Ao minuto: Petróleo afunda 4% com anúncio de cessar-fogo. Israel acusa Irão de violar trégua

[Adrox]

Arrancou plano de remodelação de 26 escolas por todo o país.

Eu não acredito é que o plano de remodelação das escolas começe em Setembro...
Em vez de começar em Junho e aproveitar 4 meses de férias escolares e sem incomodar nng.

Pata, essa noticia é recente?


Cumprimentos.

[Crómio]

Por momentos pensei que fosse o regresso do JAM!

[silvaxico]

Ena Pata, foste buscar este tópico outra vez?


Neste caso, parece que o objectivo (além de ficar bem na fotografia para as próximas eleições) é dar as melhores condições possíveis aos alunos.

Como as obras são demoradas é possível que seja necessário haver um ano de sacrifício para que no próximo as condições sejam melhores.

Agora alguém devia era ter avisado o nosso PM...


O que me preocupa mais são as questões de longo prazo. O problema não é termos algumas escolas a funcionar em instalações provisórias (neste caso parece que é claro que é disso que se trata).

O grande problema é que para o ano a escola está pronta e o grau de exigência vai ficar na mesma (ou até baixar). Ou seja, apesar de ficarmos com edifícios mais adequados a escola vai formar cada vez pior os nossos filhos...

[Pata-Hari]

Educação: Arrancou plano de remodelação de 26 escolas por todo o país
Alunos têm aulas em contentores duram obras
"É ali que os alunos vão ter aulas? Pensei que fossem os contentoresdasobras." Uma gaffe de José Sócrates, à chegada ao Liceu Pedro Nunes, marcou ontem o arranque de uma visita a três escolas de Lisboa, que serão totalmente remodeladas.

Aiai...

Fonte, correio da manhã.

[Camisa Roxa]

Os professores ingleses também andam a inovar na correcção dos exames:

Pupils are being rewarded for writing obscenities in their GCSE English examinations even when it has nothing to do with the question.

One pupil who wrote “f*** off” was given marks for accurate spelling and conveying a meaning successfully.

His paper was marked by Peter Buckroyd, a chief examiner who has instructed fellow examiners to mark in the same way. He told trainee examiners recently to adhere strictly to the mark scheme, to the extent that pupils who wrote only expletives on their papers should be awarded points.(…)

To gain minimum marks in English, students must demonstrate “some simple sequencing of ideas” and “some words in appropriate order”. The phrase had achieved this, according to Mr Buckroyd.

The chief examiner, who is responsible for standards in exams taken by 780,000 candidates and for training for 3,000 examiners, told The Times: “It would be wicked to give it zero, because it does show some very basic skills we are looking for – like conveying some meaning and some spelling.

“It’s better than someone that doesn’t write anything at all. It shows more skills than somebody who leaves the page blank.”

Fonte

[silvaxico]

Desculpem ser chato, mas esta outra parte da notícia é algo perturbadora, mas bem indicativa da diferença entre o que se passa "cá" e "lá":

Quando Bogdan Litkovets chegou a Portugal tinha 5 anos. Na Ucrânia, onde nasceu, nessa idade os meninos já sabem ler. E ele sabia, ucraniano. Por isso a mãe, que era professora de música lá, ensinou-lhe a ler português em casa antes de ele entrar na 1.ª classe num colégio em São Pedro do Estoril, onde a família morava.

"Foi fácil", conta Alla Litkovetz, que se desdobra entre vários trabalhos como mulher a dias, dá aulas de piano e ainda ensina na escola ucraniana de Cascais. Mas teve mau resultado: a professora do filho mandou chamar Alla à escola e passou-lhe um raspanete. Bogdan era o único a saber ler e isso perturbava os colegas. "Uma história surreal".

[silvaxico]

Veja esta notícia do Diário de Notícias. Não a coloco toda aqui porque é muito grande.

Uma das coisas que impressionou quem foi a esta escola foi o seguinte:

Deixamos duas folhas de papel para escreverem o nome, a idade, há quantos anos aqui estão e o que querem ser quando crescerem. Meia hora depois, as folhas continuam intactas. Faz sentido, quando começamos a perceber estas comunidades. Na aula, é impensável fazer outra coisa que não seja ouvir a professora.

"Ainda não escrevi o meu nome, a professora começou logo a aula", sussurra Daryd Yarova, ucraniana, nove anos, há oito em Portugal.

Um papel a circular pela sala é algo que nos habituámos a ver nas salas de aula e em todos os graus de ensino portugueses. Os imigrantes dizem-nos que não é assim nas escolas da Europa do Leste. "A aula é para aprender. A professora não precisa de levantar a voz. Na escola portuguesa, a professora tem que ralhar para os alunos fazerem as coisas", diz em tom de crítica Bohdan Fedoryshyn, nove anos, há quatro em Portugal. Quer ser futebolistas e engenheiro.

É uma questão de atitude, de cultura, da importância que se atribui à educação. Bem diferentes do comportamento dos nossos alunos. "São realmente diferentes, muito trabalhadores e disciplinados. E sentem vergonha quando têm maus resultados, até porque vão logo para a via profissional. E são os próprios a dizer que os alunos portugueses têm uma atitude de desrespeito para com os professores", explica Isabel Policarpo, professora de Português na Escola 2, 3 de Delfim Santos, em Lisboa. As crianças do Leste estão entre os seus melhores alunos.

Não tenham dúvidas de que quem está melhor preparado para o futuro são eles, não somos nós nem os nossos filhos.


Notícia completa em
http://dn.sapo.pt/2008/06/21/centrais/c ... leste.html

[Pata-Hari]

Esses teus argumentos ignoram a realidade dos outros pura e simplesmente, são simplesmente egocentricos. Ignoram que os outros pagam o serviço que não têm, ignoram que os outros fazem acções de formação (ou melhor, aprendem word em casa!!!! ), são avaliados não de 4 em 4 anos mas sempre, ignoram que os outros também trabalham horas sem fim quando é necessário, ignoram que os outros também fazem formação, ignoram que os outros são avaliados todos santos dias pelos clientes que têm na sua mão o poder de criar uma enorme chatice e gerar o desemprego a quem trabalha. E que os outros apanham também com gente malcriada e mal disposta, com gente exigente, com gente burra, com gente sem escrupulos, com desonestos, com trapaceiros, com gente de má-fé e com gente agressiva.

Se te revolta o que não ganhas, é simples, basta mudares para o sector privado. Não argumentes que é por vocação que o fazes porque quem faz algo por vocação não se queixa do pagamento. Eu poderia ter empregos em que seria melhor paga mas não quero priscindir de fazer algo que gosto e de algumas vantagens que o meu emprego tem. Tem um custo económico que eu assumo sem culpar o mundo.

Adoro os comentários ao que eu pago e ao desprezo pelo meu dinheiro: é exactamente esse desprezo que faz com que seja imperativo necessário terminar com o que existe.

Se há gente (os previligiados) que estão dispostos a pagar mais do que 80% da população ganha (dados e números teus) para se ver livre do que este sistema produz, concordarás que provavelmente muita gente preferiria não ter que levar com o "serviço" que lhes é oferecido. Na finlandia as escolas publicas concorrem com as privadas, existe a escolha. À partida isso obriga a que as escolas tenham um nível correcto porque sem alunos não há escola. A hipotese de escolha, a livre concorrencia entre escolas e a autonomização das mesmas é crucial para saudavelmente se passe a eleger as melhores práticas.

Também não tenho mais nada a dizer relativamente a isto, o tema já se desviou dos exames deste ano e do que se pode extrair como conclusão dos resultados.

[devastador]

O modelo neoliberal está a ser posto hoje em causa.
Onde está a classe média? Quem recebe o dinheiro que quer?(resposta: os gestores)
É preciso que os estados INTERVENHAM para acabar com esta subida das matérias primas dos produtos alimentares... Não há outra forma se não queremos em todo o mundo um outro Outubro Vermelho...bem vermelho...
O estado é preciso...

[devastador]

Volto a repetir!!! Sempre fui avaliado!!!
Fui avaliado quando fiz um estágio, de quatro em quatro anos fiz acções de formação para mudar de escalão, onde era avaliado, o meu relatório de todo o trabalho desenvolvido era avaliado...
Em 2005 já tinha feito o que deveria ter feito até 2006, e mais do que o necessário!!
Fiz acções de formação em que tive que estar presente aos sábados... Fiz uma que era das 7:30 da noite ás 11 da noite. Depois descobri que foi para nada...
Tu és avaliada pelo resultado no teu trabalho porque SÓ TU és responsável pelo sucesso das TUAS aplicações.
Um professor não pode ser avaliado pelas notas dos alunos porque não resultam SÓ do seu trabalho!!

A avaliação no campo do ensino é muito mais difícil de ser feita de forma justa do que no teu local de trabalho, porque no ensino há muuuuitas variáveis a serem tomadas em conta. O problema desta avaliação é que esta não liga patavina nenhuma ao empenho ou não dos meninos dos papás. Até permite que os que deveriam ser avaliados passem a avaliadores...

Quanto à última intervenção, até percebo a tua raiva. Tu pagas impostos para garantir a educação dos outros (dos ranhosos, dos burros, dos sujos, dos...OUTROS), e pagas novamente para a educação dos teus filhos... Por isso é que defendes o cheque ensino, para assim poderes gastar o dinheirinho no colégiozinho... Deste modo não pagarias duas vezes (uma para o ensino dos outros e depois para o colégio). Só que os outros mesmo com o chequezinho não conseguiriam colocar o menino no colégio!!!
O ensino público é preciso!!
Uma revista do expresso afirmava que estrangeiros colocavam os seus filhos no ensino público e que não estavam arrependidos. Eles não entendiam porque é que muitos portugueses colocavam os seus filhos em colégios!! Na Áustria, por exemplo, ninguém colocava os filhos em colégios...´

Tu afirmas que pessoas pagam 500 euros por mês em colégios. Mas que pessoas??!!Mais de oitenta porcento da população não recebe isso por mês!!!

Justiça: 90% das reformas superiores a 5000 euros são de juízes.

Saúde:
Médicos fazem horas extras, fazem bancos atrás de bancos.
Outros entram no hospital colocam o dedinho da máquinazinha que confirma a sua presença e depois saem pela porta de cavalo e vão trabalhar para a clínica. o doente aparece no hospital e a enfermeira diz que o senhor doutor está a operar, que não pode aparecer...(ISTO foi dito por Médicos).

Nunca ganhei uma hora extraordinária, nunca ganhei dinheiro se não for trabalhar e termino dizendo que não terei uma reforma de 5000 euros.
REVÊ BEM AS TUAS PRIORIDADES...adeus…

[Pata-Hari]

Sim, o ódio deve-se a primeiro pagar impostos para também garantir a educação do sistema público e depois também pagar para não ter que usar o sistema público porque gosto dos meus filhos. É um bocado chato.

Aproveito para citar o que escreveu o incognitus acerca do tema:

"Os tipos podem esgrimir os argumentos que quiserem, mas tudo isto se resume a uma coisa: estão a rebentar com os próprios filhos ao argumentarem contra uma revolução do sistema. O sistema tem que ser destruído e construido um novo, porque aquilo é como se fosse um Rwanda para quem lá mete os filhos, é um massacre. Quase que digo que os Americanos nos deviam invadir para por fim ao desastre humanitário que o nosso sistema de educação é.

O argumento de que as pessoas pagam 500 Euros por mês para não sujeitar os filhos à carnificina educacional, deveria ser suficiente para qualquer um. Urge desmontar aquele monstro em particular, provavelmente urge mais do que os monstros da justiça e da saúde"

[Pata-Hari]

devastador, é triste que não entendas que o que eu disse e escrevi de modo aparentemente repetitivo mas não suficientemente claro foi que os exames não melhoraram nada até prova do contrário. Nem tu como professor, lamento.

E lamento informar-te que, além de ser administradora do fórum, sou também empregada de uma instituição privada. E o meu lugar está sempre em causa porque todos santos anos eu tenho objectivos que se não cumprir, fazem com que eu perca o meu emprego. Sou avaliada pelo que produzo, pelos clientes que angario e que não perco (sim, eu sou SEMPRE e diáriamente avaliada pelos clientes - sim, eu também acho isso chocante e injusto) e essa avaliação é depois feita igualmente pelos meus empregadores que, naturalmente, têm em conta as queixas que podem receber do meu trabalho. Será esse o caso dos profs da função pública?

Quanto ao fórum, se o fórum fosse o que cada um dos utilizadores quer, não seria o caldeirão. Seria o antigo fórum do negócios que exactamente não tinha moderadores. E, tal como no mercado, os participantes são livres de escolherem o fórum ou fóruns em que participam. Os que continuam por cá parecem apreciar o que está feito.

[devastador]

Pata, estás sempre a dizer o mesmo!!!
Eu gosto de trocar ideias com pessoas que têm a capacidade de mudar de opinião. Eu, muitas das vezes altero as minhas...Principalmente quando falo de situações que me passam ao lado...
Os professores em Portugal ganham bem!!!Mentira e já um dos administradores do fórum mostrou por A mais B que não...Eu tenho colegas que ganham 800 euros!!! Professores contratados, mas que são professores!!!
Porque é que crianças afirmam " Eu não estudo porque não preciso. O meu pai é PEDREIRO e ganha mais que o stor" .

Numa coisa estou de acordo contigo! Esta Ministra é BOA!
Graças a ela descobri que era mau professor de matemática e que tinha de me aplicar. Ela ajudou-me!! Obrigou-me a elaborar e a aplicar um Plano de Combate ao Insucesso na disciplina. Este foi muuuuito útil, pois os alunos melhoraram as famosas notas de exame e provas de aferição!!!
Agora já sou BOM professor Melhor que os extraterrestres dos Finlandeses!!!

No próximo ano penso que os alunos do 1º ano, antiga 1º classe, irão provar que são muito inteligentes(tipo Finlandês), e que conseguirão resolver os exames do 9º ano!!!
(Os do 2º ciclo já resolvem muitas dessas questões)

E viva o susexo!!!
Se os que participam neste fórum pudessem decidir quem era administrador do fórum, ou mandar-te para o desemprego, não falarias assim...
Mas olha que eu defendo a existência de alguém aqui no fórum que coloque ORDEM em tudo isto!!!
Gosto de ti, Pata, e sou professor por vocação!
Só uma questão. Será que esse ódio deve-se a um amor não correspondido? (Estava a brincar... )Um Xi...

[Pata-Hari]

silvaxico, com que frequência são feitos os testes de comparação internacional?

(de qualquer modo, milagres não existem e os alunos não recuperam nada de muito, muito significativo de um ano para o outro).

[silvaxico]

Mais do mesmo, agora com o exame do 9º ano

A Associação de Professores de Matemática (APM) considerou esta sexta-feira que o exame nacional de 9º ano da disciplina foi o «mais fácil» desde que a prova se realiza, sublinhando que algumas questões poderiam ser respondidas por alunos do 2º ciclo.

«Na generalidade, a prova é mais acessível e mais fácil do que nos anos anteriores. Algumas questões poderiam ser resolvidas por alunos do 2º ciclo», afirmou Sónia Figueirinhas, vice-presidente da APM, em declarações à Agência Lusa.

Perto de 100 mil alunos realizaram o exame nacional de Matemática, que se realiza desde 2005. O ano passado, 72,8 por cento dos estudantes tiveram nota negativa, quando em 2006 a percentagem de chumbos no teste situava-se nos 63 por cento.

«Em algumas questões ficou aquém das competências e conhecimentos que os alunos no final do 9º ano deveriam ter. Se em exames anteriores as questões eram mais elaboradas e difíceis, não há razão para que este ano também não fossem», acrescentou.

Sublinhando que o exame «não tem erros» e que os 90 minutos, mais 30 de tolerância, estão adequados para a realização da prova, a responsável salientou que em relação à geometria, por exemplo, o exame aponta «mais para nomes do que para competências».

«Há questões que outros ciclos de ensino saberiam resolver de certeza, mas a prova é sobre os conteúdos leccionados no 7º, 8º e 9º anos», lamentou.

Assim, a Associação de Professores de Matemática espera que haja «uma grande melhoria» nos resultados em relação a 2007, mas sublinha que as provas «não são comparáveis».

Já na quarta-feira, a Associação de Professores de Português lamentou que o exame nacional de 9º ano da disciplina, realizado nesse dia, incluísse matéria do 2º ciclo (5º e 6º anos), considerando que esta opção pode ser «excessivamente fácil para os alunos».

[Pata-Hari]

a ideia não está a ser passada, silvaxico. Ela está quanto muito a fazer o seu papel de self-marketing, autopromocional que lhe é fundamental se quer continuar a ter projecto politico. Os comentadores é que devem depois sublinhar o que é óbvio: que o nível não subiu porque num exame nacional os resultados absolutos foram menos maus que num outro anterior.

[silvaxico]

Pata, parece-te irrelevante o facto de a ministra estar a passar a ideia de que o nosso ensino está cada vez melhor quando se está a assistir a um destruir do (pouco) que tínhamos?

Será que o ensino é um sector assim tão pouco importante?

E será que nem um jornalista a questiona? Isto só me faz lembrar o schetch dos Gatos Fedorentos em que o Sócrates está a treinar os jornalistas...

[Pata-Hari]

Silvaxico, se calhar o facto de não se falar mais significa exactamente que isso é absolutamente irrelevante. E que toda a gente concorda que é irrelevante.

[silvaxico]

Sim, isso é óbvio. E? qual é a novidade?

Pata, a novidade, que não é novidade nenhuma, mas que a maioria das pessoas não vê, é que a comunicação social continua estranhamente calada. Porquê?

Será que nenhum jornalista vê aquilo que se tem dito sobre as provas? Porque é que continuam a deixar a ministra dizer as maiores barbaridades e não a questionam?

A quem interessa que isto continue assim? Qual é a "big picture"?

[kostta]

Kostta, decidam-se: ou os professores portugueses ganham bem ou mal. Se os finlandeses são muito bem pagos e ganham muito, muito menos que os portugueses então os portugueses são escandalosamente bem pagos. Ou então os professores finlandeses são muito mal pagos (porque são pagos pior que os tugas). Para mim essa frase basta para desacreditar quem escreve o resto do texto.

Os finlandeses podem não ter exames nacionais mas têm internacionais e aí, são quase imbativeis.

E sim, pelo menos têm exames nacionais de admissão às universidades.

eu apenas me limitei a transcrever.
quanto aos salarios, faz uma media da carreira e ve quem ganhas mais entao.

antigamente os profs protugueses so ganhvam mais que q media nos ultimos anos da carreira. a maior parte da carreira era feita abaixo da media da ocde.
com o novvo estatuto mais de 60% dos prof irá toda a vida ganhar abaixo da media

[Camisa Roxa]

«Já algumas (muitas vezes) dissemos aqui que a ministra da educação pratica todos os dias o crime de condenar gerações a uma vida de dificuldades e um país à pobreza eterna. Isto parece exagero, mas aquilo que o ministério da educação faz é exactamente isso. E hoje vamos prova-lo com dados públicos.

O facto é que perante as acusações de andar a facilitar para ter bons resultados, a ministra continua a negar dizendo que está a obter as melhores classificações de todos os tempos a matemática. Isso parece inquestionável, mas de que matemática está ela a falar?

Pois bem, aqui o camarada Toni (por ter o filho mais velho envolvido em provas de aferição) foi investigar um pouco das provas de aferição que o Ministério da Educação da República Portuguesa realizou este ano e no ano anterior. Pois bem, este ano encontrou na prova do 2º ciclo (2º do preparatório, segundo indicação do camarada tourais) a seguinte questão(clicar para aumentar) para, imagino, que o ministério da educação avalie se os alunos do 2º ciclo sabem fazer contas com fracções a partir de um boneco.

Dir-me-á o camarada leitor que tudo isto lhe parece demasiado fácil para um(a) marmanjo que anda no 2º ano, já com barba quase a crescer ou soutien de copa C. E é, parece que o ministério anda mais à procura de ter bons resultados que aferir o que quer que seja. E até aqui só parece.

A ministra Maria de Lurdes pode sempre alegar que os técnicos (esses génios da ciência moderna conhecidos por revogar a lei de Lavoisier nos exames portugueses) acham que esta é a melhor forma de aferir os conhecimentos e que é completamente falso que se diga que o ministério anda à procura de bons resultados e não de educar quem quer que seja.

Mas, sejamos um pouco mais inquisidores e vejamos a prova de aferição do 1º ciclo em 2007 (4ª classe) que o camarada leitor poderá ver a questão 5 que para aqui copiámos(clicar para ampliar). Pois é, camarada leitor, o mesmo problema, com algumas variações, servia em 2007 para aferir dos conhecimentos dos alunos do 1º ciclo, não do 2º ciclo. Assim, este ano só se pedia nesta parte que os alunos do antigo 2º ano tivessem conhecimentos ao nível da 4ª classe.


E dir-me-á o camarada leitor “mas oh Toni, os tipos do 2º ciclo não devem saber as coisas do 1º ciclo” ao que aqui o camarada Toni responderá ao camarada leitor “oh, caramelo, quantas vezes na tua vida escolar tiveste essa balda?”.
O facto é que assim se demonstra que os serviços da ministra Maria de Lurdes andam a facilitar ostensivamente nas provas de matemática para que a gaja venha encher a boca com números que não correspondem à realidade do conhecimento dos miúdos.

Num blog sério, que não é claramente o nosso caso, estaríamos aqui a pedir a demissão da ministra que, como todos sabem, equivale a sair do ministério para um canto qualquer bem pago onde passará o resto da sua pequenina vida profissional. Como não somos, mesmo um blog sério, quero o couro da gaja! Quero que seja condenada a uma vida de doméstica, com um lenço na cabeça a lavar chão de joelhos!»

http://tonibler.blogspot.com/2008/05/fa ... ooooo.html

[Pata-Hari]

Sim, isso é óbvio. E? qual é a novidade?

[silvaxico]

Os finlandeses podem não ter exames nacionais mas têm internacionais e aí, são quase imbativeis.

Mas é mesmo aqui que está o problema. A sra ministra não está a fazer nada para melhorar o desempenho dos nossos alunos nos exames internacionais.

Está simplesmente a exigir cada vez menos nos exames nacionais para assim poder dizer que melhorou os resultados.

[Pata-Hari]

Kostta, decidam-se: ou os professores portugueses ganham bem ou mal. Se os finlandeses são muito bem pagos e ganham muito, muito menos que os portugueses então os portugueses são escandalosamente bem pagos. Ou então os professores finlandeses são muito mal pagos (porque são pagos pior que os tugas). Para mim essa frase basta para desacreditar quem escreve o resto do texto.

Os finlandeses podem não ter exames nacionais mas têm internacionais e aí, são quase imbativeis.

E sim, pelo menos têm exames nacionais de admissão às universidades.

[Sei lá]

A entrevista de ontem merece ser vista, a mascara cai com uma facilidade gritante. Não admite perguntas que vão no sentido contrário da sua opinião...

http://sic.aeiou.pt/online/scripts/2007 ... x?videoId={3BD7E773-D1EC-498E-9F01-2753F930BC19}


Edit: Desculpem lá mas o link não funciona convenientemente. O conteudo dentro das chavetas é parte integrante do link.