PSD quer desempregados a fazer trabalho gratuito 3dias/sem
MKlop Escreveu:5º Como é que as pessoas se vão preparar para reentrarem no mercado - não subsidiado!! -, se passam mais de metade da semana a trabalhar, obrigadas, no funcionalismo público? Esta é uma questão elementar! Só não a percebe quem nunca viu como funciona a mecânica motivacional geral desse mesmo funcionalismo (de novo, ressalvando grandes qualidades que, pontualmente, existem). Relembro que a maior parte dos desempregados não é licenciada....
...(aqui deixo espaço para a legislação do subsídio ocupacional, que no inicío se referiu, mas cujo documento não conheço em pormenor).
Não querendo generalizar, gostava de ver um estudo (não daqueles encomendados pelos governos ou entidades "dependentes"), onde fosse possível verificar quantos desempregados apostam na qualificação para evoluir profissionalmente e aspirar a encontrar trabalho.
E para resolver essa questão bastaria colocar uma cláusula em que o desempregado ou entregava uma declaração de uma escola ou centro de formação em como não tinha disponibilidade, uma vez que se encontrava em aulas durante esse horário, ou então não vejo qualquer problema em "ocupar" o horário dessas pessoas.
(Nota: Esta cláusula tem a elevada probabilidade de aumentar o número de pessoas inscritas naqueles centros, podendo mesmo levar à ruptura dos mesmos!

Mais, se um estudante (universitário) trabalha em part-time, facilmente 20 horas por semana (4 horas por dia), tal como eu já o fiz, conheço quem o tenha feito, e muitos mais aqui mesmo no fórum terão passado pelo mesmo, porque é que o inverso já não é válido?
ABG
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moppie85 Escreveu:MKlop Escreveu:moppie85 Escreveu:MKlop Escreveu:Sendo óbvio que a um dado ponto é necesário aumentar as taxas moderadoras, ou diversos impostos para termos as ambulâncias, etc etc, isto é, para manter a capacidade de gestão - nunca a pondo em causa - o mesmo não se deve equacionar quando se trata de manter uma verba de apoio - aliás ridícula, como os ordenados - de sobrevivência. Quanto mais não seja que muito provavelmente não contribuirá para a evolução da carreira do desempregado. O mesmo direito à protecção física aplica-se a este conceito.
Quanto pensas que custa ao estado as urgências?
Quanto pensas que custa ao estado cada noite de internamento hospitalar?
É que só "aumentar" as taxas moderadoras, não chegava... a menos que as subisses para uns 100 euro as urgências (e não sei se chegava) e uns 1000 euro os internamentos por noite (e já nem falo das cirurgias...)
Mas é exactamente isso que eu estou a relevar!! ...
... nenhum de nós descontou dinheiro suficente para pagar qualquer um dos serviços e garantias que o Estado nos fornece.
O que é retórica é rasgar o contrato social que nos une só porque queremos pagar menos impostos...
Muitos dos que criticam o subsídio de desmprego se calhar quando se virem nessa condição - queira Deus que não - não se importarão nada de o receber, assim como exigem que num acidente - em que até podem ser culpados - venha a ambulância do INEM salvá-los...
Só estás a concordar com o Marco.
Se não há dinheiro, tem de se pagar de alguma forma.
É que por enquanto o dinheiro não nasce das árvores.
Se o dinheiro que descontas (que todos descontamos) não chega para os gastos, das duas uma: ou diminuis os beneficios ou aumentas o prémio ou deixas falir, o que é exactamente o exemplo que o Marco exemplificou com o seguro.
Se o seguro automóvel não cobre o risco que haja realmente um sinistro (ou seja, a totalidade dos prémios que a companhia cobra não chega para cobrar os acidentes), a companhia tem 3 opções: ou não paga tanto pelos sinistros, ou aumenta o prémio sobre todos os carros segurados ou entra em falência.
Em ambos os casos a afirmação "descontas, logo tens direitos" é uma falácia, pois o que descontas (no caso do estado os impostos e no caso da companhia acima exemplificada, os prémios), não chega para pagar aos que têm "os sinistros", logo não é viável no longo prazo.
E nisso, concordo com o Marco a 100%: é uma questão de lógica.
Quanto ao subsidio de desemprego e RSI, não vejo qualquer mal que contribuam com algumas horas de trabalho em troca do dito (especialmente o RSI) pelos motivos já enumerados atrás por vário foristas.
No fim de contas, continua a ser um seguro, um seguro com menos benesses, mas ainda uma segurança que em caso de ires parar ao desemprego teres um "emprego" do estado por determinado tempo enquanto resolves a tua situação.
Quanto à "dificuldade dos chefes", não passa de uma falácia - se o desempregado que vai fazer 2 manhãs por dia de trabalho não o quer realizar, é simples - perde direito ao subsidio, tal como um trabalhador que se recusa a trabalhar perde o emprego.
Cumps,
Não estou nada a concordar com o MarcoAntónio...será que apenas existem dois lados da questão??? Ou há dinheiro e vão todos para casa ou não há dinheiro e são todos entregues aos bichos? ...assim não se consegue debater...
Vou resumir o que tenho tentado expôr:
1º é obvio que não há dinheiro para ter um estado eficiente (para despesas de manutenção; de Investigaçao; Aquisições; Pessoal - quer remunerações quer abonos; etc etc).
2º o respeito pelo conceito de contrato social deve ser mantido: e isto é distorcê-lo. É uma medida fácil que tenta juntar dois opostos, mão-de-obra e "trabalho", partindo do pressuposto que as pessoas beneficiárias têm que pagar pelo subsídio a que têm direito.
2.1 pego de novo no exemplo da ambulância: temos direito ao INEM - porque pagámos os impostos - mas nunca conseguiremos sustentar, individualmente, a estrutura que custa milhões de euros. Então devemos pagar o serviço na totalidade? A questão é esta! é uma questão de princípio. E antes que o digam, são este tipo de questões que têm que ser salvaguardadas quando o barco abana. O Estado pode muito bem, se o quiser realmente, eliminar ou reduzir despesas com muito maior eficiência, de outras formas.
3º A questão da dificuldade de aplicabilidade dessa massa de pessoas é real. Deveriam usar maior parcimónia quando vêem nela uma "falácia". Provavelmente nunca geriram grandes/médias organizações, pelo que se calhar não conseguem alcançar a elevada probabilidade dos serviços ainda piorarem....(de novo ressalvo que poderão existir casos pontuais em que se dê uma valorização nos serviços e as pessoas ganhem experiência e contactos). Levanta-se a questão: de quantas pessoas estamos a falar: 50 mil, 100 mil, 300 mil?
4º não me surpreenderia se a despesa no Estado aumentasse consideravelemente - e não estou a falar de milhares de milhões, mas o suficiente para comprometer boa parte dos orçamentos individuais -, o que aliás acontece quando se introduzem medidas populistas para agradar ao povo sedento e raivoso.
Sugiro que examinem atentamente os orçamentos de várias instituições e vejam a enorme probabilidade
5º Como é que as pessoas se vão preparar para reentrarem no mercado - não subsidiado!! -, se passam mais de metade da semana a trabalhar, obrigadas, no funcionalismo público? Esta é uma questão elementar! Só não a percebe quem nunca viu como funciona a mecânica motivacional geral desse mesmo funcionalismo (de novo, ressalvando grandes qualidades que, pontualmente, existem). Relembro que a maior parte dos desempregados não é licenciada....
...(aqui deixo espaço para a legislação do subsídio ocupacional, que no inicío se referiu, mas cujo documento não conheço em pormenor).
6º Quanto a mim, o Estado deve é investir sériamente na fiscalização. Mas como já referi e alguns concordarão, é uma tarefa parentemente mais dificil, pois exige competências e dinheiro. Mas não devemos enveredar pelo mais fácil, iludidos por uma noção de "vingança" ou de equilíbrio social baseado no atropelamento das condições de regeneração do capital humano.
Re: Comportamento
MarcoAntonio Escreveu:dfviegas Escreveu:quote]
Das coisas que vocês se lembram para defender o parasitismo...
Sim, porque um individuo que fizesse uma coisa dessas só podia ser um parasita!
(não, não estou a dizer que todos os beneficiários do subsídio de desemprego são parasitas)
Marco, eu não defendo parasitas, eu quero é que encontrem soluções que não tragam problemas aos que não são parasitas, mas dúvidas que existem parasitas???
Depois acho que qualquer trabalho deve ser remunerado, senão corremos o risco de o estado começar a deixar de contratar/renovar contratos para colocar os do subsidio de desemprego a fazer esses serviços.
Outra proposta, baixe-se o salário minimo e pague-se esse serviço à tarefa, por exemplo num outro tópico falavamos das casas com piscinas não declaradas e que não compensava pagar a recursos para fazer essas pesquisas pois o aumento da receita era muito pequeno, mas se pagarem a estas pessoas um x por cada casa encontrada não declarada então se calhar passa a ser algo positivo. Pois as finanças passam a recuperar mais dinheiro e essa pessoas deixam de trabalhar de borla.
Já sei que não consideras que é de borla, porque o estado paga o SD, mas como eu considero que é um direito pelos descontos efectuados ao longo de anos, neste ponto vamos ter sempre perspectivas diferentes.
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Re: Comportamento
dfviegas Escreveu:Mas o problema não é ele não ir, o problema é a atitude e o mal estar que ele pode causar, imagina que o trabalho é a dobrar envelopes ao lado de outras pessoas a executarem outras tarefas.
Uma pessoa com má vontade mas mesmo com má vontade pode por exemplo não tomar banho, depois antes de entrar no local de trabalho pode por "azar" pisar uma grande bosta de cão que leva para o local de trabalho, pode ainda levar uns fones e por-se a cantar em voz alta, pode falar mal aos outros colegas e o que é que fazem despendem-no????
Não, deixa de ser pago; tal como se não cumpres as clausulas de um contrato de seguro, perdes direito à indemnização.
E como diz o Marco, os exemplos que o pessoal se lembra

Faz-me lembrar a seguinte anedota:
Dois caçadores conversam no seu acampamento:
- O que farias se estivesses agora na selva, e uma onça aparecesse á tua frente?
- Ora, dava-lhe um tiro.
- Mas se não tivesses nenhuma arma de fogo?
- Bom, então eu matava-a com o meu facão.
- E se estivesses sem o teu facão?
- Apanhava um pau.
- E se não tivesses nenhum pau?
- Subiria a árvore mais próxima!
- E se não tivesses nenhuma árvore?
- Desatava a correr.
- E se estivesses paralisado pelo medo?
Então, o outro, já irritado responde:
- Mas, afinal, tu és meu amigo ou amigo da onça?
Editado pela última vez por moppie85 em 18/5/2010 10:12, num total de 1 vez.
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Re: Comportamento
dfviegas Escreveu:Mas o problema não é ele não ir, o problema é a atitude e o mal estar que ele pode causar, imagina que o trabalho é a dobrar envelopes ao lado de outras pessoas a executarem outras tarefas.
Uma pessoa com má vontade mas mesmo com má vontade pode por exemplo não tomar banho, depois antes de entrar no local de trabalho pode por "azar" pisar uma grande bosta de cão que leva para o local de trabalho, pode ainda levar uns fones e por-se a cantar em voz alta, pode falar mal aos outros colegas e o que é que fazem despendem-no????
Claro que sim.
Pelo menos dessa funções, terão que lhe dar outra, tipo trabalhar no canil municipal (a dar banho ao cão)

Re: Comportamento
dfviegas Escreveu:Mas o problema não é ele não ir, o problema é a atitude e o mal estar que ele pode causar, imagina que o trabalho é a dobrar envelopes ao lado de outras pessoas a executarem outras tarefas.
Uma pessoa com má vontade mas mesmo com má vontade pode por exemplo não tomar banho, depois antes de entrar no local de trabalho pode por "azar" pisar uma grande bosta de cão que leva para o local de trabalho, pode ainda levar uns fones e por-se a cantar em voz alta, pode falar mal aos outros colegas e o que é que fazem despendem-no????
Das coisas que vocês se lembram para defender o parasitismo...
Sim, porque um individuo que fizesse uma coisa dessas só podia ser um parasita!
(não, não estou a dizer que todos os beneficiários do subsídio de desemprego são parasitas)
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Comportamento
Mas o problema não é ele não ir, o problema é a atitude e o mal estar que ele pode causar, imagina que o trabalho é a dobrar envelopes ao lado de outras pessoas a executarem outras tarefas.
Uma pessoa com má vontade mas mesmo com má vontade pode por exemplo não tomar banho, depois antes de entrar no local de trabalho pode por "azar" pisar uma grande bosta de cão que leva para o local de trabalho, pode ainda levar uns fones e por-se a cantar em voz alta, pode falar mal aos outros colegas e o que é que fazem despendem-no????
Uma pessoa com má vontade mas mesmo com má vontade pode por exemplo não tomar banho, depois antes de entrar no local de trabalho pode por "azar" pisar uma grande bosta de cão que leva para o local de trabalho, pode ainda levar uns fones e por-se a cantar em voz alta, pode falar mal aos outros colegas e o que é que fazem despendem-no????
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MKlop Escreveu:moppie85 Escreveu:MKlop Escreveu:Sendo óbvio que a um dado ponto é necesário aumentar as taxas moderadoras, ou diversos impostos para termos as ambulâncias, etc etc, isto é, para manter a capacidade de gestão - nunca a pondo em causa - o mesmo não se deve equacionar quando se trata de manter uma verba de apoio - aliás ridícula, como os ordenados - de sobrevivência. Quanto mais não seja que muito provavelmente não contribuirá para a evolução da carreira do desempregado. O mesmo direito à protecção física aplica-se a este conceito.
Quanto pensas que custa ao estado as urgências?
Quanto pensas que custa ao estado cada noite de internamento hospitalar?
É que só "aumentar" as taxas moderadoras, não chegava... a menos que as subisses para uns 100 euro as urgências (e não sei se chegava) e uns 1000 euro os internamentos por noite (e já nem falo das cirurgias...)
Mas é exactamente isso que eu estou a relevar!! ...
... nenhum de nós descontou dinheiro suficente para pagar qualquer um dos serviços e garantias que o Estado nos fornece.
O que é retórica é rasgar o contrato social que nos une só porque queremos pagar menos impostos...
Muitos dos que criticam o subsídio de desmprego se calhar quando se virem nessa condição - queira Deus que não - não se importarão nada de o receber, assim como exigem que num acidente - em que até podem ser culpados - venha a ambulância do INEM salvá-los...
Só estás a concordar com o Marco.
Se não há dinheiro, tem de se pagar de alguma forma.
É que por enquanto o dinheiro não nasce das árvores.
Se o dinheiro que descontas (que todos descontamos) não chega para os gastos, das duas uma: ou diminuis os beneficios ou aumentas o prémio ou deixas falir, o que é exactamente o exemplo que o Marco desmontou com o seguro.
Se o seguro automóvel não "recebe" o suficiente para poder indemnizar os sinistrados (ou seja, a totalidade dos prémios que a companhia cobra não chega para cobrar os acidentes), a companhia tem 3 opções: ou não paga tanto aos sinistros (diminui as regalias), ou aumenta o prémio sobre todos os carros segurados ou entra em falência.
Em ambos os casos a afirmação "descontas, logo tens direitos" é uma falácia, pois o que descontas (no caso do estado os impostos e no caso da companhia acima exemplificada, os prémios), não chega para pagar aos que têm "os sinistros", logo não é viável no longo prazo.
E nisso, concordo com o Marco a 100%: é uma questão de lógica.
Quanto ao subsidio de desemprego e RSI, não vejo qualquer mal que contribuam com algumas horas de trabalho em troca do dito (especialmente o RSI) pelos motivos já enumerados atrás por vário foristas.
No fim de contas, continua a ser um seguro, um seguro com menos benesses, mas ainda uma segurança que em caso de ires parar ao desemprego teres um "emprego" do estado por determinado tempo enquanto resolves a tua situação.
Quanto à "dificuldade dos chefes", não passa de uma falácia - se o desempregado que vai fazer 2 manhãs por dia de trabalho não o quer realizar, é simples - perde direito ao subsidio, tal como um trabalhador que se recusa a trabalhar perde o emprego.
Cumps,
EDIT: tornar a ideia mais clara. É o que dá responder mal se acorda

Editado pela última vez por moppie85 em 18/5/2010 10:02, num total de 1 vez.
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Contra sim ou não
Apesar de não ser contra esta medida, ela parece-me de muito dificl exiquibilidade, senão vejamos:
Objectivo principal da medida:
Eliminar os subsidios fraudulentos, acham que estas pessoas que não querem trabalhar vão fazer alguma coisa de jeito onde forem colocadas? Provavlemente ainda criarão mau estar com os outros funcionários, e depois o que se faz a esses individuos?
Despedem-nos?????
Penso que uma forma de eliminar os fraudulentos é dar formação vários dias por semana e as tais 5 horas por semana, a formação terá como principal objectivo fazer com que eles não possam estar a trabalhar por fora.
Todas as outras propostas que fizerem de limpar praias, matas etc... Existem muitas pessoas no estado a que pagam salários e qua andam a coçar a micose esses sim podriam ir limpar as praias e matas, estou só a lembrar-me dos militares.
Objectivo principal da medida:
Eliminar os subsidios fraudulentos, acham que estas pessoas que não querem trabalhar vão fazer alguma coisa de jeito onde forem colocadas? Provavlemente ainda criarão mau estar com os outros funcionários, e depois o que se faz a esses individuos?
Despedem-nos?????
Penso que uma forma de eliminar os fraudulentos é dar formação vários dias por semana e as tais 5 horas por semana, a formação terá como principal objectivo fazer com que eles não possam estar a trabalhar por fora.
Todas as outras propostas que fizerem de limpar praias, matas etc... Existem muitas pessoas no estado a que pagam salários e qua andam a coçar a micose esses sim podriam ir limpar as praias e matas, estou só a lembrar-me dos militares.
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moppie85 Escreveu:MKlop Escreveu:Sendo óbvio que a um dado ponto é necesário aumentar as taxas moderadoras, ou diversos impostos para termos as ambulâncias, etc etc, isto é, para manter a capacidade de gestão - nunca a pondo em causa - o mesmo não se deve equacionar quando se trata de manter uma verba de apoio - aliás ridícula, como os ordenados - de sobrevivência. Quanto mais não seja que muito provavelmente não contribuirá para a evolução da carreira do desempregado. O mesmo direito à protecção física aplica-se a este conceito.
Quanto pensas que custa ao estado as urgências?
Quanto pensas que custa ao estado cada noite de internamento hospitalar?
É que só "aumentar" as taxas moderadoras, não chegava... a menos que as subisses para uns 100 euro as urgências (e não sei se chegava) e uns 1000 euro os internamentos por noite (e já nem falo das cirurgias...)
Mas é exactamente isso que eu estou a relevar!! ...
... nenhum de nós descontou dinheiro suficente para pagar qualquer um dos serviços e garantias que o Estado nos fornece.
O que é retórica é rasgar o contrato social que nos une só porque queremos pagar menos impostos...
Muitos dos que criticam o subsídio de desmprego se calhar quando se virem nessa condição - queira Deus que não - não se importarão nada de o receber, assim como exigem que num acidente - em que até podem ser culpados - venha a ambulância do INEM salvá-los...
MKlop Escreveu:Sendo óbvio que a um dado ponto é necesário aumentar as taxas moderadoras, ou diversos impostos para termos as ambulâncias, etc etc, isto é, para manter a capacidade de gestão - nunca a pondo em causa - o mesmo não se deve equacionar quando se trata de manter uma verba de apoio - aliás ridícula, como os ordenados - de sobrevivência. Quanto mais não seja que muito provavelmente não contribuirá para a evolução da carreira do desempregado. O mesmo direito à protecção física aplica-se a este conceito.
Quanto pensas que custa ao estado as urgências?
Quanto pensas que custa ao estado cada noite de internamento hospitalar?
É que só "aumentar" as taxas moderadoras, não chegava... a menos que as subisses para uns 100 euro as urgências (e não sei se chegava) e uns 1000 euro os internamentos por noite (e já nem falo das cirurgias...)
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bEMdISPOSTO Escreveu:tonirai Escreveu:Embora concorde e admita que medidas destas serão mais consensuais e fáceis de aplicar a titulares do RSI do que a desempregados, continuo a pensar que isto passa mais por mudar conceitos e mentalidades:MarcoAntonio Escreveu:A retórica é no fundo a mesma retórica vazia que já passou aqui no tópico: descontou, logo tem direito.
Esse é o conceito/mentalidade instalada...
Com a aplicação de tais medidas a desempregados, o conceito seria alterado e teria de ser visto como:
"Desconta, para no futuro, numa situação de desemprego, o estado lhe garantir uma ocupação em part-time remunerada, até encontrar outro emprego."
Eu acrescentaria "Desconta, para no futuro, numa situação de desemprego, o estado lhe garantir uma ocupação em part-time remunerada, até encontrar outro emprego e para o Estado lhe proporcionar assistência ambulatória e hospitalar e para lhe pagar quando estiver de baixa, doente, sem poder ir trabalhar e para lhe pagar a reforma quando atingir a idade que lhe dê direito a ela."
Afinal a malta desconta para ter direito a bué de coisas, pá! Se os descontos dão para isso tudo, não é preciso fazer contas, pá, que isso cansa! O que é preciso é ter direito, ter direito, ter direito.
Ora nem mais!
Eu é que nem estava a ir por esses "extras"

Elpikas Escreveu:Marco Martins Escreveu:Elpikas Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Elpikas Escreveu:Mais, os desempregados têm de se apresentar obrigatóriamente de 15 em 15 dias no centro de emprego, como se fosse um detido em prisão domiciliária.
Uma medida virtualmente inútil, menos eficaz e que passaria a totalmente desnecessária com esta proposta!
Curioso: os desempregados ainda vão suportando apresentações obrigatórias. Trabalhar umas horitas para ajudar a sustentar o sistema que lhe concede os apoios é que não pode ser, caraças...
Trabalhar não, pelo menos enquanto se está desempregado!
Um desempregado não está a receber almoços grátis. Sempre foi obrigado a descontar para a SS (Sem mais escolhas possiveis, em contraste com os USA) e trata-se de um seguro social que em caso de acidente "Desemprego" é acionado. O exemplo que o Francisco Louçã deu é perfeito para perceber a injustiça que seria um desempregado ser obrigado a trabalhar na recepção da companhia para poder receber o conserto da viatura.
Falar da desgraça dos outros é fácil, e já se sabe que o mexilhão é sempre o primeiro a sofrer.
Por acaso já pensaram que um desempregado pode estar a estudar para mudar de área, ou mesmo a tirar cursos de valorização profissional ? Já pensaram que um desempregado com mais de 40 Anos só tem a perder ao estar inactivo ? Querem ainda humilhar mais um desempregado com pseudo-serviços sociais, que irão nascer destas cabeças iluminadas dos deputados da muy nobre nação Portuguesa ? PAra os serviços cívicos é necessário motivção e enquadramento psicológico, caso contrário mais vale não fazer nada.
O TGV é que é importante nem que pareça uma obra de arte surrealista com uma estação no deserto e outra num local remoto de Espanha sem ligação a Madrid, e os desempregados são os malandros que colocaram o País na situação actual, pois vivem eternamente com uma renda e são uns sortudos.
Com todo o respeito pelos desempregados, pois não é minha intenção enxovalhar e denegrir esse estado, porque compreensivelmente é complicado....
...mas sendo um estado em que as pessoas têm direito por terem pago impostos, então terão o direito de ficar 2 anos sem nada fazer, recusar qualquer emprego e ficar sem procurar emprego?
Não concordo... acho que a sociedade é responsável por todas as pessoas dessa sociedade e deve tentar integrar as pessoas mesmo que seja por 1 dia por semana... temos é de garantir respeito pelas pessoas...
Não estou a falar em recusar empregos, pois infelizmente para quadros licenciados com vencimentos medianos as ofertas de emprego são práticamente nulas e as poucas vagas de empregos que são preenchidas, são feitas sem anúncio publico. Existem regras que obrigam a aceitar um emprego cujo montante seja inferior x% ao salário auferido no ultimo emprego, e mesmo esse montante vai ficar mais reduzido com a nova lei. Se já foste ao site do centro de emprego, por favor pesquisa empregos para candidatos licenciados com valores acima dos 1000 euros e diz-me quantos aparecem. Limita a pesquisa para zona Norte e conta novamente o nº.
Essa história de integrar desempregados em serviços cívicos só pode ser para rir, pois imagina um desempregado desmotivado, e obrigado a fazer um serviço que não lhe dá qualquer satisfação pessoal. Seria o caos e isso parece uma ideia feita em cima do joelho sem pés nem cabeça. Imagina um licenciado em economia a fazer serviço civico "Obrigado" num parque florestal de prevenção a incêndios. Seria Patético, injusto, e impossivel de controlar os beneficios de tais medidas. Os Governantes estão a fazer a "Gestão da Fome", pois sentem que muto mais cedo do que julgariam vão ficar sem dinheiro para pagar aos funcionários publicos, como tal é preferivel esmigalhar os malandros dos desempregados.
É uma tristeza que englobem todos no mesmo saco.
Por isso é que tem de haver regras... as pessoas só podem fazer aquilo para que têm formação... existem muitas coisas que as pessoas podem fazer... por exemplo quantas empresas, lares, infantários, mercearias, cafés, etc, precisam de ajuda e opinião e parecer de um economista?
Temos é de valorizar o saber de cada pessoa e profissão...
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tonirai Escreveu:Embora concorde e admita que medidas destas serão mais consensuais e fáceis de aplicar a titulares do RSI do que a desempregados, continuo a pensar que isto passa mais por mudar conceitos e mentalidades:MarcoAntonio Escreveu:A retórica é no fundo a mesma retórica vazia que já passou aqui no tópico: descontou, logo tem direito.
Esse é o conceito/mentalidade instalada...
Com a aplicação de tais medidas a desempregados, o conceito seria alterado e teria de ser visto como:
"Desconta, para no futuro, numa situação de desemprego, o estado lhe garantir uma ocupação em part-time remunerada, até encontrar outro emprego."
Eu acrescentaria "Desconta, para no futuro, numa situação de desemprego, o estado lhe garantir uma ocupação em part-time remunerada, até encontrar outro emprego e para o Estado lhe proporcionar assistência ambulatória e hospitalar e para lhe pagar quando estiver de baixa, doente, sem poder ir trabalhar e para lhe pagar a reforma quando atingir a idade que lhe dê direito a ela."
Afinal a malta desconta para ter direito a bué de coisas, pá! Se os descontos dão para isso tudo, não é preciso fazer contas, pá, que isso cansa! O que é preciso é ter direito, ter direito, ter direito.

A alegria de um "trader" é pôr-se atrás e ficar à frente
Marco Martins Escreveu:Elpikas Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Elpikas Escreveu:Mais, os desempregados têm de se apresentar obrigatóriamente de 15 em 15 dias no centro de emprego, como se fosse um detido em prisão domiciliária.
Uma medida virtualmente inútil, menos eficaz e que passaria a totalmente desnecessária com esta proposta!
Curioso: os desempregados ainda vão suportando apresentações obrigatórias. Trabalhar umas horitas para ajudar a sustentar o sistema que lhe concede os apoios é que não pode ser, caraças...
Trabalhar não, pelo menos enquanto se está desempregado!
Um desempregado não está a receber almoços grátis. Sempre foi obrigado a descontar para a SS (Sem mais escolhas possiveis, em contraste com os USA) e trata-se de um seguro social que em caso de acidente "Desemprego" é acionado. O exemplo que o Francisco Louçã deu é perfeito para perceber a injustiça que seria um desempregado ser obrigado a trabalhar na recepção da companhia para poder receber o conserto da viatura.
Falar da desgraça dos outros é fácil, e já se sabe que o mexilhão é sempre o primeiro a sofrer.
Por acaso já pensaram que um desempregado pode estar a estudar para mudar de área, ou mesmo a tirar cursos de valorização profissional ? Já pensaram que um desempregado com mais de 40 Anos só tem a perder ao estar inactivo ? Querem ainda humilhar mais um desempregado com pseudo-serviços sociais, que irão nascer destas cabeças iluminadas dos deputados da muy nobre nação Portuguesa ? PAra os serviços cívicos é necessário motivção e enquadramento psicológico, caso contrário mais vale não fazer nada.
O TGV é que é importante nem que pareça uma obra de arte surrealista com uma estação no deserto e outra num local remoto de Espanha sem ligação a Madrid, e os desempregados são os malandros que colocaram o País na situação actual, pois vivem eternamente com uma renda e são uns sortudos.
Com todo o respeito pelos desempregados, pois não é minha intenção enxovalhar e denegrir esse estado, porque compreensivelmente é complicado....
...mas sendo um estado em que as pessoas têm direito por terem pago impostos, então terão o direito de ficar 2 anos sem nada fazer, recusar qualquer emprego e ficar sem procurar emprego?
Não concordo... acho que a sociedade é responsável por todas as pessoas dessa sociedade e deve tentar integrar as pessoas mesmo que seja por 1 dia por semana... temos é de garantir respeito pelas pessoas...
Não estou a falar em recusar empregos, pois infelizmente para quadros licenciados com vencimentos medianos as ofertas de emprego são práticamente nulas e as poucas vagas de empregos que são preenchidas, são feitas sem anúncio publico. Existem regras que obrigam a aceitar um emprego cujo montante seja inferior x% ao salário auferido no ultimo emprego, e mesmo esse montante vai ficar mais reduzido com a nova lei. Se já foste ao site do centro de emprego, por favor pesquisa empregos para candidatos licenciados com valores acima dos 1000 euros e diz-me quantos aparecem. Limita a pesquisa para zona Norte e conta novamente o nº.
Essa história de integrar desempregados em serviços cívicos só pode ser para rir, pois imagina um desempregado desmotivado, e obrigado a fazer um serviço que não lhe dá qualquer satisfação pessoal. Seria o caos e isso parece uma ideia feita em cima do joelho sem pés nem cabeça. Imagina um licenciado em economia a fazer serviço civico "Obrigado" num parque florestal de prevenção a incêndios. Seria Patético, injusto, e impossivel de controlar os beneficios de tais medidas. Os Governantes estão a fazer a "Gestão da Fome", pois sentem que muto mais cedo do que julgariam vão ficar sem dinheiro para pagar aos funcionários publicos, como tal é preferivel esmigalhar os malandros dos desempregados.
É uma tristeza que englobem todos no mesmo saco.
Embora concorde e admita que medidas destas serão mais consensuais e fáceis de aplicar a titulares do RSI do que a desempregados, continuo a pensar que isto passa mais por mudar conceitos e mentalidades:
Esse é o conceito/mentalidade instalada...
Com a aplicação de tais medidas a desempregados, o conceito seria alterado e teria de ser visto como:
"Desconta, para no futuro, numa situação de desemprego, o estado lhe garantir uma ocupação em part-time remunerada, até encontrar outro emprego."
MarcoAntonio Escreveu:A retórica é no fundo a mesma retórica vazia que já passou aqui no tópico: descontou, logo tem direito.
Esse é o conceito/mentalidade instalada...
Com a aplicação de tais medidas a desempregados, o conceito seria alterado e teria de ser visto como:
"Desconta, para no futuro, numa situação de desemprego, o estado lhe garantir uma ocupação em part-time remunerada, até encontrar outro emprego."
Elpikas Escreveu:Um desempregado não está a receber almoços grátis. Sempre foi obrigado a descontar para a SS (Sem mais escolhas possiveis, em contraste com os USA) e trata-se de um seguro social que em caso de acidente "Desemprego" é acionado.
Eu já respondi neste tópico uma série de vezes que o argumento de que descontou não justifica tudo e não justifica a concessão de direitos em quaisquer circunstâncias mas o argumento faz ricochete e volta a aparecer...
Sem se demonstrar que os descontos (contribuições) cobrem o somatório de benefícios de carácter social, está por explicar a completa justiça desses benefícios nos exactos moldes actuais.
O que está praticamente explicitamente demonstrado é precisamente o oposto... não chegam para cobrir.
Elpikas Escreveu: O exemplo que o Francisco Louçã deu é perfeito para perceber a injustiça que seria um desempregado ser obrigado a trabalhar na recepção da companhia para poder receber o conserto da viatura.
Eu já respondi à pobreza e vacuidade avassaladora que é o discurso do Francisco Louçã quer no ponto anterior quer nesse infeliz exemplo. É só subires um bocadinho no tópico, não vale a pena eu reescrever.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Elpikas Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Elpikas Escreveu:Mais, os desempregados têm de se apresentar obrigatóriamente de 15 em 15 dias no centro de emprego, como se fosse um detido em prisão domiciliária.
Uma medida virtualmente inútil, menos eficaz e que passaria a totalmente desnecessária com esta proposta!
Curioso: os desempregados ainda vão suportando apresentações obrigatórias. Trabalhar umas horitas para ajudar a sustentar o sistema que lhe concede os apoios é que não pode ser, caraças...
Trabalhar não, pelo menos enquanto se está desempregado!
Um desempregado não está a receber almoços grátis. Sempre foi obrigado a descontar para a SS (Sem mais escolhas possiveis, em contraste com os USA) e trata-se de um seguro social que em caso de acidente "Desemprego" é acionado. O exemplo que o Francisco Louçã deu é perfeito para perceber a injustiça que seria um desempregado ser obrigado a trabalhar na recepção da companhia para poder receber o conserto da viatura.
Falar da desgraça dos outros é fácil, e já se sabe que o mexilhão é sempre o primeiro a sofrer.
Por acaso já pensaram que um desempregado pode estar a estudar para mudar de área, ou mesmo a tirar cursos de valorização profissional ? Já pensaram que um desempregado com mais de 40 Anos só tem a perder ao estar inactivo ? Querem ainda humilhar mais um desempregado com pseudo-serviços sociais, que irão nascer destas cabeças iluminadas dos deputados da muy nobre nação Portuguesa ? PAra os serviços cívicos é necessário motivção e enquadramento psicológico, caso contrário mais vale não fazer nada.
O TGV é que é importante nem que pareça uma obra de arte surrealista com uma estação no deserto e outra num local remoto de Espanha sem ligação a Madrid, e os desempregados são os malandros que colocaram o País na situação actual, pois vivem eternamente com uma renda e são uns sortudos.
Com todo o respeito pelos desempregados, pois não é minha intenção enxovalhar e denegrir esse estado, porque compreensivelmente é complicado....
...mas sendo um estado em que as pessoas têm direito por terem pago impostos, então terão o direito de ficar 2 anos sem nada fazer, recusar qualquer emprego e ficar sem procurar emprego?
Não concordo... acho que a sociedade é responsável por todas as pessoas dessa sociedade e deve tentar integrar as pessoas mesmo que seja por 1 dia por semana... temos é de garantir respeito pelas pessoas...
Editado pela última vez por Marco Martins em 17/5/2010 23:44, num total de 1 vez.
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Não faz mal!...
MarcoAntonio Escreveu:Elpikas Escreveu:Mais, os desempregados têm de se apresentar obrigatóriamente de 15 em 15 dias no centro de emprego, como se fosse um detido em prisão domiciliária.
Uma medida virtualmente inútil, menos eficaz e que passaria a totalmente desnecessária com esta proposta!
Curioso: os desempregados ainda vão suportando apresentações obrigatórias. Trabalhar umas horitas para ajudar a sustentar o sistema que lhe concede os apoios é que não pode ser, caraças...
Trabalhar não, pelo menos enquanto se está desempregado!
Um desempregado não está a receber almoços grátis. Sempre foi obrigado a descontar para a SS (Sem mais escolhas possiveis, em contraste com os USA) e trata-se de um seguro social que em caso de acidente "Desemprego" é acionado. O exemplo que o Francisco Louçã deu é perfeito para perceber a injustiça que seria um desempregado ser obrigado a trabalhar na recepção da companhia para poder receber o conserto da viatura.
Falar da desgraça dos outros é fácil, e já se sabe que o mexilhão é sempre o primeiro a sofrer.
Por acaso já pensaram que um desempregado pode estar a estudar para mudar de área, ou mesmo a tirar cursos de valorização profissional ? Já pensaram que um desempregado com mais de 40 Anos só tem a perder ao estar inactivo ? Querem ainda humilhar mais um desempregado com pseudo-serviços sociais, que irão nascer destas cabeças iluminadas dos deputados da muy nobre nação Portuguesa ? PAra os serviços cívicos é necessário motivção e enquadramento psicológico, caso contrário mais vale não fazer nada.
O TGV é que é importante nem que pareça uma obra de arte surrealista com uma estação no deserto e outra num local remoto de Espanha sem ligação a Madrid, e os desempregados são os malandros que colocaram o País na situação actual, pois vivem eternamente com uma renda e são uns sortudos.
Francisco Louçã
Proposta do PSD de trabalho gratuito para desempregados é "brincadeira reaccionária"
O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, considerou hoje "uma brincadeira reaccionária" e uma "violência inaceitável" a possibilidade de os desempregados com subsídio de desemprego virem a prestar serviço comunitário.
Lusa
O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, considerou hoje "uma brincadeira reaccionária" e uma "violência inaceitável" a possibilidade de os desempregados com subsídio de desemprego virem a prestar serviço comunitário.
"Isto não é possível, é uma brincadeira reaccionária, é brincar com as pessoas, é uma violação do contrato", disse, à entrada para uma audição parlamentar promovida pelo BE sobre "Pobreza e políticas sociais".
O Jornal de Negócios noticia na sua edição de hoje a intenção do PSD propor que os desempregados com subsídio de desemprego sejam obrigados a prestar serviço à comunidade em instituições públicas ou do sector social durante 15 horas semanais, distribuídas por três dias úteis.
A proposta, prossegue o jornal, abrangeria também os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI).
"Já se sabe que o PSD fez um acordo com o engenheiro Sócrates para baixar o subsídio de desemprego e agora acrescenta que o trabalhador que vai receber uma devolução daquilo para o qual descontou quando pagou para o seu subsídio de desemprego (...) é obrigado a trabalhar gratuitamente", começou por comentar Francisco Louçã.
Para o líder bloquista, a alegada proposta social democrata representa "uma violência inaceitável" e expressão de "uma ideologia profundamente hostil e cruel em relação aos desempregados".
"Imagine que alguém que alguém paga um seguro sobre o seu carro, tem um pequeno acidente e pede que lhe devolvam, pagando a reparação, aquilo que foi descontando ao longo dos anos. E a companhia de seguros diz-lhe: muito bem, eu pago-lhe a reparação, mas agora tem que trabalhar aqui gratuitamente na portaria da minha companhia de seguros durante algumas semanas ou meses", ironizou.
Imagino concerteza e respondo: as alternativas - quando os descontos efectuados não cobrem as despesas de reparação no sistema como um todo - são:
> arranjar argumentos (seja por que meio for) para não pagar reparação;
> solicitar um agravamento (com pagamento imediato) de todos os restantes não acidentados para cobrir a despesa;
> pagar sem mais perguntas e falir.
A retórica é no fundo a mesma retórica vazia que já passou aqui no tópico: descontou, logo tem direito.
E eu a este ponto do Francisco Louçã respondo da mesmíssima forma que já respondi aqui no forum neste tópico:
MarcoAntonio Escreveu:Não é recriminação nenhuma. É uma questão de sustentabilidade e justiça social!
A tua tese é esta: desconta, tem direito.
Tem direito a quê, a quanto e em que condições?
Só porque se desconta não se passa a ter direito a qualquer coisa que te venha à cabeça.
Ilustração académica: tens 5 individuos com um vencimento de 1500 euros e que descontam 10% (para financiar acção social do Estado). Quatro deles ficam desempregados e o quinto continua a trabalhar...
Os 4 têm direito a receber 1500 euros ou 80% dele que seja só porque descontaram?
Terão direito a receber uma ajuda. Falta determinar qual, de que valor e em que condições...
E a avaliação de hoje pode não ser a mesma do passado dado que as condições sociais podem alterar. E não é apenas quem está no desemprego que tem de se readaptar às novas condições, quem está a trabalhar também tem de se readaptar (a descontos mais elevados, a impostos mais elevados sobre as despesas comparativamente mais elevadas que vai ter e também potencialmente a despesas tendencialmente mais elevadas).
O teu discurso é que não se pode mexer nos desempregados porque descontaram e têm direito, sem discutir coisa nenhuma. Ora aqui acho que ninguém defendeu a abolição do subsídio de desemprego sequer e tu falhaste completamente em me demonstrar a justiça de receber apoios nos moldes actuais e no contexto actual sem a exigência de algo mais em troca (ainda para mais com as perversões que reconhecidamente existem no sistema).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MAV8 Escreveu:Concordo com a ideia de colocar os beneficiarios do RSI a trabalhar de forma a retribuirem a solidariedade, mas teria de ser em tarefas para as quais não há trabalhadores, assim começo por dar algumas ideias:
1 - Limpeza das matas e pinhais do estado, reduziriam drásticamente os incendios e as areas queimadas pelos mesmos.
2 - Limpeza das praias antes do inicio das epocas balneares.
3 - Cultivar as terras agriculas públicas - a maioria está ao abandono e não são assim tão poucas.
4 - Estafetas- entre serviços do sector do estado.
Muitos mais trabalhos existirão para além destes que não roubariam qualquer posto de trabalho e tornaria Portugal num país melhor e mais eficiente, e acima de tudo dignificava todos os que recebem este tipo de apoio pois estariam a devolver em troca algo util a todo o país.
Quanto aos desempregados penso que acima de tudo devem estar sensibilizados para aceitar emprego mesmo que este não os satisfaça por completo ou que não seja da sua area de formação quanto mais não seja como forma de ajudar o país pois todos nós que trabalhamos estamos a ajudá-los também a eles da mesma forma que eles enquanto trabalharam ajudaram outros. Tal como numa equipa só quando todos trabalham é que a equipa pode ser vencedora.
Mais umas ideias:
* Ajudar na jardinagem dos jardins públicos (há jardineiros municipais, mas com ajudantes, cuidar-se-ia de muitos mais jardins em menos tempo;
* Limpar as bermas das estradas (há funcionários que o fazem, mas há muitas estradas que passam eternidades sem que isso seja feito, logo, uns ajudantes tornariam possível que mais estradas fossem cuidadas);
* Auxiliares (serventes) nas escolas (conheço muitas escolas que têm falta de pessoal e basta a auxiliar faltar num dia, que tem que ser os professores a vir abrir o portão, interrompendo a aula, se lá for alguém), colmatando a falta deste pessoal;
* Vigilantes em torres de detecção de incêndios nos concelhos de risco; que os há, há, mas ainda assim são muito poucos para o território florestal que temos, e mais vale isso que estar a receber do Estado sem fazer nenhum;
* Vigilantes nas zonas de estacionamento público (para evitar assaltos e ao mesmo tempo elimina a praga dos "moedinhas" que desse expediente já não poderão beneficiar nas zonas onde tal suceda);
Enfim, podia estar aqui a noite toda a enumerar tanta coisa que melhoraria o serviço público e simultaneamente fariarender ao país o que se paga a tanta gente para não fazerem nada.
O princípio é tão básico (e vários de vós já aludistes a isso no tópico), que eu acho que é uma questão de princípio em absoluto: O Estado não deve dar nada a ninguém sem que dêem algo em troca, caso contrário anda meio mundo a trabalhar para sustentar o outro meio que não faz nada! Excepção feita, na minha opinião às pensões por invalidez ou por velhice, que naturalmente são pagas a quem não se pode exigir que dê o que não pode.
A alegria de um "trader" é pôr-se atrás e ficar à frente
MAV8 Escreveu:Concordo com a ideia de colocar os beneficiarios do RSI a trabalhar de forma a retribuirem a solidariedade, mas teria de ser em tarefas para as quais não há trabalhadores, assim começo por dar algumas ideias:
1 - Limpeza das matas e pinhais do estado, reduziriam drásticamente os incendios e as areas queimadas pelos mesmos.
2 - Limpeza das praias antes do inicio das epocas balneares.
3 - Cultivar as terras agriculas públicas - a maioria está ao abandono e não são assim tão poucas.
4 - Estafetas- entre serviços do sector do estado.
Muitos mais trabalhos existirão para além destes que não roubariam qualquer posto de trabalho e tornaria Portugal num país melhor e mais eficiente, e acima de tudo dignificava todos os que recebem este tipo de apoio pois estariam a devolver em troca algo util a todo o país.
Quanto aos desempregados penso que acima de tudo devem estar sensibilizados para aceitar emprego mesmo que este não os satisfaça por completo ou que não seja da sua area de formação quanto mais não seja como forma de ajudar o país pois todos nós que trabalhamos estamos a ajudá-los também a eles da mesma forma que eles enquanto trabalharam ajudaram outros. Tal como numa equipa só quando todos trabalham é que a equipa pode ser vencedora.
Sou a favor que os desempregados façam algo pelo estado dado que o desemprego é "um trabalho temporário" pago pelo estado!
Mas não vamos cair em exageremos e extremismos!!!
Será bom que as pessoas façam algo, mas numa área que tenham experiência de vida (ou que as pessoas aceitem), senão será terrível como o seria para qualquer um de nós fazer algo que não sabemos!
Acho que será benéfico para as pessoas e para a sociedade, por alguns motivos:
- as pessoas sentem-se úteis
- as pessoas não são marginalizadas
- as pessoas são "forçadas" a voltar ao mundo do trabalho
- as pessoas ficam expostas a novas oportunidades
- a sociedade a seu tempo sentir-se-à mais responsável pelos desempregados e pelas suas dificuldades
- as pessoas naturalmente sentir-se-ão impelidas a procurar emprego
- socialmente existem responsabilidades de toda s sociedade, seja dos empregados, dos desempregados, do estado e dos privados, todos temos de fazer mais por todos nós
- Mensagens: 6450
- Registado: 7/4/2007 17:13
- Localização: Algarve
Re: E os que já fazem esse trabalho?
dfviegas Escreveu:Mas esse trabalho socialmente util já é feito por alguem? Esse alguem recebe um salário correcto, como é, despedem-no e colocam um trabalhar à borla.
O que vai acontecer é o seguinte: O estado deveria contratar pessoas para fazerem algo, deixam-nas de contratar para por vários desempregados a faze-lo à borla.
Desculpa o pequeno apontamento mas não é à borla. Se recebem um subsidio Estatal, então não é à borla. À borla seria se não recebessem nada.
Esta é uma questão delicada mas, salvo se estiverem ocupados com algo de mais relevante para a sua qualificação profissional, até me parece uma boa ideia do PSD.
Receber para estar em casa é prejudicial em todos o vectores: moral, psicologico, profissional e social.
Elpikas Escreveu:Mais, os desempregados têm de se apresentar obrigatóriamente de 15 em 15 dias no centro de emprego, como se fosse um detido em prisão domiciliária.
Uma medida virtualmente inútil, menos eficaz e que passaria a totalmente desnecessária com esta proposta!
Curioso: os desempregados ainda vão suportando apresentações obrigatórias. Trabalhar umas horitas para ajudar a sustentar o sistema que lhe concede os apoios é que não pode ser, caraças...
Trabalhar não, pelo menos enquanto se está desempregado!

Editado pela última vez por MarcoAntonio em 17/5/2010 22:59, num total de 1 vez.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.