Professores sem serviços mínimos, decisão Colégio Arbitral
Braguista Escreveu:lamecence Escreveu:É uma chatice os professores não fazerem greve nas férias dos alunos!!! É chato!!!!
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Todas as greves fazem-se quando estas podem ter impacto. Para não ter impacto não vale a pena fazê-las. Em todo o lado é assim. Se não querem e não gostam acabem com o direito à Greve.
Já agora... Podendo o dia dos exames de Português e Latim serem mudados para o dia 20 (proposto pelo colégio arbitral) porque razão o Governo manteve a data? Teimosia também à custa dos alunos?
http://www.dges.mctes.pt/guiaexames/cal ... fase1.html
Quer dizer... No 12ºAno, dois exames fundamentais, Português(17/06) e Matemática(25/06), tem um intervalo de 8 dias... propõe é que esse intervalo seja reduzido para 5 dias...
Sabe como diz o outro: pimenta na c* do preto é refresco!
Percebo e entendo perfeitamente as dificuldades, a ansiedade e a incerteza que esta greve provoca aos milhares de estudantes atingidos por ela.
Não sejamos no entanto ingénuos... As greves prejudicam sempre, com maior ou menor impacto,a vida das pessoas e das empresas.
Quem não é atingido infelizmente muitas vezes não liga nenhuma. É como diz o povo: com o mal dos outros podemos nós bem!
Apenas por curiosidade no ano passado o intervalo entre o exame de Português e Matemática foi apenas de 3 dias.
Português: 18/06 ; Matemática: 21/06
http://dre.pt/pdf2sdip/2012/02/030000000/0497104973.pdf
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MarcoAntonio Escreveu:Concordo com a generalidade das posições acima, independentemente das razões por detrás da greve, é uma péssima escolha realizar a greve durante os exames.
Mesmo do ponto de vista estratégico, duvido que fortaleça mais a posição dos professores do que a enfraquece...
Obviamente que eu aqui tenho de fazer uma declaração de interesses, embora na prática não exista já nenhum interesse para além do emocional!
Na minha opinião uma ação deste género só peca por tardia, embora eu fosse mais da opinião que se devia fazer uma greve numa altura qualquer por tempo indeterminado, enquanto o ministro não aceitasse negociar algumas coisas não havia aulas para ninguém... tenho é alguma mágoa porque enquanto o ministério malhou apenas nos contratados ninguém se mobilizou para nada, e as injustiças foram claramente maiores e mais graves!
Esta greve tem desde já a virtude de obrigar o ministro a aparecer, até agora esteve-se a marimbar para os professores, ele que antes de ser ministro, dizia que não se podia reformar a educação contra aqueles que são a estrutura do sistema, os professores!

É chato? é mais do que isso, é muito grave, mas este governo, este ministério em particular, precisa de um "abanão", há anos que andam a pedi-las, agora têm tudo de uma vez, é bem feito! As alterações que estão a fazer não prejudicam apenas os professores, dão cabo da escola pública! Nem vale a pena entrar em muitos pormenores, se o fizesse teria de escrever um livro... também não pretendo responder a muita gente em relação à minha posição, por isso escusam de me "picar", não estou para ai virado!

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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aaugustobb Escreveu:FAZEM GREVE:
-os camionistas quando o paìs está inundado de mercadorias
-os médicos quando não existir ninguem doente ou os hospitais estiverem vazios
-os transportes de passageiros nos fins de semana ou nos horarios noturnos
-os policias quando os criminosos estiverem todos dentro
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Não está em questão o direito à greve. O repúdio é marcarem a greve na época de exames. Estamos a falar de algo muito importante que pode, e irá, com certeza definir o futuro de pessoas(alunos)...é difícil perceber?!?
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Enclavado Escreveu:A perseguição aos docentes começou com Sócrates; congelamento de salários durante dois anos e meio, aumento de horários, com inúmeros cargos de coordenação e outros de acompanhamento a alunos a passarem para a componente não letiva de estabelecimento, criada nesta altura, fazendo aumentar as turmas a lecionar e, consequentemente, o trabalho com a correção de testes e com a preparação de aulas. Aumento brutal do número de reuniões semanais a realizar para resolver as inúmeras responsabilidades educativas e sociais que entretanto foram chegando às escolas, na sequência da chamada escola a tempo inteiro. Entretanto, a maioria dos professores passou a trabalhar mais de 35 horas na escola e quase outro tanto em casa, se considerarmos os picos de trabalho nos períodos de avaliação e os dividirmos pelas várias semanas do período. A burocracia tem aumentado sempre desde então. O aumento da idade da reforma, que passou dos 36 anos de serviço, média dos 58 anos para os 65 frustrou as expectativas de muitos professores que, legitimamente, viam reconhecido o enorme desgaste da profissão. A campanha então encetada de desvalorização dos docentes aumentou brutalmente a indisciplina e o desrespeito pelos docentes dificultando muito o seu trabalho. Uma avaliação injusta foi implementada, destruindo o trabalho cooperativo, colocando docentes contra docentes.
Com este governo continuou o congelamento, o descongelamento entretanto operado não foi suficiente para a progressão dos docentes avaliados com excelente e muitos estão no mesmo escalão há mais de 10 anos. Vieram os cortes de salários até 10%, depois os cortes nos subsídios, entretanto os professores ganham hoje muito menos do que em 2005. A criação de agrupamentos eliminou muitos postos de trabalho e fez aumentar muito o trabalho burocrático dos docentes, que são cada vez menos nas escolas e vêm o seu trabalho aumentar atá ao impossível. A saída para a reforma de muitos docentes no limite, com forte penalização, retirou milhares de docentes das escolas nos últimos 2 anos. Para diminuírem o número de contratados, aumentaram o número de alunos por turma, mesmo nas turmas com alunos que necessitam de intervenção em educação especial. Eliminaram disciplinas do currículo e existência de par pedagógico em disciplinas de trabalho prático, onde é necessário acompanhar individualmente o trabalho dos alunos durante toda a aula. A despesa com educação em percentagem do PIB foi reduzida em dois pontos percentuais. Ainda tiveram a lata de dizer que os docentes deveriam aguentar isto tudo, porque manteriam o “privilégio” de não serem despedidos. Os do quadro evidentemente, porque há contratados com mais de 20 anos de serviço, que foram sumariamente dispensados no último ano, na ordem dos milhares. Porque ainda acham que não chega, e a conversa é sempre como se não tivesse havido corte nenhum até ao momento, vêm com a cereja; vamos aumentar ainda mais o horário de trabalho e os que ficarem sem horário letivo vão ter que se deslocar para uma qualquer escola do território, sem qualquer compensação, em alternativa terão o despedimento, perdão “a requalificação”. Acham que os professores são piegas? Os professores estão muito preocupados com os seus alunos, ao contrário dos governantes, são eles que nas escolas lhes matam a fome e que fora das aulas tentam arranjar roupa para distribuir por alunos de famílias que se viram desprovidas até da dignidade, nos últimos 2 anos. Os professores estão exaustos de tanta mentira, de tanta falsidade, de campanhas hediondas de despromoção de uma classe, que um país não pode desperdiçar. São o bode expiatório de um governo que, não conseguindo cortar onde devia, reduzirá a educação ao mínimo, não através de um amplo debate junto dos cidadãos sobre o tipo de educação que se pretende, mas humilhando os docentes todos os dias.
Parei de ler aqui...
E mais anedotas sabes?
“Buy high, sell higher...”.
FAZEM GREVE:
-os camionistas quando o paìs está inundado de mercadorias
-os médicos quando não existir ninguem doente ou os hospitais estiverem vazios
-os transportes de passageiros nos fins de semana ou nos horarios noturnos
-os policias quando os criminosos estiverem todos dentro

-os camionistas quando o paìs está inundado de mercadorias
-os médicos quando não existir ninguem doente ou os hospitais estiverem vazios
-os transportes de passageiros nos fins de semana ou nos horarios noturnos
-os policias quando os criminosos estiverem todos dentro




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Concordo com a generalidade das posições acima, independentemente das razões por detrás da greve, é uma péssima escolha realizar a greve durante os exames.
Mesmo do ponto de vista estratégico, duvido que fortaleça mais a posição dos professores do que a enfraquece...
Mesmo do ponto de vista estratégico, duvido que fortaleça mais a posição dos professores do que a enfraquece...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
lamecence Escreveu:É uma chatice os professores não fazerem greve nas férias dos alunos!!! É chato!!!!
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Todas as greves fazem-se quando estas podem ter impacto. Para não ter impacto não vale a pena fazê-las. Em todo o lado é assim. Se não querem e não gostam acabem com o direito à Greve.
Já agora... Podendo o dia dos exames de Português e Latim serem mudados para o dia 20 (proposto pelo colégio arbitral) porque razão o Governo manteve a data? Teimosia também à custa dos alunos?
http://www.dges.mctes.pt/guiaexames/cal ... fase1.html
Quer dizer... No 12ºAno, dois exames fundamentais, Português(17/06) e Matemática(25/06), tem um intervalo de 8 dias... propõe é que esse intervalo seja reduzido para 5 dias...
Sabe como diz o outro: pimenta na c* do preto é refresco!
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Incompreensivel a posição dos professores
Mancham uma imagem já de si ,pouco limpa.
Perdem o respeito dos alunos e dos pais.
Eu por exemplo tirei uma semana de ferias , correndo o risco de ser despedido ( acreditem) para dar apoio á minha filha (Transporte) e agora corro o risco de essa semana ter sido em vão.
Viva a quintinha dos professores
Perdem o respeito dos alunos e dos pais.
Eu por exemplo tirei uma semana de ferias , correndo o risco de ser despedido ( acreditem) para dar apoio á minha filha (Transporte) e agora corro o risco de essa semana ter sido em vão.
Viva a quintinha dos professores
É uma chatice os professores não fazerem greve nas férias dos alunos!!! É chato!!!!
Todas as greves fazem-se quando estas podem ter impacto. Para não ter impacto não vale a pena fazê-las. Em todo o lado é assim. Se não querem e não gostam acabem com o direito à Greve.
Já agora... Podendo o dia dos exames de Português e Latim serem mudados para o dia 20 (proposto pelo colégio arbitral) porque razão o Governo manteve a data? Teimosia também à custa dos alunos?

Todas as greves fazem-se quando estas podem ter impacto. Para não ter impacto não vale a pena fazê-las. Em todo o lado é assim. Se não querem e não gostam acabem com o direito à Greve.
Já agora... Podendo o dia dos exames de Português e Latim serem mudados para o dia 20 (proposto pelo colégio arbitral) porque razão o Governo manteve a data? Teimosia também à custa dos alunos?
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ZangDout Escreveu:Sinceramente, e pedindo já desculpa ás sensibilidades feridas, na minha opinião um professor que fizesse greve quando chegasse no dia seguinte ao local de trabalho devia ter um substituto no seu lugar.
O problema está quando se começa a abusar dos direitos que se têm.
Um dia chegará a concorrência também...
Pena é não ser a totalidade das classes da função publica...medicos, enfermeiros, juizes...acabar com o corporativismo.....
Um dia virá....um dia virá.
Cumprimentos
Re
Lamento imenso dizer isto mas os professores estão à beira de perder a compreensão e apoio dos únicos que sempre os apoiaram, ou seja alunos e pais.
Tenho um filho que irá fazer exames (ou ia) do 12º ano, considera-se traído (e eu também) por ter comprado e pago um produto que o vendedor agora se recusa a entregar.
Vergonhosa esta atitude dos professores que aderirem, eu pessoalmente acho que a maioria não irá fazer greve, acho insólitos alguns dos motivos da greve, se o governo não fizer o que eles querem recusam-se a fazer aquilo para o qual são pagos, eu até poderei entender e apoiar alguns dos motivos, mas usar crianças como vingança ?
Ou será que a data da greve coincidiu sem querer com exames ?
Não podiam usar outras datas ? Por exemplo a organização do início do novo ano escolar que faria provavelmente maior mossa ?
Será que já se aperceberam que poderão estar a fazer campanha a favor de um tipo que deve querer ser secretário geral do PC usando os nossos filhos para tal ?
Bem, fico por aqui antes que escreva mais alguma coisa de que me venha a arrepender....
Cump.s
Tenho um filho que irá fazer exames (ou ia) do 12º ano, considera-se traído (e eu também) por ter comprado e pago um produto que o vendedor agora se recusa a entregar.
Vergonhosa esta atitude dos professores que aderirem, eu pessoalmente acho que a maioria não irá fazer greve, acho insólitos alguns dos motivos da greve, se o governo não fizer o que eles querem recusam-se a fazer aquilo para o qual são pagos, eu até poderei entender e apoiar alguns dos motivos, mas usar crianças como vingança ?
Ou será que a data da greve coincidiu sem querer com exames ?
Não podiam usar outras datas ? Por exemplo a organização do início do novo ano escolar que faria provavelmente maior mossa ?
Será que já se aperceberam que poderão estar a fazer campanha a favor de um tipo que deve querer ser secretário geral do PC usando os nossos filhos para tal ?
Bem, fico por aqui antes que escreva mais alguma coisa de que me venha a arrepender....
Cump.s
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- Registado: 7/2/2005 18:06
Excelente esta carta do aluno grego. Toca em pontos fundamentais e de uma dimensão enorme.
Os que por aqui "compram" a conversa do Governo, era bom que refletissem numa dimensão mais ampla e discutissem o assunto numa perpetiva evolutiva e histórica,
Os professores estão fartos de lutar e de terem em consideração os interesses dos alunos. A educação ainda funciona em Portugal, porque os professores, numa larguíssima maioria, tem imenso respeito pela sua profissão e por aqueles a quem se destina o seu trabalho diário.
Os politicos transformaram as escolas em depósitos de crianças e jovens, com o beneplácito duma sociedade instruída para não reletir nem protestar!!!
Deixem-se lá de discutir a "estória" do público versus privado. Esta é a estratégia do Governo para dispersar a atenção sobre o cerne da questão.
Só vejo os contratos com o poder financeiro serem escrupulosamente cumpridos. Os que existem com pessoas, sim pessoas, esses não valem nada!!!
Miséria de País...miséria de povo que se deixa des(governar) por gente sem princípios, que mentem descaradamente todos os dias e que o povo aceita com um determinismo atroz!!!
Se fossemos um povo instruído e educado, nada disto aconteceria. Nos países nórdicos era inimaginável. mas os portugueses, esse povo espertíssimoa, acha que a educação é uma coisa de somenos importãncia, e o que importa , afinal, é a quanti dade de notas que se contam no final de cada mês, independentemente de provirem de trabalho honesto...ou DESONESTO.
Os que por aqui "compram" a conversa do Governo, era bom que refletissem numa dimensão mais ampla e discutissem o assunto numa perpetiva evolutiva e histórica,
Os professores estão fartos de lutar e de terem em consideração os interesses dos alunos. A educação ainda funciona em Portugal, porque os professores, numa larguíssima maioria, tem imenso respeito pela sua profissão e por aqueles a quem se destina o seu trabalho diário.
Os politicos transformaram as escolas em depósitos de crianças e jovens, com o beneplácito duma sociedade instruída para não reletir nem protestar!!!
Deixem-se lá de discutir a "estória" do público versus privado. Esta é a estratégia do Governo para dispersar a atenção sobre o cerne da questão.
Só vejo os contratos com o poder financeiro serem escrupulosamente cumpridos. Os que existem com pessoas, sim pessoas, esses não valem nada!!!
Miséria de País...miséria de povo que se deixa des(governar) por gente sem princípios, que mentem descaradamente todos os dias e que o povo aceita com um determinismo atroz!!!
Se fossemos um povo instruído e educado, nada disto aconteceria. Nos países nórdicos era inimaginável. mas os portugueses, esse povo espertíssimoa, acha que a educação é uma coisa de somenos importãncia, e o que importa , afinal, é a quanti dade de notas que se contam no final de cada mês, independentemente de provirem de trabalho honesto...ou DESONESTO.
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- Registado: 23/1/2006 23:54
- Localização: Vila do Conde
Não percebo tanto ênfase nos alunos como os prejudicados! é o Governo, é o Presidente da República, é o Marcelo e, à custa destes, todos os "treinadores de bancada".
Muitos parecem "treinadores de bancada", opinam sem nada perceber do que está em jogo e da realidade atual do ensino.
Quem sai prejudicado quando outras classes fazem greve e a quem é que servem?
Como em todas as outras classes existem bons e maus profissionais mas, muito mal se tem falado desta classe, não sei se por inveja ou por algum trauma mal resolvido.
Como costumo dizer, se a vida de professor é tão boa, nada se faz, ganha-se bem, trabalha-se pouco (3 meses de férias por ano), etc... porque razão não foram todos, os "treinadores de bancada" para professores.
Muitos parecem "treinadores de bancada", opinam sem nada perceber do que está em jogo e da realidade atual do ensino.
Quem sai prejudicado quando outras classes fazem greve e a quem é que servem?
Como em todas as outras classes existem bons e maus profissionais mas, muito mal se tem falado desta classe, não sei se por inveja ou por algum trauma mal resolvido.
Como costumo dizer, se a vida de professor é tão boa, nada se faz, ganha-se bem, trabalha-se pouco (3 meses de férias por ano), etc... porque razão não foram todos, os "treinadores de bancada" para professores.
Editado pela última vez por HJOR em 11/6/2013 21:13, num total de 1 vez.
The trend is your friend until it ends. Until then, let the profits run.
Gann Rule #23: Never change your position in the market without a good reason.
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Enclavado Escreveu:A perseguição aos docentes começou com Sócrates; congelamento de salários durante dois anos e meio, aumento de horários, com inúmeros cargos de coordenação e outros de acompanhamento a alunos a passarem para a componente não letiva de estabelecimento, criada nesta altura, fazendo aumentar as turmas a lecionar e, consequentemente, o trabalho com a correção de testes e com a preparação de aulas. Aumento brutal do número de reuniões semanais a realizar para resolver as inúmeras responsabilidades educativas e sociais que entretanto foram chegando às escolas, na sequência da chamada escola a tempo inteiro. Entretanto, a maioria dos professores passou a trabalhar mais de 35 horas na escola e quase outro tanto em casa, se considerarmos os picos de trabalho nos períodos de avaliação e os dividirmos pelas várias semanas do período. A burocracia tem aumentado sempre desde então. O aumento da idade da reforma, que passou dos 36 anos de serviço, média dos 58 anos para os 65 frustrou as expectativas de muitos professores que, legitimamente, viam reconhecido o enorme desgaste da profissão. A campanha então encetada de desvalorização dos docentes aumentou brutalmente a indisciplina e o desrespeito pelos docentes dificultando muito o seu trabalho. Uma avaliação injusta foi implementada, destruindo o trabalho cooperativo, colocando docentes contra docentes.
Com este governo continuou o congelamento, o descongelamento entretanto operado não foi suficiente para a progressão dos docentes avaliados com excelente e muitos estão no mesmo escalão há mais de 10 anos. Vieram os cortes de salários até 10%, depois os cortes nos subsídios, entretanto os professores ganham hoje muito menos do que em 2005. A criação de agrupamentos eliminou muitos postos de trabalho e fez aumentar muito o trabalho burocrático dos docentes, que são cada vez menos nas escolas e vêm o seu trabalho aumentar atá ao impossível. A saída para a reforma de muitos docentes no limite, com forte penalização, retirou milhares de docentes das escolas nos últimos 2 anos. Para diminuírem o número de contratados, aumentaram o número de alunos por turma, mesmo nas turmas com alunos que necessitam de intervenção em educação especial. Eliminaram disciplinas do currículo e existência de par pedagógico em disciplinas de trabalho prático, onde é necessário acompanhar individualmente o trabalho dos alunos durante toda a aula. A despesa com educação em percentagem do PIB foi reduzida em dois pontos percentuais. Ainda tiveram a lata de dizer que os docentes deveriam aguentar isto tudo, porque manteriam o “privilégio” de não serem despedidos. Os do quadro evidentemente, porque há contratados com mais de 20 anos de serviço, que foram sumariamente dispensados no último ano, na ordem dos milhares. Porque ainda acham que não chega, e a conversa é sempre como se não tivesse havido corte nenhum até ao momento, vêm com a cereja; vamos aumentar ainda mais o horário de trabalho e os que ficarem sem horário letivo vão ter que se deslocar para uma qualquer escola do território, sem qualquer compensação, em alternativa terão o despedimento, perdão “a requalificação”. Acham que os professores são piegas? Os professores estão muito preocupados com os seus alunos, ao contrário dos governantes, são eles que nas escolas lhes matam a fome e que fora das aulas tentam arranjar roupa para distribuir por alunos de famílias que se viram desprovidas até da dignidade, nos últimos 2 anos. Os professores estão exaustos de tanta mentira, de tanta falsidade, de campanhas hediondas de despromoção de uma classe, que um país não pode desperdiçar. São o bode expiatório de um governo que, não conseguindo cortar onde devia, reduzirá a educação ao mínimo, não através de um amplo debate junto dos cidadãos sobre o tipo de educação que se pretende, mas humilhando os docentes todos os dias.

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Total apoio aos professores...
Deixem-se de tretas..."Os prejudicados são os alunos..."; "Professores só querem férias...", blá, blá, blá...
Aqui em Portugal os responsáveis por todo este descalabro não são os professores, são sim os políticos...O Governo está a adorar toda esta dramatização e consequente desvio de atenções...Enfim...
Deixo-vos a carta de um estudante grego acerca do mesmo assunto:
Deixem-se de tretas..."Os prejudicados são os alunos..."; "Professores só querem férias...", blá, blá, blá...
Aqui em Portugal os responsáveis por todo este descalabro não são os professores, são sim os políticos...O Governo está a adorar toda esta dramatização e consequente desvio de atenções...Enfim...
Deixo-vos a carta de um estudante grego acerca do mesmo assunto:
Carta aberta de um estudante liceal grego (Traduzida de "Echte Democratie Jetzt")»:
Aos meus professores... e aos outros:
O meu nome é K. M., sou aluno do último ano num liceu em Drapetsona, Pireu.
Decidi escrever este texto porque quero exprimir a minha fúria, a minha revolta pelo atrevimento e pela hipocrisia daqueles que nos governam e daqueles jornalistas e media mainstream que os ajudam a pôr em prática os seus planos ilegais e imorais em detrimento dos alunos, dos estudantes e de todos jovens.
A minha razão para escrever é a intenção dos meus professores de fazer greve durante o período dos exames de admissão à Universidade e os políticos e jornalistas que choram lágrimas de crocodilo sobre o meu futuro, o qual "estaria em causa" devido à greve.*
De que falam vocês? Que espécie de futuro tenho eu devido a vocês? E quem é que verdadeiramente pôs em causa o meu futuro?
Deitemos uma vista de olhos sobre quem, já há muito tempo, constrói o futuro e toda a nossa vida:
- Quem construiu o futuro do meu avô?
- Quem vestiu o seu futuro com as roupas velhas da administração das Nações Unidas para a ajuda de emergência e reconstrução e o obrigou a emigrar para a Alemanha?
- Quem governou mal e estripou este país?
- Quem obrigou a minha mãe a trabalhar do nascer ao pôr-de-sol por 530 euros por mês? Dinheiro que, uma vez paga a comida e as contas, nem chega para um par de sapatos, para já não falar num livro usado que eu queria comprar numa feira de rua.
- Quem reduziu a metade o ordenado do meu pai?
- Quem o caluniou, quem o ameaçou, quem o obrigou a regressar ao trabalho sob a ameaça da requisição civil, quem o ameaçou de despedimento, juntamente com todos os seus colegas dos serviços de transportes públicos quando eles, que apenas queriam viver com dignidade, entraram em greve?
- Quem procurou encerrar a universidade que o meu irmão frequenta para atingir alguns dos seus sonhos?
- Quem me deu fotocópias em vez de manuais escolares?
- Quem me deixa enregelar na minha sala de aula sem aquecimento?
- Quem carrega com a culpa de os alunos das escolas desmaiarem de fome?
- Quem lançou tanta gente no desemprego?
- Quem conduziu 4.000 pessoas ao suicídio?
- Quem manda de volta para casa os nossos avós sem cuidados médicos e sem medicamentos?
Foram os meus professores que fizeram tudo isto? Ou foram VOCÊS que fizeram tudo isto?
Vocês dizem que os meus professores vão destruir os meus sonhos fazendo greve.
Quem vos disse alguma vez que o meu sonho é ser mais um desempregado entre os 67% de jovens que estão no desemprego?
Quem vos disse que o meu sonho é trabalhar sem segurança social e sem horários regulares por 350 euros por mês, como determinam as vossas mais recentes alterações às leis laborais?
Quem vos disse que o meu sonho é emigrar por razões económicas? Quem vos disse que o meu sonho é ser moço de recados?
Gostaria de dirigir algumas palavras aos meus professores e aos professores em toda a Grécia:
Professores, vocês NÃO devem recuar um único passo no vosso compromisso para connosco. Se recuarem agora na vossa luta, então sim, estarão verdadeiramente a pôr em causa o meu futuro. Estarão a hipotecá-lo.
Qualquer recuo vosso, qualquer vitória que o governo obtenha, roubará o meu sorriso, os meus sonhos, a minha esperança numa vida melhor e em combater por uma sociedade mais humana.
Aos meus pais, aos meus colegas e à sociedade em geral tenho a dizer o seguinte:
Quereis verdadeiramente que aqueles que nos ensinam vivam na miséria?
Quereis que sejamos moldados nas salas de aulas como mercadorias de produção maciça?
Quereis que eles fechem cada vez mais escolas e construam cada vez mais prisões?
Ides deixar os nossos professores sozinhos nesta luta? É para isso que nos educais, para que recusemos a nossa solidariedade?
Quereis que os nossos professores sejam para nós um exemplo de respeito por nós próprios, de dignidade e de militância cívica? Ou preferis que nos dêem um exemplo de escravidão consentida?
Finalmente, quereis que vivamos como escravos?
De amanhã em diante, todos os alunos e pais deviam ocupar-se de apoiar os professores com uma palavra de ordem: "Avançar e derrotar a tirania fascista!"
Lutemos juntos por uma educação de qualidade, pública e livre. Lutemos juntos para derrubar aqueles que roubam o nosso riso e o riso dos vossos filhos.
PS: Menciono as minhas notas do ano lectivo 2011/12, não por vaidade mas para cortar a palavra àqueles que avançarem com o argumento ridículo de que "só quero escapar às aulas": Comportamento do aluno: "Muito Bom". Classificação média: 20 ("Excelente") [a nota mais alta nos liceus gregos].
"O que o dinheiro faz por nós não compensa o que fazemos por ele." Gustave Flaubert
http://nursetrader.blogspot.pt/ - Alguns bitaites de um pequeno investidor AMADOR
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A perseguição aos docentes começou com Sócrates; congelamento de salários durante dois anos e meio, aumento de horários, com inúmeros cargos de coordenação e outros de acompanhamento a alunos a passarem para a componente não letiva de estabelecimento, criada nesta altura, fazendo aumentar as turmas a lecionar e, consequentemente, o trabalho com a correção de testes e com a preparação de aulas. Aumento brutal do número de reuniões semanais a realizar para resolver as inúmeras responsabilidades educativas e sociais que entretanto foram chegando às escolas, na sequência da chamada escola a tempo inteiro. Entretanto, a maioria dos professores passou a trabalhar mais de 35 horas na escola e quase outro tanto em casa, se considerarmos os picos de trabalho nos períodos de avaliação e os dividirmos pelas várias semanas do período. A burocracia tem aumentado sempre desde então. O aumento da idade da reforma, que passou dos 36 anos de serviço, média dos 58 anos para os 65 frustrou as expectativas de muitos professores que, legitimamente, viam reconhecido o enorme desgaste da profissão. A campanha então encetada de desvalorização dos docentes aumentou brutalmente a indisciplina e o desrespeito pelos docentes dificultando muito o seu trabalho. Uma avaliação injusta foi implementada, destruindo o trabalho cooperativo, colocando docentes contra docentes.
Com este governo continuou o congelamento, o descongelamento entretanto operado não foi suficiente para a progressão dos docentes avaliados com excelente e muitos estão no mesmo escalão há mais de 10 anos. Vieram os cortes de salários até 10%, depois os cortes nos subsídios, entretanto os professores ganham hoje muito menos do que em 2005. A criação de agrupamentos eliminou muitos postos de trabalho e fez aumentar muito o trabalho burocrático dos docentes, que são cada vez menos nas escolas e vêm o seu trabalho aumentar atá ao impossível. A saída para a reforma de muitos docentes no limite, com forte penalização, retirou milhares de docentes das escolas nos últimos 2 anos. Para diminuírem o número de contratados, aumentaram o número de alunos por turma, mesmo nas turmas com alunos que necessitam de intervenção em educação especial. Eliminaram disciplinas do currículo e existência de par pedagógico em disciplinas de trabalho prático, onde é necessário acompanhar individualmente o trabalho dos alunos durante toda a aula. A despesa com educação em percentagem do PIB foi reduzida em dois pontos percentuais. Ainda tiveram a lata de dizer que os docentes deveriam aguentar isto tudo, porque manteriam o “privilégio” de não serem despedidos. Os do quadro evidentemente, porque há contratados com mais de 20 anos de serviço, que foram sumariamente dispensados no último ano, na ordem dos milhares. Porque ainda acham que não chega, e a conversa é sempre como se não tivesse havido corte nenhum até ao momento, vêm com a cereja; vamos aumentar ainda mais o horário de trabalho e os que ficarem sem horário letivo vão ter que se deslocar para uma qualquer escola do território, sem qualquer compensação, em alternativa terão o despedimento, perdão “a requalificação”. Acham que os professores são piegas? Os professores estão muito preocupados com os seus alunos, ao contrário dos governantes, são eles que nas escolas lhes matam a fome e que fora das aulas tentam arranjar roupa para distribuir por alunos de famílias que se viram desprovidas até da dignidade, nos últimos 2 anos. Os professores estão exaustos de tanta mentira, de tanta falsidade, de campanhas hediondas de despromoção de uma classe, que um país não pode desperdiçar. São o bode expiatório de um governo que, não conseguindo cortar onde devia, reduzirá a educação ao mínimo, não através de um amplo debate junto dos cidadãos sobre o tipo de educação que se pretende, mas humilhando os docentes todos os dias.
Com este governo continuou o congelamento, o descongelamento entretanto operado não foi suficiente para a progressão dos docentes avaliados com excelente e muitos estão no mesmo escalão há mais de 10 anos. Vieram os cortes de salários até 10%, depois os cortes nos subsídios, entretanto os professores ganham hoje muito menos do que em 2005. A criação de agrupamentos eliminou muitos postos de trabalho e fez aumentar muito o trabalho burocrático dos docentes, que são cada vez menos nas escolas e vêm o seu trabalho aumentar atá ao impossível. A saída para a reforma de muitos docentes no limite, com forte penalização, retirou milhares de docentes das escolas nos últimos 2 anos. Para diminuírem o número de contratados, aumentaram o número de alunos por turma, mesmo nas turmas com alunos que necessitam de intervenção em educação especial. Eliminaram disciplinas do currículo e existência de par pedagógico em disciplinas de trabalho prático, onde é necessário acompanhar individualmente o trabalho dos alunos durante toda a aula. A despesa com educação em percentagem do PIB foi reduzida em dois pontos percentuais. Ainda tiveram a lata de dizer que os docentes deveriam aguentar isto tudo, porque manteriam o “privilégio” de não serem despedidos. Os do quadro evidentemente, porque há contratados com mais de 20 anos de serviço, que foram sumariamente dispensados no último ano, na ordem dos milhares. Porque ainda acham que não chega, e a conversa é sempre como se não tivesse havido corte nenhum até ao momento, vêm com a cereja; vamos aumentar ainda mais o horário de trabalho e os que ficarem sem horário letivo vão ter que se deslocar para uma qualquer escola do território, sem qualquer compensação, em alternativa terão o despedimento, perdão “a requalificação”. Acham que os professores são piegas? Os professores estão muito preocupados com os seus alunos, ao contrário dos governantes, são eles que nas escolas lhes matam a fome e que fora das aulas tentam arranjar roupa para distribuir por alunos de famílias que se viram desprovidas até da dignidade, nos últimos 2 anos. Os professores estão exaustos de tanta mentira, de tanta falsidade, de campanhas hediondas de despromoção de uma classe, que um país não pode desperdiçar. São o bode expiatório de um governo que, não conseguindo cortar onde devia, reduzirá a educação ao mínimo, não através de um amplo debate junto dos cidadãos sobre o tipo de educação que se pretende, mas humilhando os docentes todos os dias.
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Pegando na deixa relativa ao ensino público vs ensino privado, permitam-me lançar as seguintes observações.
É comum ouvir sindicatos, políticos, responsáveis por instituições e entidades... defenderem intransigentemente alguns serviços públicos, nomeadamente o Ensino Público e o SNS.
-O que gostaria que me explicassem é a razão de um FP(aderente ADSE) quando tem um problema de saúde, geralmente recorrer ao sector privado ao invés do SNS.
-O que gostaria que me explicassem é a razão de muitos FP colocarem os filhos a estudarem no sistema privado ao invés de os colocarem no ensino público.
Com estas observações, não estou a afirmar que essas pessoas que procuram serviços privados, estão erradas. Compreendo-as e, inclusive, acho que fazem muito bem quando procuram os melhores serviços para elas e para os seus. No entanto não posso deixar de fazer a observação e dizer que é totalmente incoerente o discurso com a atitude.
É comum ouvir sindicatos, políticos, responsáveis por instituições e entidades... defenderem intransigentemente alguns serviços públicos, nomeadamente o Ensino Público e o SNS.
-O que gostaria que me explicassem é a razão de um FP(aderente ADSE) quando tem um problema de saúde, geralmente recorrer ao sector privado ao invés do SNS.
-O que gostaria que me explicassem é a razão de muitos FP colocarem os filhos a estudarem no sistema privado ao invés de os colocarem no ensino público.
Com estas observações, não estou a afirmar que essas pessoas que procuram serviços privados, estão erradas. Compreendo-as e, inclusive, acho que fazem muito bem quando procuram os melhores serviços para elas e para os seus. No entanto não posso deixar de fazer a observação e dizer que é totalmente incoerente o discurso com a atitude.
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Re: Tiro no pé
Allaphor Escreveu:O direito à greve é algo de sagrado, na medida em que é imoral obrigar alguém a trabalhar. Quando se faz greve, não se trabalha e logo também não se ganha e está tudo bem.
Do ponto de vista da reivindicação,esta greve é um tiro no pé épico.
1- Não prejudica o Governo:
Não é uma greve de profs que vai fazer cair a popularidade do governo. O sinal desta greve tem uma potência bem abaixo do ruído geral de desemprego e impostos altos.
2- Causa danos à imagem dos professores
A imagem do coitadinho mal pago e sacrificado que só pensa no bem dos alunos desaparece quando se faz uma greve a exames. Os professores ficam no saco dos outros FPs todos. Os pais dos miúdos mais facilmente culparão os profs pela salganhada dos exames do que o governo
3- Gastam a "Arma Final" inutilmente
A greve aos exames é literalmente, a acção com mais impacto que os professores podem tomar. Quando a usarem e, com maior ou menor transtorno, o país continuar a funcionar, perde-se o poder da medida. Noutro ambiente o governo poderia ceder mais uma vez e alcançavam o seu objectivo, sem gastarem a arma. Neste contexto, o governo nunca poderia ceder, pois a seguir viriam todas as outras classes da FP fazer o mesmo filme.
4- Prejudicam a imagem da escola publica
Este tipo de coisa levará a que suceda à escola publica o mesmo que aconteceu aos transportes públicos. Quem pode, mesmo com sacrifício, prefere comprar um carro do que sujeitar-se aos arrufos dos trabalhadores dos transportes públicos. cada pai que coloque o seu filho numa escola privada questionará o porquê de continuar a financiar o sistema publico.
Em conclusão... devem escolher-se as batalhas e neste caso escolheram mal.
Concordo!!!
Compreendo e aceito que uma classe profissional, no âmbito da luta pelos seus interesses e regalias, marque uma greve... mas para o dia de exame???nomeadamente o exame de português, como diz o forista que abriu o tópico. Não posso congratular os professores e nem tão pouco regozijar pela greve. Quem concorreu ao ensino superior sabe o quanto é importante a nota do exame de acesso. Uma greve, com as incertezas que isso acarreta, é factor perturbador. Muitas questões se levantam: os professores vão todos fazer greve? Irá haver alunos beneficiados em relação a outros...férias já marcadas. Haverá consequências e alunos beneficiados em relação a outros nomeadamente em relação aos timings... 2ª chamada, concurso de acesso ensino superior.
Como diz o forista Allaphor, a imagem da escola pública sai prejudicada... como alguém já disse, a escola pública está ao serviço dos professores e não ao serviço dos alunos. Esta greve em dia de exame é a prova inequívoca.
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Tiro no pé
O direito à greve é algo de sagrado, na medida em que é imoral obrigar alguém a trabalhar. Quando se faz greve, não se trabalha e logo também não se ganha e está tudo bem.
Do ponto de vista da reivindicação,esta greve é um tiro no pé épico.
1- Não prejudica o Governo:
Não é uma greve de profs que vai fazer cair a popularidade do governo. O sinal desta greve tem uma potência bem abaixo do ruído geral de desemprego e impostos altos.
2- Causa danos à imagem dos professores
A imagem do coitadinho mal pago e sacrificado que só pensa no bem dos alunos desaparece quando se faz uma greve a exames. Os professores ficam no saco dos outros FPs todos. Os pais dos miúdos mais facilmente culparão os profs pela salganhada dos exames do que o governo
3- Gastam a "Arma Final" inutilmente
A greve aos exames é literalmente, a acção com mais impacto que os professores podem tomar. Quando a usarem e, com maior ou menor transtorno, o país continuar a funcionar, perde-se o poder da medida. Noutro ambiente o governo poderia ceder mais uma vez e alcançavam o seu objectivo, sem gastarem a arma. Neste contexto, o governo nunca poderia ceder, pois a seguir viriam todas as outras classes da FP fazer o mesmo filme.
4- Prejudicam a imagem da escola publica
Este tipo de coisa levará a que suceda à escola publica o mesmo que aconteceu aos transportes públicos. Quem pode, mesmo com sacrifício, prefere comprar um carro do que sujeitar-se aos arrufos dos trabalhadores dos transportes públicos. cada pai que coloque o seu filho numa escola privada questionará o porquê de continuar a financiar o sistema publico.
Em conclusão... devem escolher-se as batalhas e neste caso escolheram mal.
Do ponto de vista da reivindicação,esta greve é um tiro no pé épico.
1- Não prejudica o Governo:
Não é uma greve de profs que vai fazer cair a popularidade do governo. O sinal desta greve tem uma potência bem abaixo do ruído geral de desemprego e impostos altos.
2- Causa danos à imagem dos professores
A imagem do coitadinho mal pago e sacrificado que só pensa no bem dos alunos desaparece quando se faz uma greve a exames. Os professores ficam no saco dos outros FPs todos. Os pais dos miúdos mais facilmente culparão os profs pela salganhada dos exames do que o governo
3- Gastam a "Arma Final" inutilmente
A greve aos exames é literalmente, a acção com mais impacto que os professores podem tomar. Quando a usarem e, com maior ou menor transtorno, o país continuar a funcionar, perde-se o poder da medida. Noutro ambiente o governo poderia ceder mais uma vez e alcançavam o seu objectivo, sem gastarem a arma. Neste contexto, o governo nunca poderia ceder, pois a seguir viriam todas as outras classes da FP fazer o mesmo filme.
4- Prejudicam a imagem da escola publica
Este tipo de coisa levará a que suceda à escola publica o mesmo que aconteceu aos transportes públicos. Quem pode, mesmo com sacrifício, prefere comprar um carro do que sujeitar-se aos arrufos dos trabalhadores dos transportes públicos. cada pai que coloque o seu filho numa escola privada questionará o porquê de continuar a financiar o sistema publico.
Em conclusão... devem escolher-se as batalhas e neste caso escolheram mal.
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curioso que muitos dos que fazem a greve dizem que não é qualquer pessoa que pode dar aulas. não basta saber, e ter paciência. É preciso ter paixão pelo ensino.
Não vejo paixão nenhuma em fazer greve nos dias dos exames.
Há muita gente que se esquece que o ensino, a escola, o ministério da educação, não existem para servir os professores, existem para servir os alunos.
Não vejo paixão nenhuma em fazer greve nos dias dos exames.
Há muita gente que se esquece que o ensino, a escola, o ministério da educação, não existem para servir os professores, existem para servir os alunos.
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