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Caldeirão da Bolsa

Professores sem serviços mínimos, decisão Colégio Arbitral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por pvg80713 » 12/6/2013 13:32

elreidom Escreveu:
pvg80713 Escreveu:a minha filha dia 17 tem exame de Português.

assim, FP, todos, não contem sequer com um mínimo de consideração.

Vão fazer greve para....................seus grandes..............


entretanto, a minha filha tem explicações de 3 disciplinas........ que os profs não fazem greve.


Acho piada que as pessoas preferem que os professores façam greve a aulas - que NUNCA serão repostas e ficam perdidas, e é onde se aprende - do que greve aos exames - que terão de ser realizados mais tarde ou mais cedo, e mesmo que não fossem... as aulas estão dadas e a matéria dada. O pessoal nem pensa nisso e deixa-se andar a reboque das mensagens maniqueístas do Ministério.
Isto vindo de pais ainda é mais incompreensível...


meu caro amigo, eu só estou preocupado com o acesso à Universidade e só da minha filha...
por isso, todos os professores são meus inimigos neste momento. excepto os que fazendo greve, não deixam de receber o meu dinheiro sem impostos de explicações.

o meu filho anda numa universidade privada, onde não há greves.


Crato, dia 17 todos os que faltarem, reciclagem na mobilidade com vista à Rua !!!!!!!!!!!!
 
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por Heisenberg » 12/6/2013 13:14

pvg80713 Escreveu:a minha filha dia 17 tem exame de Português.

assim, FP, todos, não contem sequer com um mínimo de consideração.

Vão fazer greve para....................seus grandes..............


entretanto, a minha filha tem explicações de 3 disciplinas........ que os profs não fazem greve.


Acho piada que as pessoas preferem que os professores façam greve a aulas - que NUNCA serão repostas e ficam perdidas, e é onde se aprende - do que greve aos exames - que terão de ser realizados mais tarde ou mais cedo, e mesmo que não fossem... as aulas estão dadas e a matéria dada. O pessoal nem pensa nisso e deixa-se andar a reboque das mensagens maniqueístas do Ministério.
Isto vindo de pais ainda é mais incompreensível...
 
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por BearManBull » 12/6/2013 13:09

artista Escreveu:Ao fazerem estas alterações vamos ter o quê? Necessidades de menos professores, ou seja, mais professores com horário zero, logo "há professores a mais"... já agora, "porque a natalidade está a cair e há menos alunos"! :wall: :wall: :wall: São estas barbaridades que eles têm passado para a opinião pública! Compra quem quer...


Compra quem quer? Eu sei que a minha escola secundária tinha 1200 alunos (2001) e agora nem aos 300 chega, os docentes não foram reduzidos na mesma proporção. Deve ser um caso isolado... Mas até sei que não porque todas as secundárias da cidade estão a um terço da capacidade, secalhar é um caso isolado de uma cidade.
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por pvg80713 » 12/6/2013 12:57

a minha filha dia 17 tem exame de Português.

assim, FP, todos, não contem sequer com um mínimo de consideração.

Vão fazer greve para....................seus grandes..............


entretanto, a minha filha tem explicações de 3 disciplinas........ que os profs não fazem greve.
Editado pela última vez por pvg80713 em 12/6/2013 13:10, num total de 1 vez.
 
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por ghorez » 12/6/2013 12:53

artista Escreveu:É equivalente? Eu, e mais dezenas de milhares de professores, fui professor 16 anos no público, o último contrato que tive acabou no dia 31 de Agosto de 2012. Todos estes milhares de professores sairam sem sequer terem direito a uma indeminização, alguns com mais de 20 anos de serviço... uns parazitas estes gajos! :roll:


Queres ver que do 1 milhão de desempregados são todos ex-FP e eu não sabia? :lol:

Parasitas são os privados que recebem METADE do vencimento de um FP, trabalham mais horas por semana, mais anos por carreira profissional, têm um sistema de saúde muito inferior e não podem fazer as mil greves que o público dá-se ao luxo de fazer.

Digo e repito...isto tá bom é para ser FP.
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por artista_ » 12/6/2013 12:45

ghorez Escreveu:
Vai dizer isso aos 20% desempregados (ou se preferires 20% de funcionários do privado no desemprego - é equivalente).


É equivalente? Eu, e mais dezenas de milhares de professores, fui professor 16 anos no público, o último contrato que tive acabou no dia 31 de Agosto de 2012. Todos estes milhares de professores sairam sem sequer terem direito a uma indeminização, alguns com mais de 20 anos de serviço... uns parazitas estes gajos! :roll:
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por ghorez » 12/6/2013 12:41

elreidom Escreveu:E se for há muitas décadas até se trabalhava 80, certo? Que saudades!
Olha, mas já que falas em nome dos que trabalham no privado, digo-te que eu trabalho no privado e nunca mais de 40 horas. Se há trabalho a mais, a empresa deve encomendar serviços externos, e é isso que faz. O problema de um país subdesenvolvido é que as pessoas não percebem que para serem produtivas, criativas, inovadoras, úteis, devem cultivar bem mais do que o emprego e o lambe-botismo ao patrão. Devem ter mais coragem e saber exigir o seu tempo longe do trabalho, merecendo-o com a máxima dedicação e profissionalismo no horário de trabalho. Mas por cá a mentalidade é ainda muito terceiro-mundista, e é pena porque isso paga-se caro.


Vai dizer isso aos 20% desempregados (ou se preferires 20% de funcionários do privado no desemprego - é equivalente).

Ou então aos jovens a trabalhar com contratos mensais, ou que acabam o curso e nem trabalhar de borla conseguem!

Como eu digo e repito...isto tá bom é para quem é funcionário público...boa vida, trabalhar menos e receber o dobro. A crise está a passar completamente ao lado dos FP...uma vergonha!
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por AikyFriu » 12/6/2013 12:40

JMHP Escreveu:
Não existem condições?!... Arranjam-se condições de acordo com as possibilidades e recursos financeiros disponíveis.

Em muitas empresas também as condições de trabalho não são as melhores, no entanto as pessoas não deixam de trabalhar e cumprir com as suas obrigações.

Subsidio?!.... :roll:



Resposta que demonstra a ignorância de quem a dá!
Recursos financeiros disponíveis nas escolas são iguais a ZERO. Recursos materiais, nomeadamente em termos de espaços, normalmente também são muito limitados.
Imagino-te a arranjar condições para 150 professores prepararem as aulas, numa escola sem computadores, sem dinheiro para toner/tinteiros, sem espaços...

Diz-me quantas profissões os trabalhadores têm que levar para casa pelo menos 50% do trabalho. As que conheço são bem remuneradas...



Na minha escola está a aparecer um movimento (sem estar ligado a nenhum sindicato) que, no inicio do ano letivo, vai pedir que lhe sejam marcadas no horário de trabalho as 40 horas e lhe seja atribuida um espaço de trabalho e condições para trabalhar. Para além disso querem que o seu trabalho seja controlado.
Esses professores, recusar-se-ão a trabalhar em casa e a gastar recursos próprios (materiais ou em termso de tempo).
Já imagino algumas situações:
- não se fez o teste porque não havia computadores;
- adia-se o teste porque a impressora não tinha tinta;
- não há materiais de apoio para os alunos pois o tempo disponivel não chegou;
- em vez de demorar 15 dias para corrigir os testes, demora-se 30;
- secretaria/biblioteca inundada de pedidos de compara de bibliografia necessária para preparar as aulas e sem dinheiro (não esquecer que há muitas disciplinas sem manuais);
- se os pais não puderem ir à escola na hora de atendimento do DT, paciência...
- processos disciplinares? não há hipóteses de serem tratados em devido tempo, a não ser que se encontrem compensações para o professor instrutor;
- alunos em estágio, os orientadores só vão às empresas se a Direção da escola arranjar transporte, pois os seus carros são pessoais (e a gasolina paga com o dinheiro deles);
- ....

Tenho a ceretza de duas coisas:
- esses professores vão poupar muito dinheiro e vão ter disponibilidade para estar com a familia, pois vão trabalhar muito menos do que agora trabalham.
- se de vez em quando a escola não tem dinheiro para papel higiénico, com as despesas não assumidas pelos professores, o dinheiro não chega até ao meio do mês.


PS: mais uma vez, este ano, fui às finanças tentar saber se podia meter no IRS as despesas que efectuo com material para as aulas (desde canetas de quadro branco a livros, passando pelos tinteiros). A resposta foi que não podia, pois a entidade empregadora é que devia fornecer esses materiais.
A bolsa é um mundo cheio de oportunidades...
... de perder dinheiro
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por artista_ » 12/6/2013 12:31

urukai Escreveu:Eu só tenho uma questão:

Se os professores já fazem mais de 35 horas por semana (e acredito que o façam), aliás, se dizem vários aqui que fazem mais de 40h por semana. Porque razão rejeitam que o governo fixe as 40h? Até era uma forma de reduzirem a carga semanal par aum limite (40h) que penso ser o razoável e adequado.


O problema não tem nada a ver com as 40 horas, isso é a forma de enganarem o povo. Eles até podem fixar 50 horas semanais, de qulquer forma as escolas não têm condições para ter lá os pofessores todos essas 40 horas... a questão está em que ao passarem para 40 horas eles vão querer passar o número de tempos letivos de 24 para 26/28 (Não se sabe ainda). Em conjunto com isto ainda retiram horas letivas a alguns cargos, por exemplo no cargo de Diretor de turma que atualmente dá a um professor 1,5 tempos letivos...

Ao fazerem estas alterações vamos ter o quê? Necessidades de menos professores, ou seja, mais professores com horário zero, logo "há professores a mais"... já agora, "porque a natalidade está a cair e há menos alunos"! :wall: :wall: :wall: São estas barbaridades que eles têm passado para a opinião pública! Compra quem quer...
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por Heisenberg » 12/6/2013 12:18

ghorez Escreveu:
JMHP Escreveu:As 40 horas de trabalho servem para todas as tarefas na execução da função, seja para dar aulas, preparação de trabalhos ou exames, etc...

Trabalhar é no local de trabalho a tempo e a horas, não é em casa que se prepara trabalho, é na escola.
Muitos trabalhadores no privado também preparam trabalho em casa conforme o âmbito das suas profissões e não deixam de trabalhar 40 horas semanais ou mais ainda na empresa, sem que isso obrigue a uma compensação financeira automática.


Esta gente não tem noção do ridículo...vivem completamente desfasados da realidade! No privado há décadas que já trabalhamos bem mais que 40 horas semanais!


E se for há muitas décadas até se trabalhava 80, certo? Que saudades!
Olha, mas já que falas em nome dos que trabalham no privado, digo-te que eu trabalho no privado e nunca mais de 40 horas. Se há trabalho a mais, a empresa deve encomendar serviços externos, e é isso que faz. O problema de um país subdesenvolvido é que as pessoas não percebem que para serem produtivas, criativas, inovadoras, úteis, devem cultivar bem mais do que o emprego e o lambe-botismo ao patrão. Devem ter mais coragem e saber exigir o seu tempo longe do trabalho, merecendo-o com a máxima dedicação e profissionalismo no horário de trabalho. Mas por cá a mentalidade é ainda muito terceiro-mundista, e é pena porque isso paga-se caro.
 
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por BearManBull » 12/6/2013 12:18

JMHP Escreveu:
Trabalhar é no local de trabalho a tempo e a horas, não é em casa que se prepara trabalho, é na escola.


Não concordo muito com isso, estar no local de trabalho não é sinónimo de produtividade, antes pelo contrário.

Na minha profissão trabalho várias vezes remotamente e tem bastantes vantagens para mim e para a empresa, não perco tempo em deslocações e a empresa não tem de diponiblizar recursos para a permanência no local de trabalho. A título de exemplo fiz agora um projecto de 3 meses em que apenas passei umas 3 semanas onsite e correu ás mil maravilhas.

Sem fugir ao tema acho que nesse ponto não se garante nada. Se querem dar mais serviço é mesmo com maior carga nos tempos de aulas.
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por urukai » 12/6/2013 12:16

Eu só tenho uma questão:

Se os professores já fazem mais de 35 horas por semana (e acredito que o façam), aliás, se dizem vários aqui que fazem mais de 40h por semana. Porque razão rejeitam que o governo fixe as 40h? Até era uma forma de reduzirem a carga semanal par aum limite (40h) que penso ser o razoável e adequado.
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por joaoventura » 12/6/2013 12:12

Era porreiro é que a malta toda que comentou acima dissesse quantos anos de ensino no público têm!

Começo por mim, leccionei 3 anos em escolas secundárias, e jurei para mim mesmo nunca mais!

No primeiro ano, ao fim de 3 meses já estava a dar por mim, de vez em quando, a falar sozinho no carro parecendo que estava a dar aulas. No último ano apanhei umas turmas dos CEF's (para quem não sabe, na prática são os putos rejeitados da sociedade, aqueles que aparentemente só têm jeito para bêbados, drogados e arrumadores de carros). Apenas leccionava 4 horas semanais a estes putos, mas estragavam-me a semana toda, tive à beira de ter problemas psíquicos, e a uma colega minha "espataram-lhe" no psiquiatra. A "gaja" já desatava a chorar no meio dos corredores.

Portanto, para aqueles que não são professores, são "apenas" pais e "treinadores de sofá", deixem-se de tretas porque aturar 90 minutos 30 dos vossos filhos numa sala de aula, com objectivo de lhes enfiar qualquer coisa na cabeça, não é nada nada fácil! Somem-lhes a isso a treta das avaliações, dos trabalhinhos de recuperação que somos (fui) obrigados a dar porque os vossos filhos lá decidiram faltar, quaisquer razões que tenham para isso, as avaliações dos TPC's e testes e afins, e isso passa muito muito para lá das 40h semanais!

Deixem-se de julgar aqueles que vocês pensam que não têm "moral", porque "moral" não têm muitos de vocês se vissem os comportamentos dos vossos filhos nas salas de aulas. Esses putos dos CEF's que tinha, era desde cuspir para o chão, andar à porrada, chamar "Filho da truta" na sala, mandar equipamento ao chão durante acessos de fúria, etc.. Isso não é para um gajo dar em maluco?! Eu queria muito fazer um trabalho sério, mas os vossos filhos não deixam. Obviamente que há putos bons e aplicados no meio disto tudo, e até são a maioria, mas basta um para destabilizar uma turma inteira.

Sendo assim, e apesar de já não ser professor à uns 4 anos (preferi gastar o meu tempo com um PhD), dou todo o meu apoio a esta greve, e concordo perfeitamente que a greve aos exames é a mais eficaz. Se vocês preferem fazer greve numa altura que não faz diferença nenhuma, e perdem dinheiro com isso, então perdem o vosso tempo. Essas tretas de greve aos fim-de-semana são bons é para os políticos, que se estão borrifando se fazem greve ou não, já que quem perde são vocês. Neste caso, estou a ver e muita preocupação do Min. Educação, e é bom que esteja preocupado. Antes era muito crítico das políticas educacionais, e agora não lhe vejo políticas de mudança como advocava antes!

Portanto deixem-se de tretas de culpar os professores. Eles apenas reagem a uma atitude do governo.. Culpem essa malta que nos (des)governou (estes ou todos os outros anteriores), esses é que nos meteram a todos nesta alhada em que cá andamos!
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por Heisenberg » 12/6/2013 12:10

JMHP Escreveu:
elreidom Escreveu:Outra barbaridade é julgar-se que é normal exigir 40 horas de trabalho presencial dos professores. Todos deviam saber que grande parte do trabalho dos professores não é feito nas aulas, é toda a preparação que culmina em aulas, e a qualidade destas depende da qualidade da preparação. Se derem gabinetes aos professores nas escolas, como muitos daqueles que aqui comentam certamente têm no seu empregozinho para se concentrarem nos seus afazeres, e não os encherem com trabalho burocrático completamente inútil (tipo relatórios para tudo e nada, planos de recuperação para alunos que não aparecem às aulas e não vão sequer cumprir esses planos, etc.), as 40 horas não estão nada mal. Mas não, tanto quanto sei os professores não têm forma de desenvolver o seu trabalho de preparação de aulas na própria escola. Não têm gabinetes para 2 ou 3 professores como nas universidades.


As 40 horas de trabalho servem para todas as tarefas na execução da função, seja para dar aulas, preparação de trabalhos ou exames, etc...

Trabalhar é no local de trabalho a tempo e a horas, não é em casa que se prepara trabalho, é na escola.
Muitos trabalhadores no privado também preparam trabalho em casa conforme o âmbito das suas profissões e não deixam de trabalhar 40 horas semanais ou mais ainda na empresa, sem que isso obrigue a uma compensação financeira automática.


Enganas-te, a escola é para dar aulas, não é para preparar aulas. Já visitaste uma escola secundária e as salas onde os professores supostamente preparariam as aulas? Parece-me que não.
E estás a cometer um equívoco: eu não falei em "preparar trabalho", mas sim em "preparar aulas". É bem diferente.
 
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por JMHP » 12/6/2013 12:09

artista Escreveu:
JMHP Escreveu:
elreidom Escreveu:Outra barbaridade é julgar-se que é normal exigir 40 horas de trabalho presencial dos professores. Todos deviam saber que grande parte do trabalho dos professores não é feito nas aulas, é toda a preparação que culmina em aulas, e a qualidade destas depende da qualidade da preparação. Se derem gabinetes aos professores nas escolas, como muitos daqueles que aqui comentam certamente têm no seu empregozinho para se concentrarem nos seus afazeres, e não os encherem com trabalho burocrático completamente inútil (tipo relatórios para tudo e nada, planos de recuperação para alunos que não aparecem às aulas e não vão sequer cumprir esses planos, etc.), as 40 horas não estão nada mal. Mas não, tanto quanto sei os professores não têm forma de desenvolver o seu trabalho de preparação de aulas na própria escola. Não têm gabinetes para 2 ou 3 professores como nas universidades.


As 40 horas de trabalho servem para todas as tarefas na execução da função, seja para dar aulas, preparação de trabalhos ou exames, etc...

Trabalhar é no local de trabalho a tempo e a horas, não é em casa que se prepara trabalho, é na escola.
Muitos trabalhadores no privado também preparam trabalho em casa conforme o âmbito das suas profissões e não deixam de trabalhar 40 horas semanais ou mais ainda na empresa, sem que isso obrigue a uma compensação financeira automática.


Quando as pessoas não sabem do que falam podem dizer o que quiserem...

Muitos professores preferiam fazer 40 horas de trabalho na escola e não levar nada para casa. O problema é que simplesmente as escolas não têm capacidade de ter lá todos os professores 40 horas por semana. Não têm espaço, não têm condições, não têm equipamentos. Na grande maioria das escolas o único espaço onde os professores podiam estar a trabalhar seria na sala de professores, onde não cabem, ao mesmo tempo, nem metade dos professores da escola. Onde está o bar, onde há bastante ruído, onde no máximo há dois ou três computadores...

Se tivessem gabinetes ou salas de trabalho (não sei se as escolas que foram intervencionadas têm?!) ainda faria sentido manter lá os pofessores, mas nas condições atuais não só não faz sentido, como é impossível... eu acho até que, na situação atual, os professores deviam ter direito a um subsídio qualquer porque são obrigados a ter um posto de trabalho em casa!

Quanto às razões da greve, concordo inteiramente com o elreidom, obviamente que esta foi a forma de se fazerem ouvir. Desde há anos que se tem tentado tudo, greves "normais", manifestações, desfiles... os resultados foram, zero! Obviamente que isto teria de chegar a algo diferente... só tenho pena que não tenha sido antes!


Não existem condições?!... Arranjam-se condições de acordo com as possibilidades e recursos financeiros disponíveis.

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por artista_ » 12/6/2013 12:04

JMHP Escreveu:
elreidom Escreveu:Outra barbaridade é julgar-se que é normal exigir 40 horas de trabalho presencial dos professores. Todos deviam saber que grande parte do trabalho dos professores não é feito nas aulas, é toda a preparação que culmina em aulas, e a qualidade destas depende da qualidade da preparação. Se derem gabinetes aos professores nas escolas, como muitos daqueles que aqui comentam certamente têm no seu empregozinho para se concentrarem nos seus afazeres, e não os encherem com trabalho burocrático completamente inútil (tipo relatórios para tudo e nada, planos de recuperação para alunos que não aparecem às aulas e não vão sequer cumprir esses planos, etc.), as 40 horas não estão nada mal. Mas não, tanto quanto sei os professores não têm forma de desenvolver o seu trabalho de preparação de aulas na própria escola. Não têm gabinetes para 2 ou 3 professores como nas universidades.


As 40 horas de trabalho servem para todas as tarefas na execução da função, seja para dar aulas, preparação de trabalhos ou exames, etc...

Trabalhar é no local de trabalho a tempo e a horas, não é em casa que se prepara trabalho, é na escola.
Muitos trabalhadores no privado também preparam trabalho em casa conforme o âmbito das suas profissões e não deixam de trabalhar 40 horas semanais ou mais ainda na empresa, sem que isso obrigue a uma compensação financeira automática.


Quando as pessoas não sabem do que falam podem dizer o que quiserem...

Muitos professores preferiam fazer 40 horas de trabalho na escola e não levar nada para casa. O problema é que simplesmente as escolas não têm capacidade de ter lá todos os professores 40 horas por semana. Não têm espaço, não têm condições, não têm equipamentos. Na grande maioria das escolas o único espaço onde os professores podiam estar a trabalhar seria na sala de professores, onde não cabem, ao mesmo tempo, nem metade dos professores da escola. Onde está o bar, onde há bastante ruído, onde no máximo há dois ou três computadores...

Se tivessem gabinetes ou salas de trabalho (não sei se as escolas que foram intervencionadas têm?!) ainda faria sentido manter lá os pofessores, mas nas condições atuais não só não faz sentido, como é impossível... eu acho até que, na situação atual, os professores deviam ter direito a um subsídio qualquer porque são obrigados a ter um posto de trabalho em casa!

Quanto às razões da greve, concordo inteiramente com o elreidom, obviamente que esta foi a forma de se fazerem ouvir. Desde há anos que se tem tentado tudo, greves "normais", manifestações, desfiles... os resultados foram, zero! Obviamente que isto teria de chegar a algo diferente... só tenho pena que não tenha sido antes!

EDIT: Obviamente que há professores que já trabalham mais de 40 horas por semana e outros que não farão muito mais de 30. Há professores que produzem muito em 35 ou 40 horas, há outros que produzem pouco no mesmo tempo, não são diferentes de outros profissionais... a questão principal não são as horas de trabalho, são as horas letivas (horas de aulas). O aumento do número de horas letivas é, na minha opinião, inaceitável! E os aumentos têm sido feitos de várias formas. Este ano aumentaram o número efetivo de horas letivas que cada professor tem de dar e retiraram algumas horas que estavam afetadas a alguns cargos. Este ano querem ainda fazer mais... por exemplo, há dois anos atrás um Diretor de Turma tinha duas horas letivas (eu costumava dizer que nem por 5 queria um cargo de DT), este ano passou para 1,5 tempos letivos, para o ano querem por 0,00 (Zero, nicles), passam todo esse trabalho para a componente não letiva. Eu já fui diretor de algumas turmas que só para cuidar dos assuntos deles eram umas horas valentes por semana, na escola e em casa...
Editado pela última vez por artista_ em 12/6/2013 12:15, num total de 1 vez.
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por ghorez » 12/6/2013 11:59

JMHP Escreveu:As 40 horas de trabalho servem para todas as tarefas na execução da função, seja para dar aulas, preparação de trabalhos ou exames, etc...

Trabalhar é no local de trabalho a tempo e a horas, não é em casa que se prepara trabalho, é na escola.
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por JMHP » 12/6/2013 11:13

elreidom Escreveu:Outra barbaridade é julgar-se que é normal exigir 40 horas de trabalho presencial dos professores. Todos deviam saber que grande parte do trabalho dos professores não é feito nas aulas, é toda a preparação que culmina em aulas, e a qualidade destas depende da qualidade da preparação. Se derem gabinetes aos professores nas escolas, como muitos daqueles que aqui comentam certamente têm no seu empregozinho para se concentrarem nos seus afazeres, e não os encherem com trabalho burocrático completamente inútil (tipo relatórios para tudo e nada, planos de recuperação para alunos que não aparecem às aulas e não vão sequer cumprir esses planos, etc.), as 40 horas não estão nada mal. Mas não, tanto quanto sei os professores não têm forma de desenvolver o seu trabalho de preparação de aulas na própria escola. Não têm gabinetes para 2 ou 3 professores como nas universidades.


As 40 horas de trabalho servem para todas as tarefas na execução da função, seja para dar aulas, preparação de trabalhos ou exames, etc...

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por Heisenberg » 12/6/2013 10:56

Há quem ache errado uma greve nos dias de exames. Mas o impacto está à vista, e esse é o objectivo de uma greve. Quem é que liga às greves nos dias de aulas? Já no meu tempo eram duas ou três por ano, ninguém ligava, quando não eram os professores era o pessoal não docente e ainda eram menos as aulas porque a escola nem abria. Já agora, também apanhei uma greve de professores universitários no dia da prova de acesso ao ensino superior, na altura em que as provas específicas se faziam nas universidades, em 1995. Não morri, e entrei na mesma no curso a que concorri (aliás, acabo de me lembrar que até me recusei a estudar para a nova data do exame). E a greve teve grande impacto, é claro, os universitários usaram os candidatos ao ensino superior para chamarem a atenção para as suas reivindicações. Cada um usa as armas que tem. Nunca ouvi ninguém lamentar nos anos seguintes o grande prejuízo que teve na sua formação com essa (ou outra) greve, foi pouco mais que uma dor de cabeça para o Ministério, que é o que se pretende.

Fora isso, tem piada vir-se dizer barbaridades como comparar isto a uma greve dos médicos nas urgências - onde as questões que se põem são por vezes de vida ou morte. Mas para isso servem os serviços mínimos.

Outra barbaridade é julgar-se que é normal exigir 40 horas de trabalho presencial dos professores. Todos deviam saber que grande parte do trabalho dos professores não é feito nas aulas, é toda a preparação que culmina em aulas, e a qualidade destas depende da qualidade da preparação. Se derem gabinetes aos professores nas escolas, como muitos daqueles que aqui comentam certamente têm no seu empregozinho para se concentrarem nos seus afazeres, e não os encherem com trabalho burocrático completamente inútil (tipo relatórios para tudo e nada, planos de recuperação para alunos que não aparecem às aulas e não vão sequer cumprir esses planos, etc.), as 40 horas não estão nada mal. Mas não, tanto quanto sei os professores não têm forma de desenvolver o seu trabalho de preparação de aulas na própria escola. Não têm gabinetes para 2 ou 3 professores como nas universidades.

Enfim, podia continuar, mas eu nem sequer sou professor e só me limito a dizer o óbvio. Quem tem filhos, como eu tenho, só lamenta que se procure denegrir ano após ano toda uma classe profissional fundamental, depois de se permitir que as ESEs formassem maus professores aos milhares (alguns bons também, mas muitos maus), que duas ou três editoras lucrem todos os anos com alterações sucessivas aos programas, que os professores andem constantemente a mudar de escola em concursos ridículos que em nada beneficiam a estabilidade educativa nem premeiam a qualidade de quem trabalha bem.
 
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por Las_Vegas » 12/6/2013 9:50

tavaverquenao2 Escreveu:E digo isto cada vez mais convencido, ao ponto de começar a ponderar aceitar o recurso ao uso da força para acabar com isto.


Até que enfim mas mais vale tarde do que nunca.

Sugiro que comeces a procurar nestes sectores, todos eles exigem bastante força:
agricultura
pesca
transportadoras
estiva
construção civil
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por tava3 » 12/6/2013 9:19

Para esta gente a culpa de todos os males é de tudo o que tem "publico" no nome. Não porque seja mau, até pela privatização das empresas que dão lucro, mas porque estamos a lidar com uma quadrilha de ladróes que nos vão rapar tudo. E digo isto cada vez mais convencido, ao ponto de começar a ponderar aceitar o recurso ao uso da força para acabar com isto. O presidente pediu isso mesmo quando disse que ainda não há instabilidade social e que para ele fica tudo na mesma.
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por violas3 » 12/6/2013 6:55

Lion_Heart Escreveu:Aqui segue outra pérola dos grevistas da CP


Não é uma pérola dos grevistas, é uma pérola, da por aqui tão apregoada, gestão moderna, aquela que faz cobertura de riscos.

A cobertura de riscos, que é feita nas empresas públicas serve simplementes para desviar dinheiro do erário público para o setor financeiro. Estes ases da gestão na CP imputaram ao país uma dívida que é superior às receitas de belheteira da empresa durante 20 anos.

No orçamento retificativo já lá estão 1 000 000 000 €,para pagar estes desvaneios. É dinheiro que é retirado ao país,às pessoas e é, em grande parte, enviado diretamente para o estrangeiro. Ao gestor, consta-se, que já lhe foi assegurado,um lugar de retaguarda, na refer.
Há que premiar os bons.

Espanta-me que os neoliberais aqui do fórum, sempre tão prontos a malhar nos FP, nada refiram sobre estas situações.A culpa é, e será sempre dos trabalhadores, essas sanguessugas.
 
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por Lion_Heart » 12/6/2013 1:59

Ja pouca gente tem paciência para aturar as birras dos professores. E eles continuam a abusar. Mas mais dia menos dia vão levar um valente puxão de orelhas.

Aqui segue outra pérola dos grevistas da CP

Combóios Dívida da CP suprime 93% das receitas

No ano passado a CP teve menos 1,4 milhões de passageiros e receitas de 2,2 milhões de euros, o que se traduziu num lucro negativo de 223 milhões de euros em grande parte devido ao pagamento de juros da dívida.

Segundo o relatório que o JN/Dinheiro Vivo teve acesso 93% das receitas são para pagar o item da dívida da empresa.


Os juros da dívida representam a maior fatia da despesa da CP, suprimindo mesmo 93% das suas receitas. De acordo com o relatório de contas de 2012 da empresa de transportes, que o JN/Dinheiro Vivo tiveram acesso, no ano passado a CP contou com menos 1,4 milhões de passageiros e encaixou 2,2 milhões de euros em receitas.

Feitas as contas, em 2012 a CP registou prejuízos de 2.223 milhões de euros, devido ao aumento dos custos de despesa. Só em juros e gastos similares a CP registou um aumento de 3,6% para um total de 194 milhões. A acrescer a este número, o relatório apresenta ainda um novo endividamento relacionado com material circulante no valor de 15 milhões de euros.

Os swaps, instrumentos financeiros derivados, também ajudaram a CP a perder 135 milhões de euros em 2012.

Contudo, o vice-presidente da CP, Vicente Pereira, imputa grande parte da culpa dos resultados negativos da CP “ao elevado número de greves que ocorreram durante todo o ano”, o que levou à diminuição de passageiros, lê-se no relatório, citado pelo Jornal de Notícias.

O serviço da CP no Porto foi o único com lucros positivos no valor de 1,2 milhões de euros. A diminuição de passageiros no Norte foi de 7,8%, mais ligeira do que em Lisboa, onde caiu 12,6%.

In http://www.noticiasaominuto.com/
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por Quico » 12/6/2013 0:22

FENPROF acusa governo de espírito de confronto


Pois! E quem marca greves para dia de exames procura o quê?!... :roll:
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por darkvader » 12/6/2013 0:02

Tudo teria sido resolvido, naquele mês de 2011, quando o Teixeira anunciou a falência.
O mal foi a troika emprestar $$$.
O ajustamento desta cambada do Estado, tinha sido, de imediato e na hora!.

Mas hão-de cá vir!
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