre Pedro Passos Coelho e José Sócrates, "confiança" é uma expressão que já não consta no dicionário. E "lealdade", o cimento indispensável para um acordo político alargado, não é tema com que o primeiro-ministro perca muito tempo.
Dissolver o Parlamento e convocar eleições comporta riscos na conjuntura actual. Mas é uma decisão que tem a vantagem de lançar o caminho para uma clarificação e uma solução política nova e dotada de uma legitimidade fresca. Com uma nova Assembleia da República, o Presidente da República terá melhores condições para promover entendimentos destinados ao consenso alargado de que falou no discurso da tomada de posse. E PS, PSD e CDS têm de estar incluídos num futuro acordo de longo prazo.
Só há uma incógnita que Cavaco Silva não pode controlar. No cenário de uma derrota em futuras eleições, os socialistas serão capazes de acordar da sua letargia e de resolverem o problema da sua liderança em favor da saída política de que o País necessita? Há quem queira passar a mensagem contrária, mas é o PS que vai ter de enfrentar, nos próximos meses, o maior teste ao sentido das responsabilidades. O partido é demasiado importante para ser um problema em vez de ser parte de uma solução. Continuar a ressonar profundamente é um luxo que os socialistas e o País não podem sustentar.
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Meus amigos caldeireiros.
Penso que nenhum português pode defender uma ditadura, seja ele de que regime for ( de direita ou de esquerda ), pelo que ela representa em termos de liberdade de expressão, e que condiciona todos os poderes: o politico, o económico, o legislativo e o judicial.
Não acredito que HOJE, um comunista defenda a ditadura comunista de Cuba de Fidel de Castro, da sua família e do poder militar e da forma como o seu povo vive, que defenda a ditadura comunista do MPLA em Angola do “Grande” defensor das classes pobres, o Sr. José Eduardo dos Santos, que com a sua família distribui, sim ouviram bem distribui, muita miséria pelo povo e fica com a parte “negra” de Angola (negra e mal cheirosa), nem acredito que também defendam a ditadura da ex União Soviética, em que” todos eram iguais, mas uns eram mais iguais que outros”, e quando acabou se tornou no pais com mais multimilionários do mundo.
Como também não posso acreditar que alguém defenda o Kadafi, ou outros grandes ”senhores” ditadores de África, com tudo o que eles representam.
Mas desculpem que vos diga, eu também sou um grande admirador do Prof. Dr. Oliveira Salazar, não como ditador, mas como grande gestor e grande economista. É a minha opinião, e acho que ele ensinaria 99% dos nossos políticos que passaram pelos vários governos após o 25 de Abril, a governar melhor o país. Depois das duas grandes guerras mundiais, ele apanhou com uma guerra na Índia, (meu pai ainda esteve na índia), e a seguir três guerras em três grandes frentes de batalha, Guiné, Angola e Moçambique. Meus amigos vejam só a nossa dimensão, e como pudemos estar mais de 10 anos em guerra nesses países, com tudo o que isso implicou ao país em vidas humanas e em termos económicos.
Não devíamos ter entrado em guerra, e ter dado a independência mais cedo a esses países? É claro que sim. Mas quem mandava na altura no mundo? Em que época estávamos? No tempo da famosa guerra fria, em que os Estados Unidos sabiam perfeitamente que quem estava por trás dos movimentos independentistas eram os comunistas.
Por isso é que eu acho que tanto nós, como os angolanos, os moçambicanos e os guineenses, éramos todos umas marionetes mas mão das duas grandes potencias mundiais, e não conseguíamos fugir a isso, até que se deu o 25 de Abril.
Bem mas isto tudo para vos dizer que, a minha admiração por Oliveira Salazar, foi como economista, e também sou dos que acho que, mesmo depois de tudo o que gastamos com a guerra do ultramar, o pais em termos económicos estava muito melhor comparado com os outros países da Europa do que está hoje.
Só mais uma informação que todos devem saber, o GRANDE DITADOR OLIVEIRA SALAZAR morreu na miséria e não conheço que a sua família esteja em algum paraíso a viver bem.
Mas para alguns isso não vale de nada. Mas mais uma vez repito para que não restem dúvidas, sou contra qualquer ditadura, e a minha mensagem é mais sobre o homem, a sua vida e o seu carácter.
Antes do 25 de Abril, havia alguma miséria mas o povo português era mais poupado, a educação era de poupança, hoje gastamos tudo o que ganhamos e tudo o que a “geração á rasca” irá ganhar. Até uma casa já se compra a 50 anos, ou seja um jovem, faz o seu curso, casa por volta dos 25 a 30 anos e acaba de pagar a casa aos 75 ou 80 anos, se for vivo e se ainta receber reforma a partir dos 65 ou 70 anos.
A "geração á rasca" nem sequer tem emprego para sobreviver, quanto mais ganhar dinheiro para pagar as dividas dos pais.
Desculpem isto já vai longo, mas já repararam que aquele "malandro" do Prof. Ernani Lopes, que em 1983 "roubou" o 13º mês aos funcionários publicos, juntamente com Mário Soares, para não cairmos na banca rota, e imposto na altura pelo FMI, hoje é admirado por muita gente?
Cumprimentos.
Penso que nenhum português pode defender uma ditadura, seja ele de que regime for ( de direita ou de esquerda ), pelo que ela representa em termos de liberdade de expressão, e que condiciona todos os poderes: o politico, o económico, o legislativo e o judicial.
Não acredito que HOJE, um comunista defenda a ditadura comunista de Cuba de Fidel de Castro, da sua família e do poder militar e da forma como o seu povo vive, que defenda a ditadura comunista do MPLA em Angola do “Grande” defensor das classes pobres, o Sr. José Eduardo dos Santos, que com a sua família distribui, sim ouviram bem distribui, muita miséria pelo povo e fica com a parte “negra” de Angola (negra e mal cheirosa), nem acredito que também defendam a ditadura da ex União Soviética, em que” todos eram iguais, mas uns eram mais iguais que outros”, e quando acabou se tornou no pais com mais multimilionários do mundo.
Como também não posso acreditar que alguém defenda o Kadafi, ou outros grandes ”senhores” ditadores de África, com tudo o que eles representam.
Mas desculpem que vos diga, eu também sou um grande admirador do Prof. Dr. Oliveira Salazar, não como ditador, mas como grande gestor e grande economista. É a minha opinião, e acho que ele ensinaria 99% dos nossos políticos que passaram pelos vários governos após o 25 de Abril, a governar melhor o país. Depois das duas grandes guerras mundiais, ele apanhou com uma guerra na Índia, (meu pai ainda esteve na índia), e a seguir três guerras em três grandes frentes de batalha, Guiné, Angola e Moçambique. Meus amigos vejam só a nossa dimensão, e como pudemos estar mais de 10 anos em guerra nesses países, com tudo o que isso implicou ao país em vidas humanas e em termos económicos.
Não devíamos ter entrado em guerra, e ter dado a independência mais cedo a esses países? É claro que sim. Mas quem mandava na altura no mundo? Em que época estávamos? No tempo da famosa guerra fria, em que os Estados Unidos sabiam perfeitamente que quem estava por trás dos movimentos independentistas eram os comunistas.
Por isso é que eu acho que tanto nós, como os angolanos, os moçambicanos e os guineenses, éramos todos umas marionetes mas mão das duas grandes potencias mundiais, e não conseguíamos fugir a isso, até que se deu o 25 de Abril.
Bem mas isto tudo para vos dizer que, a minha admiração por Oliveira Salazar, foi como economista, e também sou dos que acho que, mesmo depois de tudo o que gastamos com a guerra do ultramar, o pais em termos económicos estava muito melhor comparado com os outros países da Europa do que está hoje.
Só mais uma informação que todos devem saber, o GRANDE DITADOR OLIVEIRA SALAZAR morreu na miséria e não conheço que a sua família esteja em algum paraíso a viver bem.
Mas para alguns isso não vale de nada. Mas mais uma vez repito para que não restem dúvidas, sou contra qualquer ditadura, e a minha mensagem é mais sobre o homem, a sua vida e o seu carácter.
Antes do 25 de Abril, havia alguma miséria mas o povo português era mais poupado, a educação era de poupança, hoje gastamos tudo o que ganhamos e tudo o que a “geração á rasca” irá ganhar. Até uma casa já se compra a 50 anos, ou seja um jovem, faz o seu curso, casa por volta dos 25 a 30 anos e acaba de pagar a casa aos 75 ou 80 anos, se for vivo e se ainta receber reforma a partir dos 65 ou 70 anos.
A "geração á rasca" nem sequer tem emprego para sobreviver, quanto mais ganhar dinheiro para pagar as dividas dos pais.
Desculpem isto já vai longo, mas já repararam que aquele "malandro" do Prof. Ernani Lopes, que em 1983 "roubou" o 13º mês aos funcionários publicos, juntamente com Mário Soares, para não cairmos na banca rota, e imposto na altura pelo FMI, hoje é admirado por muita gente?
Cumprimentos.
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Varus,
Para formar opinião teria que ver o contexto em que ele falou isso. Mas acredito que não se referia ao total da classe política da altura e de agora.
Acho que é de elementar justiça entender que existem pessoas sérias e competentes em quadros políticos diferentes daquele que defendemos. Diria que existem políticos sérios e competentes em qualquer quadrante político.
Com certeza haveria bons quadros no Estado Novo, por exemplo estou a lembrar-me do Pai do Marcelo Rebelo de Sousa, que foi uma figura do Marcelismo bastante esclarecida e competente. Mas é certamente verdade que a ausência de escrutínio nos media e em eleições possibilitava que se escondessem quando a situação era ao contrário, ie, quando os políticos não eram sérios, nem competentes.
Isso não faz de nós um povo invencível, e o facto é que no Brasil perdemos na Bahia ainda antes da declaração de independência. Mas a questão não é só militar - como já lhe disse antes, é uma questão de auto-determinação, e se é lícito que aceitemos a emigração como característica natural dos povos, não faz muito sentido submeter um País muito maior que Portugal às ordens de Lisboa.
Veja, eu defendo que a áfrica do Sul possa um dia vir a ser um País com harmonia multi-cultural e contente com a herança de povos locais e povos europeus. Essa herança é parte da cultura e da riqueza do País. Da mesma forma defendo que os Países Africanos que falam o Português possam absorver a nossa influência e aceitem como iguais os descendentes brancos de Portugal que se tornaram Africanos. Também defendo que estreitemos os nossos laços e sejamos povos irmãos. Mas naturalmente sem uma noção de domínio que naturalmente não serve os interesses de quem é dominado.
A um nível mais pessoal, diria outra coisa - eu sou Português, Europeu e branco. A minha mulher é negra e Brasileira. E vivemos no Brasil, no Estado onde primeiro chegaram os Portugueses mas onde há a maior quantidade de população negra fora de África. Eu tenho orgulho de ser Português, e quando tivermos filhos, terei orgulho em fazê-los gostar do nosso País, da nossa cultura, do nosso povo. Assim como terei orgulho da sua também ascendência Africana e da condição de cidadania num País definitivamente multi-cultural. Não faz sentido mais um tempo em que se recordam com saudade tempos de ocupação sobre outros povos. Os tempos são outros - em vez de nos lamentarmos sobre o processo de descolonização ter corrido mal, temos é que abraçar a ideia de cooperarmos mais e ganharmos entre todos.
Eu acho que a herança da Europa na África é uma coisa que nos deve entristecer porque nos vemos como continente cheio de valores humanistas, mas em boa verdade fomos mestres na hipocrisia. Em África separamos as regiões de uma forma arbitrária, destruímos boa parte da herança cultural bantu, iorubá, zulu, de Daomé, malé e outras. E no século XX, nós, os Europeus, assistimos de camarote (ou alimentamos) a sangrentas guerras que nos iam abastecendo de pedras preciosas e outros patrimónios.
Se me perguntar se a descolonização foi bem feita, eu respondo que não. Se me perguntar de que forma podia ser diferente para se evitarem os problemas que ocorreram - eu respondo que para mim, a única forma era ela ter ocorrido anteriormente a 74, com uma transição pacífica procurando estabelecer pontes com Portugal e com os Portugueses que lá viviam.
Teria sido melhor para eles, melhor para nós, e possivelmente Angola seria hoje uma potência regional importantíssima com um claro benefício para quem com eles tivesse relações.
varus Escreveu:Caro pdcarrico :
Peço desculpa , mas queria dizer António Barreto, foi um lapso.
Para formar opinião teria que ver o contexto em que ele falou isso. Mas acredito que não se referia ao total da classe política da altura e de agora.
Acho que é de elementar justiça entender que existem pessoas sérias e competentes em quadros políticos diferentes daquele que defendemos. Diria que existem políticos sérios e competentes em qualquer quadrante político.
Com certeza haveria bons quadros no Estado Novo, por exemplo estou a lembrar-me do Pai do Marcelo Rebelo de Sousa, que foi uma figura do Marcelismo bastante esclarecida e competente. Mas é certamente verdade que a ausência de escrutínio nos media e em eleições possibilitava que se escondessem quando a situação era ao contrário, ie, quando os políticos não eram sérios, nem competentes.
varus Escreveu:Portugal ganhou na sua história , guerras aparentemente impossíveis de ganhar, como a que derrotou a VOC , no Brasil , Angola e S. Tomé, em situações muito difíceis
Isso não faz de nós um povo invencível, e o facto é que no Brasil perdemos na Bahia ainda antes da declaração de independência. Mas a questão não é só militar - como já lhe disse antes, é uma questão de auto-determinação, e se é lícito que aceitemos a emigração como característica natural dos povos, não faz muito sentido submeter um País muito maior que Portugal às ordens de Lisboa.
Veja, eu defendo que a áfrica do Sul possa um dia vir a ser um País com harmonia multi-cultural e contente com a herança de povos locais e povos europeus. Essa herança é parte da cultura e da riqueza do País. Da mesma forma defendo que os Países Africanos que falam o Português possam absorver a nossa influência e aceitem como iguais os descendentes brancos de Portugal que se tornaram Africanos. Também defendo que estreitemos os nossos laços e sejamos povos irmãos. Mas naturalmente sem uma noção de domínio que naturalmente não serve os interesses de quem é dominado.
A um nível mais pessoal, diria outra coisa - eu sou Português, Europeu e branco. A minha mulher é negra e Brasileira. E vivemos no Brasil, no Estado onde primeiro chegaram os Portugueses mas onde há a maior quantidade de população negra fora de África. Eu tenho orgulho de ser Português, e quando tivermos filhos, terei orgulho em fazê-los gostar do nosso País, da nossa cultura, do nosso povo. Assim como terei orgulho da sua também ascendência Africana e da condição de cidadania num País definitivamente multi-cultural. Não faz sentido mais um tempo em que se recordam com saudade tempos de ocupação sobre outros povos. Os tempos são outros - em vez de nos lamentarmos sobre o processo de descolonização ter corrido mal, temos é que abraçar a ideia de cooperarmos mais e ganharmos entre todos.
varus Escreveu:A teoria do "politicamente correcto" deste políticos actuais empurra o pensamento dos portugueses só num sentido, e formar uma opinião pública.
Só para justificar o fracasso da descolonização , dos milhões de mortes posteriores, e a miséria em que esses povos estão sujeitos, e só há um bode expiatório para todos os males o antigo regime, que fez um grande esforço no sentido contrário e que estava ter um grande sucesso.
O 25A , que é a cata mais ignóbil da história portuguesa, tem de ser justificada, e idolatrada , mas ninguém explicou as consequências e sofrimento , que resultou deste acontecimento.
Temos que fazer o nosso juízo de valor dos acontecimentos , e que um grande projecto de desenvolvimento foi interrompido , e que esses territórios estariam numa situação muito do que estão, em que a corrupção e a miséria impera , em nome da democracia e da liberdade. A verdade é esta....
Eu acho que a herança da Europa na África é uma coisa que nos deve entristecer porque nos vemos como continente cheio de valores humanistas, mas em boa verdade fomos mestres na hipocrisia. Em África separamos as regiões de uma forma arbitrária, destruímos boa parte da herança cultural bantu, iorubá, zulu, de Daomé, malé e outras. E no século XX, nós, os Europeus, assistimos de camarote (ou alimentamos) a sangrentas guerras que nos iam abastecendo de pedras preciosas e outros patrimónios.
Se me perguntar se a descolonização foi bem feita, eu respondo que não. Se me perguntar de que forma podia ser diferente para se evitarem os problemas que ocorreram - eu respondo que para mim, a única forma era ela ter ocorrido anteriormente a 74, com uma transição pacífica procurando estabelecer pontes com Portugal e com os Portugueses que lá viviam.
Teria sido melhor para eles, melhor para nós, e possivelmente Angola seria hoje uma potência regional importantíssima com um claro benefício para quem com eles tivesse relações.
Pedro Carriço
Estamos a fazer extrapolações , que ás vezes não estão correctas , de possíveis pressões ou embargos , actualmente existem ditaduras bem piores e a comunidade internacional , nem liga.
No Iémen , também morrem muitas pessoas nas manifestações , veja se a comunidade internacional se importa, em derrubar o presidente , pudera , porque é o maior vespeiro de fundamentalismo, e porque não fazem uma represália no Bahrein, ía mexer com os sunitas da Arábia Saudita . A comunidade internacional tem dois e duas medidas ?
A diplomacia internacional não é tão linear como se refere no assunto em causa, portanto o regime iria continuar embora num sentido mais moderno , e já estava ser delineado uma federação , era o que se falava na época. O regime não era estático.
No Iémen , também morrem muitas pessoas nas manifestações , veja se a comunidade internacional se importa, em derrubar o presidente , pudera , porque é o maior vespeiro de fundamentalismo, e porque não fazem uma represália no Bahrein, ía mexer com os sunitas da Arábia Saudita . A comunidade internacional tem dois e duas medidas ?
A diplomacia internacional não é tão linear como se refere no assunto em causa, portanto o regime iria continuar embora num sentido mais moderno , e já estava ser delineado uma federação , era o que se falava na época. O regime não era estático.
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varus Escreveu:Temos que fazer o nosso juízo de valor dos acontecimentos , e que um grande projecto de desenvolvimento foi interrompido , e que esses territórios estariam numa situação muito melhor do que estão, em que a corrupção e a miséria impera , em nome da democracia e da liberdade. A verdade é esta....
Um burro preso a uma estaca se for bem alimentado não morre à fome, mas não deixa de ser um burro preso a uma estaca. A verdade é esta...
Caro pdcarrico :
Peço desculpa , mas queria dizer António Barreto, foi um lapso.
Portugal ganhou na sua história , guerras aparentemente impossíveis de ganhar, como a que derrotou a VOC , no Brasil , Angola e S. Tomé, em situações muito difíceis
A teoria do "politicamente correcto" deste políticos actuais empurra o pensamento dos portugueses só num sentido, e formar uma opinião pública.
Só para justificar o fracasso da descolonização , dos milhões de mortes posteriores, e a miséria em que esses povos estão sujeitos, e só há um bode expiatório para todos os males o antigo regime, que fez um grande esforço no sentido contrário e que estava ter um grande sucesso.
O 25A , que é a cata mais ignóbil da história portuguesa, tem de ser justificada, e idolatrada , mas ninguém explicou as consequências e sofrimento , que resultou deste acontecimento.
Temos que fazer o nosso juízo de valor dos acontecimentos , e que um grande projecto de desenvolvimento foi interrompido , e que esses territórios estariam numa situação muito do que estão, em que a corrupção e a miséria impera , em nome da democracia e da liberdade. A verdade é esta....
Peço desculpa , mas queria dizer António Barreto, foi um lapso.
Portugal ganhou na sua história , guerras aparentemente impossíveis de ganhar, como a que derrotou a VOC , no Brasil , Angola e S. Tomé, em situações muito difíceis
A teoria do "politicamente correcto" deste políticos actuais empurra o pensamento dos portugueses só num sentido, e formar uma opinião pública.
Só para justificar o fracasso da descolonização , dos milhões de mortes posteriores, e a miséria em que esses povos estão sujeitos, e só há um bode expiatório para todos os males o antigo regime, que fez um grande esforço no sentido contrário e que estava ter um grande sucesso.
O 25A , que é a cata mais ignóbil da história portuguesa, tem de ser justificada, e idolatrada , mas ninguém explicou as consequências e sofrimento , que resultou deste acontecimento.
Temos que fazer o nosso juízo de valor dos acontecimentos , e que um grande projecto de desenvolvimento foi interrompido , e que esses territórios estariam numa situação muito do que estão, em que a corrupção e a miséria impera , em nome da democracia e da liberdade. A verdade é esta....
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Bom dia Varus,
O que diz é uma manifestação de fé. Para mim tem tanta validade quanto dizer que o que País precisa é de um novo 25 de Abril.
Eu não avalio pelo que sei por experiência própria mas pelo que já li de historiadores e conhecedores profundos sobre a situação, como por exemplo Fernando Dacosta, que se dedicou a conhecer em detalhe elementos deste tempo. Segundo ele não seria tão líquido que a guerra estaria ganha. Aliás poderia ter-se avançado mais alguma coisa, mas a prazo a situação de colonialismo seria insustentável, e mesmo que ganhássemos umas batalhas, perderíamos a certa altura, até porque os custos humanos que tínhamos com a guerra não eram desprezíveis. Não por acaso a guerra, em Angola por exemplo, prolongou-se por décadas, porque o terreno era próprio a que se formassem bolsas de influência de forças inimigas.
Eu vivi em Moçambique de 71 a 73 e tenho-lhe a dizer que apesar de sermos consideravelmente mais humanos no trato com os Africanos do que por exemplo Ingleses, Franceses ou Belgas, isso nunca nos retirou a característica de colonizadores que socialmente se distanciava e descriminava os locais. E essa coisa de criar laços humanitários e de educação tem muito que se lhe diga ... a minha mãe era Professora na antiga "Lourenço Marques", actual Maputo, e em Tete, e a experiência que nós temos não é a idílica que você descreve. É tudo uma questão de fé e palavras.
Existem, como sabe, relações diplomáticas entre Países que não partilham estrutura orgânica política igual. Mas o facto é que se for ver apresentações nas nações unidas do embaixador Português na época, e vê como o Pais estava diplomaticamente numa situação frágil.
E apesar de poderem contar com algumas relações, o facto é que tarde ou cedo, e quando a guerra fria perdesse gás, aconteceria o mesmo que acontece agora na Líbia ou Egipto. A uma revolta independentista, Portugal acabaria por ceder e sem contar com ajuda de terceiros que possivelmente assitiriam o lado oposto.
Veja que os EUA foram tolerantes com vários regimes de extrema direita na América do Sul, sendo que até os patrocinaram com apoio explícito. O facto é que este apoio deixou de existir com o fim da guerra fria. Provavelmente na perspectiva mais optimista, Portugal poderia ter aguentado o territórios por mais uma década.
O que eu acho engraçado é notar, da sua parte, uma forma de censura a esta ocupação. Eu censuro, mas também censuro a Portuguesa. Você tem censura selectiva - apenas se aplica aos regimes que politicamente menos aceita.
Anos 60 e muitos ... ou seja quase no final do Estado Novo. E acho que provavelmente será lícito dizer que nunca verdadeira liberdade industrial no Estado Novo. A família do meu Pai era dona de indústria de arroz. Num certo sentido eram protegidos pelo regime, porque tinham preço controlado, pouco risco de negócio. Era quase uma família feudal - à volta a população era pobre, emigrava ou vivia da agricultura de subsistência e havia uns quantos que trabalhavam na fábrica. O regime para a família do meu Pai era óptimo, já para a da minha mãe, e para quase todas as outras nem tanto.
Mas adiante ... como havia a cultura de consumo na família - grandes jantaradas, grandes festas, etc... - na geração do meu Pai basicamente conseguiram torrar tanto dinheiro que a empresa faliu. O curioso é que ainda conseguiram, nos anos 60, um valor significativo pelo alvará. Ou seja, uma empresa sem valor de mercado e contabilístico, mas graças ao condicionamento industrial, que permitiu a outro ocupar o lugar da minha família, ainda rendeu dinheiro.
Quanto ao crescimento de que fala ... eu não entendo como acredita nisso. Até posso entender que você aceite que seja melhor ser menos "crescido" mas sem dívidas. Mas continuar a bater na tecla de que crescíamos .... onde, em quê?
Tínhamos melhores infraestruturas? Tínhamos bons serviços de saúde pública? Tínhamos população qualificada?
Quanto a isto, estou totalmente de acordo, mas acrescentaria o seguinte: uma cunha torna-se mais comum quando há excesso de poder. Ou seja um regime autoritário que dá poder ao chefe de Governo, mas também a chefia intermediárias é quase inevitável que mais cunhas do que num regime democrático onde a fiscalização é maior. Quanto mais não seja, porque de 4 em 4 anos podemos mudar o PM.
O Álvaro Barreto pode dizer o que quiser. Ele não é Deus. Se bem que eu acho que ele não tenha dito isso nesses termos. Agora todos os cargos importantes eram por nomeação política, e se isso ocorresse agora, seria entendido como cunha.
Haverá comentadores que diriam o contrário. Se vc for o comentador vc diria, mas isso não torna o que vc pensa em realidade.
Existe um partido que procura resgatar o passado ideológico do Estado Novo - não tem nem 1% dos votos. Acha mesmo que esse comentador tem razão?
varus Escreveu:Caro pdcarrico :
Só um estadista do género do Salazar poderia resolvera actual situação do país , é só fazer uma retrospectiva da nossa história.
O que diz é uma manifestação de fé. Para mim tem tanta validade quanto dizer que o que País precisa é de um novo 25 de Abril.
varus Escreveu:Salazar decidiu e bem , permanecer nas colónias , e procurar outra via , completamente diferente das outras potencias europeias , nomeadamente do que estava a ver nos novos países descolonizados em Àfrica, é preciso não esquecer que a guerra começa com os massacres da UPA no norte de Angola, que era financiada pelos EUA. Os americanos pensaram , que os portugueses iriam fugir , desconhecendo a nossa longa história de império militar.
Na década de 50, houve uma grande revolução em Portugal em termos militares , devido á Nato, e com equipes a estudar a guerra da Argélia, Logistica , e a estudar a guerra subversão .
Quando começa a guerra colonial , curiosamente o exercito , estava já bem prevenido, não no terreno, mas para um eventual conflito.
Este tipo de guerras são muito difíceis de ganhar, mesmo actualmente , veja o caso do Afeganistão,mas Portugal começa a utilizar uma abordagem e tácticas, diferentes e mais inteligentes que os outros países , e que estavam a resultar no terreno.
Devido aos recursos financeiros limitados , opta por um a guerra de baixa intensidade, mas com uma folga para aumentar pontualmente a intensidade.
Em Angola como sabe a guerra sofre uma viragem súbita em 1969 a favor do nosso exercito , utilizando de uma forma muito inteligente as tropas especiais e de forças com maior conhecimento que o inimigo do terreno, por exemplo os flechas .
O regime ao contrario de que se diz , era muito dinâmico, e esta a corrigir algumas injustiças , em África , a reforçar os laços com as populações, com muita iniciativas humanitárias e de educação.
Salazar procura defender os portugueses residentes nesses territórios, e promove um rápido desenvolvimento.
Eu não avalio pelo que sei por experiência própria mas pelo que já li de historiadores e conhecedores profundos sobre a situação, como por exemplo Fernando Dacosta, que se dedicou a conhecer em detalhe elementos deste tempo. Segundo ele não seria tão líquido que a guerra estaria ganha. Aliás poderia ter-se avançado mais alguma coisa, mas a prazo a situação de colonialismo seria insustentável, e mesmo que ganhássemos umas batalhas, perderíamos a certa altura, até porque os custos humanos que tínhamos com a guerra não eram desprezíveis. Não por acaso a guerra, em Angola por exemplo, prolongou-se por décadas, porque o terreno era próprio a que se formassem bolsas de influência de forças inimigas.
Eu vivi em Moçambique de 71 a 73 e tenho-lhe a dizer que apesar de sermos consideravelmente mais humanos no trato com os Africanos do que por exemplo Ingleses, Franceses ou Belgas, isso nunca nos retirou a característica de colonizadores que socialmente se distanciava e descriminava os locais. E essa coisa de criar laços humanitários e de educação tem muito que se lhe diga ... a minha mãe era Professora na antiga "Lourenço Marques", actual Maputo, e em Tete, e a experiência que nós temos não é a idílica que você descreve. É tudo uma questão de fé e palavras.
varus Escreveu:Portugal , não estava isolado , como se diz , os americanos devido a acordos secretos das Lages, e Portugal foi único país que apoia a ponte aérea durante a guerra de Yom Kippur, prometeram material muito sofisticado, e o eixo franco alemão , sempre apoiou o regime.
Existem, como sabe, relações diplomáticas entre Países que não partilham estrutura orgânica política igual. Mas o facto é que se for ver apresentações nas nações unidas do embaixador Português na época, e vê como o Pais estava diplomaticamente numa situação frágil.
E apesar de poderem contar com algumas relações, o facto é que tarde ou cedo, e quando a guerra fria perdesse gás, aconteceria o mesmo que acontece agora na Líbia ou Egipto. A uma revolta independentista, Portugal acabaria por ceder e sem contar com ajuda de terceiros que possivelmente assitiriam o lado oposto.
Veja que os EUA foram tolerantes com vários regimes de extrema direita na América do Sul, sendo que até os patrocinaram com apoio explícito. O facto é que este apoio deixou de existir com o fim da guerra fria. Provavelmente na perspectiva mais optimista, Portugal poderia ter aguentado o territórios por mais uma década.
varus Escreveu:Actualmente temos o caso da China , invadiu o Tibet, todos querem fazer negócios com eles , até o pinóquio, quer vender dívida pública , e algum país se importa se é uma ditadura.
O que eu acho engraçado é notar, da sua parte, uma forma de censura a esta ocupação. Eu censuro, mas também censuro a Portuguesa. Você tem censura selectiva - apenas se aplica aos regimes que politicamente menos aceita.
varus Escreveu:O condicionalismo industrial foi abolido nos ano 60, mas foi um erro económico grave , embora não tenha travado o crescimento , mas foi negativo, como o congelamento das rendas , que mesmo essa injustiça ainda não foi resolvida, e que degradou os centros das cidades.
Anos 60 e muitos ... ou seja quase no final do Estado Novo. E acho que provavelmente será lícito dizer que nunca verdadeira liberdade industrial no Estado Novo. A família do meu Pai era dona de indústria de arroz. Num certo sentido eram protegidos pelo regime, porque tinham preço controlado, pouco risco de negócio. Era quase uma família feudal - à volta a população era pobre, emigrava ou vivia da agricultura de subsistência e havia uns quantos que trabalhavam na fábrica. O regime para a família do meu Pai era óptimo, já para a da minha mãe, e para quase todas as outras nem tanto.
Mas adiante ... como havia a cultura de consumo na família - grandes jantaradas, grandes festas, etc... - na geração do meu Pai basicamente conseguiram torrar tanto dinheiro que a empresa faliu. O curioso é que ainda conseguiram, nos anos 60, um valor significativo pelo alvará. Ou seja, uma empresa sem valor de mercado e contabilístico, mas graças ao condicionamento industrial, que permitiu a outro ocupar o lugar da minha família, ainda rendeu dinheiro.
Quanto ao crescimento de que fala ... eu não entendo como acredita nisso. Até posso entender que você aceite que seja melhor ser menos "crescido" mas sem dívidas. Mas continuar a bater na tecla de que crescíamos .... onde, em quê?
Tínhamos melhores infraestruturas? Tínhamos bons serviços de saúde pública? Tínhamos população qualificada?
varus Escreveu:As cunhas , não tem haver com regime , mas com carácter do povo latino, em Espanha chama-se enchoufe.
Quanto a isto, estou totalmente de acordo, mas acrescentaria o seguinte: uma cunha torna-se mais comum quando há excesso de poder. Ou seja um regime autoritário que dá poder ao chefe de Governo, mas também a chefia intermediárias é quase inevitável que mais cunhas do que num regime democrático onde a fiscalização é maior. Quanto mais não seja, porque de 4 em 4 anos podemos mudar o PM.
varus Escreveu:Havia algumas pessoas beneficiadas , com os "tachos", mas eram muito poucos , actualmente são dezenas de milhares, depois tem que haver os pareceres , enfim, uma pouca vergonha, mas não tenha dúvida que eram mais competentes e eram de carreira , sabiam muito bem o que estavam a fazer, outros tempos. O Alvaro Barreto, numa entrevista já disse que os políticos do estado novo eram muito mais competentes.
O Álvaro Barreto pode dizer o que quiser. Ele não é Deus. Se bem que eu acho que ele não tenha dito isso nesses termos. Agora todos os cargos importantes eram por nomeação política, e se isso ocorresse agora, seria entendido como cunha.
varus Escreveu:Mas o mais curioso , ouvir um comentados dizer,há pouco tempo na TV , que tivessem havido eleições livres nesse tempo , Salazar teria ganho diversas vezes.
Existe mito que o Salazar e o regime esta isolado , e que toda a população estava contra Ele , completamente falso.
Haverá comentadores que diriam o contrário. Se vc for o comentador vc diria, mas isso não torna o que vc pensa em realidade.
Existe um partido que procura resgatar o passado ideológico do Estado Novo - não tem nem 1% dos votos. Acha mesmo que esse comentador tem razão?
Pedro Carriço
Caro brimbela:
O meu avô era monárquico, e foi preso diversas vezes na I República , mas curiosamente também . era contra o Salazar e nunca foi preso.
Tens de explicar o que teu bisavô andava a fazer, a Pide não prendia arbitrariamente , tenho familiares que eram contra o regime e que nunca foram incomodados ,e hoje são do PS.
Se era comunista , a situação era mais complexa, porque a Pide , tinha informadores dentro do partido .
Se fizer uma correcção monetária dos salários de 1973 e actuais , vai chegar á conclusão , ou pior , porque actualmente na privada estão a ganhar metade ou menos de metade do salário que auferia há 5 anos atrás.
Não concordo com certas atitude repressivas que existiram , a GNR e a Pide cometeram alguns excessos, mas estamos a ver os acontecimentos com os olhos de hoje.
Mesmo actualmente os EUA , e muitos países ditos democráticos praticam regularmente a tortura, e tem presos sem culpa formada , com o pretexto da segurança nacional.
Nos anos 30 e 40 , a repressão foi mais forte , devido á guerra civil espanhola , alguns cidadãos portugueses foram fuzilados pela frente popular , inclusivamente um funcionário espanhol da embaixada portuguesa.
As pessoas aqui em Portugal sabiam das barbaridades de ambos lados , mas as o que mais chocou , por ser católica , a quantidade de padres, bispos e frades mortos pela F.P. , na "mesquita" de Cordoba até tem um a pequena placa dizer quantos morreram .
A F.P, estava controlada pela NKVD,depois havia as "checas",etc,etc.
Os portugueses, queriam era ver anarquistas e comunistas bem longe, e também os falangistas.
O regime curiosamente não censura as barbaridades da falange , o massacre de Badajoz, não é censurado.
A maioria das pessoas sabiam o que se passava na URSS,e na vizinha espanha, com a ameaça soviética latente e todo o seu terror . Portanto comunistas e anarquistas eram o " diabo". Curiosamente o regime sempre teve uma grande desconfiança em relação á falange m e tinha razão.
O meu avô era monárquico, e foi preso diversas vezes na I República , mas curiosamente também . era contra o Salazar e nunca foi preso.
Tens de explicar o que teu bisavô andava a fazer, a Pide não prendia arbitrariamente , tenho familiares que eram contra o regime e que nunca foram incomodados ,e hoje são do PS.
Se era comunista , a situação era mais complexa, porque a Pide , tinha informadores dentro do partido .
Se fizer uma correcção monetária dos salários de 1973 e actuais , vai chegar á conclusão , ou pior , porque actualmente na privada estão a ganhar metade ou menos de metade do salário que auferia há 5 anos atrás.
Não concordo com certas atitude repressivas que existiram , a GNR e a Pide cometeram alguns excessos, mas estamos a ver os acontecimentos com os olhos de hoje.
Mesmo actualmente os EUA , e muitos países ditos democráticos praticam regularmente a tortura, e tem presos sem culpa formada , com o pretexto da segurança nacional.
Nos anos 30 e 40 , a repressão foi mais forte , devido á guerra civil espanhola , alguns cidadãos portugueses foram fuzilados pela frente popular , inclusivamente um funcionário espanhol da embaixada portuguesa.
As pessoas aqui em Portugal sabiam das barbaridades de ambos lados , mas as o que mais chocou , por ser católica , a quantidade de padres, bispos e frades mortos pela F.P. , na "mesquita" de Cordoba até tem um a pequena placa dizer quantos morreram .
A F.P, estava controlada pela NKVD,depois havia as "checas",etc,etc.
Os portugueses, queriam era ver anarquistas e comunistas bem longe, e também os falangistas.
O regime curiosamente não censura as barbaridades da falange , o massacre de Badajoz, não é censurado.
A maioria das pessoas sabiam o que se passava na URSS,e na vizinha espanha, com a ameaça soviética latente e todo o seu terror . Portanto comunistas e anarquistas eram o " diabo". Curiosamente o regime sempre teve uma grande desconfiança em relação á falange m e tinha razão.
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Ao sr. Varus:
O meu bisavô esteve preso em Peniche. Porquê? Porque o posto da GNR mais próximo era a 20km (em 1960 era uma eternidade) e a polícia criada pelo seu estimado ditador confiava em tudo o que os bufos lhe diziam para fazer juízos de valor e de facto sobre os cidadãos. O meu bisavô esteve preso porque acreditava que Portugal poderia ser um país diferente, mais justo, se fossem seguidas outras políticas. Acha isso justo e exemplar?
Mais ainda lhe digo: acho verdadeiramente ofensivo dizer que naquela altura os salários estavam ao nível de agora.
Vou parar por aqui, porque a verdade é que o preço da liberdade é que todos têm direito à sua opinião. E eu vivo bem com isso. Já o ditador António Oliveira Salazar não.
O meu bisavô esteve preso em Peniche. Porquê? Porque o posto da GNR mais próximo era a 20km (em 1960 era uma eternidade) e a polícia criada pelo seu estimado ditador confiava em tudo o que os bufos lhe diziam para fazer juízos de valor e de facto sobre os cidadãos. O meu bisavô esteve preso porque acreditava que Portugal poderia ser um país diferente, mais justo, se fossem seguidas outras políticas. Acha isso justo e exemplar?
Mais ainda lhe digo: acho verdadeiramente ofensivo dizer que naquela altura os salários estavam ao nível de agora.
Vou parar por aqui, porque a verdade é que o preço da liberdade é que todos têm direito à sua opinião. E eu vivo bem com isso. Já o ditador António Oliveira Salazar não.
O Salazar era uma espectáculo.
Só tinha um defeito, falava muito fininho.
Parece um pormenor de pouca monta, mas esta coisa de ter voz de apito não interessa nada se um tipo for alfaiate ou pasteleiro, já num chefe de estado fica mal.
Na minha opinião foi esta a única razão que levou à revolta de Abril, o povo queria esquecer aquela chiadeira ... de resto o país estava porreiro.
Só tinha um defeito, falava muito fininho.
Parece um pormenor de pouca monta, mas esta coisa de ter voz de apito não interessa nada se um tipo for alfaiate ou pasteleiro, já num chefe de estado fica mal.
Na minha opinião foi esta a única razão que levou à revolta de Abril, o povo queria esquecer aquela chiadeira ... de resto o país estava porreiro.
Caro pdcarrico :
Só um estadista do género do Salazar poderia resolvera actual situação do país , é só fazer uma retrospectiva da nossa história.
Salazar decidiu e bem , permanecer nas colónias , e procurar outra via , completamente diferente das outras potencias europeias , nomeadamente do que estava a ver nos novos países descolonizados em Àfrica, é preciso não esquecer que a guerra começa com os massacres da UPA no norte de Angola, que era financiada pelos EUA. Os americanos pensaram , que os portugueses iriam fugir , desconhecendo a nossa longa história de império militar.
Na década de 50, houve uma grande revolução em Portugal em termos militares , devido á Nato, e com equipes a estudar a guerra da Argélia, Logistica , e a estudar a guerra subversão .
Quando começa a guerra colonial , curiosamente o exercito , estava já bem prevenido, não no terreno, mas para um eventual conflito.
Este tipo de guerras são muito difíceis de ganhar, mesmo actualmente , veja o caso do Afeganistão,mas Portugal começa a utilizar uma abordagem e tácticas, diferentes e mais inteligentes que os outros países , e que estavam a resultar no terreno.
Devido aos recursos financeiros limitados , opta por um a guerra de baixa intensidade, mas com uma folga para aumentar pontualmente a intensidade.
Em Angola como sabe a guerra sofre uma viragem súbita em 1969 a favor do nosso exercito , utilizando de uma forma muito inteligente as tropas especiais e de forças com maior conhecimento que o inimigo do terreno, por exemplo os flechas .
O regime ao contrario de que se diz , era muito dinâmico, e esta a corrigir algumas injustiças , em África , a reforçar os laços com as populações, com muita iniciativas humanitárias e de educação.
Salazar procura defender os portugueses residentes nesses territórios, e promove um rápido desenvolvimento.
Portugal , não estava isolado , como se diz , os americanos devido a acordos secretos das Lages, e Portugal foi único país que apoia a ponte aérea durante a guerra de Yom Kippur, prometeram material muito sofisticado, e o eixo franco alemão , sempre apoiou o regime.
Actualmente temos o caso da China , invadiu o Tibet, todos querem fazer negócios com eles , até o pinóquio, quer vender dívida pública , e algum país se importa se é uma ditadura.
O condicionalismo industrial foi abolido nos ano 60, mas foi um erro económico grave , embora não tenha travado o crescimento , mas foi negativo, como o congelamento das rendas , que mesmo essa injustiça ainda não foi resolvida, e que degradou os c entros das cidades.
As cunhas , não tem haver com regime , mas com carácter do povo latino, em Espanha chama-se enchoufe.
Havia algumas pessoas beneficiadas , com os "tachos", mas eram muito poucos , actualmente são dezenas de milhares, depois tem que haver os pareceres , enfim, uma pouca vergonha, mas não tenha dúvida que eram mais competentes e eram de carreira , sabiam muito bem o que estavam a fazer, outros tempos. O Alvaro Barreto, numa entrevista já disse que os políticos do estado novo eram muito mais competentes.
Mas o mais curioso , ouvir um comentados dizer,há pouco tempo na TV , que tivessem havido eleições livres nesse tempo , Salazar teria ganho diversas vezes.
Existe mito que o Salazar e o regime esta isolado , e que toda a população estava contra Ele , completamente falso.
Só um estadista do género do Salazar poderia resolvera actual situação do país , é só fazer uma retrospectiva da nossa história.
Salazar decidiu e bem , permanecer nas colónias , e procurar outra via , completamente diferente das outras potencias europeias , nomeadamente do que estava a ver nos novos países descolonizados em Àfrica, é preciso não esquecer que a guerra começa com os massacres da UPA no norte de Angola, que era financiada pelos EUA. Os americanos pensaram , que os portugueses iriam fugir , desconhecendo a nossa longa história de império militar.
Na década de 50, houve uma grande revolução em Portugal em termos militares , devido á Nato, e com equipes a estudar a guerra da Argélia, Logistica , e a estudar a guerra subversão .
Quando começa a guerra colonial , curiosamente o exercito , estava já bem prevenido, não no terreno, mas para um eventual conflito.
Este tipo de guerras são muito difíceis de ganhar, mesmo actualmente , veja o caso do Afeganistão,mas Portugal começa a utilizar uma abordagem e tácticas, diferentes e mais inteligentes que os outros países , e que estavam a resultar no terreno.
Devido aos recursos financeiros limitados , opta por um a guerra de baixa intensidade, mas com uma folga para aumentar pontualmente a intensidade.
Em Angola como sabe a guerra sofre uma viragem súbita em 1969 a favor do nosso exercito , utilizando de uma forma muito inteligente as tropas especiais e de forças com maior conhecimento que o inimigo do terreno, por exemplo os flechas .
O regime ao contrario de que se diz , era muito dinâmico, e esta a corrigir algumas injustiças , em África , a reforçar os laços com as populações, com muita iniciativas humanitárias e de educação.
Salazar procura defender os portugueses residentes nesses territórios, e promove um rápido desenvolvimento.
Portugal , não estava isolado , como se diz , os americanos devido a acordos secretos das Lages, e Portugal foi único país que apoia a ponte aérea durante a guerra de Yom Kippur, prometeram material muito sofisticado, e o eixo franco alemão , sempre apoiou o regime.
Actualmente temos o caso da China , invadiu o Tibet, todos querem fazer negócios com eles , até o pinóquio, quer vender dívida pública , e algum país se importa se é uma ditadura.
O condicionalismo industrial foi abolido nos ano 60, mas foi um erro económico grave , embora não tenha travado o crescimento , mas foi negativo, como o congelamento das rendas , que mesmo essa injustiça ainda não foi resolvida, e que degradou os c entros das cidades.
As cunhas , não tem haver com regime , mas com carácter do povo latino, em Espanha chama-se enchoufe.
Havia algumas pessoas beneficiadas , com os "tachos", mas eram muito poucos , actualmente são dezenas de milhares, depois tem que haver os pareceres , enfim, uma pouca vergonha, mas não tenha dúvida que eram mais competentes e eram de carreira , sabiam muito bem o que estavam a fazer, outros tempos. O Alvaro Barreto, numa entrevista já disse que os políticos do estado novo eram muito mais competentes.
Mas o mais curioso , ouvir um comentados dizer,há pouco tempo na TV , que tivessem havido eleições livres nesse tempo , Salazar teria ganho diversas vezes.
Existe mito que o Salazar e o regime esta isolado , e que toda a população estava contra Ele , completamente falso.
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varus Escreveu:Durante o regime militar no Brasil , a criminalidade até nem subiu , mas sim posteriormente , estive no rio de férias na década de 90, e muitas pessoas, me diziam que na decada de 60 até podia dormir no chão da rua , que não havia perigo, a violência cresceu depois.
Os bandidos só respeitam os militares.
A criminalidade cresceu , devido não á democracia ,mas aos nossos políticos,descuraram a segurança, mas esta matéria é muito delicada, mas também á abertura das fronteiras, surgiram as máfias de leste com um grau de violência e de requintes de malvadez , que a nossa PJ, nunca viu, e nem está preparada para lidar com este tipo gente oriunda de tropas especiais de países de leste.Tem mais haver com a politica europeia de segurança, mas que o governo Portugal deveria acautelar dentro dos possíveis.
Continuo amanhã , boa noite.
A sua tese é de que nos anos 60 as coisas eram tranquilas e depois pioraram? Bem, se isso é verdade então convem lembrar-lhe que o poder desde a década de 40 até 64 esteve na mão de políticos até mais à esquerda. O mais importante deles, Getúlio Vargas, apesar de alguma ambiguidade na política externa, foi o primeiro grande defensor dos direitos de trabalhadores - introduziu direitos laborais importantes como a carteira de trabalho, FGTS, etc... E já agora, João Goulart, o último presidente (61 a 64), deposto por golpe militar, até era, segundo ele próprio, comunista.
As coisas já não eram nada fáceis em termos de crime nos anos 80' - são dessa altura os célebres esquadrões da morte. Naturalmente que nessa altura com, 120 milhões de habitantes, tivemos, até hoje, uma piora da situação. Mas não seria de espantar com o crescimento demográfico até quase 200 milhões e com o super-povoamento de algumas cidades. Ou seja a ditadura militar que controlou o País de 64 a 85 foi na melhor das hipóteses omissa e ineficiente a combater o crime. Na minha opinião foi mais do que isso - até o incentivou, porque quando se institucionaliza o direito a matar por parte de um agente da autoridade abre-se uma caixa de pandora ... mas isso já é outra conversa.
Concordo que muitas mafias de Leste e do Brasil têm contribuido para aumentar a insegurança em Portugal, mas convem lembrar que desses grupos migratórios muita gente honesta e trabalhadora que tem sido uma inegável contribuição para a construcção das infra-estruturas que hoje temos.
Boa noite também para si

Pedro Carriço
Durante o regime militar no Brasil , a criminalidade até nem subiu , mas sim posteriormente , estive no rio de férias na década de 90, e muitas pessoas, me diziam que na decada de 60 até podia dormir no chão da rua , que não havia perigo, a violência cresceu depois.
Os bandidos só respeitam os militares.
A criminalidade cresceu , devido não á democracia ,mas aos nossos políticos,descuraram a segurança, mas esta matéria é muito delicada, mas também á abertura das fronteiras, surgiram as máfias de leste com um grau de violência e de requintes de malvadez , que a nossa PJ, nunca viu, e nem está preparada para lidar com este tipo gente oriunda de tropas especiais de países de leste.Tem mais haver com a politica europeia de segurança, mas que o governo Portugal deveria acautelar dentro dos possíveis.
Continuo amanhã , boa noite.
Os bandidos só respeitam os militares.
A criminalidade cresceu , devido não á democracia ,mas aos nossos políticos,descuraram a segurança, mas esta matéria é muito delicada, mas também á abertura das fronteiras, surgiram as máfias de leste com um grau de violência e de requintes de malvadez , que a nossa PJ, nunca viu, e nem está preparada para lidar com este tipo gente oriunda de tropas especiais de países de leste.Tem mais haver com a politica europeia de segurança, mas que o governo Portugal deveria acautelar dentro dos possíveis.
Continuo amanhã , boa noite.
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varus Escreveu:Caro Pdcarrico :
A criminalidade , estatisticamente cresceu muito, basta perguntar ás pessoas que circulavam com muita a vontade, á noite na baixa de Lisboa em 1970, e se o fazem da mesma forma actualmente .
Assaltos a residências, armazéns, fábricas , etc.
Alguns assaltos com bastante violência, a ourivesarias , etc.
Mas será que estamos a falar de Portugal ou de outro país. Será que estás viver aqui ou em Marte, não vês TV ou outros media , acho que não, deves viver como aquela seita americana , que ainda vive no século XIX , sem electricidade, tv e radio.
As comparações com o Brasil estão incorrectas , não houve sangue porque Marcelo Caetano , não o quis , porque ainda haviam muitas unidades que estavam com o governo. Se O Salazar em 1974 fosse vivo , nem haveria alguma veleidade para a sublevação .
Já havia muita industria, a muita da agricultura não era de subsistência, o meu pai tinha um a pequena quinta no douro, e caseiro até ganhou muito dinheiro, para comprar terrenos e casas. é preciso conhecer a realidade, mas havia mais gente no sector primário.
Eu conheço , e alguns dos meus amigos até são comunistas , e nunca tiveram qualquer problema , só o caso que relatei de um amigo meu , mas que esteve uma hora na Pide na conversa.
A agricultura deixou de ser rentável a partir de 1980, o preço vinho cai , e com a importação , os pequenos agricultores sofreram , e na zona norte o minifúndio, portanto havia muitos agricultores e conseguiam ganhar a sua vida, é uma das razões que a balança comercial também está a ser afectada , e se há uma guerra , o problema é gravíssimo. como pode imaginar
Varus,
Eu não disse que a criminalidade não subiu de 1970 até hoje. Disse é que a correlação entre criminalidade e regime político não é assim tão evidente e a prová-lo está o facto de em outros Países, que quando experimentaram orientação política equivalente à que você defende, não viveram taxas de criminalidade tão boas assim. E o exemplo do Brasil cai que nem uma luva - durante a ditadura militar tiveram muita criminalidade.
De facto a criminalidade está maior em Portugal, como aliás em todo o mundo, por comparação ao que ocorria há 3 décadas atrás. Mas isso não decorre de existir democracia. Decorre em primeiro lugar de termos uma sociedade mais aberta que trazendo benefícios também traz problemas. Mas não espero que vc venha agora fazer de advogado de acusação para o fenómeno da imigração em Portugal porque espero que em tempo se lembre que também muitos Portugueses foram forçados a procurar uma melhoria de vida lá fora.
E de facto é verdade que por comparação a qualquer capital Europeia ou Americana, Lisboa ou outra cidade Portuguesa ainda goza de considerável segurança. Parece-me que foi isso que eu disse. Se não entendeu, paciência.
Essa sua apologia de Salazar, particularmente quando diz que se fosse vivo, as coisas teriam sido diferentes tem muito que se lhe diga. Salazar estava sózinho no plano internacional e só se aventurou numa guerra a várias frentes, quando a tendência era de descolonização, porque entendia que iria ocorrer uma 3ª guerra mundial que ocuparia as grandes potências, e dando espaço de neutralidade a Portugal poderia conseguir, ganhando algum tempo, vir a permanecer nessas ex-colónias.
As contas no entanto sairam furadas e o fim do império estava escrito (com ou sem Salazar). Veja que nenhum Região, com potencial economia de maior dimensão, ficou como colónia. Só numa mente fantasiosa como a sua seria possível imaginar que o "grande" Salazar haveria de fazer algo de diferente com as "nossas". Acredite nisso se quiser, mas para mim está a ser tão ingénuo quanto um jovem de 18 anos que acredita numa sociedade sem classes.
A indústria era entregue a quem tinha alvarás e tinha tanta planificação como por exemplo numa economia de leste. Aliás pergunte a alguém da altura se era fácil (possível) montar uma indústria sem o aval do Estado. Naturalmente que havia indústrias e havia alguma agricultura produtiva. Mas sejamos honestos - a grande maioria do sector primário (quase 40% de toda a população) vivia da terra e de uma agricultura de subsistência.
Outro mito frequente é de que havia só gente séria e competente - o meu avô, que por acaso até tem uma ponta de admiração pelo Salazar, é o primeiro a dizer que foi prejudicado na carreira na CP por conta de cunhas atribuídas a outros mais bem relacionados. E a CP é, como sabe, uma empresa que tem tutela do Estado.
Quanto aos exemplos da Pide ... não sei que lhe diga. Se vc quer acreditar que nunca houve prisões políticas, nunca houve censura, que a amnistia internacional não nasceu por conta de um exemplo de perseguição política em Lisboa contra uns estudantes, etc... se vc quer acreditar nisso, não tenho como nem quero convencê-lo do contrário. Mas saiba que a maior parte das pessoas vão entender que essa sua convicção é equivalente a alguém que rejeita que o holocausto jamais tenha existido.
Pedro Carriço