Cimeiras do Clima (Copenhaga, Cancún, Durban...)
Re: Cimeiras do Clima (Copenhaga, Cancún, Durban...)
A minha formação científica leva-me a crer que esse estudo seria, não uma conclusão mas uma previsão.
As condicionantes são muitas, iríamos misturar dados de épocas distintas, com enquadramentos históricos bastante díspares,
a única amostra homogénea, e mesmo assim , seria o Séc XX e XXI.
A grande questão , para mim, é essa : esta teoria é tão difícil de comprovar objectivamente como de contrariar, as dificuldades
são as mesmas, logo este grau de subjectividade permite o grande debate que existe.
As condicionantes são muitas, iríamos misturar dados de épocas distintas, com enquadramentos históricos bastante díspares,
a única amostra homogénea, e mesmo assim , seria o Séc XX e XXI.
A grande questão , para mim, é essa : esta teoria é tão difícil de comprovar objectivamente como de contrariar, as dificuldades
são as mesmas, logo este grau de subjectividade permite o grande debate que existe.
“A única diferença entre mim e um louco é que eu não sou louco.”
Salvador Dali
Salvador Dali
Re: Cimeiras do Clima (Copenhaga, Cancún, Durban...)
Ulrich, não vou dizer que gosto do critério, porque estamos a falar de validar uma teoria cientifica, baseada em dados experimentais, e isso não se faz com sondagens de opinião.
Mas admitamos que podíamos ir por aí. Imagina por hipótese que se criava uma comissão dos melhores cientistas do clima, nomeados para analisarem todos os dados científicos disponíveis. Se uns 66,6 porcento dessem para um mesmo lado, dirias que estávamos perante um "consenso objectivo"?
Mas admitamos que podíamos ir por aí. Imagina por hipótese que se criava uma comissão dos melhores cientistas do clima, nomeados para analisarem todos os dados científicos disponíveis. Se uns 66,6 porcento dessem para um mesmo lado, dirias que estávamos perante um "consenso objectivo"?
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Re: Cimeiras do Clima (Copenhaga, Cancún, Durban...)
Para mim o consenso objectivo é a parte do meio da Curva de Gauss, é a somatório de dados objectivos não contaminados pelas extremidades da Curva, que são geralmente não representativos, e por isso não significativos.
Estas extremidades da Curva são os grupos radicais/ortodoxos, que geralmente , porque muito activos, tentam influenciar a opinião pública com uma dramatização do discurso.
Eu não digo que o problema não exista, só digo que ele é utilizado para garantir o sustento por muitas ONG por esse mundo fora.
Tenho a certeza que tu tens melhores intenções do que a maioria dos líderes activistas
Estas extremidades da Curva são os grupos radicais/ortodoxos, que geralmente , porque muito activos, tentam influenciar a opinião pública com uma dramatização do discurso.
Eu não digo que o problema não exista, só digo que ele é utilizado para garantir o sustento por muitas ONG por esse mundo fora.
Tenho a certeza que tu tens melhores intenções do que a maioria dos líderes activistas

“A única diferença entre mim e um louco é que eu não sou louco.”
Salvador Dali
Salvador Dali
Re: Cimeiras do Clima (Copenhaga, Cancún, Durban...)
Tás mais que perdoado 
A que chamarias exactamente um "consenso objectivo"?

A que chamarias exactamente um "consenso objectivo"?
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Re: Cimeiras do Clima (Copenhaga, Cancún, Durban...)
QuimPorta Escreveu:O planeta continua a aquecer, o gelo continua a derreter, o nível do mar continua a subir, a direita americana continua a dizer que é uma conspiração dos cientistas e a despejar oceanos de notas na desinformação. Sem surpresas, portanto.
E eu continuo a dizer que muitos "empregos" dependem deste conceito "aquecimento global", este tipo de estudos acerca do planeta são super importantes, mas perdoa-me a estória do aquecimento global carece de consenso objectivo

“A única diferença entre mim e um louco é que eu não sou louco.”
Salvador Dali
Salvador Dali
Re: Cimeiras do Clima (Copenhaga, Cancún, Durban...)
O IPCC divulgou no passado dia 27.Set a primeira parte do 5º Assessment Report (AR5) sobre as alterações climáticas.
A notícia é a de sempre, ou seja de que o Homem continua a morder fortemente no cão e nos restantes seres do planeta.
E nada de propriamente muito novo.
O planeta continua a aquecer, o gelo continua a derreter, o nível do mar continua a subir, a direita americana continua a dizer que é uma conspiração dos cientistas e a despejar oceanos de notas na desinformação. Sem surpresas, portanto.
De resto, tudo como dantes. Há outras prioridades, para estar agora a perder tempo em salvar o planeta.
A notícia é a de sempre, ou seja de que o Homem continua a morder fortemente no cão e nos restantes seres do planeta.
E nada de propriamente muito novo.
O planeta continua a aquecer, o gelo continua a derreter, o nível do mar continua a subir, a direita americana continua a dizer que é uma conspiração dos cientistas e a despejar oceanos de notas na desinformação. Sem surpresas, portanto.
De resto, tudo como dantes. Há outras prioridades, para estar agora a perder tempo em salvar o planeta.

Headline Statements from the Summary for Policymakers
CLIMATE CHANGE 2013
The Physical Science Basis
Warming of the climate system is unequivocal, and since the 1950s, many of the observed changes are unprecedented over decades to millennia. The atmosphere and ocean have warmed, the amounts of snow and ice have diminished, sea level has risen, and the concentrations of greenhouse gases have increased.
Each of the last three decades has been successively warmer at the Earth’s surface than any preceding decade since 1850. In the Northern Hemisphere, 1983–2012 was likely the warmest 30-year period of the last 1400 years.
Ocean warming dominates the increase in energy stored in the climate system, accounting for more than 90% of the energy accumulated between 1971 and 2010 (high confidence). It is virtually certain that the upper ocean (0−700 m) warmed from 1971 to 2010, and it likely warmed between the 1870s and 1971.
Over the last two decades, the Greenland and Antarctic ice sheets have been losing mass, glaciers have continued to shrink almost worldwide, and and Arctic sea ice and Northern Hemisphere spring snow cover have continued to decrease in extent (high confidence).
The rate of sea level rise since the mid-19th century has been larger than the mean rate during the previous two millennia (high confidence). Over the period 1901–2010, global mean sea level rose by 0.19 [0.17 to 0.21] m. (...)
Cumulative emissions of CO2 largely determine global mean surface warming by the late 21st century and beyond. Most aspects of climate change will persist for many centuries even if emissions of CO2 are stopped. This represents a substantial multi-century climate change commitment created by past, present and future emissions of CO2.
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Agora é um relatório patrocinado pelo World Bank que vem fazer o ponto de situação quanto às evidências e impactes do aquecimento global.
Em resumo, vem dizer-nosque as consequências relacionadas com as alterações climáticas são já um dos principais focos das solicitações ao Banco Mundial, pelos reflexos em diversos sectores: agricultura, água, saúde e infraestruturas.
Em simultâneo, alerta que mesmo que se venham a ser cumpridas pelos países as metas assumidas de redução dos gases com efeitos de estufa, não se prevê que seja suficiente para alcançar o objectivo de manter o aumento da temperatura global abaixo dos 2ºC.
O documento esclarece bastante bem o que é que isso quer dizer.
Em resumo, vem dizer-nosque as consequências relacionadas com as alterações climáticas são já um dos principais focos das solicitações ao Banco Mundial, pelos reflexos em diversos sectores: agricultura, água, saúde e infraestruturas.
Em simultâneo, alerta que mesmo que se venham a ser cumpridas pelos países as metas assumidas de redução dos gases com efeitos de estufa, não se prevê que seja suficiente para alcançar o objectivo de manter o aumento da temperatura global abaixo dos 2ºC.
O documento esclarece bastante bem o que é que isso quer dizer.
<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/YO9uGejvS3Q" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A 4°C warmer world can, and must be, avoided – we need to hold warming below 2°C
– Jim Yong Kim, President, World Bank Group
"A 4°C warmer world can, and must be, avoided – we need to hold warming below 2°C," said World Bank Group President Jim Yong Kim. "Lack of action on climate change threatens to make the world our children inherit a completely different world than we are living in today. Climate change is one of the single biggest challenges facing development, and we need to assume the moral responsibility to take action on behalf of future generations, especially the poorest."
The report, reviewed by some of the world’s top scientists, is being released ahead of the next comprehensive studies by the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) in 2013/14, and follows the Bank’s own Strategic Framework for Development and Climate Change in 2008 and the World Development Report on climate change in 2010. "Turn Down the Heat" combines a synthesis of recent scientific literature with new analysis of likely impacts and risks, focusing on developing countries. It chronicles already observed climate change and impacts, such as heat waves and other extreme events, and offers projections for the 21st century for droughts, heat waves, sea level rise, food, water, ecosystems and human health.
The report says today’s climate could warm from the current global mean temperature of 0.8°C above pre-industrial levels, to as high as 4°C by 2100, even if countries fulfill current emissions-reduction pledges.
(...)
Fonte: World Bank
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Regular como um Pai Natal Suíço, eis que se aproxima a próxima conferência anual do clima COP 18 em Doha, no Qatar (26/Nov - 7/Dez).
A curiosidade mediática em torno do evento é nula.
O filme passou tantas vezes que já chateia: toda a gente está de acordo em que há um problema grave, toda a gente concorda que é importante fazer alguma coisa ... se for à custa da galinha do vizinho... Gasta-se, fala-se e volta-se para casa de avião a combustíveis fósseis.
Uma diferença eventualmente importante pode advir de conferência decorrer sob o signo do furacão (Sandy), que acabou por ser um dos elementos decisivos da vitória do presidente Obama.
Na campanha eleitoral não houve praticamente discussão sobre o tema, mas foi um dos pontos altos no discurso da noite da vitória, e não há nada melhor para sobressaltar umas consciências que levar com um furacão fresquinho nas trombas.
E Obama tem um prémio Nobel para (finalmente) justificar.
A curiosidade mediática em torno do evento é nula.
O filme passou tantas vezes que já chateia: toda a gente está de acordo em que há um problema grave, toda a gente concorda que é importante fazer alguma coisa ... se for à custa da galinha do vizinho... Gasta-se, fala-se e volta-se para casa de avião a combustíveis fósseis.
Uma diferença eventualmente importante pode advir de conferência decorrer sob o signo do furacão (Sandy), que acabou por ser um dos elementos decisivos da vitória do presidente Obama.
Na campanha eleitoral não houve praticamente discussão sobre o tema, mas foi um dos pontos altos no discurso da noite da vitória, e não há nada melhor para sobressaltar umas consciências que levar com um furacão fresquinho nas trombas.
E Obama tem um prémio Nobel para (finalmente) justificar.
U.N. leader: Sandy a lesson in climate change
CBS/AP/ November 9, 2012, 5:48 PM
UNITED NATIONS Secretary-General Ban Ki-moon says one of the lessons from Superstorm Sandy is the need for global action to deal with future climate shocks.
A new round of global climate talks starts in Doha, Qatar on Nov. 27, and Ban urged nations to reach a binding agreement by 2015 to curtail emissions of heat-trapping gases in order to stop the planet from overheating.
He told the U.N. General Assembly on Friday that it is difficult to attribute any single storm to climate change, but the world already knows that "extreme weather due to climate change is the new normal."
he U.N. saw direct effects of the superstorm, which damaged its headquarters with flooding that shut it down for three days. Electrical components and the U.N. computer system were damaged.
Ki-moon is not the first one to bring up climate change in discussions about superstorm Sandy. New York Gov. Andrew Cuomo was asked about it in a press briefing hours after the storm on Oct. 30, but was careful about ruffling political feathers.
"There has been a series of extreme weather incidents. That is not a political statement. That is a factual statement," Cuomo said. "Anyone who says there's not a dramatic change in weather patterns, I think, is denying reality."
(...)
http://www.cbsnews.com/8301-202_162-575 ... te-change/
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
as catástrofes naturais vão passar a ser mais frequentes com as alterações climáticas, casos como o que aconteceu no japão vão acontecer mais vezes noutros sítios. o clima será mais extremo, mais cheia e mais seca. e mais catástrofes naturais vão trazer custos em infra estruturas brutais. Isto clamo numa perspectiva de 50 70 anos, não vamos ter terramotos todos os dias xD
richardj Escreveu:a titulo de exemplo, o terramoto no japão provocou danos que vão custar 270 mil milhões a serem reparados... a não ser que as pessoas não queiram o mesmo nível de vida que tinham antes...
Olá richardj.
No teu post deixas links óptimos.
Só não percebi a que propósito é que o terramoto no Japão é para aqui chamado...

Abraço
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
não há problema, em breve as catástrofes naturais vão começar ser mais frequentes, todo o sector dos seguros vai tremer, o próprio clima vai mudar, algumas zonas turísticas vão deixar de ter tempo para ser turísticas e vão entrar em crise, outros países que tem grandes áreas de terra ganhas ao mar não vão conseguir suster os seus diques e pronto tudo isto dá boas perspectivas ao sector da construção para os próximos 50 anos.
Entretanto os acontecimentos vão forçar os governos a agir, ate lá é dar cabo do planeta, vão morrer milhões de pessoas e os países vão gastar triliões para reconstruir tudo quando podiam gastar biliões para aguentar as coisas.
a titulo de exemplo, o terramoto no japão provocou danos que vão custar 270 mil milhões a serem reparados... a não ser que as pessoas não queiram o mesmo nível de vida que tinham antes...
EDIT:
já agora deixo aqui alguns links para os interessados nestes assuntos
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... 011-12.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... abe_MP.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... RPO_pt.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... RPO_en.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... tionMP.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... stemas.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... eek_MP.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... e%20AI.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... ty.ppt.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... eek_MP.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... d%20SC.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... %20LLL.pdf
Entretanto os acontecimentos vão forçar os governos a agir, ate lá é dar cabo do planeta, vão morrer milhões de pessoas e os países vão gastar triliões para reconstruir tudo quando podiam gastar biliões para aguentar as coisas.
a titulo de exemplo, o terramoto no japão provocou danos que vão custar 270 mil milhões a serem reparados... a não ser que as pessoas não queiram o mesmo nível de vida que tinham antes...
EDIT:
já agora deixo aqui alguns links para os interessados nestes assuntos
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... 011-12.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... abe_MP.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... RPO_pt.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... RPO_en.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... tionMP.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... stemas.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... eek_MP.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... e%20AI.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... ty.ppt.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... eek_MP.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... d%20SC.pdf
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/229 ... %20LLL.pdf
Terminou a conferência do clima, COP 17 em Durban.
Sim, parece que houve mais uma conferência “dessas".
Discutiu-se de novo aquela cena de a temperatura estar a subir, mas o que é facto é que já não há pachorra para filmes desses.
Quem se vai preocupar em salvar o planeta, quando anda toda a gente à rasca com salvar o Euro, os empregos, etc?!
Portanto não vale a pena entrar em grandes detalhes sobre as conclusões da cimeira. Basta dizer que se decidiu prolongar o protocolo de Kyoto para lá de 2012, sendo que Rússia, Japão e Canadá já disseram que não dão mais para esse peditório. (Sim, que já deram tanto, coitados...).
Teoricamente será também criado um “Fundo Verde” mas é lá para 2020
e tem mais ar de “Fumo Verde”, porque a sua verdadeira natureza ainda vai ser discutida.
Vá lá que serviu para disfarçar mais uma vez a grande realidade: a humanidade não está disposta a mudar o seu padrão de desenvolvimento baseado na utilização de recursos não-renováveis.
Entretanto...
So what?! Não foi sempre assim?
Source: http://climate.nasa.gov/keyIndicators/i ... globalTemp
Obrigado Elias, por ainda ligares alguma coisa a este tópico
Sim, parece que houve mais uma conferência “dessas".
Discutiu-se de novo aquela cena de a temperatura estar a subir, mas o que é facto é que já não há pachorra para filmes desses.
Quem se vai preocupar em salvar o planeta, quando anda toda a gente à rasca com salvar o Euro, os empregos, etc?!
Portanto não vale a pena entrar em grandes detalhes sobre as conclusões da cimeira. Basta dizer que se decidiu prolongar o protocolo de Kyoto para lá de 2012, sendo que Rússia, Japão e Canadá já disseram que não dão mais para esse peditório. (Sim, que já deram tanto, coitados...).
Teoricamente será também criado um “Fundo Verde” mas é lá para 2020

Vá lá que serviu para disfarçar mais uma vez a grande realidade: a humanidade não está disposta a mudar o seu padrão de desenvolvimento baseado na utilização de recursos não-renováveis.
Entretanto...
Nnimmo Bassey, chair of Friends of the Earth International, said: "Delaying real action till 2020 is a crime of global proportions.
"This means the world is on track to a 4C temperature rise, a death sentence for Africa, small island states and the poor and vulnerable worldwide. The richest 1% of the world have decided that it is acceptable to sacrifice the 99%."
http://www.guardian.co.uk/environment/2 ... eal-struck
So what?! Não foi sempre assim?
Source: http://climate.nasa.gov/keyIndicators/i ... globalTemp
Obrigado Elias, por ainda ligares alguma coisa a este tópico

- Anexos
-
- Temperaturas.png (51.64 KiB) Visualizado 8077 vezes
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Elias... está na hora de mudares outra vez o título ao tópico
Ainda que seja um requentadíssimo "vira o título e toca o mesmo" não se perde em lembrar que ele há por aí uns gaijos - cientistas e o caneco - a dizer que a malta andou a soltar gases a mais e que isso aqueceu o planeta.

Ainda que seja um requentadíssimo "vira o título e toca o mesmo" não se perde em lembrar que ele há por aí uns gaijos - cientistas e o caneco - a dizer que a malta andou a soltar gases a mais e que isso aqueceu o planeta.
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Pelos vistos os copos sempre ajudaram à "desinibição"
Quico... agora TREMEEEI!!
Enfim... tremei, pouco... porque se um papel pode ser usado para limpar, para esconder, não elimina o CO2... Um principio que se podia aplicar numa campanha da Renova
Quico... agora TREMEEEI!!

Enfim... tremei, pouco... porque se um papel pode ser usado para limpar, para esconder, não elimina o CO2... Um principio que se podia aplicar numa campanha da Renova


Alcançado acordo climático em Cancún
10:49 - 11-12-2010
A conferência climática das Nações Unidas em Cancún chegou, este sábado, a um acordo, eram 3h30 no México (9h30 em Lisboa).
O acordo não fica metas de redução de emissões de gases com efeito de estuda, mas estabelece o objectivo de dois graus Celsius como limite para o aumento da temperatura média global até ao fim deste século. O texto, apresentado pela presidência mexicana da conferência, determina ainda a criação de um Fundo Verde Climático para os países em desenvolvimento, no valor anual de 76 mil milhões de euros a partir de 2020.
O texto foi subscrito por todas as delegações à excepção da Bolívia. O acordo foi, depois saudado por ministros e diplomatas dos cerca de 190 países implicados na cimeira. «Este texto, mesmo que não seja perfeito, é incontestavelmente uma boa base para avançarmos», disse o chefe da delegação norte-americana, Todd Stern.
O texto inclui, também, alguns dos aspectos já determinados no Acordo de Copenhaga, alcançado em Dezembro passado.
FONTE: A BOLA
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
<object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/q83CQ_7CGCg?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/q83CQ_7CGCg?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object>
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
Isto já não se chamava um fracasso...
A ser verdade ficaria ultrapassado um dos maiores obstáculos à obtenção de um acordo global sobre a redução das emissões de GHG.
Será?!?
Epá... só para ver os capitalistas do petróleo do Cald..eehhh...do Carbono a lançar fátuas já ia valer a pena
A ser verdade ficaria ultrapassado um dos maiores obstáculos à obtenção de um acordo global sobre a redução das emissões de GHG.
Será?!?
Epá... só para ver os capitalistas do petróleo do Cald..eehhh...do Carbono a lançar fátuas já ia valer a pena

Climate Aid Fund Agreed at UN Global Warming Talks, Bangladesh Says
By Alex Morales - Dec 10, 2010 6:40 PM GMT
Bangladesh said envoys from 193 nations at United Nations global warming talks have agreed to set up a fund that would channel aid to developing nations adapting to the effects of global warming and adopt low-carbon technology
“It’s been agreed that we will establish the fund,” Quamrul Chowdhury, leads negotiations on finance issues for a bloc of nations called the Least Developed Countries, said today in an interview in Cancun, where two weeks of climate negotiations are due to finish today.
Chowdhury said a committee may be set up to work out the details of the fund, which may channel up to $100 billion of aid by 2020, over the next year.
“The major stumbling blocks are the modalities of the fund -- who will be the trustee, the composition of the board,” he said. Finance talks went through the night yesterday, ending at 6 a.m. today, he said.
(...)
http://www.bloomberg.com/news/2010-12-1 ... -says.html
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Cai hoje o pano sobre a cimeira do clima, provavelmente com mais um fracasso.
Não que seja enorme o bruá de consternação nos media (ou no Caldeirão...), que o tema só traz é mais chatice e despesa, quando o povo já mal tem para mudar as solas dos sapatos.
Seja como for, toda a gente está consciente que há um problema que uns cientistas por aí discutem, que a ONU patrocina, e sobre que políticos tentam decidir sem comprometer votos "em casa".
Basicamente resume-se a que o Planeta pode estar a ficar digamos que... impróprio! Mas calma que não é para já, já! Coisa lá para daqui a duas ou três gerações! A malta pode ter que baixar as cilindradas dos carros, reutilizar umas t-shirts para pijama. Quanto muuuito começar a pensar em mudar os apartamentos para a montanha, mas sem stress!
Do COP16 de CANCUN pouco se esperava. Desde Copenhaga que se algo aconteceu aos obstáculos que haviam é que tomaram uma visibilidade maior. Ainda assim há quem se esteja a esforçar por alcançar um acordo, e assinalá-lo não é pecado.
Como se dizia por aí num jornaleco: "YES WE CANCUN! But we probaly won't..."
PS - Alguém me explica porque a palavra cúpula sai com "Piiii...."?!
Não que seja enorme o bruá de consternação nos media (ou no Caldeirão...), que o tema só traz é mais chatice e despesa, quando o povo já mal tem para mudar as solas dos sapatos.
Seja como for, toda a gente está consciente que há um problema que uns cientistas por aí discutem, que a ONU patrocina, e sobre que políticos tentam decidir sem comprometer votos "em casa".
Basicamente resume-se a que o Planeta pode estar a ficar digamos que... impróprio! Mas calma que não é para já, já! Coisa lá para daqui a duas ou três gerações! A malta pode ter que baixar as cilindradas dos carros, reutilizar umas t-shirts para pijama. Quanto muuuito começar a pensar em mudar os apartamentos para a montanha, mas sem stress!
Do COP16 de CANCUN pouco se esperava. Desde Copenhaga que se algo aconteceu aos obstáculos que haviam é que tomaram uma visibilidade maior. Ainda assim há quem se esteja a esforçar por alcançar um acordo, e assinalá-lo não é pecado.
Como se dizia por aí num jornaleco: "YES WE CANCUN! But we probaly won't..."
Países negociam "linha por linha" o documento final da COP-16
09 de dezembro de 2010 • 21h29 • atualizado em 10 de dezembro de 2010 às 08h26
Os ministros dos 194 países participantes da 16ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudança Climática (COP-16), que ocorre em Cancún (México), negociavam nesta quinta-feira "linha por linha" o conteúdo do acordo final, na busca de um consenso que permita o evento concluir com sucesso nesta sexta-feira.
Um grupo informal de 50 países convocado pela Presidência mexicana tenta desde quarta-feira à noite encontrar fórmulas de consenso que permitam superar as tensões e as diferenças que ameaçam reproduzir o fiasco do ano passado na cúpula de Copenhague.
O ministro do Meio Ambiente do México, Juan Rafael Elvira Quesada, afirmou que as negociações estão em seu ponto "mais intenso" pelos esforços para chegar a um acordo antes da conclusão da cúpula, prevista para esta sexta-feira às 18h local (22h de Brasília).
"Deixou-se o discurso oficial. Hoje estamos integrados em revisar linha por linha, ponto por ponto, vírgula por vírgula. Há áreas onde se prevê com muita clareza um avanço bastante positivo", afirmou Elvira após sair de uma das reuniões de negociação.
(...)
http://noticias.terra.com.br/ciencia/no ... a+COP.html
PS - Alguém me explica porque a palavra cúpula sai com "Piiii...."?!

"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Tal como aconteceu em Copenhaga, as tentativas da Europa de "avançar algo é melhor que nada" são mal vistas pelos países emergentes. Francamente, acho um disparate.
A cimeira termina amanhã...
A cimeira termina amanhã...
Cancún climate change summit: Leaked documents reveal alternative deal
Move by Mexican presidency, Europe and Pacific island states to prepare new negotiating text has outraged developing nations
John Vidal, environment editor
guardian.co.uk, Thursday 9 December 2010 10.51 GMT
Article history
Europe and a group of small island Pacific states have jointly proposed a new international treaty at the UN climate talks in Cancún, Mexico, to commit developing and developed countries to reducing their climate emissions, according to leaked documents seen by the Guardian and the Times of India.
The move has outraged many developing countries, including China, Brazil and India, who fear that rich countries will use the proposal to lay the foundations to ditch the Kyoto protocol and replace it with a much weaker alternative.
The new negotiating text could provoke the most serious rift yet in the already troubled climate talks because the Kyoto protocol is the only commitment that rich countries will cut their emissions.
(...)
http://www.guardian.co.uk/environment/2 ... ative-deal
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
O que é facto é que o clima US-China desanuviou desde Copenhaga. Não deve ser alheio ao "Jackie Chang" que os EUA escolheram para chefe da comitiva. Temos que lhes tirar o chapéu...
Para uma conferência que começou com expectativas tão baixas, ter os dois principais players a dizer que confiam em que algum acordo pode ser conseguido não é nada mau.
A ideia que me fica é que para os EUA tudo está bem até que se começa a falar de enviar dólares para alguém gastar sem ser com guerras. Se se encontrasse uma fórmula para prevenir aquecimento global sem gastar dinheiro havia já acordos por aí com fartura.
Se houvesse uma fórmula do tipo: "meninos!! toca a fechar os olhos e a pedir com muita força ao Pai Natal que traga frio do Polo Norte, e que esta marmelada do CO2 se afogue toda no buraco das torres gémeas!"
O problema destes americanos não era o Bush... É verem muitos filmes...
Para uma conferência que começou com expectativas tão baixas, ter os dois principais players a dizer que confiam em que algum acordo pode ser conseguido não é nada mau.
A ideia que me fica é que para os EUA tudo está bem até que se começa a falar de enviar dólares para alguém gastar sem ser com guerras. Se se encontrasse uma fórmula para prevenir aquecimento global sem gastar dinheiro havia já acordos por aí com fartura.
Se houvesse uma fórmula do tipo: "meninos!! toca a fechar os olhos e a pedir com muita força ao Pai Natal que traga frio do Polo Norte, e que esta marmelada do CO2 se afogue toda no buraco das torres gémeas!"
O problema destes americanos não era o Bush... É verem muitos filmes...
U.S. and China Narrow Differences at Climate Talks in Cancún
By JOHN M. BRODER, NY Times
Published: December 7, 2010
CANCÚN, Mexico — The United States and China have significantly narrowed their differences on the verification of reductions in greenhouse gas emissions, officials said, providing hope that a United Nations conference here on climate change can achieve some modest success.
The verification issue, which cuts deeply on matters of national sovereignty and international trust, was a major factor in the torpedoing of last year’s climate negotiations in Copenhagen. But China has since significantly softened its position and the United States has moderated its insistence on the issue.
The reduced friction between the two nations has greatly improved the mood here, and envoys from both expressed guarded optimism that a deal could be reached by the end of the conference on Friday.
“I do think there is an agreement to be had,” Todd Stern, the chief American climate change negotiator, said Tuesday, although he added, “At the same time there are a lot of difficulties, so we’ll have to see.”
Xie Zhenhua, China’s top climate envoy, also signaled a willingness to sign an accord here, as long as it met Chinese objectives on financial aid to developing countries, transfer of clean energy technology to poor nations and a continuing of discussions under the 1997 Kyoto Protocol. Speaking to the press on Monday, he pointedly did not raise verification or transparency issues as a barrier to the negotiations.
The overall talks are grinding on slowly, and there is some concern that with only three full negotiating days ahead, there will not be enough time to resolve differences on remaining issues like money, technology, adaptation, emissions reductions and forestry programs, the basic agenda of the climate negotiations.
(...)
Despite these disputes, the overall atmosphere of the talks is vastly improved from a year ago in Copenhagen, in large part because the United States and China are not at each other’s throats. Contributing to that more relaxed mood, the delegates are not awaiting the arrival of 140 heads of state, who flew into Copenhagen for the final hours of negotiations and raised the temperature beyond the boiling point.
(...)
http://www.nytimes.com/2010/12/08/scien ... nted=print
- Anexos
-
- Steven Chu - US Energy secretary.jpg (4.9 KiB) Visualizado 8332 vezes
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
"Qualquer acordo vinculativo está fora de questão"
08 Dezembro 2010 | 09:54
Ana Luísa Marques - anamarques@negocios.pt
Viriato Soromenho-Marques, coordenador científico do programa Gulbenkian Ambiente, afirma que “nem com um milagre seria possível alcançar um acordo vinculativo” na Cimeira de Cancún.
Soromenho-Marques admite que as suas palavras sobre a cimeira de Cancún são “desanimadoras” e concorda que se perdeu o “momentum” vivido em Copenhaga. No entanto, sublinha, que “mais do que a opinião pública, são os governos que se têm afastado do tema”.
O coordenador científico do programa Gulbenkian Ambiente critica muitos chefes de Estado por “ainda não terem percebido o que está realmente em causa” nestas negociações: “a relação entre o clima e a energia”.
Em entrevista telefónica ao Negócios, manifestou a sua “grande desilusão” com a administração Obama e com a Câmara dos Representantes na forma como trataram a questão das alterações climáticas.
“Obama definiu três grandes apostas mas a ordem das prioridades não foi a correcta. Em primeiro lugar, o sistema de saúde norte-americano, seguido pela regulação dos mercados financeiros e pelo ambiente.” Mas, “em matéria de ambiente, [a administração Obama] não conseguiu nada”.
E isto aconteceu, sublinha Soromenho-Marques, porque “pura e simplesmente não há figuras no Senado norte-americano suficientemente independentes das empresas petrolíferas”.
Quanto à Cimeira de Cancún, Soromenho-Marques não pede muito. “Pelo menos que se alcance um acordo sobre a destruição das florestas, em especial, tropicais e húmidas, que representam 15% das emissões de CO2 (superiores às emissões da União Europeia)”. “Se diminuirmos em 90% essas emissões era um grande passo em frente”, afirma.
Soromenho-Marques espera ainda um acordo sobre o fundo de financiamento, que permita que “os países mais pobres não se sintam excluídos”, e os meios de adaptação aos efeitos das alterações climáticas.
08 Dezembro 2010 | 09:54
Ana Luísa Marques - anamarques@negocios.pt
Viriato Soromenho-Marques, coordenador científico do programa Gulbenkian Ambiente, afirma que “nem com um milagre seria possível alcançar um acordo vinculativo” na Cimeira de Cancún.
Soromenho-Marques admite que as suas palavras sobre a cimeira de Cancún são “desanimadoras” e concorda que se perdeu o “momentum” vivido em Copenhaga. No entanto, sublinha, que “mais do que a opinião pública, são os governos que se têm afastado do tema”.
O coordenador científico do programa Gulbenkian Ambiente critica muitos chefes de Estado por “ainda não terem percebido o que está realmente em causa” nestas negociações: “a relação entre o clima e a energia”.
Em entrevista telefónica ao Negócios, manifestou a sua “grande desilusão” com a administração Obama e com a Câmara dos Representantes na forma como trataram a questão das alterações climáticas.
“Obama definiu três grandes apostas mas a ordem das prioridades não foi a correcta. Em primeiro lugar, o sistema de saúde norte-americano, seguido pela regulação dos mercados financeiros e pelo ambiente.” Mas, “em matéria de ambiente, [a administração Obama] não conseguiu nada”.
E isto aconteceu, sublinha Soromenho-Marques, porque “pura e simplesmente não há figuras no Senado norte-americano suficientemente independentes das empresas petrolíferas”.
Quanto à Cimeira de Cancún, Soromenho-Marques não pede muito. “Pelo menos que se alcance um acordo sobre a destruição das florestas, em especial, tropicais e húmidas, que representam 15% das emissões de CO2 (superiores às emissões da União Europeia)”. “Se diminuirmos em 90% essas emissões era um grande passo em frente”, afirma.
Soromenho-Marques espera ainda um acordo sobre o fundo de financiamento, que permita que “os países mais pobres não se sintam excluídos”, e os meios de adaptação aos efeitos das alterações climáticas.
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
Decorre o primeiro dia da Cimeira de "faz de conta que vamos discutir o clima"... Em Cancun...
Ainda assim, a ausência de expectativas quanto a um acordo pós-Quioto pode ter a virtude de reduzir a vertente "apocalíptica" que teve Copenhaga, que não sensibiliza ninguém, e só traz descrédito à ciência das alterações climáticas.
Ainda assim, a ausência de expectativas quanto a um acordo pós-Quioto pode ter a virtude de reduzir a vertente "apocalíptica" que teve Copenhaga, que não sensibiliza ninguém, e só traz descrédito à ciência das alterações climáticas.
Temas fortes de Cancún
29.11.2010 - 09:37 Por Ricardo Garcia
Florestas
A destruição das florestas contribui – pela redução da capacidade natural de absorção de CO2 – com 12 a 20 por cento das emissões globais de gases com efeito de estufa. Em Copenhaga, foi adoptado um acordo no sentido de se criar um mecanismo, conhecido pela sigla REDD+, de compensação financeira para os países que evitem a desflorestação ou a degradação das suas florestas. De Cancún poderão sair decisões sobre o funcionamento do REDD+, de modo a torná-lo operacional.
Financiamento
O Acordo de Copenhaga prevê apoios imediatas de 30 mil milhões de dólares (23 mil milhões de euros), entre 2010 e 2012, para os países em desenvolvimento, e 100 mil milhões de dólares (75 mil milhões de euros) por ano a partir de 2020. A arquitectura desta ajuda está, porém, por definir – se será criado um fundo próprio, quem o vai gerir, com que critérios. A origem do dinheiro também está em discussão. Em tese, os fundos devem ser adicionais à ajuda internacional já existente aos países mais pobres.
Protocolo de Quioto
O seu primeiro período de cumprimento expira em 2012 e até lá muito dificilmente haverá um novo tratado climático global em vigor. Países em desenvolvimento querem a adopção de um segundo prazo para Quioto, com novas metas de redução de emissões para os países ricos. A União Europeia está de acordo, mas desde que haja, paralelamente, compromissos globais para todos os países – dado que os Estados Unidos não integram o protocolo e outros grandes poluidores, sobretudo a China, não têm metas vinculativas de redução de emissões. O Japão já se manifestou contra um prolongamento de Quioto. Com tais divisões, é improvável um acordo neste campo em Cancún.
Transferência de tecnologia
Em Cancún, poderá ser decidida a criação de um mecanismo para facilitar o acesso dos países mais pobres a tecnologias para a redução de emissões – como energias renováveis ou processos industriais mais eficientes. O mecanismo será constituído por um comité executivo e por centro e uma rede de tecnologias climáticas. A ideia é ajudar os países em desenvolvimento a identificar as suas necessidades, difundir informações sobre tecnologias disponíveis e assegurar o seu desenvolvimento e implantação.
Emissões
O controlo de emissões de gases com efeito de estufa dos países desenvolvidos e em desenvolvimento estará sobre a mesa. Mas não se espera grande avanços quantos a metas concretas vinculativas. Os compromissos que há para o pós-2012 são, por ora, voluntários. E mesmo acerca destes há arestas a resolver quanto à sua monitorização e verificação – um tema que será discutido em Cancún. Há grandes divergências, com a China, em particular, relutante em submeter as suas políticas climáticas ao controlo internacional.
http://www.publico.pt/Mundo/temas-forte ... un_1468608
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
É possível salvar a Cimeira de Cancun?
22 Novembro 2010 | 20:47
Ana Luísa Marques - anamarques@negocios.pt
A cimeira de Cancun arrisca-se a ser uma repetição da cimeira de Copenhaga. Após o fracasso do COP15, as expectativas deram lugar ao pragmatismo e a algum pessimismo. O COP 16 começa a 29 de Novembro e prolonga-se até 10 de Dezembro. Os líderes mundiais têm duas semanas para recuperar as negociações sobre as alterações climáticas.
A 18 de Dezembro de 2009, a Cimeira de Copenhaga alcançou um acordo não vinculativo, forjado por apenas cinco países (Estados Unidos e China (os dois maiores poluidores do mundo), África do Sul, Índia e Brasil), que limitava o aumento da temperatura a 2ºC mas que não estabelecia qualquer ano para atingir o pico das emissões (que segundo os cientista deve ocorrer em 2020).
O acordo definia ainda a criação de um fundo de curto prazo de 30 mil milhões de euros para países pobres, que inclui as florestas. E um fundo de 100 mil milhões por ano a partir de 2020.
(...)
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=455153
O mau estado geral do planeta parece ser considerado um mero espinho espetado no dedo mindinho do pé direito da humanidade. A cada passo que damos causa uma ligeira impressão, como que a dizer que algo vai mal, mas nada de grave. Bota para a frente, que isso é que é caminho!!
O problema do aquecimento global está lá, mas neste momento não dá muito para lhe prestar atenção. O planeta está a tornar-se impróprio mas "ela há prioridades".
Alguém voltou a trás nas conclusões da Cimeira de Copenhaga? Nah...
Algum estudo cientifico relevante foi entretanto publicado? Nicles...
Algum dos 180 países recuou na sua preocupação de que há um problema grave pela frente? Népias...
Mas ninguém, no seu perfeito juízo, se vai comprometer a gastar mais um cêntimo que seja para reduzir o CO2, numa altura em que não há dinheiro para mandar cantar um ceguinho. A cimeira de Cancun vai dar para bronzear e pouco mais.
Ok... aceita-se que falar em reduzir emissões é inoportuno.
Mas uma coisa é certa... há um relógio por aí pendurado na Natureza que continua a fazer: tic-tac-tic-tac...
A hora de fazer contas com a Natureza chegará. Chega sempre...

- Anexos
-
- the_persistence_of_memory_1931_salvador_dali.jpg (18.28 KiB) Visualizado 8431 vezes
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Quico Escreveu:Com grande parte das economias europeias com deficits monstruosos e o "fresquinho" que tem estado este início de ano na Europa... começa a faltar quem queira dar para esse peditório.
Já se deu demasiado para esse peditório (mais de 200 milhões só no primeiro trimestre, em Portugal): http://ecotretas.blogspot.com/2010/04/quanto-custam-as-eolicas.html
Ecotretas
- Mensagens: 511
- Registado: 22/10/2008 22:08
- Localização: 16
Quico Escreveu:Com grande parte das economias europeias com deficits monstruosos e o "fresquinho" que tem estado este início de ano na Europa... começa a faltar quem queira dar para esse peditório.
Parece-me que a ideia é mais não dar nada a ninguém...
A government steering group will be established to ensure the delivery of this emissions target. The steering group will be chaired by the Energy and Climate Change Secretary Chris Huhne, and comprise representatives from key departments and the private sector.
The Prime Minister will write to all colleagues to reaffirm this shared commitment and invite them to bring forward their plans to help meet this common target.
(...)
“And to those who say this is insignificant, remember this: the UK’s public sector has a bigger carbon footprint than the entire waste industry; if we do this, we’ll cut the Government’s energy bills by hundreds of millions of pounds.”
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Google [Bot] e 174 visitantes