What Makes Finnish Kids So Smart?
JAM Escreveu:Não sei se já repararam que muito do que se discutiu aqui já deixou de tre rãzão de ser. O ME tem recuado em muitas das imposições dos ultimos meses.
Afinal, mais não é do que a prova de uma estratégia errada do ME em implementar melhorias que, sem serem indiscutiveis no objectivo, eram altamente criticáveis na forma.
É caso para dizer, o ME fez tanta m##### desnecessária... serviu para desestabilizar isto tudo com óbvios custos. A avaliação será feita e os professores serão avaliados.
Claro que se impõem a habitual questão: Mas não são capazes de fazer uma coisa bem feita à primeira? Especialmente quando é demasiado óbvia a origem do problema?
Não são.
Infelizmente temos assistido a um tipo de politica estranho.
Mandam para fora a pior coisa que se lembram (em termos de impacto), testam a reacção, e depois ajustam. Deixando o que queriam fazer no principio (neste caso a avaliação).
É tipo:
"O senhor está a morreu devido a uma perna grangrenada, tem poucos dias de vida...
"Ai.. e agora tou tramado"
"Não, basta cortar essa parte gangrenada"
"Ah, ainda bem se é só isso... tudo bem"
(peço desculpa pelo abuso do exemplo)
Editado pela última vez por rmachado em 17/3/2008 17:18, num total de 2 vezes.
- Mensagens: 2125
- Registado: 24/8/2004 10:42
- Localização: Carregado
Não sei se já repararam que muito do que se discutiu aqui já deixou de tre rãzão de ser. O ME tem recuado em muitas das imposições dos ultimos meses.
Afinal, mais não é do que a prova de uma estratégia errada do ME em implementar melhorias que, sem serem indiscutiveis no objectivo, eram altamente criticáveis na forma.
É caso para dizer, o ME fez tanta m##### desnecessária... serviu para desestabilizar isto tudo com óbvios custos. A avaliação será feita e os professores serão avaliados.
Claro que se impõem a habitual questão: Mas não são capazes de fazer uma coisa bem feita à primeira? Especialmente quando é demasiado óbvia a origem do problema?
Afinal, mais não é do que a prova de uma estratégia errada do ME em implementar melhorias que, sem serem indiscutiveis no objectivo, eram altamente criticáveis na forma.
É caso para dizer, o ME fez tanta m##### desnecessária... serviu para desestabilizar isto tudo com óbvios custos. A avaliação será feita e os professores serão avaliados.
Claro que se impõem a habitual questão: Mas não são capazes de fazer uma coisa bem feita à primeira? Especialmente quando é demasiado óbvia a origem do problema?
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!

kostta Escreveu:Já que muitos jornalistas e comentadores defendem e compreendem o modelo proposto para a avaliação dos docentes, estranho que, por analogia, não o apliquem a outras profissões (médicos, enfermeiros, juízes, etc).
Se é suposto compreenderem o que está em causa e as virtualidades deste modelo, vamos imaginar a sua aplicação a uma outra profissão, os médicos.
A carreira seria dividida em duas: médico titular (a que apenas um terço dos profissionais poderia aspirar) e médico.
A avaliação seria feita pelos pares e pelo director de serviços. Assim, o médico titular teria de assistir a três sessões de consultas, por ano, dos seus subordinados, verificar o diagnóstico, tratamento e prescrição de todos os pacientes observados. Avaliaria também um portefólio com o registo de todos os doentes a cargo do médico a avaliar, com todos os planos de acção, tratamentos e respectiva análise relativa aos pacientes.
O médico teria de estabelecer, anualmente os seus objectivos: doentes a tratar, a curar, etc. A morte de qualquer paciente, ainda que por razões alheias à acção médica, seria penalizadora para o clínico, bem como todos os casos de insucesso na cura, ainda que grande parte dos doentes sofresse de doença incurável, ou terminal. Seriam avaliados da mesma forma todos os clínicos, quer a sua especialidade fosse oncologia, nefrologia ou cirurgia estética...
Poder-se-ia estabelecer a analogia completa, mas penso que os nossos 'especialistas' na área da educação não terão dificuldade em levar o exercício até ao fim.
A questão é saber se consideram aceitável o modelo. Caso a resposta seja afirmativa, então porque não aplicar o mesmo, tão virtuoso, a todas as profissões?
Embora concorde em parte, note-se que um médico pode progredir em termos de carreira no sistema público e que para isso terá que fazer algo. Ou seja, ele não é promovido só pq passaram x anos. E tem um sistema de carreira. Ou será que são todos chefes de serviço?
Mais um técnico superior de saúde tem vários niveis, para subir para um tem de esperar por duas coisas, fazer um estágio de 3 anos onde passa por outro serviço, e a abertura de concurso para subir ou mudar de ramo.
Fazem isto no ensino, abrem concurso para se passar para o escalão 8, 9 ou 10?
Se sim, peço já desculpa, se não... bem não se está a comparar coisa comparáveis.
Quanto a "culpa", coisa que buscamos sempre.
Ela realmente não interessa, o que interessa é corrigir o que está mal.
Podemos começar por deixar de tratar os meninos como reis, e a ser exigentes. E começar a ser exigentes no ensino superior, e nos concursos de professores, e a responsabilizar os pais.
Parece que se confunde exigência com "reguadas" e maus tratos fisicos.
Para mim qq pai ou mãe que vá agredir fisica ou verbalmente um professor devia ser preso e o crime ser considerado público, tendo obrigatoriamente de cumprir serviço civico numa escola.
Se porventura o professor é que for mau, apresente-se uma queixa formal na escola e ele deve ser punido de acordo com as razões concretas.
Resolva-se a indisciplina (e não falo da gerada nas escolas problématicas) e pode ser que muitos dos problemas.
- Mensagens: 2125
- Registado: 24/8/2004 10:42
- Localização: Carregado
Pata-Hari Escreveu:Essas são as respostas da demissão dos professores dos resultados e do seu papel. Coisa que eu entendo porque efectivamente a distância é inagualavel e refutar isso é tarefa impossivel. É engraçado que em nenhum momento destes artigos se falou dos pais ou da burrice genética dos alunos. Falou-se só e apenas dos professores e deu-se todos os créditos aos professores. Professores que não falam da sua formação anual em word que lhes permitiu subir na carreira.
É impressionante que até se critique o facto de se ir buscar o melhor exemplo para establecer comparações (lol, se calhar é melhor ir buscar o exemplo da pior educação para ficarmos contentes com os resultados e com o que temos. E pedir uma inclusão formal do pais a áfrica para podermos ter resultados comparativamente bons).
Se culpo os professores? é claro que não, seria altamente idiota. A culpa não é dos professores. A culpa é de quem acha que consegue ensinar crianças usando profissionais de outras areas sem vocação e sem formação para o que vão fazer. Nunca ninguém viu dar-se atenção à formação "básica" dos professores(que no caso deles é curso universitário, mestrado e tese) e nem nunca ninguém reivindicou esse tipo de estrutura (se calhar porque não serve os interessem da classe actual de professores).
Jam, cheguei a uma conclusão após ter lido estas dezenas de páginas e mais umas que não coloquei aqui: efectivamente não vale a pena discutir. Porque não podemos comparar o incomparavel. E o factor incomparavel são efectivamente os professores.
Estamos muito atrás da educação relativamente à Finlândia, porque (na tua opinião) apenas temos professores diferentes (para muito pior).
Não entendo como é que na politica, saude, justiça, cultura, segurança nós também estamos atrás. Será que os professores também metem o nariz nessas áreas?
Penso que ninguém criticou o facto de comparares o nosso sistema com o finlandês, têm criticado antes a forma como queres efectuar a comparação.
Eu já te propus que se comece a discutir aqui cada ponto da educação para ver os as diferenças entre Finlândia e Portigal. Podes comparar a sociedade, as estruturas fisicas, os métodos definidos por cada ministério da educação, e claro, podes comparar os professores. Só escolhes por onde começar.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!

Um ponto histórico e ... apetece-me choramingar
Se recuarmos à primeira metade no século passado, acho que Portugal teve um Ministro da Educação a cada dois anos. Já perdi o documento mas estudei isso durante a minha profissionalização.
Se pensarmos nos últimos 10 anos temos 2 anos de Guilherme de Oliveira Martins (Guterres), 2 anos de David Justino (Barroso), 6 meses(?) de Maria do Carmo Seabra (PSL) e agora 3 anos de Maria de Lurdes Rodrigues.
Tiremos o caso de Maria do Carmo Seabra que só teve tempo para gerir a
arranjada pela Compta, a História repete-se: 2 anos e andou.
A "Lurdinhas" tem 3 anos de estabelidade governativa. Tem 3 anos de maioria absoluta a apoia-la (e não, os governos do Cavaco Silva não servem de exemplo porque até a Ferreira Leite foi Ministra da Educação). Os resultados parecem-me fracos. O que de mais positivo vejo é a aposta no ensino profissionalizante. É muito "de gabinete" mas é convicta e quase coerente. É uma boa saída para muita gente.
De resto, a ministra que mais tempo tinha para fazer trabalho de fundo sobre a estrutura do ensino, sobre formas de avaliação, sobre regras de evolução de curricula, sobre as carreiras e avaliação dos professores (quer eu goste quer não, o estatuto anterior é 1990) conseguiu o quê? Guerra. Discussões. Conseguiu convencer tudo e todos que só os professores são culpados.
E ao fim ao cabo somos culpados de quê? De aplicar regras que mudam de 6 em 6 meses? De preparar alunos para exames que afinal não se realizam? De ficar impotentes porque no 3º período não se consegue ensinar um ano lectivo? Por os alunos serem avaliados em exame nacional (esta ganha uma medalha) pelo número de palavras escritas? Por os erros dos manuais escolares (o David Justino conseguiu começar a inverter isto e tem melhorado mas ainda é verdade) se medirem em percentagem? Por os programas serem tão atrasados (em Informática, ainda se pode usar um livro com uma versão de PASCAL com ... 14 anos creio)? E para terminar, pura demagogia: somos culpados de a geração que cresceu a ver o BigBrother e afins ter feito mau negócio?
É por isso que acham que somos culpados de tudo? Já agora somos culpados pelo Bush, pelo dólar e pelo Jardim Gonçalves
. Como somos todos ignorantes (100.000 brutos em 143.000 possíveis é muito bruto junto) não percebemos nada do se deve fazer?
Aliás, feito extraordinário: se juntarmos a opinião do ME, a dos jornalistas (espero que tenham lido a do Emídio Rangel, destaca-se) e as vossas (é injusto mas dá jeito meter tudo no mesmo saco), Portugal tem o maior gang do planeta (a Mafia que se cuide ao pé de nós, os profs), o maior grupo de vítimas (pais, mães, avós, crianças, grávidas, coitados e coitadinhos vários, etc...) e a SuperMulher com os seus aliados da Liga da Justiça (... ... mais alguém se lembra da Wonder Woman? ... ...) "Lurdinhas" e os seus SEs.
Acho que os meus títulos têm pouco a ver com o que escrevo 
Se pensarmos nos últimos 10 anos temos 2 anos de Guilherme de Oliveira Martins (Guterres), 2 anos de David Justino (Barroso), 6 meses(?) de Maria do Carmo Seabra (PSL) e agora 3 anos de Maria de Lurdes Rodrigues.
Tiremos o caso de Maria do Carmo Seabra que só teve tempo para gerir a



A "Lurdinhas" tem 3 anos de estabelidade governativa. Tem 3 anos de maioria absoluta a apoia-la (e não, os governos do Cavaco Silva não servem de exemplo porque até a Ferreira Leite foi Ministra da Educação). Os resultados parecem-me fracos. O que de mais positivo vejo é a aposta no ensino profissionalizante. É muito "de gabinete" mas é convicta e quase coerente. É uma boa saída para muita gente.
De resto, a ministra que mais tempo tinha para fazer trabalho de fundo sobre a estrutura do ensino, sobre formas de avaliação, sobre regras de evolução de curricula, sobre as carreiras e avaliação dos professores (quer eu goste quer não, o estatuto anterior é 1990) conseguiu o quê? Guerra. Discussões. Conseguiu convencer tudo e todos que só os professores são culpados.
E ao fim ao cabo somos culpados de quê? De aplicar regras que mudam de 6 em 6 meses? De preparar alunos para exames que afinal não se realizam? De ficar impotentes porque no 3º período não se consegue ensinar um ano lectivo? Por os alunos serem avaliados em exame nacional (esta ganha uma medalha) pelo número de palavras escritas? Por os erros dos manuais escolares (o David Justino conseguiu começar a inverter isto e tem melhorado mas ainda é verdade) se medirem em percentagem? Por os programas serem tão atrasados (em Informática, ainda se pode usar um livro com uma versão de PASCAL com ... 14 anos creio)? E para terminar, pura demagogia: somos culpados de a geração que cresceu a ver o BigBrother e afins ter feito mau negócio?
É por isso que acham que somos culpados de tudo? Já agora somos culpados pelo Bush, pelo dólar e pelo Jardim Gonçalves



Aliás, feito extraordinário: se juntarmos a opinião do ME, a dos jornalistas (espero que tenham lido a do Emídio Rangel, destaca-se) e as vossas (é injusto mas dá jeito meter tudo no mesmo saco), Portugal tem o maior gang do planeta (a Mafia que se cuide ao pé de nós, os profs), o maior grupo de vítimas (pais, mães, avós, crianças, grávidas, coitados e coitadinhos vários, etc...) e a SuperMulher com os seus aliados da Liga da Justiça (... ... mais alguém se lembra da Wonder Woman? ... ...) "Lurdinhas" e os seus SEs.


- Mensagens: 12
- Registado: 2/3/2008 22:16
- Localização: 4
Já que muitos jornalistas e comentadores defendem e compreendem o modelo proposto para a avaliação dos docentes, estranho que, por analogia, não o apliquem a outras profissões (médicos, enfermeiros, juízes, etc).
Se é suposto compreenderem o que está em causa e as virtualidades deste modelo, vamos imaginar a sua aplicação a uma outra profissão, os médicos.
A carreira seria dividida em duas: médico titular (a que apenas um terço dos profissionais poderia aspirar) e médico.
A avaliação seria feita pelos pares e pelo director de serviços. Assim, o médico titular teria de assistir a três sessões de consultas, por ano, dos seus subordinados, verificar o diagnóstico, tratamento e prescrição de todos os pacientes observados. Avaliaria também um portefólio com o registo de todos os doentes a cargo do médico a avaliar, com todos os planos de acção, tratamentos e respectiva análise relativa aos pacientes.
O médico teria de estabelecer, anualmente os seus objectivos: doentes a tratar, a curar, etc. A morte de qualquer paciente, ainda que por razões alheias à acção médica, seria penalizadora para o clínico, bem como todos os casos de insucesso na cura, ainda que grande parte dos doentes sofresse de doença incurável, ou terminal. Seriam avaliados da mesma forma todos os clínicos, quer a sua especialidade fosse oncologia, nefrologia ou cirurgia estética...
Poder-se-ia estabelecer a analogia completa, mas penso que os nossos 'especialistas' na área da educação não terão dificuldade em levar o exercício até ao fim.
A questão é saber se consideram aceitável o modelo. Caso a resposta seja afirmativa, então porque não aplicar o mesmo, tão virtuoso, a todas as profissões?
Pata-Hari Escreveu: A culpa é de quem acha que consegue ensinar crianças usando profissionais de outras areas sem vocação e sem formação para o que vão fazer. .
Quando andei na universidade os cursos de ensino das area de ciencias exactas tinham pouca procura e só ia para esses cursos quem não conseguia entrar em eng (as coisas parecem q mudaram depois disso).
Eu tive no primeiro e segundo ano algumas disciplinas (fisica, mat) em conjunto com esses cursos, e posso dizer que sentia alguns arrepios ao saber que alguns desses alunos podiam vir a ser professores de algum filho meu. Peferia 100 vezes que fosse um colega meu a leccionar mat ou fisica, mesmo que não tivesse tido as chamadas disciplinas pedagógicas.
Parece-me tb que a estatistica de dizer que na Finlandia só 8% dos candidatos a um posto de professor o conseguem, não é muito relevante. Em Portugal com a proliferação que houve de cursos de ensino tb deve haver muitos canadidatos para cada vaga. Mais interessante seria saber qual a razão nº ingressos/ nº candidatos nos cursos de ensino à entrada da universidade.
- Mensagens: 201
- Registado: 29/11/2007 14:36
- Localização: Aveiro
cada caso é um caso. E estarmos a comparar sociedades diferentes não sei até que ponto é positivo.
Estarmos a atacar os actores pelo fracasso de uma peça quando a culpa foi nao so dos actoresmas principalmente do mau encenador, não sei até que ponto resulta.
e depois enquanto em portugal o ensino for comparado ao futebol ele não pode evoluir!!!
para terminar fica aqui uma crónica do daniel sampaio que fala do estatuto do aluno:
e esta cronica do almerindo afonso

Estarmos a atacar os actores pelo fracasso de uma peça quando a culpa foi nao so dos actoresmas principalmente do mau encenador, não sei até que ponto resulta.
e depois enquanto em portugal o ensino for comparado ao futebol ele não pode evoluir!!!
para terminar fica aqui uma crónica do daniel sampaio que fala do estatuto do aluno:
O Ministério da Educação (ME) tomou a decisão de suspender a aplicação do Estatuto do Aluno até ao próximo ano lectivo (circular para as escolas em 21/2). Com esta decisão matou uma das suas obras mais recentes, na tentativa de acalmar a contestação crescente em todas as escolas.
Tenho denunciado nestas crónicas a lamentável burocracia a que o ME tem obrigado os professores: a avaliação dos docentes, o decreto sobre as necessidades educativas especiais e as faltas dos estudantes fazem com que se consumam horas de trabalho, que deveriam ser utilizadas a falar com os alunos ou na definição de estratégias pedagógicas. E para quê? Uma única explicação ganha forma: o ME não fala verdade quando defende a autonomia e deixa, a cada dia que passa, a ideia de que tudo quer controlar por via legislativa.
O Estatuto do Aluno é um documento errado no seu conteúdo, impossível de aplicar na prática e potenciador de conflitos entre pais, alunos e professores. Foi suspenso, mas já causou danos. Vejamos porquê.
1) Não faz distinção entre faltas justificadas e injustificadas, ao contrário do que sempre aconteceu. Desta forma, o ME trata da mesma forma o aluno que faltou por doença e aquele a quem não apeteceu comparecer na escola.
2) O aluno terá de realizar uma "prova de recuperação" quando exceder o limite de faltas. Se um aluno esteve internado num hospital, por exemplo, quando vier fazer a "prova" correrá o risco de não ter sucesso, dado que não assistiu às aulas respectivas; se efectivamente abandonou a escola, para que serve a "prova"? Por que razão se altera a prática de ser o Conselho de Turma a decidir, tendo em conta todas as circunstâncias?
3) Para a realização da "prova de recuperação", o Director de Turma (DT) terá de avisar com urgência o professor respectivo, para que este elabore a tal "prova"; depois, deverá dar conhecimento ao Encarregado de Educação. Com 16 disciplinas no 8º ano (por ex.) e a diversidade de horários existente, agora com a obrigatoriedade urgente do controlo das faltas, depressa se compreende como as importantes funções do DT ficam prejudicadas, pois não lhe sobrará tempo para falar com os alunos ou os pais em questões decisivas, como o aproveitamento e os problemas pessoais dos mais novos. Este ME acaba de reduzir o DT a um burocrata!
4) Sabendo toda a gente como existem tantos alunos a faltar (sobretudo em zonas problemáticas), não se percebe a viabilidade de realização de tantas provas de recuperação, pois como poderia ser encontrado um horário compatível para docentes e discentes? Por que razão não se utiliza apenas bom senso, solicitando ao professor um trabalho adicional, a combinar entre si e o aluno faltoso, como é habitual em tantos estabelecimentos de ensino? O que o ME propõe com tanta "prova" leva ao que várias escolas me têm confidenciado: a única solução será uma época "especial" de avaliação para as ditas "provas"!
5) No que diz respeito a "medidas disciplinares sancionatórias", o ponto 4 do Art. 27º diz ser preciso ouvir os alunos em "autos". Para além da desagradável expressão (a lembrar os arguidos dos tribunais), a medida tem levado a grande consumo de horas em escolas problemáticas, em vez de se ter reforçado a actuação imediata do professor ou da Direcção Executiva.
6) Lendo com atenção o Estatuto, deduz-se que a sua preocupação se prende com a redução estatística do abandono escolar, ignorando todas as outras vertentes do problema, já que o texto do ME é omisso em medidas que visem as melhorias das aprendizagens.
7) O diploma em causa foi suspenso um mês depois da sua entrada em vigor. Não houve cuidado em pensar nos Regulamentos Internos das escolas, dados a conhecer aos alunos e aos pais no início do ano lectivo. Uma lei que implica tantas alterações ao normal funcionamento das escolas e às suas normas (em muitas escolas resultantes de acordos com as famílias) nunca deveria ter saído a meio do ano lectivo. Mais: se por um lado se saúda a sua suspensão, por outro há que lamentar todo o tempo que este Estatuto já fez perder aos professores, tantas as horas que já foram gastas na tentativa da sua aplicação.
Por isso afirmo: o Estatuto tem de estar morto, nunca apenas suspenso.
e esta cronica do almerindo afonso

Essas são as respostas da demissão dos professores dos resultados e do seu papel. Coisa que eu entendo porque efectivamente a distância é inagualavel e refutar isso é tarefa impossivel. É engraçado que em nenhum momento destes artigos se falou dos pais ou da burrice genética dos alunos. Falou-se só e apenas dos professores e deu-se todos os créditos aos professores. Professores que não falam da sua formação anual em word que lhes permitiu subir na carreira.
É impressionante que até se critique o facto de se ir buscar o melhor exemplo para establecer comparações (lol, se calhar é melhor ir buscar o exemplo da pior educação para ficarmos contentes com os resultados e com o que temos. E pedir uma inclusão formal do pais a áfrica para podermos ter resultados comparativamente bons).
Se culpo os professores? é claro que não, seria altamente idiota. A culpa não é dos professores. A culpa é de quem acha que consegue ensinar crianças usando profissionais de outras areas sem vocação e sem formação para o que vão fazer. Nunca ninguém viu dar-se atenção à formação "básica" dos professores(que no caso deles é curso universitário, mestrado e tese) e nem nunca ninguém reivindicou esse tipo de estrutura (se calhar porque não serve os interessem da classe actual de professores).
Jam, cheguei a uma conclusão após ter lido estas dezenas de páginas e mais umas que não coloquei aqui: efectivamente não vale a pena discutir. Porque não podemos comparar o incomparavel. E o factor incomparavel são efectivamente os professores.
É impressionante que até se critique o facto de se ir buscar o melhor exemplo para establecer comparações (lol, se calhar é melhor ir buscar o exemplo da pior educação para ficarmos contentes com os resultados e com o que temos. E pedir uma inclusão formal do pais a áfrica para podermos ter resultados comparativamente bons).
Se culpo os professores? é claro que não, seria altamente idiota. A culpa não é dos professores. A culpa é de quem acha que consegue ensinar crianças usando profissionais de outras areas sem vocação e sem formação para o que vão fazer. Nunca ninguém viu dar-se atenção à formação "básica" dos professores(que no caso deles é curso universitário, mestrado e tese) e nem nunca ninguém reivindicou esse tipo de estrutura (se calhar porque não serve os interessem da classe actual de professores).
Jam, cheguei a uma conclusão após ter lido estas dezenas de páginas e mais umas que não coloquei aqui: efectivamente não vale a pena discutir. Porque não podemos comparar o incomparavel. E o factor incomparavel são efectivamente os professores.
Pata, enquanto fores buscar o exemplo finlandês e achares que em Portugal só falta termos professores iguais aos finlandeses para nos equipararmos, a conversa é repetitiva e até cansativa.
Quando assumires que em Portugal TUDO tinha de mudar para chegarmos perto dos finlandeses, então temos espaço de discussão e até iremos concordar em muitas coisas.
Queres começar ou preferes manter a postura dos ultimos dias?
Quando assumires que em Portugal TUDO tinha de mudar para chegarmos perto dos finlandeses, então temos espaço de discussão e até iremos concordar em muitas coisas.
Queres começar ou preferes manter a postura dos ultimos dias?
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!

Acho injusto. Por isso tenho inveja deles.
Li as citações que postaste.
Um ponto relevante é o esforço global envolvido. Mais do que dinheiro, acho muito significativo o esforço de vontade, consenso e planeamento envolvido na criação e implementação do sistema descrito. As citações retratam uma sociedade que dedica uma parte significativa de si à qualidade do ensino.
Outro ponto relevante mas subentendido são as famílias. Independentemente do resto, as famílias finlandesas têm que fazer duas coisas:
a) considerar os professores tecnica, cientifica e socialmente positivos;
b) educar os seus filhos com esses critérios.
Como é que sei que a as famílias finlandesas fazem isso? Porque uma percentagem significativa das nossas não faz.
Pata, saindo do circuito de escolas de €500.00, em que os pais se empenham para que os filhos tenham resultados, em que as escolas "chutam" quem não estiver ao nível, existe um número suficiente de casos (estou a fugir de dizer maioria) que faz o oposto.
Pode-se mudar o sistema de formação de professores (pré-Bolonha é uma licenciatura de ramo de ensino e um ano de estágio ou uma licenciatura normal, um ano de formação pedagógica e um ano de estágio) como se quiser que os resultados não mudam.
O que é preciso mudar é a responsabilidade dos pais nos resultados dos filhos. ATENÇÂO: NÃO É A RESPONSABILIDADE NO SISTEMA DE ENSINO. É nos resultados dos filhos. Se um aluno de uma pública tem maus resultados a culpa nunca é dele. É do professor. Nunca é dos pais. É do professor.
DUUUHHHH. Os professores não aprendem pelos alunos. DUUUHHHH. Os professores não cortam mesadas, fins-de-semana na neve e concertos. DUUUHHH os professores não dão mimos parvos pelos resultados. São os pais.
Nas privadas (não conheço só professores e/ou tesos) se o menino "arreia as notas" a conversa começa com "Preferes o Militar ó calão da
?".
Pelo nível cultural, pelo investimento feito, pela ambição própria e do futuro dos filhos, os pais das privadas acompanham doutra forma, exigem dos filhos doutra forma e, certamente, exigem da escola doutra forma.
Vê o que fizestes. Para exigir dos professores foste buscar o sistema com melhores resultados do mundo.
Tal e qual o teu porteiro "né"?
Um ponto relevante é o esforço global envolvido. Mais do que dinheiro, acho muito significativo o esforço de vontade, consenso e planeamento envolvido na criação e implementação do sistema descrito. As citações retratam uma sociedade que dedica uma parte significativa de si à qualidade do ensino.
Outro ponto relevante mas subentendido são as famílias. Independentemente do resto, as famílias finlandesas têm que fazer duas coisas:
a) considerar os professores tecnica, cientifica e socialmente positivos;
b) educar os seus filhos com esses critérios.
Como é que sei que a as famílias finlandesas fazem isso? Porque uma percentagem significativa das nossas não faz.
Pata, saindo do circuito de escolas de €500.00, em que os pais se empenham para que os filhos tenham resultados, em que as escolas "chutam" quem não estiver ao nível, existe um número suficiente de casos (estou a fugir de dizer maioria) que faz o oposto.
Pode-se mudar o sistema de formação de professores (pré-Bolonha é uma licenciatura de ramo de ensino e um ano de estágio ou uma licenciatura normal, um ano de formação pedagógica e um ano de estágio) como se quiser que os resultados não mudam.
O que é preciso mudar é a responsabilidade dos pais nos resultados dos filhos. ATENÇÂO: NÃO É A RESPONSABILIDADE NO SISTEMA DE ENSINO. É nos resultados dos filhos. Se um aluno de uma pública tem maus resultados a culpa nunca é dele. É do professor. Nunca é dos pais. É do professor.
DUUUHHHH. Os professores não aprendem pelos alunos. DUUUHHHH. Os professores não cortam mesadas, fins-de-semana na neve e concertos. DUUUHHH os professores não dão mimos parvos pelos resultados. São os pais.
Nas privadas (não conheço só professores e/ou tesos) se o menino "arreia as notas" a conversa começa com "Preferes o Militar ó calão da




Pelo nível cultural, pelo investimento feito, pela ambição própria e do futuro dos filhos, os pais das privadas acompanham doutra forma, exigem dos filhos doutra forma e, certamente, exigem da escola doutra forma.


- Mensagens: 12
- Registado: 2/3/2008 22:16
- Localização: 4
<object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/y0XrYW2FaqE&hl=en"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/y0XrYW2FaqE&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object>
Reparem como os putos que são entrevistados falam inglês....
<object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/QrxNFvJ7NJI&hl=en"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/QrxNFvJ7NJI&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object>
Reparem como os putos que são entrevistados falam inglês....

<object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/QrxNFvJ7NJI&hl=en"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/QrxNFvJ7NJI&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object>
Já viram um país com professores orgulhosos da sua profissão?
Orgulhosos em serem competentes?
Ou preferem o Sol, Esplanada, Caracóis, Tremoços, Praia e Gaijas Boas?
Vá lá... têm que escolher... ou frio e bons professores ou o bem bom...
Mas eu já escolhi, e para viver só aqui, no brasil ou moçambique, ou sei lá!!! mas frio?! só para trabalhar.
ó Pata, não te quero estragar a horta... vou já de saída!
WeekEnd!!! Yupi!!!
Orgulhosos em serem competentes?
Ou preferem o Sol, Esplanada, Caracóis, Tremoços, Praia e Gaijas Boas?
Vá lá... têm que escolher... ou frio e bons professores ou o bem bom...
Mas eu já escolhi, e para viver só aqui, no brasil ou moçambique, ou sei lá!!! mas frio?! só para trabalhar.
ó Pata, não te quero estragar a horta... vou já de saída!
WeekEnd!!! Yupi!!!
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
E acho que este merece um destaque especial:
Teachers Key to Finland Education Success
« One to One Computing | Main | R.E.S.P.E.C.T. - Lessons from Finland »
Teachers Key to Finland Education Success
By Sheryl Abshire
Administrative Coordinator of Technology, Calcasieu Parish School System
Lake Charles, LA and Past Chair of CoSN
How does a country educate students so that they end up with the highest math scores in the world? In one word – TEACHERS- very, very good teachers.
<object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/dID3f3kZk3U&hl=en"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/dID3f3kZk3U&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object>
From our visit with the Ministry of Education in Finland and in a pre-K – grade 9 school, it became quickly apparent that the focus on improving education in Finland is the fact that in a city such as Helsinki, only 8% of the individuals that apply to teaching college are accepted. In fact, most teaching jobs have 40 – 50 applicants. This means that Finland has the luxury of hiring the best and the brightest to work in their classrooms. That also translates into a deep respect and trust in teachers’ abilities to educate the future of Finland, their children. Interestingly enough, there are no end-of-year tests to measure progress, yet progress is phenomenal. In no small part, I speculate that is due to the significant expectation that all students will be successful. This climate of student success is found in teachers, administrators, students and certainly parents. In terms of technology use, technology is used as needed. Students and teachers are expected to have basic technology skills. They all must know how to use technology and they use it for productivity. With 94% of families with children in schools having computers and Internet connectivity, it is not surprising that students really use technology routinely as a part of doing their “work”. While the United States has grown into a climate of using technology to engage students and enable them to become active learners, it appears in Finland, the teachers have the skills and abilities to engage students, and then use technology as a tool to produce work. An interesting, approach, but again, not surprising with such a very strong, competent teaching force in place. I am reminded of a quote by Darling-Hammond and Youngs (2002), “Teacher quality is the factor that matters most for student learning.” And indeed, this statement is clearly supported by what I observed in the very effective schools in Finland.
Voltando ao tema e à intenção original de brain storming, fica um artigo que dá a ideia do que é ser-se professor na Finlandia e na exigência que lhes é colocada a nível de formação. Naturalmente, sendo um processo tão exigente, os que são professores são extremamente respeitados. Aliás, ao ler o relatório só posso mesmo sentir respeito por aqueles profissionais:
http://tntee.umu.se/publications/v2n2/pdf/10Finland.pdf
Outro link excelente que explica o histórico do país em termos de evolução de sistema educativo e das opções tomadas na década de 70, bem como do modo como o funding é feito, como é organizado o ensino, etc, etc: http://www.edu.fi/english/pageLast.asp? ... ,4699,4848
Um outro link para um research que pode ser comprado diz no abstract:
http://www.helsinki.fi/vokke/english/Vo ... 160806.pdf
E mais um que demonstra a distancia das preocupações:
http://www.eric.ed.gov/ERICWebPortal/cu ... o=ED350269 (este dá para fazer um download)
E, finalmente:
http://www.minedu.fi/OPM/Koulutus/artik ... ml?lang=en
http://tntee.umu.se/publications/v2n2/pdf/10Finland.pdf
The report
accentuates the need of developing the curriculum, elaborating criteria for the recruitment of student
teachers, and further developing the evaluation of teacher education.
Finnish teacher education has been charged for not paying enough attention on how to deal in
practice with socially related problems. The authorities have thus called for the intensification of
developing action models in order to reduce school harassment and to enhance school satisfaction
and pupils’ self-esteem (Education & research 2000, 1996).
The process of academisation of teacher education is today more or less completed, in the sense
that most categories of teacher education are either totally integrated into universities, or that at
least the pedagogical components qualifying teachers are offered by universities. Primary school
teacher education, secondary school teacher education, and pre-school teacher education have all
been integrated into universities. The corresponding integration of vocational teacher education is
under way. This process implies a process of unification of teacher education as a whole. In the
legislation from 1995 it was decreed that pedagogical qualification for one form of educational
institution automatically gives the pedagogical qualification for different school levels (Bergem,
Björkqvist, Hansén, Carlgren, & Hauge, 1997).
The departments of teacher education in Finland are complete university departments. They offer
both basic degree programmes (B. Ed. and M. Ed.) and doctoral programmes (D. Ed.). There also
exists a licentiate degree between the master´s degree and the doctoral degree. This degree can be
given different orientations (Kasvatusala kohti tulevaisuutta, 1994; Bergem, Björkqvist, Hansén,
Carlgren, & Hauge, 1997).
Outro link excelente que explica o histórico do país em termos de evolução de sistema educativo e das opções tomadas na década de 70, bem como do modo como o funding é feito, como é organizado o ensino, etc, etc: http://www.edu.fi/english/pageLast.asp? ... ,4699,4848
Um outro link para um research que pode ser comprado diz no abstract:
The basic qualification for primary and secondary school teachers is Master's degree. Teacher education for comprehensive school teachers and upper-secondary school teachers as well as for those teachers, who teach general subjects in adult education and vocational education, is provided at eight Finnish universities around the country.
http://www.helsinki.fi/vokke/english/Vo ... 160806.pdf
E mais um que demonstra a distancia das preocupações:
After Finland's elementary and secondary system was totally reformed in the 1970s, it was determined that the education of elementary and secondary teachers also needed to change. Four new teacher education goals were proposed: (1) developing scientific humanism, (2) creativity, (3) socialization, and (4) a holistic view of individuals. The new plan did not separate general, theoretical, and professional education; it oriented teacher education more toward science and research. Three factors were crucial: integrating theoretical with practical studies; integrating subject studies with pedagogical studies; and preparing prospective teachers to guide the cognitive, affective, and psychomotor development of their students. Finland's reformed teacher education now offers comprehensive programs for elementary and subject (secondary) teachers. Both programs lead to a master's degree and are considered academic curricula. Because subject teachers teach subject-specific classes in comprehensive schools, they study two or three subjects and major in one. Since elementary teachers teach all subjects, they major in educational science and learn the basics of all subjects. The teacher education reform has led to a system that does not differ much from the traditional notion of professionalism on the European continent.
http://www.eric.ed.gov/ERICWebPortal/cu ... o=ED350269 (este dá para fazer um download)
E, finalmente:
http://www.minedu.fi/OPM/Koulutus/artik ... ml?lang=en
Background to Finland’s success
Equal opportunities
The Finnish education system offers everybody equal opportunities for education, irrespective of domicile, sex, economic situation or linguistic and cultural background. The school network is regionally extensive, and there are no sex-specific school services. Basic education is completely free of charge (including instruction, school materials, school meals, health care, dental care, commuting, special needs education and remedial teaching).
Comprehensiveness of education
Basic education encompasses nine years and caters for all those between 7 and 16 years. Schools do not select their students but every student can go to the school of his or her own school district. Students are neither channelled to different schools nor streamed.
Competent teachers
On all school levels, teachers are highly qualified and committed. They require Master’s degrees, and teacher education includes teaching practice. As the teaching profession is very popular in Finland, universities can select the most motivated and talented applicants. Teachers work independently and have strong autonomy towards their work.
Student counselling and special needs education
Individual support for the learning and welfare of pupils is well accommodated, and the national core curriculum contains guidelines for the purpose. Special needs education is integrated into regular education as far as possible. Guidance counsellors help upper grade students in their choice of further education and studying methods.
Encouraging evaluation
The evaluation of the learning outcomes of schools and students is encouraging and supportive by nature. The aim is to produce information that helps both schools and students develop. There are no national testing of learning outcomes, school ranking lists or inspection systems.
Significance of education in society
Finnish society strongly favours education and the population is highly educated by international standards. Education is appreciated and there is a broad political consensus on education policy.
A flexible system based on empowerment
The education system is flexible and the admini-stration is strongly based on delegation and support. Centralised steering is conducted through the aims set by laws and decrees as well as by the national core curriculum. Municipalities are responsible for the organisation of education and the implementation of the aims. Schools and teachers have a lot of independent autonomy in the provision and contents of education.
Co-operation
Interaction and building of partnerships is sought at all levels of activity. There is co-operation for the development of schools between various levels of administration, between schools and between other social actors and schools. Education authorities work in co-operation with teachers’ organisations, subject associations and school leadership organisations. This has provided strong support for development activities.
A student-oriented, active conception of learning
The organisation of schoolwork and education is based on a conception of learning that focuses on students' activity and interaction with the teacher, other students and the learning environment
French students shy of real world
Between the two rounds of the French local elections, BBC correspondent Emma Jane Kirby is travelling around France, testing the temperature of voters.
In Montpellier, she is told that France's education system is completely out of sync with the world of business.
Montpellier is very much a young person's city. Students make up 30% of its population, and the pavement cafes are swarming with youngsters who are furiously scribbling in note books or dashing off the final lines of essays.
But despite the nationwide passion for education, surprisingly, not a single French university makes it into the world's top 40.
France may be a global leader in high technology, but employers complain that today there are far too few students studying science and technology and there are far too many studying "soft subjects" which leaves them ill-prepared to join the real world of work.
At Montpellier's Social Science faculty, I watched scores of undergraduates soak up a lecture on basic psychology.
I have studied so much, I am almost overqualified. And now I need a job to get money and I can't find one
Aurelie
There are 65,000 psychology students in France - that is a quarter of the European total for that subject.
I asked a passing student what he wanted to do when he left university. "I want to be an eternal student, " he said. "Just learning for learning's sake."
'Rigid system'
A noble sentiment perhaps, but an impractical one in 21st Century France where unemployment has been doggedly high for the past 20 years.
In France, many young people don't study the right subjects
Agnes Urhweiller
Montpellier careers office
The national unemployment rate may have recently fallen to just under 8%, but in Montpellier it stands at 11.3%.
At the local careers office, counsellor Agnes Urhweiller told me she worried that the French education system was completely out of sync with the world of business.
Ms Urhweiller regularly sees hundreds of students who are well qualified but who have no real skills to offer employers.
"In France, many young people don't study the right subjects," she said as she marked a skills test for a young job seeker.
"I advise them they need practical qualifications to work. I come from the private sector and I know that private businesses need young people and, of course, that is where the money is, too. But our education system is a 'has been' - it's too rigid," Ms Urhweiller said.
Baffled
A recent survey showed that 75% of graduates want to work in the public sector because civil servants and teachers enjoy a high level of social protection.
But President Nicolas Sarkozy's plans to slash thousands of civil servant posts, and a recent economic report commissioned by the government has warned that people must accept the future is not with the state, but with private industry.
Among the youngsters I met searching for jobs at the careers office was 23-year-old Aurelie. She is still baffled as to what she wants to do.
"I have studied so much, I am almost overqualified. And now I need a job to get money and I can't find one," she said.
"Everyone tells you to get a good education but my parents studied much less than I did and yet they didn't have such problems finding work."
'Born into uncertainty'
Marc Willinger, an economist at Montpellier University, believes young people today live in a more precarious world than their parents did.
Not only is finding permanent work more difficult, but - with the state coffers empty - their retirement will not be cushioned by the government hand outs their parents will enjoy.
This generation is having to fend for itself like never before.
"The young generation has been born into uncertainty," Mr Willinger said.
"And they have to live with that every day - not just because of unemployment but also because they have a much higher burden than the previous generation. They will have to care for themselves, for their children and they'll also have to care for their parents' generation."
'Only a waitress'
A few streets away from the university campus I visited a local hostel which provides cheap lodgings for young people from disadvantaged backgrounds.
Anthony and Kia were playing table football outside the cafeteria. When I asked them what they wanted the government to do to help them succeed in life, both were surprised at the notion that the state should step in to help them.
Kia, who is training to be a waitress, told me she thought young people's expectations were too high.
She said that while some might scoff that she was "only a waitress", she enjoyed her work and believed it was a good thing to get a job and to get on with life.
Anthony, aged 20, is in the catering business. He was also adamant that young people should stand on their own two feet.
"I don't have any family," he said.
"But you can't say the government has to help me because I don't have parents - I can't blame them. Young people are often lazy and think everything is owed to them but we need to work and to prove ourselves and then we can have dignity."
Although he claimed not to be a fan of Mr Sarkozy's, there is no doubt that the president would be a fan of Anthony's.
Sarkozy's vision
The sentiments expressed by Anthony and Kia could almost be Mr Sarkozy's UMP party slogans.
His election campaign last year was run on the mantra: "Work harder if you want to earn more."
And the president still speaks wistfully of a "La France qui se leve tot" (a France which gets up early) - and is ready to go to work.
As I left the hostel, Anthony was preparing to spend his evening in his tiny bedroom listening to teach-yourself-English CDs and teach-yourself-Japanese.
I told him I was impressed with his drive and enthusiasm, and he replied shyly that his dream was to one day enrol at university to study psychology.
I could almost feel President's Sarkozy's heart sink.
France has educated many of the world's greatest intellectuals and is justifiably proud of its erudite heritage.
But with such poor economic growth and such huge public debt, this country now needs its clever young students to leave the university campus and start ploughing their skills and enthusiasms into the profitable world of work.
Story from BBC NEWS:
http://news.bbc.co.uk/go/pr/fr/-/2/hi/e ... 293992.stm
Published: 2008/03/14 00:43:29 GMT
Escolha de escolas
Sobre a possibilidade de escolha da escola, actualmente existem duas hipósteses legais:
a) utilizar a morada da residência do encarregado de educação
b) utilizar a morada do local de trabalho do encarregado de educação
A ideia de limitar a liberdade de escolha é impedir a criação de escolas públicas elitistas. Não matem o mensageiro.
Os alunos gostam das nossas escolas porque são um bom espaço de socialização. Ou dito de forma clara: são pátios de recreio com salas À volta. Esta parte devemos agradecer à Ana Benavente.
O cheque-ensino é um engano. A teoria é bonita: com aquele cheque os pais colocam os filhos na escola que quiserem. O Estado poupa dinheiro porque só paga os cheques apresentados por entidades devidamente credenciadas.
Pois...
O que aconteceu com a baixa do IA?
O que aconteceu com a baixa do IVA dos ginásios?
Aqui seria parecido. As escolas particulares subiriam imediatamente os preços até porque, tanto quanto sei, não têm falta de alunos.
Além disso, ao tirar o dinheiro às escolas públicas abaixo de certo ponto acaba com o que já está comprometido. Na minha escola, por exemplo, a sala de informática mais recente tem 4 anos. Para terem uma ideia do desgaste do material, são 15-20 alunos 6/7 vezes ao dia com diferentes graus de conhecimentos e de respeito pelo equipamento. Agora imaginem o ginásio.
Mas tenho de concordar que o financeamento actual das escolas está mal feito e favorece situações estranhas.
rmmachado:
Discordo por experiência mas que é um dilema é. A minha míuda faz anos em Dezembro. Está no 5º ano. A diferença de maturidade que tem para colegas de turma que fazem anos em Janeiro é grande. Se pensares que ela fez 10 anos 3 semanas antes de uma colega fazer 11 percebes a diferença. Essa diferença tem-se vindo a esbater com o tempo. No 1º ano era mais significativa. Mas existe e vai sempre existir.
O dilema, para mim, foi o seguinte: imaturidade para entrar para o 1º ano com 5 anos contra maturidade para ficar no infantário com 6 anos.
Eu inscrevi a minha e ela teve vaga. No 1º período fica-se pelo Suficiente, nos 2º e 3º estica-se até ao Bom.
JAM:
Da forma como a coisa está montada demora pelo menos uma geração mudar. Neste momento pelo menos metade do trabalho feito na escola é de "colchão social". Intervimos antes da Segurança Social, antes da GNR, antes dos tribunais. Somos olhos e mãos das comissões de protecção de menores. Orientamos escolhas profissionais, amorosas e académicas. Etc ...
Muitos pais não são vilões. Eu tive um míudo com o pai barman em Portimão e a mãe recepcionista na Ora. Podes calcular a "dança" de horários e o apoio que o míudo tem. Na altura falei com o pai e ele só perguntou se eu tinha emprego para ele. Calei-me.
Se pensares em pais que são vilões, tens tudo o que possas imaginar. Já tive uma aluna com 5 telemóveis em simultâneo. Deixo à imaginação.
Misturando tudo numa escola que tem todos os tipos de alunos, o ensino fica um bocado "pendurado".
Para mim, um dos erros é empurrarem tudo para as escolas.
Um exemplo desagradável, recente e polémico. Foi assinado um acordo, protocolo, o que seja, com associações de populações especiais para integração dos alunos nas escolas normais.
Porreiro. Bóptimo. Esses míudos precisão disso. Eles merecem isso. Os pais merecem isso. Boas cabeças em corpos estropiados. Digam ou escrevam tudo o que queiram de politicamente correcto.
Problema: ao contrário do que dizia o Carlos Cruz no 123, eles NÃO SÃO diferentes de nós. Têm as mesmas necessidades, anseios e ambições. Têm também mais dificuldade em satisfazê-las. Mas continuam a fazer a barba, a ser menstruadas, a comer, beber, etc...
Cada aluno desses precisa de alguém que o sente na sanita, que lhe dê de almoço, que corra com ele para o Centro de Saúde (se ainda existir), que lhe mude o penso, que o proteja de alguma besta (há sempre pelo menos uma besta no filme). A escola tem de ter todos os espaços adaptados: casas de banho, bibliotecas (agora são centros de recursos), refeitório, bar, etc ... Uma de bolso e que já não é muito necessária: o acesso a um telefóne público. Outra de bolso e moderna: o acesso aos terminais dos cartões electrónicos.
Se calhar a escola tem recursos que eu não alcanço mas que vai ser giro de ver vai.
Cumprs
a) utilizar a morada da residência do encarregado de educação
b) utilizar a morada do local de trabalho do encarregado de educação
A ideia de limitar a liberdade de escolha é impedir a criação de escolas públicas elitistas. Não matem o mensageiro.
Os alunos gostam das nossas escolas porque são um bom espaço de socialização. Ou dito de forma clara: são pátios de recreio com salas À volta. Esta parte devemos agradecer à Ana Benavente.
O cheque-ensino é um engano. A teoria é bonita: com aquele cheque os pais colocam os filhos na escola que quiserem. O Estado poupa dinheiro porque só paga os cheques apresentados por entidades devidamente credenciadas.
Pois...
O que aconteceu com a baixa do IA?
O que aconteceu com a baixa do IVA dos ginásios?
Aqui seria parecido. As escolas particulares subiriam imediatamente os preços até porque, tanto quanto sei, não têm falta de alunos.
Além disso, ao tirar o dinheiro às escolas públicas abaixo de certo ponto acaba com o que já está comprometido. Na minha escola, por exemplo, a sala de informática mais recente tem 4 anos. Para terem uma ideia do desgaste do material, são 15-20 alunos 6/7 vezes ao dia com diferentes graus de conhecimentos e de respeito pelo equipamento. Agora imaginem o ginásio.
Mas tenho de concordar que o financeamento actual das escolas está mal feito e favorece situações estranhas.
rmmachado:
Discordo por experiência mas que é um dilema é. A minha míuda faz anos em Dezembro. Está no 5º ano. A diferença de maturidade que tem para colegas de turma que fazem anos em Janeiro é grande. Se pensares que ela fez 10 anos 3 semanas antes de uma colega fazer 11 percebes a diferença. Essa diferença tem-se vindo a esbater com o tempo. No 1º ano era mais significativa. Mas existe e vai sempre existir.
O dilema, para mim, foi o seguinte: imaturidade para entrar para o 1º ano com 5 anos contra maturidade para ficar no infantário com 6 anos.
Eu inscrevi a minha e ela teve vaga. No 1º período fica-se pelo Suficiente, nos 2º e 3º estica-se até ao Bom.
JAM:
Da forma como a coisa está montada demora pelo menos uma geração mudar. Neste momento pelo menos metade do trabalho feito na escola é de "colchão social". Intervimos antes da Segurança Social, antes da GNR, antes dos tribunais. Somos olhos e mãos das comissões de protecção de menores. Orientamos escolhas profissionais, amorosas e académicas. Etc ...
Muitos pais não são vilões. Eu tive um míudo com o pai barman em Portimão e a mãe recepcionista na Ora. Podes calcular a "dança" de horários e o apoio que o míudo tem. Na altura falei com o pai e ele só perguntou se eu tinha emprego para ele. Calei-me.
Se pensares em pais que são vilões, tens tudo o que possas imaginar. Já tive uma aluna com 5 telemóveis em simultâneo. Deixo à imaginação.
Misturando tudo numa escola que tem todos os tipos de alunos, o ensino fica um bocado "pendurado".
Para mim, um dos erros é empurrarem tudo para as escolas.
Um exemplo desagradável, recente e polémico. Foi assinado um acordo, protocolo, o que seja, com associações de populações especiais para integração dos alunos nas escolas normais.
Porreiro. Bóptimo. Esses míudos precisão disso. Eles merecem isso. Os pais merecem isso. Boas cabeças em corpos estropiados. Digam ou escrevam tudo o que queiram de politicamente correcto.
Problema: ao contrário do que dizia o Carlos Cruz no 123, eles NÃO SÃO diferentes de nós. Têm as mesmas necessidades, anseios e ambições. Têm também mais dificuldade em satisfazê-las. Mas continuam a fazer a barba, a ser menstruadas, a comer, beber, etc...
Cada aluno desses precisa de alguém que o sente na sanita, que lhe dê de almoço, que corra com ele para o Centro de Saúde (se ainda existir), que lhe mude o penso, que o proteja de alguma besta (há sempre pelo menos uma besta no filme). A escola tem de ter todos os espaços adaptados: casas de banho, bibliotecas (agora são centros de recursos), refeitório, bar, etc ... Uma de bolso e que já não é muito necessária: o acesso a um telefóne público. Outra de bolso e moderna: o acesso aos terminais dos cartões electrónicos.
Se calhar a escola tem recursos que eu não alcanço mas que vai ser giro de ver vai.
Cumprs
- Mensagens: 12
- Registado: 2/3/2008 22:16
- Localização: 4
O Futuro Será Isto?
O crescente número de crianças e jovens que se sentem deprimidos e ansiosos está a causar profunda preocupação entre os professores e educadores, em Inglaterra. As pressões que os jovens sofrem face à sociedade moderna são apontadas como as causadoras deste estado de coisas. Disfunções sociais e famílias separadas estão a prejudicar o desempenho das crianças nas escolas.
Entre as conclusões do congresso da ATL (Association of Teachers and Lecturers) fala-se do crescente número de alunos que se suicidam devido a "pressões académicas, e sociais" designadamente as que são exercidas pelos pares. Afirma-se ainda que muitas crianças não conseguem aprender devido ao stress a que estão sujeitas. Numerosos estudos apontam para o crescimento deste fenómeno sobretudo, nas escolas básicas onde os comportamentos anti-sociais, o materialismo e o culto da celebridade está a "matar" a infância.
Outros relatórios apontam as políticas educativas como as responsáveis por este estado de coisas. Um sistema rígido de testes de aferição e a constante necessidade de atingir objectivos estará a levar um crescente número de alunos a sentirem-se alienados dentro da sala de aula pois os professores passam demasiado tempo a "ensinar para os testes" pelo que deixou de haver tempo para a brincadeira e o divertimento no curriculum do ensino básico Em resultado disso, as crianças estão cada vez mais ansiosas e tristes. Algumas escolas estão até a introduzir aulas de "Felicidade" .
O primeiro passo para a solução do problema poderá estar na redução dos trabalhos de casa nos ensinos básico e secundário. Desde 1997 que foram definidos padrões para os TPC's das crianças e jovens entre os 4 (c. 20 min. /noite ) e os 16 anos (entre 90min a 2H/ noite) o que tem constituído também uma pressão para os professores. De resto, o nível de exigência não se tem repercutido positivamente na qualidade do ensino. A Inglaterra caiu vários lugares neste ranking que continua a ser liderado pela Finlândia.
O governo Trabalhista mantém-se, no entanto, firme nas suas políticas rejeitando as críticas e afirmando que "2008 é um óptimo ano para ser criança."
Num momento em que se proclamam as virtudes da "escola a tempo inteiro", que obriga à permanência das crianças em full-time dentro do espaço-escola, deveríamos reflectir sobre as consequências desta decisão para a qualidade de vida dos mais jovens e se esta conversão das escolas em "armazéns de crianças" onde o "conhecimento" é o pretexto para as manter fechadas cinco dias por semana, se traduzirá numa mais-valia para o seu futuro enquanto cidadãos e enquanto pessoas.
In The Independent
.Quarta-feira, 5 de Março de 2008
O Milagre Finlandês
A Finlândia é o campeão do sucesso escolar desde 2003. Os seus estudantes são os que revelam melhores resultados na literacia e estão, igualmente, nos tops da matemática e das ciências.
Como é que a Finlândia, saída de uma crise económica, alcançou em poucos anos este sucesso inesperado? Como é que a Finlândia consegue estes resultados gastando cerca de 4000€/ano por aluno?
As peregrinações educacionais à Finlândia tornaram-se moda foi, aliás, com o objectivo de conhecer este milagre que logo no início do seu mandato, José Sócrates fez a sua "peregrinação" para aí conhecer e propagandear o milagre do "salto tecnológico".
A receita finlandesa é ao mesmo tempo simples e complexa: por um lado, baseia-se na flexibilidade das turmas (o que é um factor "copiável") mas, sobretudo, beneficia de a sua população ser bastante homogénea e gozar de uma prosperidade relativa (factores não exportáveis).
E se a qualidade dos professores finlandeses é referência obrigatória há um outro factor que não deve ser subestimado: ler para as crianças, contar histórias, ir à biblioteca são actividades acarinhadas na Finlândia desde cedo. Um outro factor, que poderá explicar a facilidade com que as crianças aprender a ler poderá estar relacionado com o facto de muitos programas televisivos serem legendados.
Gostaria ainda de salientar outros factores (não "exportáveis") que contribuem para o sucesso do sistema educativo finlandês: a atitude dos pais perante a escola/conhecimento/cultura; as características intrínsecas dos povos nórdicos menos expansivos, mais disciplinados, mais organizados; a atitude perante o trabalho, característica do protestantismo.
Algumas curiosidades:
- o sistema de ensino Finlandês é totalmente gratuito: todos os materiais escolares (excepção para os livros) e as refeições são da responsabilidade dos municípios;
- os municípios têm efectiva responsabilidade na gestão das escolas, no entanto, o reitor tem obrigatoriamente de ter formação de professor;
- existe um curriculum de referência (objectivos e áreas temáticas) mas as escolas têm inteira autonomia para escolher como devem leccioná-lo: em grupos grandes ou pequenos, em salas ou ar livre;
- ratio aluno professor nas melhores escolas? Cerca de 11 alunos;
- em muitas (todas?) escolas a cada grupo de alunos correspondem dois professores, sendo que um deles tem por função ajudar os alunos que evidenciem alguma dificuldade;
- as aulas têm a duração de 45 min, a que se segue um intervalo de 15min durante o qual os alunos têm à sua disposição instrumentos musicais, xadrez, computadores … para além das clássicas actividades de recreio;
- os alunos são desde cedo estimulados a aprender línguas estrangeiras: sueco e inglês ou/francês. Algumas escolas oferecem ainda outras línguas: russo, chinês, japonês, latim…
- depois das aulas existe uma ampla oferta de clubes de tempos livres/trabalhos de casa, coordenados por monitores, que os estudantes são encorajados a frequentar.
Este "milagre" não é facilmente exportável, nem sequer, para os outros países nórdicos cujos resultados são menos positivos. E mesmo dentro da própria Finlândia, o recente tiroteio numa escola, veio perturbar o tranquilo fluir desta reforma e abalar o sistema
Se o professor-titular avaliador também está incluído nos candidatos ao preenchimentos das quotas para Excelente e Muito Bom, como é que este pode ser um processo de avaliação globalmente neutro, objectivo e imparcial, por muito santa ou santo que seja o(a) dito(a) docente?
Imaginemos um Departamento com 20 pessoas, em que o Coordenador avalia 10 ou 12 colegas e delaga em outro eventual titular (ou equipado) a avaliação dos restantes, sendo que uma quota de 10% para Excelente e Muito Bons corresponde exactamente a dois. Mesmo elevando para 15, temos três vagas.
Imaginemos ainda que, por absurdo muito provável, na Comissão de Avaliação criada na escola, estão docentes candidatos a essas mesmas vagas, cuja validação passa por eles…
Parece que estão a ir de encontro ao que escrvei há dois dias: O principal, na escola é o ensino.
Enquanto acharem que o principal na escola são os alunos, nunca irão exigir destes o que é preciso.
Gostei de ler o artigo que vem na revista Sábado sobre a manifestação.
Enquanto acharem que o principal na escola são os alunos, nunca irão exigir destes o que é preciso.
Gostei de ler o artigo que vem na revista Sábado sobre a manifestação.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!

Zenith Escreveu:silvaxico Escreveu:E enquanto se pretender que os alunos gostem de andar na escola. Os finlandeses não gostam de andar na escola (segundo aquele artigo do jornal finlandês). O importante é que aprendam, não é que se divirtam.
.
Fiquei surprendido com essa de os alunos portugueses gostarem de andar na escola. eu na altura nao gostava e a pareceu-me que ninguem gostava :-)
Zenith,
a questão é um pouco essa. Eu também não gostava lá muito... mas acho que aprendi mais do que o que se aprende hoje.
E o objectivo (principal) da escola deve ser fazer com que os alunos aprendam, não é?
E, mais importante, num país que se toma como modelo nesta área (a Finlândia) os alunos gostam muito menos da escola... será que lá não podem fazer quase tudo o que querem (como cá)?
- Mensagens: 494
- Registado: 30/11/2007 21:12
- Localização: Leiria
Re: Primeira participação.
Zenith Escreveu:kostta Escreveu:
e já agora:
vocês por acaso sabem que não é professora da disciplina que dá a nota? Entao como é que eu vou ser avaliado por algo que não sou responsável? Sabiam disso? sabem que é que dá a nota que sai na pauta?
Quem é?
Director de turma?
é dada pelo conselho de turma. Quem dá a nota, por exemplo, de matemática nao é o prof de matematica (ele so propoe) mas sim todos os profs da turma
e os alunos gostam de andar na escola. só não gostam é das aulas:)
silvaxico Escreveu:E enquanto se pretender que os alunos gostem de andar na escola. Os finlandeses não gostam de andar na escola (segundo aquele artigo do jornal finlandês). O importante é que aprendam, não é que se divirtam.
.
Fiquei surprendido com essa de os alunos portugueses gostarem de andar na escola. eu na altura nao gostava e a pareceu-me que ninguem gostava :-)
- Mensagens: 201
- Registado: 29/11/2007 14:36
- Localização: Aveiro
Re: Primeira participação.
kostta Escreveu:
e já agora:
vocês por acaso sabem que não é professora da disciplina que dá a nota? Entao como é que eu vou ser avaliado por algo que não sou responsável? Sabiam disso? sabem que é que dá a nota que sai na pauta?
Quem é?
Director de turma?
- Mensagens: 201
- Registado: 29/11/2007 14:36
- Localização: Aveiro