Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade
.Empresas Economia Buzz Faz
10.SET.2012 12:00
"Redução da TSU nas grandes empresas só favorece os acionistas"
ssss (Foto: D.R.)
Antigo ministro Silva Lopes propõe que o Governo vigie os preços praticados por estas empresas depois de estas serem beneficiadas
O economista Silva Lopes criticou a redução da Taxa Social Única (TSU) para todas as empresas portuguesas e considera que as grandes empresas, que não enfrentam concorrência, vão acumular somente mais lucros beneficiando os seus accionistas em detrimento dos seus trabalhadores e dos consumidores.
"O facto de ter aumentado a contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social, ou seja reduzindo os salários em 7% vai fazer reduzir a procura interna, nomeadamente o consumo", explicou o antigo ministro das Finanças ao Dinheiro Vivo, acrescentando que "com a quebra do consumo, as empresas tem mais dificuldades em vender, portanto, vai haver mais desemprego."
Sobre a redução da TSU a pagar pelas empresas, passando de 23,75% para os 18%, Silva Lopes sublinha que é preciso distinguir entre as empresas exportadoras e as restantes.
"As exportadoras passam a estar um pouco mais aliviadas e deverão aumentar um pouco as exportações, portanto estas empresas beneficiam com a baixa da TSU. Beneficiam elas, a economia e o emprego apesar de não serem efeitos espectaculares, mas são positivos", afirma.
"Depois, as empresas do mercado interno que estão em grande situação de concorrência umas com as outras, essas ficarão com menores custos de trabalho, portanto, a concorrência deverá baixar os preços e isso também favorece as empresas exportadoras na medida em que estas compram bens às outras empresas portuguesas", explica.
No entanto, o economista sublinha que há um terceiro sector, "o das grandes empresas que não estão sujeitas a concorrência" que vai tornar este benefício em lucro.
“Mas há depois o terceiro sector, que é o das grandes empresas que não estão sujeitas à concorrência. E essas, puro e simplesmente vão ganhar mais. Ninguém está à espera que as empresas de electricidade, de telefones, os supermercados vão baixar os seus preços porque a mão-de-obra é mais barata, vão é ganhar mais dinheiro.”
O economista sugere assim que estas empresas sejam vigiadas atentamente pelo Governo para ver se os preços não se agravam, depois do benefício. "No meu entender, nas empresas onde não haja concorrência deveria haver uma vigilância sobre os preços e até um controlo. Para os obrigar a passar para os preços, o benefício da redução da mão-de-obra. Assim não, vão é passar para os lucros, para os accionistas, para os administradores."
"Nós precisamos, infelizmente, de mais austeridade, esta não vai desaparecer e até provavelmente terá que se agravar, mas ao menos promovam austeridade que tenha justiça social, e estas não tem de maneira nenhuma, e tenham também alguma eficácia, e estas tem só em escala muito limitada", conclui Silva Lopes.
André Cabrita Mendes
http://m.dinheirovivo.pt/m/article?cont ... IECO058654
migluso Escreveu:JMHP Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Para se chegar a um deficit de 3% seriam necessários no mínimo uns 5 a 7 anos. Ora os nosso credores também não querem isso, querem que o tuga sofra para aprender a viver com o que tem. E aprender a por os políticos na ordem.
Mas até agora ainda não se viu quase nada.
Eu não conheço as contas, mas 5 a 7 anos para a 3% de défice deverá implicar uma grande aceleração do aumento da divida.
Por cada ano que demoramos a inverter a nossa economia para um saldo positivo e atingirmos o crescimento, a nossa divida não para de crescer e assim de tornar o nosso futuro a médio/longo-prazo ainda mais negro.
Eu fiz umas contas muito por alto.
Partindo de um rácio dívida pública/pib de 120%, que será aproximadamente o que teremos no final do próximo ano, podemos ter sempre défices orçamentais na ordem dos 3% e mesmo assim, daqui a 20 anos, ter baixado o rácio dívida/pib para uma percentagem próxima de 80%.
O que é preciso? Um crescimento médio do pib nominal na ordem dos 5%.
O problema é que Portugal nunca cresceu isso nos últimos 15 anos (pelo menos assim de memória não me lembro de tais valores de crescimento). Como é que vamos começar a crescer mais do dobro daquilo que cresciamos de um momento para o outro?

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mcarvalho Escreveu:mcarvalho Escreveu:mcarvalho Escreveu:ul Escreveu:Caro Mcarvalho,
"ELES ASSINARAM" Eles eram o governo de Portugal democraticamente eleito e em plenas funções , há algo que é cansativo no povo que eu não esperava encontrar aqui.
Também se passa a nível de delegações portugueses em conferências internacionais não passam os olhos pelos documentos de trabalho mas tem opinião e depois assinam maus acordos .
Quantos portugueses leram o "Memorando da Troika" para quem leu nada disto e surpresa .
O problema de fundo é outro será que no futuro estado português tem condições para assegurar saúde , educação ,..... pensões e muito mais, tal como um serviço publico de TV ,sem destruir a economia . já tentei mas a malta prefere ficar pela rama.mcarvalho Escreveu:Caro Ul
concordo contigo... "ELES ASSINARAM" sem convencer o Zé pagante ...mas agora alguns dos assinaram já dizem não assinaram.. mas assinando ou não .. têm de saber convencer o Zé... que tem de pagar o que outros gastaram ou negociaram mal , esbanjaram e roubaram...apelando à unidade nacional, incentivando e dando o exemplo cortando em tudo qué é benefício deles... se não o fizerem é complicado...
ps . este até entraram de lambreta e passado uma hora já sairam de Mercedes topo de gama .. com chauffer e tudo... para ir "gerir" a SS (quasi a do Hitlerpela forma como saca 8%)
foram eleitos democráticamente graças ao programa e promessas que apresentaram.. até eu confiei..mas a sua actuação não tem nada a ver com democracia.. pelo menos no sentido que eu interpreto..
Isto é ditadura de capataz... incapaz quasi tipo negreiro
por isso as pessoas se revoltam e .. vamos seguindo a evolução da petição
Colocada: 9/9/2012 18:19
http://www.peticaopublica.com/PeticaoLi ... 2012N28675
9681 pessoas já subscreveram.
http://www.peticaopublica.com/PeticaoLi ... 2012N28675
10110 pessoas já subscreveram.
11400 pessoas já subscreveram
15850 pessoas já subscreveram
...............
Movimento Tugaleaks quer que tribunal declare Passos Coelho "mentiroso" e o exonere do cargo
10/09/2012
"Nós pretendemos provar que a informação veiculada antes e depois da campanha não está de acordo com aquilo que foi prometido aos portugueses. Os portugueses foram enganados, os portugueses não têm qualquer controlo agora que o Governo está no poder [...]. Vamos tentar usar a lei para mostrar que o que está a ser feito não corresponde à verdade, exigir explicações e se possível a exoneração do cargo de primeiro-ministro", explicou hoje à agência Lusa o fundador do movimento Tugaleaks, Rui Cruz.
Para o fundador deste movimento cívico, que se define como defensor da verdade da informação, e que está activo na Internet através do seu portal e da sua página no Facebook, Passos Coelho não tem cumprido aquilo que prometeu aos portugueses, apontando-lhe muitas diferenças no discurso pré-eleitoral e pós chegada ao Governo.
"Durante alguns anos nós tínhamos visto Passos Coelho dizer uma coisa e foi para o Governo dizer exactamente outra. Quando agora dizem que vão cortar nos rendimentos, na campanha disseram que não o fariam", exemplificou.
Rui Cruz recusou adiantar pormenores sobre as especificações da queixa, dizendo que só serão prestados esclarecimentos sobre a "queixa exacta" depois de contactado o advogado e de a GNR submeter a queixa a tribunal.
Na sua página na Internet, onde revelaram a apresentação da queixa e explicam as suas motivações, os responsáveis pelo movimento apelam também à participação dos cidadãos, pedindo que procurem evidências de que as declarações de Passos Coelho são contraditórias e não correspondem à verdade e que se voluntariem como testemunhas do processo, fornecendo dados de contacto para anexar ao processo.
"Um dos exemplos apresentados na referida queixa é o que Passos Coelho no dia 24/03/2011 proferiu perante a comunicação social em visita a uma escola, 'se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal ainda, a minha garantia é de que ela seria canalizada para os impostos sobre o consumo e não para impostos sobre o rendimento das pessoas'. No dia 07/09/2012 Pedro Passos Coelho disse exactamente o contrário, quando afirmou que 'o Governo decidiu aumentar a contribuição para a Segurança Social, exigida aos trabalhadores do sector privado, para 18%". Desta forma alterou o "imposto" sobre o rendimento", lê-se na página do Tugaleaks, a título de exemplo.
O movimento Tugaleaks apela ainda à colaboração 'pro bono' de todos os advogados que se mostrem disponíveis para ajudar no processo. No portal na Internet, o movimento adianta que ainda esta semana será pedido um advogado oficioso à Segurança Social.
Rui Cruz adiantou que já 10 testemunhas se disponibilizaram para participar no processo e que deram início a conversações com um advogado que também se mostrou disponível para ajudar o movimento.
"Já temos 10 testemunhas que deram o nome, morada e contacto para testemunharem sobre Passos Coelho ter dito uma coisa e depois ter dito outra. Estamos a apelar aos advogados. Pretendemos que cada pessoa esteja protegida de forma 'pro bono' (gratuita] contra qualquer eventual represália política que possa sofrer", declarou.
Apesar de reconhecer que mesmo que consigam avançar com o processo em tribunal este poderá desenrolar-se durante anos, e muito para além do tempo de governação de Pedro Passos Coelho, Rui Cruz defendeu que não deve ser abandonado porque existe "uma responsabilidade que tem que se apurar a bem da transparência política".
"Se houver exoneração do cargo, mesmo já não o ocupando, as medidas tomadas poderão ser revistas ou anuladas. É uma coisa que em tribunal nacional provavelmente não será feito, mas pretendemos, se preciso for, recorrer ao Tribunal Europeu para fazer valer os nossos direitos", concluiu.
mcarvalho
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Ora aqui está uma razão para o Snhor Catroga e o sir Mexia estarem felizes
Entre outros que bem precisam claro
Citação
EDP, BCP e Sonae poupam 50 milhões por ano com redução da TSU
Económico
10/09/12 12:51
EDP, BCP e Sonae poupam 50 milhões por ano com redução da TSU 12:51 Banca reduz exposição ao BCE em dois mil milhões de euros 12:23 "Medidas não terão impacto no emprego e exportações" 12:19 Governo vai reunir com petrolíferas por causa dos combustíveis 12:11 Qual a alternativa ao corte de salários? 12:05 Quando é que o Estado vai fazer o seu ajustamento? 00:04 Mais um murro no estômago das famílias 00:03 WindFloat: quase há um ano no mar 00:01 Uma miragem para as empresas 00:04 Desatar o nó 00:02
EDP, BCP e Sonae vão pagar menos 50 milhões de euros por ano à Segurança Social com a redução da TSU anunciada por Passos Coelho.
"As companhias que estão melhor posicionadas para beneficiar desta medida são aquelas que têm mais capacidade instalada em Portugal, mais mão-de-obra e endividamento mais elevado, uma vez que a poupança de custos terá maior impacto a nível do ‘bottom-line'", lê-se num estudo do BESI sobre a redução, anunciada sexta-feira por Passos Coelho para 2013, em 5,75 pontos percentuais da Taxa Social Única (TSU) paga pelas empresas.
Entre outros que bem precisam claro
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EDP, BCP e Sonae poupam 50 milhões por ano com redução da TSU
Económico
10/09/12 12:51
EDP, BCP e Sonae poupam 50 milhões por ano com redução da TSU 12:51 Banca reduz exposição ao BCE em dois mil milhões de euros 12:23 "Medidas não terão impacto no emprego e exportações" 12:19 Governo vai reunir com petrolíferas por causa dos combustíveis 12:11 Qual a alternativa ao corte de salários? 12:05 Quando é que o Estado vai fazer o seu ajustamento? 00:04 Mais um murro no estômago das famílias 00:03 WindFloat: quase há um ano no mar 00:01 Uma miragem para as empresas 00:04 Desatar o nó 00:02
EDP, BCP e Sonae vão pagar menos 50 milhões de euros por ano à Segurança Social com a redução da TSU anunciada por Passos Coelho.
"As companhias que estão melhor posicionadas para beneficiar desta medida são aquelas que têm mais capacidade instalada em Portugal, mais mão-de-obra e endividamento mais elevado, uma vez que a poupança de custos terá maior impacto a nível do ‘bottom-line'", lê-se num estudo do BESI sobre a redução, anunciada sexta-feira por Passos Coelho para 2013, em 5,75 pontos percentuais da Taxa Social Única (TSU) paga pelas empresas.
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mcarvalho
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migluso Escreveu:alexandre7ias Escreveu:Para o ano a divida é ainda maior estou certo!
Estás certo, mas não é nada que não estivesse previsto.
A dívida é suposto chegar aos 120% do pib...
A partir daí espera-se que diminua...
Isto é de uma profunda ignorância. Diminui como?
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alexandre7ias Escreveu:Para o ano a divida é ainda maior estou certo!
Estás certo, mas não é nada que não estivesse previsto.
A dívida é suposto chegar aos 120% do pib...
A partir daí espera-se que diminua...
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
JMHP Escreveu:Tu revelas uma grande desconhecimento da situação... Em Portugal a divida de privados e empresas é bastante superior à divida do Estado português, logo ameaça de ruptura existe em todos sectores da economia portuguesa.
Achas mesmo? Dos 3 agentes económicos, quem deve menos são as FAMÍLIAS. E esse endividamento deve-se sobretudo aos empréstimos à habitação, que é cerca de 70%. Portanto, a desalanvacagem das famílias está num ritmo bem acelerado.
Países sem financiamento externo?!... Tens Argentina como um belo exemplo ou o Equador e a Grécia como exemplo de um pais a um passo de se juntar a esse clube de falidos.
O meu exemplo não era nessa perspectiva. O que estava a dizer é que são poucos os países que vivem sem financiamento externo.
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JMHP Escreveu:Quando é que algo semelhante aconteceu?!... Para além de que estamos no Euro e como tal não controlamos moeda nem a inflação.
Quanto aos 2%... Olha para a ultima década e meia e deverás concluir que com esta economia, mesmo esses preciosos 2% não passam de uma miragem.
A taxa de inflação foi cerca de 3% desde que estamos no euro.
Se eu estivesse assim tão pessimista como tu, defenderia desde logo o default ou a saída do euro...
Não há alternativa que não passe pelo crescimento.
Não podemos é crescer 2% e ter défices de 5,6,7,8%...
Obviamente, devíamos ter pensado nisto antes das despesas com juro ter atingido este ponto... Agora obriga-nos a cortar mais noutra rubricas para honrarmos as nossas dívidas...
Mas podemos crescer 5% em termos nominais e ter défices de 3%... Se for 2% melhor ainda e se for um superavit melhor ainda, mas desde que não ponha em causa um crescimento nominal na ordem dos 5%.
Cumps
PS - Li o post que escreveste no dia 8. Concordo com muito do que dizes. Mas não responsabilizo o povo na mesma medida que responsabilizo as elites. O povo pode ter culpa, mas as elites que nos governaram têm muito muito mais. Até porque sempre nos mentiram descaradamente...
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"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
PT_Trader Escreveu:JMHP Escreveu:PT_Trader Escreveu:JMHP Escreveu:Não é preciso ser intelectual ou génio para perceber que o nosso futuro depende exclusivamente de nós, das nossas mudanças e da nossa capacidade de mudar aquilo que só nós devemos fazer por nós próprios, o poder de mudar o nosso destino.
Se o PIB decresce e a despesa mantém-se constante ou não decresce proporcionalmente, como é que o futuro depende de nós próprios![]()
Se nós deixarmos de consumir ainda mais (como parece que sugeres), o PIB e as receitas fiscais ainda decrescem mais, aumentando por esta via o défice.
Não é preciso ser um génio para perceber isto.
O nosso PIB está alavancado pelo endividamento, logo não é sustentável e terá como consequência natural aumento da divida que a médio/longo-prazo irá esmagar ainda mais a economia.
O nosso PIB actual não traduz a nossa real produtividade, está inflacionado pelo excessivo endividamento ao longo de quase década e meia.
Se o financiamento externo à nossa economia parar o nosso PIB teria uma queda brutal de forma automática mesmo sem nada fazermos, seria a bancarrota pura e dura. Actualmente o que nos impede de cair nesse inferno é a ajuda e paciência externa dos nossos parceiros.
Portanto, para conseguirmos parar este efeito demolidor da nossa própria divida, o PIB terá que diminuir de forma progressiva mas consistente, ao mesmo tempo que procuramos reestruturar a nossa economia e sociedade de modo a atingirmos condições de crescimento e sair da zona de perigo iminente.
Isso é a visão massoquista. A outra visão é de que o PIB tem de inverter a tendência de queda e começar a crescer.
Se há endividamento (que há), está maioritariamente no lado do Estado. Quando o PIB decrescer por via da diminuição de investimento público, é para o lado que eu durmo melhor, e aí já se deverão resolver todos os problemas que enumeraste. Agora o PIB decrescer por proibir que as pessoas consumam,SEM SE ENDIVIDAREM, é a estupidez no seu auge.
Relativamente ao ponto do financiamento externo, isso é mais um mito. Devem ser RAROS os países neste mundo que conseguiriam viver sem crédito. Até a própria Alemanha, se de um dia para o outro também não tivesse quem lhe comprasse dívida, ficaria à rasquinha, bem à rasquinha...
Tu revelas uma grande desconhecimento da situação... Em Portugal a divida de privados e empresas é bastante superior à divida do Estado português, logo ameaça de ruptura existe em todos sectores da economia portuguesa.
Países sem financiamento externo?!... Tens Argentina como um belo exemplo ou o Equador e a Grécia como exemplo de um pais a um passo de se juntar a esse clube de falidos.
migluso Escreveu:JMHP Escreveu:migluso Escreveu:O que é preciso? Um crescimento médio do pib nominal na ordem dos 5%.
Quando foi a ultima vez que isso aconteceu?!....
Creio que em democracia.... Nunca!
Então não???
Com uma taxa de inflação na ordem dos 3%, significa um crescimento real de 2%...
Não me digas que não conseguimos por o país a crescer 2% ao ano...
Isenções fiscais para o investimento estrangeiro durante 15 anos. Não vejo outra saída. Ou será que não nos deixam fazer isto?
oscar
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migluso Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Pedem porque toda a vida o fizeram...e tiveram. E muitos ainda o vão ter, a começar nesta tsu.
Não percebi a 2.ª parte Lion...
Esta medida da tsu vai prejudicar o crescimento no curto prazo.
O PT_trader tocou num ponto muito importante. Esta medida mexeu de tal forma nas expectativas das pessoas, que os danos colaterais são impossíveis de medir.
Espero que não tenha hipotecado o crescimento para os próximos 3 anos. Aí deixa de haver definitivamente solução.
Restar-nos-á o default, a saída do euro, ou então uns alemães dispostos a financiarem-nos durante mais uns anos valentes...
Esta redução da tsu ajuda as grandes empresas do regime ou seja as empresas do psi 18 pois são os maiores empregadores do País.
A esperada queda nas vendas é compensada por aumentos "administrativos" de preços (ex: edp,ren,galp) ou como são monopolistas (ex:bancos,mota,distribuição,pt,zon)fazem o que entendem.
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Sim! Lindo, nao é?artista Escreveu:Como eu não estive muito atento a notícias, nem quero estar a ler as quase 40 páginas deste tópico, expliquem-me lá para ver se eu percebi bem. Este governo não mexeu nas pensões, aquelas que nunca mais alguém terá, aquelas que foram calculadas com base num cenário futuro completamente irrealista, mas cortou mais 7% aos salários de quem trabalham, e ainda lhe retirou um dos subsídios, é isto?!![]()
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JMHP Escreveu:PT_Trader Escreveu:JMHP Escreveu:Não é preciso ser intelectual ou génio para perceber que o nosso futuro depende exclusivamente de nós, das nossas mudanças e da nossa capacidade de mudar aquilo que só nós devemos fazer por nós próprios, o poder de mudar o nosso destino.
Se o PIB decresce e a despesa mantém-se constante ou não decresce proporcionalmente, como é que o futuro depende de nós próprios![]()
Se nós deixarmos de consumir ainda mais (como parece que sugeres), o PIB e as receitas fiscais ainda decrescem mais, aumentando por esta via o défice.
Não é preciso ser um génio para perceber isto.
O nosso PIB está alavancado pelo endividamento, logo não é sustentável e terá como consequência natural aumento da divida que a médio/longo-prazo irá esmagar ainda mais a economia.
O nosso PIB actual não traduz a nossa real produtividade, está inflacionado pelo excessivo endividamento ao longo de quase década e meia.
Se o financiamento externo à nossa economia parar o nosso PIB teria uma queda brutal de forma automática mesmo sem nada fazermos, seria a bancarrota pura e dura. Actualmente o que nos impede de cair nesse inferno é a ajuda e paciência externa dos nossos parceiros.
Portanto, para conseguirmos parar este efeito demolidor da nossa própria divida, o PIB terá que diminuir de forma progressiva mas consistente, ao mesmo tempo que procuramos reestruturar a nossa economia e sociedade de modo a atingirmos condições de crescimento e sair da zona de perigo iminente.
Isso é a visão massoquista. A outra visão é de que o PIB tem de inverter a tendência de queda e começar a crescer.
Se há endividamento (que há), está maioritariamente no lado do Estado. Quando o PIB decrescer por via da diminuição de investimento público, é para o lado que eu durmo melhor, e aí já se deverão resolver todos os problemas que enumeraste. Agora o PIB decrescer por proibir que as pessoas consumam,SEM SE ENDIVIDAREM, é a estupidez no seu auge.
Relativamente ao ponto do financiamento externo, isso é mais um mito. Devem ser RAROS os países neste mundo que conseguiriam viver sem crédito. Até a própria Alemanha, se de um dia para o outro também não tivesse quem lhe comprasse dívida, ficaria à rasquinha, bem à rasquinha...
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Lion_Heart Escreveu:Pedem porque toda a vida o fizeram...e tiveram. E muitos ainda o vão ter, a começar nesta tsu.
Não percebi a 2.ª parte Lion...
Esta medida da tsu vai prejudicar o crescimento no curto prazo.
O PT_trader tocou num ponto muito importante. Esta medida mexeu de tal forma nas expectativas das pessoas, que os danos colaterais são impossíveis de medir.
Espero que não tenha hipotecado o crescimento para os próximos 3 anos. Aí deixa de haver definitivamente solução.
Restar-nos-á o default, a saída do euro, ou então uns alemães dispostos a financiarem-nos durante mais uns anos valentes...
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Re: Brandos costumes em lume brando
pepe7 Escreveu:
Boas,
No que referes admito que muitos casos foi, mas aqui está em causa os seus subsídios...acha justo perderem os mesmos???? Certamente muitas pessoas que te reformas "milionárias" é verdade que descontaram muito, mas podem não terem justificado tal em termos laborais..etc e mesmo perdendo os tais subsídios não devem passar fome, mas quem tem reformas baixas podem passar necessidades, alias meu Pai recebe dentro dos 500,00 euros e sempre trabalhou toda vida e descontou...e acha justo ele perder os dois? Tal como muitos?! Por acaso meu mais como já pagou a sua casa, menos um encargo e consegue fazer vida assim assim, mas é de referir que a vinda do euro as coisas inflacionaram de tal forma que é complicado, admito para muitos não passar fome, e os subsídios ajudavam e muito!
Quanto ao que devem receber, não me compete a mim decidir...mas todos temos pequena ideia, não é justo é tirar os subsídios a quem menos ganha e que sei de muitas pessoas não tem dinheiro para pagar os medicamentos, etc...
Já não é justo pagar esta crise quem não tem culpa; muito menos os mais pobre que hoje em dia são muitos!
Cumprimentos
Se mantiverem a mesma fórmula do ano passado, as reformas só começam a ser afectadas acima dos 600€.
Os subsídios aos reformados foi uma benesse dada com fins eleitorais. Tinha sido preferível aumentar as mais baixas, embora tenha algumas dúvidas sobre a justiça da medida já que estávamos a premiar quem nunca contribuiu ou contribuiu pouco para a SS.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
migluso Escreveu:JMHP Escreveu:migluso Escreveu:O que é preciso? Um crescimento médio do pib nominal na ordem dos 5%.
Quando foi a ultima vez que isso aconteceu?!....
Creio que em democracia.... Nunca!
Então não???
Com uma taxa de inflação na ordem dos 3%, significa um crescimento real de 2%...
Não me digas que não conseguimos por o país a crescer 2% ao ano...
Quando é que algo semelhante aconteceu?!... Para além de que estamos no Euro e como tal não controlamos moeda nem a inflação.
Quanto aos 2%... Olha para a ultima década e meia e deverás concluir que com esta economia, mesmo esses preciosos 2% não passam de uma miragem.
migluso Escreveu:JMHP Escreveu: “A década perdida da economia portuguesa, que já se aproxima de década e meia, foi o período mais intenso de política de crescimento da nossa história. Isso não constituiu um paradoxo pelo simples facto de que crescimento económico não é política, mas economia”[/b], argumenta.
Para o professor de Economia da Nova, “o crescimento económico só se pode verificar nas empresas, através do trabalho produtivo e investimento rentável". "Só através do esfoço, engenho, iniciativa e dinamismo dos agentes económicos, empenhados a fundo em actividades lucrativas, é que se consegue o tão desejado progresso”.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=577437
Elementar...
Mas ainda assim, o que não faltam por aí são pedidos ao Estado para este estimular o crescimento...
Há pessoas que não aprendem...
Pedem porque toda a vida o fizeram...e tiveram. E muitos ainda o vão ter, a começar nesta tsu.
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JMHP Escreveu:migluso Escreveu:O que é preciso? Um crescimento médio do pib nominal na ordem dos 5%.
Quando foi a ultima vez que isso aconteceu?!....
Creio que em democracia.... Nunca!
Então não???
Com uma taxa de inflação na ordem dos 3%, significa um crescimento real de 2%...
Não me digas que não conseguimos por o país a crescer 2% ao ano...
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rmachado Escreveu:mcarvalho Escreveu:http://expresso.sapo.pt/anatomia-de-um-assalto-a-mentira-da-equidade=f752132
Eu gosto de ler o Daniel.. mas ele diz isto:
"O Tribunal Constitucional foi claro: tirar dois subsídios aos funcionários públicos punha em causa a equidade. E não deixou espaço para equívocos: os recursos que o governo procurava não podem apenas ser retirados dos rendimentos do trabalho
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/anatomia-de-um- ... z263yZfnFa"
E eu pergunto, foi assim tão claro? Não ouvi ng referir esta questão. É falha minha ou de comunicação de algúem (ou é mesmo propositado)?
O Governo foi claro na resposta.
O TC quer se pronuncie quer não, vai ter que aguentar com os cortes porque nós não temos dinheiro nem para nos indignar!
O Capital já sofreu um aumento de imposto e o meu IMI subiu entre 75% a 140% (não sei qual a taxa que eles irão aplicar).
Só estou chateado porque os súcialistas que nos meteram nesta situação estão de boa saúde na bancada da assembleia a mandar "postas de pescada".
Se eu tivesse alguma forma de lhes mostrar o meu "descontentamento"...
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JMHP Escreveu: “A década perdida da economia portuguesa, que já se aproxima de década e meia, foi o período mais intenso de política de crescimento da nossa história. Isso não constituiu um paradoxo pelo simples facto de que crescimento económico não é política, mas economia”[/b], argumenta.
Para o professor de Economia da Nova, “o crescimento económico só se pode verificar nas empresas, através do trabalho produtivo e investimento rentável". "Só através do esfoço, engenho, iniciativa e dinamismo dos agentes económicos, empenhados a fundo em actividades lucrativas, é que se consegue o tão desejado progresso”.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=577437
Elementar...
Mas ainda assim, o que não faltam por aí são pedidos ao Estado para este estimular o crescimento...
Há pessoas que não aprendem...
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