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Caldeirão da Bolsa

TC declara cortes dos subsídios inconstitucionais

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 6/7/2012 18:37

pedrooa Escreveu:Quem é que usa sem pagar?
Deixa-me ver, os FP e os seus filhos. Só pode.


Todos aqueles a quem é concedida isenção do pagamento de propinas ou taxas moderadoras.
 
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por pedrooa » 6/7/2012 18:32

MarcoAntonio Escreveu:
Elias Escreveu:Hum, e consegues quantificar?


Números redondos sim, a SS+CGA representa um pouco mais de 20 mil milhões de euros, a maior parte dos quais é pensões/reformas (subsídios de desemprego ou doença são algo com 1 ou 2 mil milhões).

Números exactos para um dado ano só indo confirmar aos documentos, naturalmente.


E dessas, quantas não são pagas a pessoas que nunca descontaram durante a sua vida de trabalhador?
 
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por MarcoAntonio » 6/7/2012 18:22

Elias Escreveu:Hum, e consegues quantificar?


Números redondos sim, a SS+CGA representa um pouco mais de 20 mil milhões de euros, a maior parte dos quais é pensões/reformas (subsídios de desemprego ou doença são algo com 1 ou 2 mil milhões).

Números exactos para um dado ano só indo confirmar aos documentos, naturalmente.
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por pedrooa » 6/7/2012 18:13

Elias Escreveu:E depois tens a saúde e a educação em que acontece a mesma coisa: uns contribuem para outros poderem usufruir sem pagar.


Quem é que usa sem pagar?
Deixa-me ver, os FP e os seus filhos. Só pode.

Eu preferia é que o Governo em vez de pedir estudos técnicos e outras despesas ao privado usa-se a prata da casa com mais do que qualificações. Poupa-se muitos e muitos milhões.

migluso Escreveu:Não fazer depender o salário da produtividade é como um cancro para o desenvolvimento do pais.

Incrementar um modelo que desincentiva à produtividade é como um cancro para o desenvolvimento do país.

Até agora, os bons empregados (públicos e privados) e os bons empregadores (privados) pagaram todo este regabofe e desresponsabilização.

Parece que querem que continue. Até quando?


Eu concordo contigo. Mas se sem esse modelo na FP já só se promovem as cunhas quem te garante que não continua assim no modelo que sugeres?
É só dar os Muito Bons aos amigos e os bons continuam com os Bons e não são promovidos.

Falar é bom, mas ambos os modelos têm falhas grandes.

Elias Escreveu:Repara no seguinte: num relatório recente da comissão europeia (Janeiro 2011) sobre a forma de medir a pobreza, considera-se que esta deve ser medida através da privação de determinados bens, que incluem televisão a cores, máquina de lavar roupa, carro próprio e férias uma semana de férias fora de casa uma vez por ano. Quem não conseguir ter este tipo de coisas (e mais algumas), é considerado pobre.

E eu pergunto: é para isto que queremos o estado social? Para toda a gente poder ter carro próprio e ir viajar de férias? Quem não conseguir isto não tem uma 'vida digna'?


Se calhar o problema é mesmo esse. O Português não aguenta que o vizinho passe férias no Algarve e tem um bom carro. O que faz endivida-se para ter ainda melhor, ou seja, vai pra Rep Dominicana e compra 2 carros. Mesmo que não precise.

Mas aí a culpa é dos sucessivos Governos que não deu incentivou à poupança e dos Bancos que promoveram o consumo e o recurso ao Crédito facil.
 
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por pedrooa » 6/7/2012 18:02

LedZeplin Escreveu:Era o que faltava o Estado dizer-me a mim, empresário, não pagas os subsidis, mas tens que mos entregar a mim.

Os funcionário públicos como empregados do Estado, e parte da gordura do estado que paguem a crise.

Nota. Existem muitos funcionários públicos que nem merecem o vencimento, autenticos "******" de todos nós.


Claro.
Pois os culpados de tudo isto são os Funcionários Públicos que pagam todos os seus impostos e contribuições para a SS. São eles os culpados de muitos empresários viverem em grandes casa e carros e só declararem o SMN.
A culpa é dos jardineiros das camaras municipais e dos Assistentes que ganham o Salário Minimo Nacional.
A culpa é toda deles.
ABAIXO OS FUNCIONÀRIOS PÚBLICOS!
ABAIXO OS MÉDICOS.
ABAIXO OS ENFERMEIROS
ABAIXO OS PROFESSORES

ESSA ESCUMALHA!

:roll:

lfhm Escreveu:5. Se falam em disgualdades que acabem com a ADSE e as tabelas de descontos têm de ser iguais


Eles têm a ADSE mas sempre vão ao hospital não têm descontos, pagam como qualquer um.

6. As 37 horas têm de passar para 40 e na realidade para 60


Isto é o pensamento vingativo contra a Função Pública.
Em vez de lhes aumentar a carga horário, porque não diminuir a do sector privado?

lfhm Escreveu:O funcionário público tal como o cidadão português tem demasiados direitos para aquilo que produz.


Ora enumera algumas?

Elias Escreveu:Mas não podemos deixar de lado este aspecto: a parcela com maior peso na despesa do Estado são, de longe, as prestações sociais. E em relação a essas é preciso dizer que nem todos beneficiam - há muitos milhões que beneficiam, sem sequer ter de contribuir enquanto muitos outros estão a pagar, sem disso poder beneficiar. Essa é a verdade acerca do "Estado Social" e é bom que tenhamos noção que se chegámos a esta situação foi em grande parte devido a este modelo em que uns pagam para outros viverem sem pagar. E basicamente o que se pede agora com as medidas de austeridade (as presentes e as que aí vêm) é que aqueles que já pagam paguem ainda mais, de modo a que aqueles que não pagam possam continuar a viver sem pagar.


Quantos não usam as prestações sociais sem nunca sequer terem contribuidos com impostos ou contribuições para tal?

Eu também gostaria de fugir aos impostos e quando me reformar ter uma prestação social.

Seria bom um levamento do sigilo bancário para puder ver realmente quem foge ao Fisco. Como se faz na Suécia, esse país muito mais atrasado do que o nosso.
 
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por migluso » 6/7/2012 18:01

1. Every government can only spend what its economy generates in surplus.

2. Every government transfers risk and consequence from itself, its employees and its favored vested interests to the citizenry and taxpayers.

3. Every government collects and distributes the surplus of its private sector to its employees, favored constituencies and vested interests.

4. Since the government (State) promises guaranteed salaries, benefits and entitlements to its employees and favored constituencies, these individuals believe they are living in a risk-free Wonderland that is completely protected from the market economy.

.....

23. Risk cannot be eliminated by government mandate, it can only be transferred to others. No government entity can maintain a "risk-free" fortress outside the market forever. The moat around Wonderland will be drained or filled, regardless of what promises were made.

24. Government has no mechanism to transparently price risk, value and return on investment. The market will "discover" all these and re-set government services and salaries accordingly.


http://www.zerohedge.com/news/guest-pos ... ies-follow

O destaque é meu.

Este post assenta que nem uma luva à discussão, apesar de ser direccionado à realidade americana...
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por alexandre7ias » 6/7/2012 17:42

CDS acusa tribunal de induzir corte nos privados
Publicado hoje às 14:29
Hugo Filipe Coelho

Nuno Magalhães do CDS-PP
Nuno Magalhães acusou os juízes do Tribunal Constitucional de "induzirem" um corte nos subsídios dos trabalhadores do sector privado e de assumirem "poderes orçamentais".
Em conferência de imprensa, o líder parlamentar do CDS questionou os fundamentos do acórdão que declara inconstitucional os cortes nos subsídios do sector público e dos pensionistas.

Magalhães assegurou que o CDS respeita e acata a decisão do tribunal e não se comprometeu com nenhuma medida para compensar o aumento da despesa. "A alternativa "vai ser discutida no momento próprio e esse é o Orçamento do Estado para 2013", disse.

O líder centrista escusou-se a comentar as declarações do primeiro-ministro que, no momento em que soube da notícia do tribunal, admitiu alargar o corte a todos os contribuintes.

"O primeiro-ministro é líder do Governo. O CDS tem um acordo de governo. O que tiver a comentar fará nos locais próprios".

O PSD, pela voz do líder parlamentar, também se demarcou do acórdão do tribunal e atirou para o Orçamento do Estado de 2013 a apresentação de medidas que compensem a reposição dos subsídios.

Magalhães e Montenegro voltaram a insistir no princípio de que o país deve cumprir com a palavra dada, afastando, por enquanto, o alargamento do prazo de consolidação das contas.

"Ainda é possível chegar às metas", afirmou o deputado social-democrata.
.


Grande lata...não é preciso dizer mais nada para ver que tipo de gente nos governa
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por alexandre7ias » 6/7/2012 17:33

Miguel Cadilhe contra alargamento do corte dos subsídios ao sector privado

06-07-2012 | 16:45
Por Cristina Branco
O antigo ministro das Finanças Miguel Cadilhe não concorda com a possibilidade do alargamento de cortes dos subsídios ao sector privado.
Em entrevista à Renascença, Miguel Cadilhe afirma que “não veria bem” a criação de mais uma sobretaxa para compensar o veto do Tribunal Constitucional ao corte dos subsídios de férias e Natal dos funcionários públicos e pensionistas.
Para Miguel Cadilhe, o Governo tem de apostar no corte da despesa, o que não tem sido feito até ao momento.
“Isso tem de ser compensado com medidas correntes, sobretudo desejo que sejam do lado da despesa e desejo que tenham carácter estrutural. Quanto mais tarde o Governo for por aí pior e, agora, esta deliberação do Tribunal Constitucional vem mostrar que o Governo tem de passar o mais rapidamente possível a medidas desse teor. É preciso é coragem política e eu confesso que tenho visto muito muito pouco o Governo a actuar nessas áreas.”
O antigo ministro adverte que os cortes do lado da despensa “são medidas que também são dolorosas”.
“Olhe à sua volta e veja instituições públicas, serviços públicos, direcções-gerais, repartições, institutos públicos, observatórios, comissões, fundações, gabinetes, etc… tudo pendurado no Orçamento do Estado, e admito que muito do que aí está pode ser reduzido ou até eliminado. Não tenho dúvidas de que essa frente é, agora, primordial. Tornou-se imprescindível, urgente e um acto de muita coragem política”, desafia Miguel Cadilhe.
.

CES alerta para corte cego de subsídios no setor privado

Silva Peneda
Foto: Direitos Reservados
Silva Peneda lembrou que o corte destes subsídios no setor privado poderá ter efeitos dramáticos na procura interna.
O presidente do Conselho Económico e Social alertou para o risco que significa cortar de forma os subsídios de férias e Natal no setor privado, isto depois de o Tribunal Constitucional se ter oposto à supressão destes subsídios.

Silva Peneda espera que o Governo pondere muito bem esta questão, uma vez que os efeitos deste corte poder-se-ão fazer sentir na procura interna de forma dramática.

Sem querer debruçar-se sobre os aspetos jurídicos da decisão deste tribunal, este ex-ministro frisou que o «mercado interno está muito depauperado e uma medida deste género trará medidas muito negativas».

«Todos os restaurantes e todos os pequenos negócios sofreriam muito com a falta de procura», acrescentou Silva Peneda, que, contudo, admite que este corte, como seria feito num universo maior e por isso em menos tempo, poderia ter «efeito não tão forte» no mercado interno.
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por Elias » 6/7/2012 17:31

MarcoAntonio Escreveu:
Elias Escreveu:
artista Escreveu:Humm, a parcela maior é a das prestações sociais? Estás a falar do quê? reformas? Quanto a isso já várias vezes aqui escrevi que há muito que deviam ter sido cortadas, e não deveriam ser apenas dos 55 que levaram os trabalhadores no ativo!


reformas e não só: pensões, subsídios, rendimentos de inserção e o camandro.



Quero alertar que as reformas e pensões não estão inseridas no quadro que colocaste (estão inseridas porém no quadro das despesas na óptica da contabilidade nacional, que já integram a SS e CGA).


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por alexandre7ias » 6/7/2012 17:28

Artigo 22.º Responsabilidade das entidades públicas
O Estado e as demais entidades públicas são civilmente responsáveis, em forma solidária com os titulares dos seus órgãos, funcionários ou agentes, por acções ou omissões praticadas no exercício das suas funções e por causa desse exercício, de que resulte violação dos direitos, liberdades e garantias ou prejuízo para outrem.
Artigo 22.º alterado pelo n.º 1 do artigo 16.º da Lei Constitucional n.º 1/82, de 30 de Setembro, Primeira revisão da Constituição (DR 30 Setembro). Anterior n.º 1 do anterior artigo 21.º.
.
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por MarcoAntonio » 6/7/2012 17:28

Elias Escreveu:
artista Escreveu:Humm, a parcela maior é a das prestações sociais? Estás a falar do quê? reformas? Quanto a isso já várias vezes aqui escrevi que há muito que deviam ter sido cortadas, e não deveriam ser apenas dos 55 que levaram os trabalhadores no ativo!


reformas e não só: pensões, subsídios, rendimentos de inserção e o camandro.



Quero alertar que as reformas e pensões não estão inseridas no quadro que colocaste (estão inseridas porém no quadro das despesas na óptica da contabilidade nacional, que já integram a SS e CGA).
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por altrio » 6/7/2012 17:26

Elias Escreveu:
altrio Escreveu:O estado social deve tentar eliminar a miséria.


O problema da definição mantém-se.


Está aqui uma das Nações Unidas:

Absolute poverty is a condition characterized by severe deprivation of basic human needs, including food, safe drinking water, sanitation facilities,
health, shelter, education and information.
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman

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por Elias » 6/7/2012 17:22

altrio Escreveu:O estado social deve tentar eliminar a miséria.


O problema da definição mantém-se.
 
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por altrio » 6/7/2012 17:20

Elias Escreveu:
altrio Escreveu:O conceito deve evoluir com o tempo. Mas, por exemplo, uma criança a quem ninguém lhe dá uma refeição em casa, deve ter direito a almoçar na escola, de graça. Mesmo que os meus filhos não almocem na escola.


Pois é. O problema é exactamente esse: vai evoluindo com o tempo e o que hoje é para ricos, amanhã é para muitos e depois de amanhã é suposto ser para todos, pago com os nossos impostos.

Repara no seguinte: num relatório recente da comissão europeia (Janeiro 2011) sobre a forma de medir a pobreza, considera-se que esta deve ser medida através da privação de determinados bens, que incluem televisão a cores, máquina de lavar roupa, carro próprio e férias uma semana de férias fora de casa uma vez por ano. Quem não conseguir ter este tipo de coisas (e mais algumas), é considerado pobre.

E eu pergunto: é para isto que queremos o estado social? Para toda a gente poder ter carro próprio e ir viajar de férias? Quem não conseguir isto não tem uma 'vida digna'?


Também é bom que o conceito de pobreza já tenha evoluído para esse nível. No entanto, não penso que o estado social deva tentar eliminar a pobreza - não o consegue, porque os menos ricos seriam sempre apelidados de pobres. O estado social deve tentar eliminar a miséria.
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por artista_ » 6/7/2012 17:18

Elias Escreveu:E depois tens a saúde e a educação em que acontece a mesma coisa: uns contribuem para outros poderem usufruir sem pagar.


Estás a referir-te a quê em concreto? Não achas normal que todos contribuam para a saúde e educação de todos, mesmo os que vão pouco ao médico ou não têm filhos a estudar? Eu acho... e vou pouco ao médico e não tenho filhos!
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por artista_ » 6/7/2012 17:17

migluso Escreveu:A despesa não está criada, mas sim a dívida.?


Obviamente que houve um engano, queria escrever "dívida" e escrevi "despesa"!

migluso Escreveu:As despesas criam-se todos os dias e deviam ser passíveis de redução, incluindo do valor pago em salários.


Talvez... mas duvido que seja aí que está o maior problema já que eles representam pouco mais de 20% do bolo total!

migluso Escreveu:Não fazer depender o salário da produtividade é como um cancro para o desenvolvimento do pais.

Incrementar um modelo que desincentiva à produtividade é como um cancro para o desenvolvimento do país.

Até agora, os bons empregados (públicos e privados) e os bons empregadores (privados) pagaram todo este regabofe e desresponsabilização.

Parece que querem que continue. Até quando?


Pois, não sei... nem sei porque depreendes que achas que vai continuar?!

Eu acho que vai continuar porque vejo os mesmos vicios nos polítidos e na forma como são eleitos, não especialmente por algo debatido neste tópico!
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por Elias » 6/7/2012 17:03

altrio Escreveu:O conceito deve evoluir com o tempo. Mas, por exemplo, uma criança a quem ninguém lhe dá uma refeição em casa, deve ter direito a almoçar na escola, de graça. Mesmo que os meus filhos não almocem na escola.


Pois é. O problema é exactamente esse: vai evoluindo com o tempo e o que hoje é para ricos, amanhã é para muitos e depois de amanhã é suposto ser para todos, pago com os nossos impostos.

Repara no seguinte: num relatório recente da comissão europeia (Janeiro 2011) sobre a forma de medir a pobreza, considera-se que esta deve ser medida através da privação de determinados bens, que incluem televisão a cores, máquina de lavar roupa, carro próprio e férias uma semana de férias fora de casa uma vez por ano. Quem não conseguir ter este tipo de coisas (e mais algumas), é considerado pobre.

E eu pergunto: é para isto que queremos o estado social? Para toda a gente poder ter carro próprio e ir viajar de férias? Quem não conseguir isto não tem uma 'vida digna'?
 
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por altrio » 6/7/2012 17:01

Elias Escreveu:Convém começar por definir o que se entende por 'vida digna'...


O conceito deve evoluir com o tempo. Mas, por exemplo, uma criança a quem ninguém lhe dá uma refeição em casa, deve ter direito a almoçar na escola, de graça. Mesmo que os meus filhos não almocem na escola.
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por cjmbarbosa » 6/7/2012 16:57

Elias Escreveu:
altrio Escreveu:A redistribuição de riqueza é uma coisa boa: só quem não conhece situações de miséria é que pode estar contra o auxílio a quem não tem possibilidades de ter uma vida digna.


Convém começar por definir o que se entende por 'vida digna'...


Ter uma casa na quinta no lago...ser deputado da assembleia da republica...ter 5 milhões de € numa conta na suiça...e o governo pagar a divida que tem no BPN !!! :lol:
 
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por Elias » 6/7/2012 16:52

altrio Escreveu:A redistribuição de riqueza é uma coisa boa: só quem não conhece situações de miséria é que pode estar contra o auxílio a quem não tem possibilidades de ter uma vida digna.


Convém começar por definir o que se entende por 'vida digna'...
 
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por altrio » 6/7/2012 16:48

Elias Escreveu:reformas e não só: pensões, subsídios, rendimentos de inserção e o camandro.

E depois tens a saúde e a educação em que acontece a mesma coisa: uns contribuem para outros poderem usufruir sem pagar.


A redistribuição de riqueza é uma coisa boa: só quem não conhece situações de miséria é que pode estar contra o auxílio a quem não tem possibilidades de ter uma vida digna.

O problema é o modo como se faz - muitas vezes não é quem mais precisa que recebe os apoios, nem quem mais tem que os paga...
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por J9 » 6/7/2012 16:19

Elias Escreveu:
artista Escreveu:Humm, a parcela maior é a das prestações sociais? Estás a falar do quê? reformas? Quanto a isso já várias vezes aqui escrevi que há muito que deviam ter sido cortadas, e não deveriam ser apenas dos 55 que levaram os trabalhadores no ativo!


reformas e não só: pensões, subsídios, rendimentos de inserção e o camandro.

E depois tens a saúde e a educação em que acontece a mesma coisa: uns contribuem para outros poderem usufruir sem pagar.

E andamos sempre nisto.

Eu acho uma piada as pessoas começarem a mandar bitaites sobre que se devia cortar aqui e ali, mas poucas ou nenhumas pessoas conhecem a dimensão das parcelas e o impacto que determinados cortes têm na despesa global.

O quadro anexo foi retirado do documento oficial do OE para 2012, que pode ser consultado em http://static.publico.clix.pt/docs/econ ... OE2012.pdf


Excelente post!!!

Especialmente interessante a parte do passivo financeiro...
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por alexandre7ias » 6/7/2012 16:19

cjmbarbosa Escreveu:
JMHP Escreveu:
AutoMech Escreveu:
O pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade dos cortes dos subsídios foi entregue no tribunal a 19 de janeiro por um grupo de deputados do PS e do Bloco de Esquerda.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/pol ... -4072.html


É também de salientar que o TC levou quase 6 meses para se pronunciar. :roll: :roll: :roll:


A decisão chega esta semana porque caso chega-se uma semana mais cedo (30 de Junho) os cortes dos subsídios de 2012 teriam de ser devolvidos o que iria colocar o país sobre enorme pressão e possivelmente atirava a credibilidade externa do país para o nível da Grécia.


Porquê ?? Achas que não está ??
O defice sempre a derrapar...apesar das medidas de austeridade impostas...
Para onde está a ir o dinheiro ??
Isto está mais que visto que assim não vai lá !!!
.


Claro que não vamos lá e mesmo que roubem o meu sub também não vão lá porque já estou a tomar medidas de austeridade....além de me manifestar na altura certa, vou já começar os cortes para recuperar do roubo. Primeira vitima será a Zon.
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por migluso » 6/7/2012 16:11

artista Escreveu:Claro que é isso... a despesa está criada e todos temos de a pagar, onde é que está a dúvida? A única diferença é que tu achas que apenas uma parte dos contribuintes a devem pagar, apenas uma parte tem o dever de garantir uma série de serviços para todos... mais importante ainda, apenas uma parte é responsável pelo monstro criado! :roll:


A despesa não está criada, mas sim a dívida.

As despesas criam-se todos os dias e deviam ser passíveis de redução, incluindo do valor pago em salários.

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por Elias » 6/7/2012 16:05

artista Escreveu:Humm, a parcela maior é a das prestações sociais? Estás a falar do quê? reformas? Quanto a isso já várias vezes aqui escrevi que há muito que deviam ter sido cortadas, e não deveriam ser apenas dos 55 que levaram os trabalhadores no ativo!


reformas e não só: pensões, subsídios, rendimentos de inserção e o camandro.

E depois tens a saúde e a educação em que acontece a mesma coisa: uns contribuem para outros poderem usufruir sem pagar.

E andamos sempre nisto.

Eu acho uma piada as pessoas começarem a mandar bitaites sobre que se devia cortar aqui e ali, mas poucas ou nenhumas pessoas conhecem a dimensão das parcelas e o impacto que determinados cortes têm na despesa global.

O quadro anexo foi retirado do documento oficial do OE para 2012, que pode ser consultado em http://static.publico.clix.pt/docs/econ ... OE2012.pdf
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