Desemprego em Portugal
Pois ee !
ferradura Escreveu:O desemprego vai disparar, porque iremos assistir em Portugal a um aumento do mesmo só para meia dúzia de senhores ganharem mais.
Uma grande empresa que despede, só por despedir, para aumentar lucros tem de ser proibido.
MOTIVO ?
Porque quem vai pagar os sub de desemprego vai ser o contribuinte.
O empresário ou os grandes accionistas, mais nestes casos, têm de ser brutalmente penalizados.
Para casos de prejuízos, ou outros ainda me calo, mas pelo menos nestes 2 anos, deveria ser proibido e acabou.
Isto irá gerar cada vez mais desemprego, se não se coloca algum travão a isto.
A isso chama-se, dividir os sacrificios.
Proibido despedir em empresas onde vigorem regalias:Carro, combustivel, etc, etc.
Pelo menos estes 2 anos.
Primeiro tirar TEMPORARIAMENTE, as regalias, e só depois em ´´ultimo caso despedir.
Nao ee assim, devia ser, mas "eles" sabem que dando alguns resquiicios de regalias a uns tantos quadros meedios e instilado que estaa o medo de levar uma kickeirada e ficar no desemprego, as massas estao moles e, vee-se faacilmente, prontas a defender os que, de facto, recolhem as grandes benesses.
Vivemos num mundo (Portugal dos pequeninos) em que quem defende os previlegiados se sente jaa parte deles... assim se vendem VIPs, Caras, Cosmopolitans e outras revistas de jet7 e mariquices; quando digo que estes pobres-diabos julgam ter o "rei na barriga" refiro-me a esta gentalha que nem sabe a que classe pertencem.
Muitos destes jaa levaram com a paa e jaa mudaram de ideias... ee de crer que, com mais umas paazadas nesta pseudo classe-meedia (geralmente gente endividada e nao tem onde cair morta), a situac,ao sofra uma correcc,ao.
De resto eu quero que isto se lixe.
Querem chicote ? Entao deem o lombo.

- Mensagens: 2713
- Registado: 22/4/2003 23:12
artista Escreveu:E será que a única razão em todas as empresas e setores era essa? Acho que não podemos catalogar as coisas como se fossem todas iguais, haveria certamente muitas situações diversas...
Obviamente que não Artista. O problema é que a legislação rígida como estava protegia essencialmente o mau trabalhador permitindo-lhe, a partir do momento em que é efectivo, ocupar um lugar mesmo que deixe de produzir.
Era preciso ser mesmo muito burro com a legislação antiga para ser despedido (a não ser em casos de despedimentos colectivos ou despedimentos individuais por dificuldade financeira comprovada da empresa).
A consequência disso é que um bom trabalhador quando era despedido via-se negro para encontrar alternativas porque, além dos lugares estarem ocupados de forma vitalícia, as empresas têm medo em contratar. E quando o fazem é com os recibos verdes ou contratos a termo intermináveis. Está à vista de todos. Só não vê quem não quer ou quem nunca teve ao lado um colega que se está nas tintas e mesmo assim está ali de pedra e cal, intocável.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
O desemprego vai disparar, porque iremos assistir em Portugal a um aumento do mesmo só para meia dúzia de senhores ganharem mais.
Uma grande empresa que despede, só por despedir, para aumentar lucros tem de ser proibido.
MOTIVO ?
Porque quem vai pagar os sub de desemprego vai ser o contribuinte.
O empresário ou os grandes accionistas, mais nestes casos, têm de ser brutalmente penalizados.
Para casos de prejuízos, ou outros ainda me calo, mas pelo menos nestes 2 anos, deveria ser proibido e acabou.
Isto irá gerar cada vez mais desemprego, se não se coloca algum travão a isto.
A isso chama-se, dividir os sacrificios.
Proibido despedir em empresas onde vigorem regalias:Carro, combustivel, etc, etc.
Pelo menos estes 2 anos.
Primeiro tirar TEMPORARIAMENTE, as regalias, e só depois em ´´ultimo caso despedir.
Uma grande empresa que despede, só por despedir, para aumentar lucros tem de ser proibido.
MOTIVO ?
Porque quem vai pagar os sub de desemprego vai ser o contribuinte.
O empresário ou os grandes accionistas, mais nestes casos, têm de ser brutalmente penalizados.
Para casos de prejuízos, ou outros ainda me calo, mas pelo menos nestes 2 anos, deveria ser proibido e acabou.
Isto irá gerar cada vez mais desemprego, se não se coloca algum travão a isto.
A isso chama-se, dividir os sacrificios.
Proibido despedir em empresas onde vigorem regalias:Carro, combustivel, etc, etc.
Pelo menos estes 2 anos.
Primeiro tirar TEMPORARIAMENTE, as regalias, e só depois em ´´ultimo caso despedir.
- Mensagens: 786
- Registado: 5/4/2010 21:14
- Localização: 1
alexandre7ias Escreveu:
Correio Da Manha- na área opinião na versão mobile já agora.
Não consegues copiar o link? facilitava bastante, a ti e a quem quiser ir à fonte!

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
.alexandre7ias Escreveu:.Lei laboral low cost
29-03-2012 1:00:00
O ministro da Economia culpou ontem a "anacrónica " legislação pelo desemprego recorde. Um dado empírico desmente o académico Álvaro, porque Portugal na década de 90 conseguiu taxas próximas do pleno emprego com a velha lei laboral.
Provavelmente se a nova lei já estivesse em vigor, o desemprego ainda teria maiores proporções. Com despedimentos mais fáceis e mais baratos e uma lei que torna todos os contratos precários, cortar pessoal será cada vez mais a via preferencial para abater custos. E com tantos jovens, mesmo diplomados, dispostos a trabalhar por salários inferiores aos das empregadas domésticas, a nova lei é também a via verde para uma brutal redução de salários. Pobre Portugal low cost.
Like
Correio Da Manha- na área opinião na versão mobile já agora.
Ora...
artista Escreveu:AutoMech Escreveu:Deixem-me adivinhar. Não tem nada a ver com o facto de um funcionário, depois de efectivo, ser virtualmente impossível de despedir a não ser que a empresa esteja em dificuldades ou o gajo seja estúpido ao ponto de roubar ou bater num colega (e estas duas últimas não eram trigo limpo).
E será que a única razão em todas as empresas e setores era essa? Acho que não podemos catalogar as coisas como se fossem todas iguais, haveria certamente muitas situações diversas...
Tendo em conta o que o estado está a fazer aos professores contratados (é só um exemplo), imagino o que algumas empresas farão com pessoal sem qualquer tipo de qualificação e sem sindicato!?![]()
Mas mais uma vez reafirmo, eu não estou contra as alterações das leis laborais, nem sequer tenho uma opinião muito formada sobre o assunto. Mas que tenho quase a certeza que as situações de abusos vão aumentar isso tenho!
Claro que nao se pode meter tudo no mesmo pacote. Ha trabalhadores malandrecos e patroes exploradores.
O que se trata aqui ee de tentar antever, conhecida a mentalidade de uns e outros assim como a natural relac,ao de forc,as em conjunto com a situac,ao econoomica calamitosa do Paiis, qual o resultado desta nova legislac,ao.
Eu fico aa espera... felizmente nao dependo de uns nem de outros, mas nao deixa de me espantar o apoio quase visceral que alguns elementos dao a uma legislac,ao que, creio nao haver discussao sobre isso, desprotege ainda mais a condic,ao de trabalhador... espanta-me mas eu gosto. Como disse ee uma questao de esperar atee que alguns dos que acham muito ajustado este codigo laboral levem umas vassouradas e... quem sabe ? passem, no miinimo, a questionar uma legislac,ao com uma forte motivac,ao ideoloogica (liberal).
Mas cada um ee proo que nasce. Eu, se fosse rico, nao queria ser NEM patrao NEM trabalhador em Portugal. Alguns trabalhadores seriam terriiveis patroes (testemhunho pessoal), alguns patroes nao sabem nem mendar nem delegar (testemunho pessoal). E, pelo exemplo que se vai observando de elementos que vivem do seu salaario, vencimento ou jorna, fica-se a perceber como, depois de dividir o povo, tao faacil ee poo-los de rabito para o ar e com o tubo de vaselina esterilizada na mao. Estao mesmo a pedir tau-tau... ai estao estao !


- Mensagens: 2713
- Registado: 22/4/2003 23:12
AutoMech Escreveu:Deixem-me adivinhar. Não tem nada a ver com o facto de um funcionário, depois de efectivo, ser virtualmente impossível de despedir a não ser que a empresa esteja em dificuldades ou o gajo seja estúpido ao ponto de roubar ou bater num colega (e estas duas últimas não eram trigo limpo).
E será que a única razão em todas as empresas e setores era essa? Acho que não podemos catalogar as coisas como se fossem todas iguais, haveria certamente muitas situações diversas...
Tendo em conta o que o estado está a fazer aos professores contratados (é só um exemplo), imagino o que algumas empresas farão com pessoal sem qualquer tipo de qualificação e sem sindicato!?

Mas mais uma vez reafirmo, eu não estou contra as alterações das leis laborais, nem sequer tenho uma opinião muito formada sobre o assunto. Mas que tenho quase a certeza que as situações de abusos vão aumentar isso tenho!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Não sei porque é que havia falsos recibos verdes, pessoas 'emprateleiradas' e contratos a termo renovados vezes sem conta (e quando não podiam ser renovados novamente, mandavam embora as pessoas, mesmo sendo boas funcionárias). Porque será ?
Deixem-me adivinhar. Não tem nada a ver com o facto de um funcionário, depois de efectivo, ser virtualmente impossível de despedir a não ser que a empresa esteja em dificuldades ou o gajo seja estúpido ao ponto de roubar ou bater num colega (e estas duas últimas não eram trigo limpo).
Quem ouça os críticos parece que tínhamos uma legislação espectacular. Nada do que foi implementado é novidade na Europa. Andámos foi atrasados 30 anos.
Deixem-me adivinhar. Não tem nada a ver com o facto de um funcionário, depois de efectivo, ser virtualmente impossível de despedir a não ser que a empresa esteja em dificuldades ou o gajo seja estúpido ao ponto de roubar ou bater num colega (e estas duas últimas não eram trigo limpo).
Quem ouça os críticos parece que tínhamos uma legislação espectacular. Nada do que foi implementado é novidade na Europa. Andámos foi atrasados 30 anos.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Sinceramente neste assunto não percebi bem ainda onde é que isto nos vai levar. De uma forma geral concordo com as alterações às leis laborais, concordo que tem de se flexibilizar muita coisa. Mas estamos em Portugal e tenho quase a certeza absoluta que virão ai tempos de exploração dos trabalhadores, muitas delas sem qualquer necessidade.
Convém olhar para os dois lados para se ter uma visão melhor das coisas (isto parece aquele slogan do "Prós e Contras"), até porque o próprio estado já começou a dar exemplos pouco dignos em termos de tratamento dos seus trabalhadores!
Convém olhar para os dois lados para se ter uma visão melhor das coisas (isto parece aquele slogan do "Prós e Contras"), até porque o próprio estado já começou a dar exemplos pouco dignos em termos de tratamento dos seus trabalhadores!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
AutoMech Escreveu:alexandre7ias Escreveu:(...)
Like
Isto foi tirado de onde Alexandre ? Do site do Bloco de Esquerda ou do PCP ? É que se não foi, parece.
O Alexandre já foi "lembrado" para esse pormenor, penso que pelo Quico, mas provavelmente não percebeu...
Alexandre, é de bom tom, e são as regras correctas, quando se citam artigos, colocar um link (no fim ou no princípio) com a fonte do mesmo, para que qualquer pessoas veja de onde vem, e possa ir consultar ele próprio a infomação à origem (e eventualmente procurar mais dados).
E eventualmente, existe a questão de direitos de autor.
alexandre7ias Escreveu:.Lei laboral low cost
29-03-2012 1:00:00
O ministro da Economia culpou ontem a "anacrónica " legislação pelo desemprego recorde. Um dado empírico desmente o académico Álvaro, porque Portugal na década de 90 conseguiu taxas próximas do pleno emprego com a velha lei laboral.
Provavelmente se a nova lei já estivesse em vigor, o desemprego ainda teria maiores proporções. Com despedimentos mais fáceis e mais baratos e uma lei que torna todos os contratos precários, cortar pessoal será cada vez mais a via preferencial para abater custos. E com tantos jovens, mesmo diplomados, dispostos a trabalhar por salários inferiores aos das empregadas domésticas, a nova lei é também a via verde para uma brutal redução de salários. Pobre Portugal low cost.
Like
Isto foi tirado de onde Alexandre ? Do site do Bloco de Esquerda ou do PCP ? É que se não foi, parece.

No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
.Lei laboral low cost
29-03-2012 1:00:00
O ministro da Economia culpou ontem a "anacrónica " legislação pelo desemprego recorde. Um dado empírico desmente o académico Álvaro, porque Portugal na década de 90 conseguiu taxas próximas do pleno emprego com a velha lei laboral.
Provavelmente se a nova lei já estivesse em vigor, o desemprego ainda teria maiores proporções. Com despedimentos mais fáceis e mais baratos e uma lei que torna todos os contratos precários, cortar pessoal será cada vez mais a via preferencial para abater custos. E com tantos jovens, mesmo diplomados, dispostos a trabalhar por salários inferiores aos das empregadas domésticas, a nova lei é também a via verde para uma brutal redução de salários. Pobre Portugal low cost.
Like
.Tem entre 35 e 54 anos, escolaridade inferior ao 3º ciclo do ensino básico, está à procura de novo trabalho, inscreveu-se no centro de emprego há menos de um ano e é mulher. É o retrato-tipo do português desempregado em 2011 e podia muito bem ter sido tirado em Santarém.
Lurdes Martins tem 47 anos e está desempregada desde Fevereiro, mas já passou pela mesma situação várias vezes. Vai saltando entre empregos que lhe dão "óptimas cartas de recomendação", mas que a mandam embora quando os contratos a termo se esgotam.
Anda nisto desde que há 10 anos tomou uma decisão de risco. Farta do emprego de 16 anos no jornal "O Ribatejo", como administrativa e comercial, lançou-se numa "nova experiência" no estrangeiro. Partiu para separar sementes num laboratório holandês e voltou passados seis meses, quando os problemas de saúde da mãe lhe cortaram as asas.
"Começou aí a minha odisseia de emprego/desemprego", diz. Lurdes Martins acumulou experiências como empregada de consultórios, gerente de loja e auxiliar em lares.
Pelo meio ficou um divórcio, que precipitou a perda da casa para o banco quando faltavam sete anos para acabar de a pagar. Tem dois filhos, de 22 e 30 anos, que já não atrapalham na procura de emprego.
"As empresas estão mais receptivas agora a escolher pessoas que já têm os filhos criados, que já não faltam por maternidade e porque o filho está doente."
"Amanhã pode ser você a precisar"
Mesmo assim, Lurdes sabe que a idade é um peso e que ficar parada não é solução. Por isso, decidiu dar utilidade às insónias e, numa noite de Fevereiro, resumiu o currículo num papel e espalhou-o por Santarém a pedir "trabalho com urgência".
"Imprimi 250 folhinhas, peguei num rolo de fita-cola, pus um carapuço na cabeça, um cachecol, umas sapatilhas e toca de ir para a cidade durante a noite colar os meus papéis", conta com o sorriso de quem sabe que "parecia uma ideia maluca".
Alguns papéis foram arrancados e Lurdes reforçou a dose com mais 100, acrescentando-lhe uma pequena nota onde se podia ler: "A quem não interessar este apelo, agradeço que não o retire do local. Amanhã pode ser você a precisar". Nunca mais desapareceu nenhum.
Revoltada com o país
O desemprego feminino tem várias caras e há outra bem representativa a Norte. Na freguesia de Aver-o-Mar, na Póvoa de Varzim, Carla Cunha espera por uma mudança de maré há 22 meses consecutivos. Sobra-lhe um mês de subsídio de desemprego.
Foi costureira durante 20 anos na Maconde, uma empresa de referência na área do têxtil. Entrou em 1990, aos 14 anos. Saiu em 2010, quando a empresa fechou portas. Foi colocada noutra fábrica, que ao fim de quatro meses também fechou, e ficou "outra vez desempregada", lamenta, com o tom de quem já gastou o termo de tanto o proferir.
Carla está revoltada com "este país". Todos os dias varre a internet à procura de ofertas, mas aparecem-lhe sobretudo trabalhos em "part-time" ou a recibos verdes, que não chegam para pagar as contas.
Mais de metade das mulheres desempregadas em 2011 estavam nesta situação há um ano ou mais e é no Norte que o desemprego de longa duração tem um maior peso relativo. Aos 38 anos, Carla Cunha alimenta essa e outra estatística: a dos sete mil casais em que ambos os cônjuges estão desempregados. O marido não tem direito a subsídio de desemprego e já pediram "o social [Rendimento Social de Inserção]", mas ainda não tiveram resposta.
Com uma filha de cinco anos, os 419,10 euros que Carla recebe do subsídio de desemprego são o único rendimento de uma família com 300 euros da casa para pagar todos os meses. A vida deste casal da Póvoa de Varzim vai chegando a uma encruzilhada, que pode levá-los a virar as costas ao mar da Póvoa e a emigrar para França, à procura de "uma vida decente".
Falhar como mãe
Já para Lurdes Martins, a sorte pode estar a mudar. Começaram a nascer chamadas após os apelos que espalhou por Santarém.
Nas primeiras semanas, recusou ofertas que não compensavam em termos de distância ou salário, mas acabou por aceitar uma proposta inferior aos 430 euros que recebe de subsídio de desemprego - e aos quais ainda teria direito durante 750 dias. Lurdes não aguenta mais a pressão psicológica de estar desempregada e, em Abril, vai iniciar-se como gestora de condomínio.
Não há alívio na voz trémula que conta este desfecho. Lurdes está sobretudo resignada e sente-se traída pelo mercado de trabalho quando olha para trás. "Falhei como mãe, porque dei mais importância ao trabalho do que a estar mais tempo com os meus filhos. E isso eu hoje lamento."
Em Abril, quando começar o novo trabalho, Lurdes apaga o seu rosto do retrato-tipo do desempregado português.
Atomez Escreveu:ferradura Escreveu:Eu conheco uma empresa do PSI20 que teve lucros e pretende despedir, por motivos financeiros.
Penso que estamos a assistir a uma situação, que são os proprios empresários o problema, e não a solução.
Se despedirem para terem mais lucros, então é o estado que vai pagar mais sub de desemprego, e assim onerra-se o contribuinte para um empresário ganhar mais.
penso que está na hora de começarmos a fzer algo
Isso que defendes é a estratégia portuguesinha típica do deixa andar, não há-de ser nada, logo se vê e o pessoal só se mexe quando está com os pés para a cova, a corda na garganta, a água pelo queixo. E então já é tarde demais.
Se uma empresa mesmo tendo lucros verifica que está a perder competitividade face aos concorrentes (e a concorrência é mundial) tem que tomar medidas de imediato. Se está à espera de ter prejuízos, nessa altura já não tem sequer meios para dar a volta.
É claro que por cá quando estão à beira da falência vão é pedir subsídios, juros bonificados, benefícios fiscais, etc. Pagos por todos nós outros, claro... para ir mantendo de pé empresas-zombie.
.Trabalhadores reúnem-se em plenário para decidir futuro na empresa
Publicado ontem às 08:51
Foto: Paulo Spranger / Global Imagens
Os trabalhadores da Cerâmica Valadares reúnem-se, esta quarta-feira, ao início da manhã, em plenário, para decidir o que fazer perante a falha do compromisso da administração no pagamento dos salários em atraso, estando em cima da mesa a possibilidade de suspensão em massa dos contratos de trabalho.
Fonte da Comissão de Trabalhadores (CT) garantiu que, "face ao incumprimento patronal no pagamento do salário do mês de Fevereiro, e prestes a ser também o mês de Março e à decisão unilateral de parar a produção, fechar o refeitório e colocar a maioria dos trabalhadores em casa, sem qualquer fundamentação legal, os trabalhadores e a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom) decidiram fazer um plenário para decidir o futuro na empresa".
A administração havia prometido pagar os salários relativos a Fevereiro na passada sexta-feira mas essa situação acabou por não acontecer e até ao momento ainda está tudo por regularizar.
"Existem pessoas completamente desesperadas e dispostas a fazer tudo para resolver a situação. E é isso que vamos discutir no plenário. Queremos chegar a uma conclusão relativamente ao que vamos fazer porque esperar já não é solução. Foi isso que fizemos nos últimos meses e nada tem acontecido", explicou essa mesma fonte que esclareceu ainda: "Vamos reunir todos ao início da manhã e, às 11 horas, tornaremos pública a nossa decisão".
"A empresa está completamente parada em termos de produção mas todos os dias sai material para venda. É o que está em stock. Estão mais de cem pessoas em casa, com o futuro incerto, sem saber como vai ser o dia de amanhã e sem receber qualquer tipo de justificação da administração da empresa. É uma falta de respeito muito grande para com os trabalhadores, que já começam a ficar em situações muito complicadas nas suas vidas", garantiu ainda.
O representante da CT afirmou ainda que "a esperança de ver a situação resolver-se é cada vez menor" e esclarece: "A empresa só consegue sair desta situação se conseguir o financiamento que a administração garantiu ter pedido ao governo. Caso contrário, e infelizmente para todos os trabalhadores, não há grandes soluções à vista".
Ora cá esta um exemplo, neste caso são os trabalhadores a decidir o que os administradores não conseguem fazer ( devem querer CFN mais um pouco ) que é fechar de vez.
ferradura Escreveu:Eu conheco uma empresa do PSI20 que teve lucros e pretende despedir, por motivos financeiros.
Penso que estamos a assistir a uma situação, que são os proprios empresários o problema, e não a solução.
Se despedirem para terem mais lucros, então é o estado que vai pagar mais sub de desemprego, e assim onerra-se o contribuinte para um empresário ganhar mais.
penso que está na hora de começarmos a fzer algo
Isso que defendes é a estratégia portuguesinha típica do deixa andar, não há-de ser nada, logo se vê e o pessoal só se mexe quando está com os pés para a cova, a corda na garganta, a água pelo queixo. E então já é tarde demais.
Se uma empresa mesmo tendo lucros verifica que está a perder competitividade face aos concorrentes (e a concorrência é mundial) tem que tomar medidas de imediato. Se está à espera de ter prejuízos, nessa altura já não tem sequer meios para dar a volta.
É claro que por cá quando estão à beira da falência vão é pedir subsídios, juros bonificados, benefícios fiscais, etc. Pagos por todos nós outros, claro... para ir mantendo de pé empresas-zombie.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Pata-Hari Escreveu:ferradura Escreveu:Eu conheco uma empresa do PSI20 que teve lucros e pretende despedir, por motivos financeiros.
Penso que estamos a assistir a uma situação, que são os proprios empresários o problema, e não a solução.
Se despedirem para terem mais lucros, então é o estado que vai pagar mais sub de desemprego, e assim onerra-se o contribuinte para um empresário ganhar mais.
penso que está na hora de começarmos a fzer algo.
Penso que o desemprego vai saltar para os 16% este mês
Não percebi, era preciso terem prejuízo (e fecharem) para achares que deveriam agir? primeiro destruir e depois chorar? Preferes perder todos os empregos a perder uns tantos.
De repente veio-o à cabeça um grafiti ao pé de minha casa ao qual me apeteceu responder "um bocado de literacia não doía nada. Rezava o grafiti "por cada novo rico, um novo pobre". É surreal que se ache que uma empresa que dá lucro deva primeiro deixar de o ter para proteger empregos. Ferradura, só a riqueza gera a riqueza. Só a riqueza gera emprego. Só a riqueza e a boa gestão permitem a existência de empregos. A pobreza não gera NADA.
Exactamente Pata, se bem que empresas do psi 20 a despedir , como são quase todos monopolistas ou oligopolios nao tem muitas razões para tal a nao ser manter lucros a custa dos outros. Mas para o resto das empresas é bem verdade. Alias eu estou convencido que se a lei sobre trabalho e os impostos (contando com rendas e custos para empresas do psi20) fossem mais baixos a taxa de desemprego seria bem menor.
Quanto a quem pinta as paredes não percebo quem são: Democratas não são, Comunistas também tenho duvidas. Porque um comunista precisa ser muito cego e estupido para nao perceber que nessa teoria economica só os chefes é que vivem a grande. A nao ser que sejam os chefes a pintar as paredes.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
Lion_Heart
ferradura Escreveu:Eu conheco uma empresa do PSI20 que teve lucros e pretende despedir, por motivos financeiros.
Penso que estamos a assistir a uma situação, que são os proprios empresários o problema, e não a solução.
Se despedirem para terem mais lucros, então é o estado que vai pagar mais sub de desemprego, e assim onerra-se o contribuinte para um empresário ganhar mais.
penso que está na hora de começarmos a fzer algo.
Penso que o desemprego vai saltar para os 16% este mês
Não percebi, era preciso terem prejuízo (e fecharem) para achares que deveriam agir? primeiro destruir e depois chorar? Preferes perder todos os empregos a perder uns tantos.
De repente veio-o à cabeça um grafiti ao pé de minha casa ao qual me apeteceu responder "um bocado de literacia não doía nada. Rezava o grafiti "por cada novo rico, um novo pobre". É surreal que se ache que uma empresa que dá lucro deva primeiro deixar de o ter para proteger empregos. Ferradura, só a riqueza gera a riqueza. Só a riqueza gera emprego. Só a riqueza e a boa gestão permitem a existência de empregos. A pobreza não gera NADA.
.Nuno Pinto, 40 anos, está desempregado e pensa dar o único passo que lhe parece ser a solução para os seus problemas financeiros: declarar falência. Nuno, como muitos portugueses, tem a ‘corda ao pescoço’. Não tem rendimentos, vive da ajuda dos pais idosos e continuam a cair as contas dos créditos que contraiu antes de Portugal mergulhar em crise financeira. A Associated Press traça o retrato de um povo que conta cada vez mais casos de famílias a declararem falência.
Se antes poucos portugueses sabiam da possibilidade de as famílias declararem falência, hoje Portugal já regista um número de insolvências pessoais superior ao das empresas. No ano passado e pela primeira vez na história portuguesa, 55% das falências foram de pessoas singulares, escreve a AP numa reportagem que tem sido reproduzida na imprensa internacional.
«Tenho dívidas até ao pescoço», disse Nuno Pinto na sua visita à DECO para aconselhamento jurídico. Casado e com uma filha de nove anos, vai voltar a não pagar a prestação da casa, ficando à beira de uma acção de despejo iminente.
«Estou aqui para ver se consigo aquilo que é a minha última hipótese: abrir falência», disse Nuno à AP. Conseguir o processo de insolvência nos tribunais vai permitir-lhe negociar um plano de pagamento especial aos seus credores, resolvendo para já as suas preocupações mais urgentes.
A Associated Press refere que «as histórias como a deste homem não são difíceis de encontrar actualmente em Portugal, país com 10,6 milhões de pessoas que enfrentam as piores dificuldades da sua história recente».
Os portugueses estão a pagar um preço elevado pelo «falhanço» do país na última década, com uma economia que não registou praticamente nenhum crescimento na viragem do século.
Nuno Pinto é um dos mais de 670 mil portugueses que no ano passado falharam as suas obrigações. O problema não é só o desemprego, explica a reportagem da AP. «As medidas de austeridade incluíram muitos cortes no sector público. O Governo cortou apoios sociais e aumentou impostos, destacando-se o aumento do IVA da electricidade de 6 para 23%».
Depois das contas e impostos, pouco sobra no orçamento familiar das famílias de classe média para despesas básicas como alimentação e roupa.
Natália Nunes, uma das advogadas da DECO, disse à AP que a classe média é a que está a sofrer mais. A família típica que nos pede ajuda é constituída por casais entre os 35-45 anos com um filho e pouco mais de 1500 euros por mês. «Lembro-me de uma família com uma criança que esteve cá há pouco tempo e que disse que começa o mês com quatro ou cinco euros. Ouvimos esse tipo de histórias todos os dias».
David Justino, um serralheiro de 32 anos que trabalha a abrir portas em acções de despejo, contou à AP que chega a vestir coletes à prova de bala com medo das reacções. Mas refere que as famílias normalmente ficam-se pelas ameaças. O seu trabalho é duro: «Se fosse apenas despejar adultos não seria um problema. O que me incomoda é quando há crianças pequenas ou pessoas portadoras de deficiência».
AP/SOL
o que portugal precisava era de sair do euro e ter uma mega crise com muitas falencias no sistema financeiro, o estado claro teria de renegociar a divida, nacionalizar os bancos e fazer reformas a serio na economia e nas prestacoes sociais (tipo corta-las por metade)...
mas ninguem quer fazer nada por isso a crise vai-se arrastar e arrastar ate ficar insuportavel, o pouco que se faz culpa-se na "troika" e chamam-lhe de "imposicoes", nao temos vontade nenhuma de aprender com os erros, prevejo um pais mais e mais pobre...
mas ninguem quer fazer nada por isso a crise vai-se arrastar e arrastar ate ficar insuportavel, o pouco que se faz culpa-se na "troika" e chamam-lhe de "imposicoes", nao temos vontade nenhuma de aprender com os erros, prevejo um pais mais e mais pobre...
.Trabalhadores da Cerâmica de Valadares ameaçam bloquear entrada da fábrica
Publicado hoje às 12:26
Marta Neves
Os trabalhadores da Cerâmica de Valadares ameaçam bloquear, esta quarta-feira, a partir das 16 horas a entrada da fábrica. O ultimato dado à administração prende-se com os salários de fevereiro ainda em atraso.
Reunidos, esta quarta-feira de manhã, em plenário, os trabalhadores estabeleceram ainda até sábado o prazo final para que a administração pague os salários relativos ao mês de março.
Já na semana passada, fonte da comissão de trabalhadores tinha garantido que a administração andava há dias a prometer pagar o salário relativo a fevereiro.
Recorde-se que a administração da Cerâmica desmentiu, também na semana passado, que os trabalhadores tivessem sido mandados para casa, tendo-lhes sido propostas férias durante um período em que a fábrica se encontra em limpezas e "remodelações do processo de produção", algo que terá sido aceite por alguns e rejeitado por outros, que terão ficado a trabalhar.
Eu conheco uma empresa do PSI20 que teve lucros e pretende despedir, por motivos financeiros.
Penso que estamos a assistir a uma situação, que são os proprios empresários o problema, e não a solução.
Se despedirem para terem mais lucros, então é o estado que vai pagar mais sub de desemprego, e assim onerra-se o contribuinte para um empresário ganhar mais.
penso que está na hora de começarmos a fzer algo.
Penso que o desemprego vai saltar para os 16% este mês
Penso que estamos a assistir a uma situação, que são os proprios empresários o problema, e não a solução.
Se despedirem para terem mais lucros, então é o estado que vai pagar mais sub de desemprego, e assim onerra-se o contribuinte para um empresário ganhar mais.
penso que está na hora de começarmos a fzer algo.
Penso que o desemprego vai saltar para os 16% este mês
- Mensagens: 786
- Registado: 5/4/2010 21:14
- Localização: 1
.Segundo Manuel Sousa, do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, cerca de 100 trabalhadores já decidiram avançar para a suspensão do contrato coletivo de trabalho e outros 80 optaram pela rescisão, "por já não acreditarem no futuro da empresa". Os restantes ainda não decidiram, mas destes há 12 que estão com baixa médica. "Os trabalhadores andaram quatro meses a trabalhar de borla e estão fartos de serem enganados", referiu Manuel Sousa. Acrescentou que a empresa diz que "não tem dinheiro" para pagar os salários e que vai avançar com um plano de recuperação económica, no âmbito do processo de insolvência. "O que me parece é que há ali um buraco muito grande. Só em salários em atraso aos trabalhadores estamos a falar de cerca de dois milhões de euros", disse ainda. O sindicalista garantiu que até fevereiro a Eical trabalhou normalmente e nunca teve falta de encomendas, uma situação que nos últimos dias se alterou "radicalmente".
Além dos salários em atraso, os trabalhadores reivindicam ainda o pagamento dos seus direitos decorrentes da antiguidade na empresa, que em média é de 20 anos. Em comunicado hoje emitido, o Bloco de Esquerda (BE) de Barcelos manifesta a sua "preocupação" com a situação e apela ao Governo e à Câmara local para que "envidem todos os esforços para acautelar o futuro da empresa, garantindo aos trabalhadores os direitos". Segundo o BE, que hoje reuniu com os trabalhadores, estes "falam abertamente em má gestão e falta de confiança nos atuais gestores". A Lusa tentou ouvir a administração da Eical, mas sem sucesso.
.Quase 300 mil desempregados não tinham acesso a qualqeur espécie de subsídio de desemprego em Fevereiro, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto da Segurança Social.
Ainda de acordo com a Segurança Social, havia 351.959 beneficiários a receber prestações de desemprego no mês passado.
Destes, 289 mil recebiam subsídio de desemprego, 31,5 mil recebiam subsídio social de desemprego inicial e 31,1 mil recebiam subsídio social de desemprego subsequente.
De acordo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), no final de Fevereiro encontravam-se inscritos nos centros de emprego 648.018 desempregados.
Cruzando os dois números, chega-se a um total de 296.059 desempregados que, em Fevereiro, não recebiam qualquer subsídio.
Este número corresponde a uma ligeira redução face a Janeiro. No primeiro mês do ano, e ainda segundo os dados do ISS e do IEFP, havia 303.478 desempregados que não recebiam subsídio.
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Google [Bot] e 52 visitantes