Ainda estou para ver quem vai ter cortes Salarios
mais_um Escreveu:SIm, já percebi que não percebes ou será mais, não concordas?![]()
Digamos que tenho alguma dificuldade em compreender a necessidade...
mais_um Escreveu:Em tempos deixei num topico o que é um funcionário publico. E do que me lembro os funcionários do SEE não são funcionáriso publicos, porque até podem ser despedidos.
Num topico onde trocamos impressões sobre os gestores do SEE, penso que deixei os links para a legislação que regula os gestores do SEE e respectivos vencimentos e afins. Não descortinei nada de escandaloso, mas lê e dá a tua opinião.
Vou ver e depois voltarei ao assunto.
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Elias Escreveu:A única coisa que questiono (e já questionei no passado, aliás troquei contigo alguns posts sobre esse assunto) é a excepção concedida ao SEE no que se refere aos tectos salariais impostos para o resto da F.P. - nunca percebi e continuo a não perceber a necessidade dessa excepção.
SIm, já percebi que não percebes ou será mais, não concordas?

Elias Escreveu:
O que eu quis dizer é que a amostra é parcial na medida em que não considera a totalidade do sector público.
A amostra não é parcial porque é sobre os funcionários publicos e não sobre o sector publico.
Em tempos deixei num topico o que é um funcionário publico. E do que me lembro os funcionários do SEE não são funcionáriso publicos, porque até podem ser despedidos.
Num topico onde trocamos impressões sobre os gestores do SEE, penso que deixei os links para a legislação que regula os gestores do SEE e respectivos vencimentos e afins. Não descortinei nada de escandaloso, mas lê e dá a tua opinião.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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mais_um Escreveu:É engraçado esse conceito de pessoas a ganhar demais, é algo tão subjectivo. O que podemos considerar um ordenado justo?
Não faço ideia. Mas eu nunca disse que sabia

mais_um Escreveu:Sim, há estatisticas, deixei um link para um estudo onde isso é descascado, agora a questão é o que podemos considerar ganhar demais, a tua bitola, minha ou a do Mares?
Eu não sei o que é ganhar demais.
Não tenho bitola nenhuma para isso nem nunca disse que tinha.
A única coisa que questiono (e já questionei no passado, aliás troquei contigo alguns posts sobre esse assunto) é a excepção concedida ao SEE no que se refere aos tectos salariais impostos para o resto da F.P. - nunca percebi e continuo a não perceber a necessidade dessa excepção.
mais_um Escreveu:O grafico não é enganador, é claro e objectivo.
Queres fazer um estudo incluindo o SEE ? Só os gestores? e os restantes funcionários? Não?
O que eu quis dizer é que a amostra é parcial na medida em que não considera a totalidade do sector público.
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varus Escreveu:
e o Cavaco é o grande coveiro deste país, e vai ser eleito .
Não considero o Cavaco o grande coveiro deste país, todos nós temos contribuido para a situação a que chegamos, uns mais que outros.
Sou mais da opinão do Marco:
"época de oportunidades desperdiçadas".
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Elias Escreveu: Há pessoas a ganhar demais?
É engraçado esse conceito de pessoas a ganhar demais, é algo tão subjectivo. O que podemos considerar um ordenado justo?
Elias Escreveu:
Se calhar há. E quantas são, alguém sabe?
Sim, há estatisticas, deixei um link para um estudo onde isso é descascado, agora a questão é o que podemos considerar ganhar demais, a tua bitola, minha ou a do Mares?
Elias Escreveu:
Ainda uma nota final: o gráfico parece-me enganador por defeito, pois não considera os salários dos gestores do SEE - se esses valores forem considerados o rácio pula de 8 para mais de 20
O grafico não é enganador, é claro e objectivo.
Queres fazer um estudo incluindo o SEE ? Só os gestores? e os restantes funcionários? Não?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
um estudo interessante sobre o tema da distribuição do rendimento em Portugal.
http://www.dpp.pt/pages/files/rendimento.pdf
http://www.dpp.pt/pages/files/rendimento.pdf
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Elias Escreveu:Tenho algumas dúvidas sobre isto:O extraordinário 'prémio' à educação dado pelo mercado de trabalho português é a maior fonte de desigualdade na distribuição dos rendimentos do trabalho e é uma consequência directa do papel da administração pública no mercado de trabalho.
Não será que a baixa escolaridade de Portugal (comparando com outros países) não penaliza os salários mais baixos, aumentando a disparidade?
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Elias,
pelas tuas palavras "E quem ganha mais são os trabalhadores especializados, por serem mais difíceis de encontrar ou substituir - sendo que o termo "especializado" não é sinónimo de "licenciado", mas sim com competências para realizar determinadas tarefas que o mercado valoriza. Para facilitar a contratação, seria necessário tornar menos rígidas as leis laborais."
O que eu interpreto das palavras no artigo dele, são que: o Estado distorceu o mercado dando salários mais altos ("extraordinário 'prémio' à educação") aos licenciados; esses "prémios" não corresponderam a um aumento singificativo na produtividade; e isso constituí "a maior fonte de desigualdade na distribuição dos rendimentos do trabalho".
Nos países desenvolvídos valoriza-se o trabalhador especializado, a produtividade,... Por aqui, todos temos de ser os "Sr.s doutores", não é verdade?
Abraço,
Mares.
Olá mais_um,
matas-te a "charada"
Está tudo neste artigo, escrito por um professor catedrático, já em 2005.
Ele refere que o desiquilíbrio ocorreu depois de 1995. Poderá estar a vêr apenas o número de FP, que fora aumentado. Pelo que referímos antes, o problema poderá ter sído iniciado já anteriormente (em 1989, durante o governo do PSD), mas possivelmente agravado a seguir.
Agora, vamos às questões/sugestões:
Por onde começar e o que mudar? Como introduzir as mudanças, mantendo a coesão no povo? Existirá coragem/honestidade nesta classe política? etc, etc, etc.....
Abraço,
Mares.
matas-te a "charada"

Está tudo neste artigo, escrito por um professor catedrático, já em 2005.

Ele refere que o desiquilíbrio ocorreu depois de 1995. Poderá estar a vêr apenas o número de FP, que fora aumentado. Pelo que referímos antes, o problema poderá ter sído iniciado já anteriormente (em 1989, durante o governo do PSD), mas possivelmente agravado a seguir.
Agora, vamos às questões/sugestões:
Por onde começar e o que mudar? Como introduzir as mudanças, mantendo a coesão no povo? Existirá coragem/honestidade nesta classe política? etc, etc, etc.....
Abraço,
Mares.
mais_um Escreveu:Um artigo antigo, mas interessante:A distribuição do rendimento
por
‡ RR Miguel Gouveia
professor
catedrático07 Fevereiro 2005
Uma das causas do desequilíbrio das finanças públicas portuguesas é o crescimento do número de funcionários públicos ocorrido após 1995.
A necessidade de corrigir esta situação é consensual, como se pode confirmar vendo os programas dos principais partidos ou até afirmações (mesmo que relutantes) do líder da CGTP.
Mas há outros problemas estruturais associados como o impacto negativo substancial que a administração pública tem gerado na distribuição do rendimento em Portugal. Para ver esta ligação basta alinhar um conjunto de factos.
1. O rendimento do trabalho é a componente mais importante dos rendimentos dos agregados familiares. Assim, a desigualdade na sua distribuição é a mais importante fonte de assimetrias na distribuição dos rendimentos totais dos agregados familiares.
2. Ao contrário do que muitas vezes se lê, os funcionários públicos têm qualificações em média bastante superiores às dos outros trabalhadores. Apesar de a administração pública representar pouco mais de 15% do emprego total, significa uma percentagem muito maior dos trabalhadores com licenciatura ou ensino superior pós-graduado.
Durante a segunda metade dos anos 90, anos de grande crescimento de quadros, é provável que a administração pública tenha absorvido praticamente metade dos licenciados que ingressaram no mercado de trabalho.
Isso significa que, na maioria dos casos, os vencimentos observados no mercado de trabalho para os que tem maiores qualificações são determinados pelos vencimentos da função pública.
Para outros trabalhadores com qualificações educacionais superiores à média (mas não licenciados) verifica-se uma situação semelhante, embora menos extrema.
3. Existe já suficiente investigação econométrica em Portugal para documentar que a administração pública paga salários mais altos que o sector privado, sendo a comparação particularmente válida para trabalhadores com as mesmas características observáveis (idade, sexo, educação e experiência profissional).
4. Podemos juntar aos factos anteriores a constatação de as diferenças entre os salários dos licenciados e trabalhadores, com níveis de educação acima da média, e os salários dos outros trabalhadores seram muito grandes em Portugal, maiores que em quase todos os países desenvolvidos.
Oextraordinário 'prémio' à educação dado pelo mercado de trabalho português é a maior fonte de desigualdade na distribuição dos rendimentos do trabalho e é uma consequência directa do papel da administração pública no mercado de trabalho. Se este prémio fosse originado pelo sector privado, poderia ser interpretado como reflectindo diferenças de produtividade.
Mas como ele é originado no Estado, tem-se que os elevados vencimentos dos grupos profissionais com maior educação reflectem sobretudo uma maior capacidade destes grupos em capturar os orçamentos públicos.
Em conclusão, a função pública tem seguido políticas de recrutamento e remuneração que têm um impacto adverso nos níveis de desigualdade da distribuição do rendimento em Portugal.
Uma redução da função pública é uma via estrutural para que a desigualdade na distribuição do rendimento diminua. Algo de desejável, já que a desigualdade assim eliminada não está enraizada em diferenças de produtividade mas, pelo contrário, baseia-se em assimetrias no poder de capturar os recursos do Estado
http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx? ... _id=608607
Olá Elias,
Abraço,
Mares.
Elias Escreveu:Olá Mares,Mares Escreveu:Segue então um gráfico, referente ao mês de Junho de 2010, onde dá-te o valor médio da reforma, para cada área do Estado e o número que entraram na reforma nesse mesmo mês(no histograma).
Então poderás observar reformas médias/mês de 700 euros no Ambiente, índo até 2020 euros/mês no Ensino Superior. Falamos também que este valor será multiplicado por 14 mêses e que não está incluído nos gráficos.
Uma primeira conclusão que se retira daqui é que alguns sectores do Estado ganham muito mais que outros (em média).Mares Escreveu:
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
A conclusão que tira-se é que todos os sectores da CGA recebem mais (ou bem mais) que a média dos reformados da Segurança Social!
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Não sei o que é "justo"
Não sabes tu nem sabe ninguém.
O que eu observo é que toda a gente é contra as disparidades actuais, mas ninguém sabe quantificar ou dizer como é que devia ser.Mares Escreveu:
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
O "não sabermos" não protegerá ninguém. A população não é desprovida de "estômago", "ouvidos" ou de "sentido de justiça".
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
mas sabemos que existem muitas pessoas com escolarização até maior e que ganham muito menos, que estão no desemprego ou técnicos qualificados que vivem na rua... Achas isso justo?
Depende.
Se o nosso conceito de justiça for o de que o Estado tem de garantir emprego a toda a gente para não haver desempregados, então claro que é injusto, porque o Estado não está a fazer o seu papel.
Se, em contrapartida, queremos deixar o mercado funcionar, então sempre houve e sempre haverá desemprego.
E quem ganha mais são os trabalhadores especializados, por serem mais difíceis de encontrar ou substituir - sendo que o termo "especializado" não é sinónimo de "licenciado", mas sim com competências para realizar determinadas tarefas que o mercado valoriza. Para facilitar a contratação, seria necessário tornar menos rígidas as leis laborais.
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O mercado está a funconar e diz que as contas do Estado estão insustentáveis. Diz que temos uma dívida crescente, em uma economia frágil...
Quanto ao que é justo ou não, estamos entrando em outro campo. Aqui dentro do "rectângulo junto ao mar" é que terêmos de nos entender....
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
É claro que podemos mandar estes princípios todos para o galheiro e estabelecer por decreto que os salários são iguais para toda a gente. Acabam-se as desigualdades e ficamos todos bem (e é claro que uma opção dessas tem consequências para a nossa economia, mas isso agora não interessa nada).
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Nem concordo contigo, nem discordo. Parece-me que, se nivelarmos por cima teríamos consequências bem mais graves, do que nivelarmos pela nossa produtividade. Mas claro, que tem muita gente que irá discordar.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxMares Escreveu:Esses pertencem a um campeonato à parte... São poucos, mas bons. Na conta geral eles até que pesam pouco, apesar de serem os mais comentados.
Não é bem assim. Os mais comentados (neste tópico) são os que ganham 8 vezes mais, os dos 4 mil e tal euros.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
No gráfico que aqui coloquei, tens o número e o valor médio da reforma por cada sector. Por mês são mais 2 milhões de euros adicionados a uma conta que vai engrossando. Além disso, as transferências do Estado para a CGA são de quase 4 mil milhões de euros/ano. Então poderás tirar as tuas conclusões, assim como qualquer outra pessoa que acompanhe os relatórios.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxMares Escreveu:Já agora pergunto-te: Um gestor de uma multinacional, com milhares de trabalhadores, bem gerída e com lucros, quanto achas que deva ser o seu salário?
Aquilo que os seus accionistas acharem por bem pagar-lhe. O dinheiro é deles, podem fazer com ele o que bem entenderem. Eu não gosto de fazer juízos de valor sobre o destino que os outros dão ao seu dinheiro. Se quiserem pagar um milhão ao ano para ter o melhor gestor do mundo, aquele que conseguirá tornar a empresa mais lucrativa, nada tenho a opor.
Em ambos os casos (público e privado) entendo que quem entra com o dinheiro deve ter uma palavra a dizer sobre os salários dos gestores - no caso do privado são os accionistas; no caso do público são os contribuintes, por isso neste último caso acho que todos nós (contribuintes) temos o direito dar a nossa opinião sobre o assunto (ainda que ela seja inconsequente).
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Estou de acordo na maioria neste ponto. Contudo, preocupa-me muito mais as empresas públicas que dão prejuízo, na ineficiência da máquina do Estado, do compadrio e da corrupção.
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1 abraço,
Elias
Abraço,
Mares.
Tenho algumas dúvidas sobre isto:
Não será que a baixa escolaridade de Portugal (comparando com outros países) não penaliza os salários mais baixos, aumentando a disparidade?
O extraordinário 'prémio' à educação dado pelo mercado de trabalho português é a maior fonte de desigualdade na distribuição dos rendimentos do trabalho e é uma consequência directa do papel da administração pública no mercado de trabalho.
Não será que a baixa escolaridade de Portugal (comparando com outros países) não penaliza os salários mais baixos, aumentando a disparidade?
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Um artigo antigo, mas interessante:
A distribuição do rendimento
por
‡ RR Miguel Gouveia
professor
catedrático07 Fevereiro 2005
Uma das causas do desequilíbrio das finanças públicas portuguesas é o crescimento do número de funcionários públicos ocorrido após 1995.
A necessidade de corrigir esta situação é consensual, como se pode confirmar vendo os programas dos principais partidos ou até afirmações (mesmo que relutantes) do líder da CGTP.
Mas há outros problemas estruturais associados como o impacto negativo substancial que a administração pública tem gerado na distribuição do rendimento em Portugal. Para ver esta ligação basta alinhar um conjunto de factos.
1. O rendimento do trabalho é a componente mais importante dos rendimentos dos agregados familiares. Assim, a desigualdade na sua distribuição é a mais importante fonte de assimetrias na distribuição dos rendimentos totais dos agregados familiares.
2. Ao contrário do que muitas vezes se lê, os funcionários públicos têm qualificações em média bastante superiores às dos outros trabalhadores. Apesar de a administração pública representar pouco mais de 15% do emprego total, significa uma percentagem muito maior dos trabalhadores com licenciatura ou ensino superior pós-graduado.
Durante a segunda metade dos anos 90, anos de grande crescimento de quadros, é provável que a administração pública tenha absorvido praticamente metade dos licenciados que ingressaram no mercado de trabalho.
Isso significa que, na maioria dos casos, os vencimentos observados no mercado de trabalho para os que tem maiores qualificações são determinados pelos vencimentos da função pública.
Para outros trabalhadores com qualificações educacionais superiores à média (mas não licenciados) verifica-se uma situação semelhante, embora menos extrema.
3. Existe já suficiente investigação econométrica em Portugal para documentar que a administração pública paga salários mais altos que o sector privado, sendo a comparação particularmente válida para trabalhadores com as mesmas características observáveis (idade, sexo, educação e experiência profissional).
4. Podemos juntar aos factos anteriores a constatação de as diferenças entre os salários dos licenciados e trabalhadores, com níveis de educação acima da média, e os salários dos outros trabalhadores seram muito grandes em Portugal, maiores que em quase todos os países desenvolvidos.
Oextraordinário 'prémio' à educação dado pelo mercado de trabalho português é a maior fonte de desigualdade na distribuição dos rendimentos do trabalho e é uma consequência directa do papel da administração pública no mercado de trabalho. Se este prémio fosse originado pelo sector privado, poderia ser interpretado como reflectindo diferenças de produtividade.
Mas como ele é originado no Estado, tem-se que os elevados vencimentos dos grupos profissionais com maior educação reflectem sobretudo uma maior capacidade destes grupos em capturar os orçamentos públicos.
Em conclusão, a função pública tem seguido políticas de recrutamento e remuneração que têm um impacto adverso nos níveis de desigualdade da distribuição do rendimento em Portugal.
Uma redução da função pública é uma via estrutural para que a desigualdade na distribuição do rendimento diminua. Algo de desejável, já que a desigualdade assim eliminada não está enraizada em diferenças de produtividade mas, pelo contrário, baseia-se em assimetrias no poder de capturar os recursos do Estado
http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx? ... _id=608607
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Olá Mares,
Uma primeira conclusão que se retira daqui é que alguns sectores do Estado ganham muito mais que outros (em média).
Não sabes tu nem sabe ninguém.
O que eu observo é que toda a gente é contra as disparidades actuais, mas ninguém sabe quantificar ou dizer como é que devia ser.
Depende.
Se o nosso conceito de justiça for o de que o Estado tem de garantir emprego a toda a gente para não haver desempregados, então claro que é injusto, porque o Estado não está a fazer o seu papel.
Se, em contrapartida, queremos deixar o mercado funcionar, então sempre houve e sempre haverá desemprego.
E quem ganha mais são os trabalhadores especializados, por serem mais difíceis de encontrar ou substituir - sendo que o termo "especializado" não é sinónimo de "licenciado", mas sim com competências para realizar determinadas tarefas que o mercado valoriza. Para facilitar a contratação, seria necessário tornar menos rígidas as leis laborais.
É claro que podemos mandar estes princípios todos para o galheiro e estabelecer por decreto que os salários são iguais para toda a gente. Acabam-se as desigualdades e ficamos todos bem (e é claro que uma opção dessas tem consequências para a nossa economia, mas isso agora não interessa nada).
Não é bem assim. Os mais comentados (neste tópico) são os que ganham 8 vezes mais, os dos 4 mil e tal euros.
Aquilo que os seus accionistas acharem por bem pagar-lhe. O dinheiro é deles, podem fazer com ele o que bem entenderem. Eu não gosto de fazer juízos de valor sobre o destino que os outros dão ao seu dinheiro. Se quiserem pagar um milhão ao ano para ter o melhor gestor do mundo, aquele que conseguirá tornar a empresa mais lucrativa, nada tenho a opor.
Em ambos os casos (público e privado) entendo que quem entra com o dinheiro deve ter uma palavra a dizer sobre os salários dos gestores - no caso do privado são os accionistas; no caso do público são os contribuintes, por isso neste último caso acho que todos nós (contribuintes) temos o direito dar a nossa opinião sobre o assunto (ainda que ela seja inconsequente).
1 abraço,
Elias
Mares Escreveu:Segue então um gráfico, referente ao mês de Junho de 2010, onde dá-te o valor médio da reforma, para cada área do Estado e o número que entraram na reforma nesse mesmo mês(no histograma).
Então poderás observar reformas médias/mês de 700 euros no Ambiente, índo até 2020 euros/mês no Ensino Superior. Falamos também que este valor será multiplicado por 14 mêses e que não está incluído nos gráficos.
Uma primeira conclusão que se retira daqui é que alguns sectores do Estado ganham muito mais que outros (em média).
Mares Escreveu:Não sei o que é "justo"
Não sabes tu nem sabe ninguém.
O que eu observo é que toda a gente é contra as disparidades actuais, mas ninguém sabe quantificar ou dizer como é que devia ser.
Mares Escreveu:mas sabemos que existem muitas pessoas com escolarização até maior e que ganham muito menos, que estão no desemprego ou técnicos qualificados que vivem na rua... Achas isso justo?
Depende.
Se o nosso conceito de justiça for o de que o Estado tem de garantir emprego a toda a gente para não haver desempregados, então claro que é injusto, porque o Estado não está a fazer o seu papel.
Se, em contrapartida, queremos deixar o mercado funcionar, então sempre houve e sempre haverá desemprego.
E quem ganha mais são os trabalhadores especializados, por serem mais difíceis de encontrar ou substituir - sendo que o termo "especializado" não é sinónimo de "licenciado", mas sim com competências para realizar determinadas tarefas que o mercado valoriza. Para facilitar a contratação, seria necessário tornar menos rígidas as leis laborais.
É claro que podemos mandar estes princípios todos para o galheiro e estabelecer por decreto que os salários são iguais para toda a gente. Acabam-se as desigualdades e ficamos todos bem (e é claro que uma opção dessas tem consequências para a nossa economia, mas isso agora não interessa nada).
Mares Escreveu:Esses pertencem a um campeonato à parte... São poucos, mas bons. Na conta geral eles até que pesam pouco, apesar de serem os mais comentados.
Não é bem assim. Os mais comentados (neste tópico) são os que ganham 8 vezes mais, os dos 4 mil e tal euros.
Mares Escreveu:Já agora pergunto-te: Um gestor de uma multinacional, com milhares de trabalhadores, bem gerída e com lucros, quanto achas que deva ser o seu salário?
Aquilo que os seus accionistas acharem por bem pagar-lhe. O dinheiro é deles, podem fazer com ele o que bem entenderem. Eu não gosto de fazer juízos de valor sobre o destino que os outros dão ao seu dinheiro. Se quiserem pagar um milhão ao ano para ter o melhor gestor do mundo, aquele que conseguirá tornar a empresa mais lucrativa, nada tenho a opor.
Em ambos os casos (público e privado) entendo que quem entra com o dinheiro deve ter uma palavra a dizer sobre os salários dos gestores - no caso do privado são os accionistas; no caso do público são os contribuintes, por isso neste último caso acho que todos nós (contribuintes) temos o direito dar a nossa opinião sobre o assunto (ainda que ela seja inconsequente).
1 abraço,
Elias
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Elias Escreveu:Mares Escreveu:a razão entre os máximos/mínimos salta de ~3,6 (entre 1978 e 1987), para valores próximos de 8 depois de 1989. Então isso é observado nos últimos 21 anos e não há 35 anos. Isso está claro nos gráficos.
Sim, é verdade, mas como referi acima esse rácio apenas compara o mais alto com o mais baixo. Basta que UMA pessoa que ganha o máximo seja aumentada para o rácio aumentar.
O rácio nada te diz sobre o valor médio, ou sobre a forma como os vencimentos se distribuem e por isso permite concluir muito pouco acerca da representatividade das disparidades existentes. Há disparidades? Há. Há pessoas a ganhar demais? Se calhar há. E quantas são, alguém sabe?
Em minha opinião seria muito útil haver um gráfico que nos dissesse quantas pessoas há em cada nível de vencimento (para intervalos, digamos, de 500 euros).
E já que vamos por este caminho, qual seria a disparidade "justa"? A que tínhamos em 1975? Ou o justo era não haver qualquer disparidade?
Ainda uma nota final: o gráfico parece-me enganador por defeito, pois não considera os salários dos gestores do SEE - se esses valores forem considerados o rácio pula de 8 para mais de 20
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Olá Elias,
uma pessoa depois de uyma vida activa tem dois "destinos": 1) vai parar à CGA (Caixa Geral de Aposentações), com direito a nome numa lista publicada mensalemnte no DR; 2) ou então vai parar à Segurança Social e é "enterrado" como indigente numa "vala comum"...

Esta introdução é apenas para dizer-te que podemos fazer uma análise precisa de qual é o valor com que são aposentados os do grupo da CGA.
Segue então um gráfico, referente ao mês de Junho de 2010, onde dá-te o valor médio da reforma, para cada área do Estado e o número que entraram na reforma nesse mesmo mês(no histograma).
Então poderás observar reformas médias/mês de 700 euros no Ambiente, índo até 2020 euros/mês no Ensino Superior. Falamos também que este valor será multiplicado por 14 mêses e que não está incluído nos gráficos.
"E já que vamos por este caminho, qual seria a disparidade "justa"? A que tínhamos em 1975? Ou o justo era não haver qualquer disparidade?"
Não sei o que é "justo", mas sabemos que existem muitas pessoas com escolarização até maior e que ganham muito menos, que estão no desemprego ou técnicos qualificados que vivem na rua... Achas isso justo?
"Ainda uma nota final: o gráfico parece-me enganador por defeito, pois não considera os salários dos gestores do SEE - se esses valores forem considerados o rácio pula de 8 para mais de 20 :roll"
Esses pertencem a um campeonato à parte... São poucos, mas bons

Já agora pergunto-te: Um gestor de uma multinacional, com milhares de trabalhadores, bem gerída e com lucros, quanto achas que deva ser o seu salário?
Abraço,
Mares.
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varus Escreveu:Elias:
Não estou a ser agressivo,e nem pretendo ser , só que vocês ás vezes fazem algumas perguntas infantis
varus, não te admito esse tipo de generalizações.
Não te admito que adoptes um determinado tom comigo porque "vocês" isto ou aquilo. Eu respondo por aquilo que escrevo e não por aquilo que outros escrevem.
varus Escreveu:O Cavaco em Outubro de 1987, veio com a estória do gato por lebre, e a bolsa tem a maior queda de sempre, mais valia estar calado.
varus, que tu não gostas do Cavaco, já percebi há bastante tempo e respeito a tua opção;
que tu és um admirador do Salazar e do antigo regime, já percebi há mais tempo ainda e respeito a tua opção.
Mas estares a atribuir o crash da nossa bolsa em 1987 ao Cavaco só pode ser feito por ignorância ou má-fé.
Caso não te recordes, o crash de Outubro de 1987 atingiu todas as bolsas do mundo, com o Dow Jones a cair 22% na famosa Black Monday. A nossa bolsa, como é natural, foi contagiada pelo pessimismo.
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Elias:
Não estou a ser agressivo,e nem pretendo ser , só que vocês ás vezes fazem algumas perguntas infantis , principalmente por ti ,que tens muitos conhecimentos bolsistas e és muito interessado .
A bolsa não estava tão parada como dizem , houve uma emissão da marconi (antiga PT), creio que 1983, e havia movimento em obrigações e TNE, e tem houve a emissão da SONAE.
Em 1986 houve a emissão da CISF e do BPI, o BCP começou a ser cotado, e o Cadilhe conviva 100 empresas , para serem cotadas, fazem emissões e OPVs.
Em 1987 a bolsa tem a ,maior bolha de sempre só comparável com 1973, e movimento é enorme , e negócio floresce no mercado paralelo, porque os titulos eram fisicos e havia as cautelas dos aumentos de capital, o negócio muitas vezes era feito na rua , é verdade, como foi em 1973.
O movimento antes 1974 , era grande , não sei quantificar, mas a maioria das pessoas tinham acções , as Torralta a dar 10%.Com a grande bolha de 1973.
Depois de 25A o movimento era pequeno , porque a inflação era elevada , FMI, falta de confiança, porque muitos accionista foram fortemente prejudicados com as privatizações e recebem as TNE, e e as unidades dos fundos (Fides) também foram trocados por TNE.
O Cavaco em Outubro de 1987, veio com a estória do gato por lebre, e a bolsa tem a maior queda de sempre, mais valia estar calado.
Em 1991 e 1992 , o mercado estava mais deprimido do que em 1987, houve grandes perdas.
Em 1987 multipliquei por 10 o dinheiro que tinha, loucura total.
Não estou a ser agressivo,e nem pretendo ser , só que vocês ás vezes fazem algumas perguntas infantis , principalmente por ti ,que tens muitos conhecimentos bolsistas e és muito interessado .
A bolsa não estava tão parada como dizem , houve uma emissão da marconi (antiga PT), creio que 1983, e havia movimento em obrigações e TNE, e tem houve a emissão da SONAE.
Em 1986 houve a emissão da CISF e do BPI, o BCP começou a ser cotado, e o Cadilhe conviva 100 empresas , para serem cotadas, fazem emissões e OPVs.
Em 1987 a bolsa tem a ,maior bolha de sempre só comparável com 1973, e movimento é enorme , e negócio floresce no mercado paralelo, porque os titulos eram fisicos e havia as cautelas dos aumentos de capital, o negócio muitas vezes era feito na rua , é verdade, como foi em 1973.
O movimento antes 1974 , era grande , não sei quantificar, mas a maioria das pessoas tinham acções , as Torralta a dar 10%.Com a grande bolha de 1973.
Depois de 25A o movimento era pequeno , porque a inflação era elevada , FMI, falta de confiança, porque muitos accionista foram fortemente prejudicados com as privatizações e recebem as TNE, e e as unidades dos fundos (Fides) também foram trocados por TNE.
O Cavaco em Outubro de 1987, veio com a estória do gato por lebre, e a bolsa tem a maior queda de sempre, mais valia estar calado.
Em 1991 e 1992 , o mercado estava mais deprimido do que em 1987, houve grandes perdas.
Em 1987 multipliquei por 10 o dinheiro que tinha, loucura total.
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varus Escreveu:O Elias mas em que país vives ? Nem conheces a nossa história bolsista.
Em 1986 e 1987 houve um grane boom, muitas opvs, grandes subidas,etc.
Provavelmente ainda devias ser uma criança .
varus em vez de passares ao ataque pessoal é preferível apresentares dados concretos e não afirmações genéricas e desgarradas.
É um facto, tal como referes, que em 1986 e 1987 a bolsa subiu e bem.
Mas estás a omitir aspectos importantes: o primeiro é que antes de 1986 a nossa bolsa praticamente não existia, era uma coisa de pequena dimensão, com cerca de 20 títulos cotados.
Em segundo lugar estás a omitir que na década de 1970 (mais precisamente entre 1975 e a 1977) a nossa bolsa esteve FECHADA.
Por fim, omites o aspecto mais importante: foi precisamente durante o governo do Cavaco, a quem chamas coveiro, que a nossa bolsa dá um enorme salto qualitativo, mais precisamente em 1991 e 1992, sob a acção do então ministro das Finanças, Miguel Cadilhe, nomeadamente com a criação do mercado contínuo e com a divulgação de cotações em real-time, entre vários outros aspectos.
E respondendo à tua questão: em 1987 eu andava na universidade e já acompanhava a evolução da bolsa. Por isso sei minimamente daquilo que estou a falar.
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Calibre de Lider !!!
Concorde-se ou nao com a decisao de Carlos Cesar, este dirigente demonstrou uma perfil de independencia de que Portugal muito carece: a sua resoluta intervencao vem trazer aa poliitica nacional algo de novo:
A Resistencia ao centralismo, a indendencia do(s) poder(es) locais ee possivel.
Viva Carlos Cesar um Grande Lider que soube demonstrar a forca que Portugal tanto espera.
Bravo ! Pela Verdadeira Autonomia ! Contra os Bretoes Marchar, Marchar !
A Resistencia ao centralismo, a indendencia do(s) poder(es) locais ee possivel.
Viva Carlos Cesar um Grande Lider que soube demonstrar a forca que Portugal tanto espera.
Bravo ! Pela Verdadeira Autonomia ! Contra os Bretoes Marchar, Marchar !

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mais_um Escreveu:Mares Escreveu:mais_um Escreveu:Independentemente de todas as variaveis que queiram "juntar", há algo que fica claro ao olhar para o grafico, algo de estranho se passou naquele ano, será que a inflação disparou? Sera que o PIB disparou?
Não me parece que tenha acontecido algo diferente do que aconteceu no ano anterior ou posterior.
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Caro mais_um,
analisando os dados disponíveis em sites credíveis, fica evidente que a desigualdade disparou a partir de um determinado momento. Além disso essa desigualdade tem sído preservada por vários governos.
Isso não poderá ser explicado por inflação, factores meteorologicos ou côr partidária.
Estamos aqui a analizar elementos que poderão ser úteis para uma discussão mais ampla. É isso que a sociedade portuguêsa precisa.
Abraço,
Mares.
Mares,
Eu estava ser ironico, em 1988 foi aprovado o novo sistema retributivo (NSR) da função publica, que entrou em vigor em 1989, dai esse salto que não tem nada a ver com o PIB ou inflação ou outro dado macro economico.
O que esse grafico mostra bem e é claro é que o NSR aumentou o diferencial dos vencimentos da FP entre o maximo e o minimo. Passando de 4x para 8x.
Já esqueceram o "monstro" do Cadilhe?![]()
![]()
Cumprimentos,
Alexandre Santos
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Olá mais_um,
agradecido pelos teus esclarecimentos. Certamente incrementam uma boa discussão.
Foram políticas erradas feitas por diversos governos (de várias cores políticas), que alguém inicíou e que depois continuada por outros...
O mais interessante é quem aceite essa "mea culpa", sejam governantes, por algumas pessoas mais esclarecidas, ... Mas ninguém avança, ninguém tem coragem. Todos escondem a verdade, achando que tudo "isso passará", que foi só um "mau sonho", que os outros vão cresçer e vem-nos dar a mão...
Caros forenses, existe FOME em Portugal,... Governantes que cortam um abono de família de uns míseros 25 euros (para as crianças!!!), mas são capazes de mantêr regalías, em centenas ou milhares de euros, para os mais favorecidos!!!
Acham que isso é progresso?
Abraço,
Mares.
O 25A foi resultado de uma intervenção externa pelo grupo Bilderberg , em que foi decidido o destino de Portugal e colónias na reunião 1973 ,e também a reivindicação de um grupo capitães que queriam maiores salários e queriam ser equiparados aos outros de carreira. Leiam um livro "Estado dos Segredos".
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Ao verificar o gráfico das remunerações máximas , e salto que deu entre esses anos 88 e 89 , é pornográfico, os boys tem de ser bem alimentados, e o apoio das corporações. É para meditar nesta loucura ,e as reformas que o país e os jovens tem de pagar no futuro, é como José Gil no seu livro retrata " A conspiração dos grisalhos " ,e depois vemos pessoas que tiveram uma vida razoável , e caem na rua sem qualquer tipo de protecção , como ontem mostrou nos Pró e contras , um antigo reparador de computadores, que vive na rua.
Este regime está a cair de podre , esta geração que combateu o antigo regime , é uma das piores que este país alguma vez teve.
Este regime está a cair de podre , esta geração que combateu o antigo regime , é uma das piores que este país alguma vez teve.
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Mares Escreveu:ps- Foram sim os Ideais da Revolução Francesa. E quais foram os nossos Ideais?
Não podes comparar estas duas revoluções.
(eu não sou grande barra em História mas aqui vai a minha opinião)
1º Porque a rev. Francesa foi feita pelo povo , oprimido, pobre, sem direitos.
2º Em Portugal foi feita por Militares cujo primeiro objectivo era: "Este movimento nasceu por volta de 1973, baseado inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas" Fonte Wikipedia. Alias após a queda do poder o poder foi entregue a militares e não ao povo.
3º Numa Revolução como o própio nome indica tem que existir vitimas (infelizmente) e tem que existir para as coisas mudarem. Senão o status quo mantem-se
4º Se o povo não participa , vai continuar a ser oprimido e a não ter direitos. Aqui o povo não participou , apenas se juntou .
Na introdução, que seria denominada Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (Déclaration des Droits de l'Homme et du Citoyen), os delegados formularam os ideais da Revolução, sintetizados em três princípios: "Liberdade, Igualdade, Fraternidade " (Liberté, Egalité, Fraternité). Inspirada na Declaração de Independência dos Estados Unidos e divulgada em 26 de agosto, a primeira Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (a que não terá sido estranha a ação do então embaixador dos EUA em Paris, Thomas Jefferson) foi síntese do pensamento iluminista liberal e burguês. Nesse documento, em que se pode ver claramente a influência da Revolução Americana, defendia-se o direito de todos à liberdade, à propriedade, à igualdade - igualdade jurídica, e não social nem econômica - e de resistência à opressão. A desigualdade social e de riqueza continuavam existindo. Fonte Wikipedia
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
Lion_Heart
Mais- um :
O jogo do poder nas democracias tem destas perversidades, e o Cavaco é o grande coveiro deste país, e vai ser eleito .
Com a reforma fiscal de 1989, o estado subitamente , alarga e aumenta a tributação, existe a introdução do iva , e acaba o IT de 10%,os serviços que não tinham qualquer imposto passam a ter e os bens transaccionáveis que tinham 10% , passam para 15% (?), existe uma subida de impostos brutal, e já existe dinheiro para estragar, aumentar aos F.P, porque significa mais votos .
Na bolsa antes de 1989, não havia imposto de mais valias.
O que estas a referir , foi mais um acto de loucura, desta democracia podre.
O Cavaco queria imitar Salazar, como grande estadista, mas está muito abaixo coitado, e só fez asneiras .
O jogo do poder nas democracias tem destas perversidades, e o Cavaco é o grande coveiro deste país, e vai ser eleito .
Com a reforma fiscal de 1989, o estado subitamente , alarga e aumenta a tributação, existe a introdução do iva , e acaba o IT de 10%,os serviços que não tinham qualquer imposto passam a ter e os bens transaccionáveis que tinham 10% , passam para 15% (?), existe uma subida de impostos brutal, e já existe dinheiro para estragar, aumentar aos F.P, porque significa mais votos .
Na bolsa antes de 1989, não havia imposto de mais valias.
O que estas a referir , foi mais um acto de loucura, desta democracia podre.
O Cavaco queria imitar Salazar, como grande estadista, mas está muito abaixo coitado, e só fez asneiras .
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