Detetado primeiro caso de conflito de interesses no PRR

[Optimiza]

eu-fundos- biliões para uma clientela selecionada e as comissões offshore seguem mais tarde.jpg (42.13 KiB) Visualizado 10979 vezes

Pelo menos, desta vez, escolheram bem o setor para derreter umas centenas de milhões - Assim sim, estrutura-se um plano estratégico » ninguém vai questionar o investimento numa empresa irrelevante e não numa BIG tech corp USA que arrastaria dezenas de outras para o país. O último plano estratégico com 14 biliões doados. A Cloud já soa a modernidade e inovação. Os lorpas e incultos indígenas deliram com tudo o que tenha um nome/acrónimo inglês porreiro e moderno » cloud, tech, artificial intelligence, state of the art, green energy, biotech, cocksucker, deepfuck, bankrupt...

Com fundos, subsídios a fundo perdido, umas centenas de milhões neste caso? (da bela bazuca Europeia) e isenção de alguns impostos, qualquer business plan está "fadado ao sucesso" (traduz-se por sacar muitas dezenas de milhões, investir o restante para resultados medíocres mas hiper-publicitados). Se me derem 500M€ a fundo perdido, apresento contrapartidas de 1B€ para investir a 10 anos, invisto na realidade 300M€ bem sobre-faturados, saco 200M€, coloco 10 filhos/sobrinhos/amigos "Socratianos" de dirigentes partidários no pay-roll, e prometo que vou anunciar em todo o Mundo que Portugal avança com um projeto absolutamente inovador, radical e lucrativo no Digital, nas energias verdes, na Cloud ou no AI, até na IOT.

Ao contrário da Bélgica, Suiça, Holanda e até de Espanha, Portugal não quer (e não vai ter) capacidade Mundial em novas tecnologias (por empresas maioritariamente Portuguesas), nem no LUXO (exceção a 3 marcas de calçado), únicas àreas com mais valor acrescentado e barreiras à entrada da China. Em vez de se promover JV's hi-tec, em vez de sacar uma fábrica da Tesla ou da VW eletric, trazemos um mero armazém de Cloud para prestar serviços a 3os (Amazon, Google e Microsoft).
Fora a Navigator (e infelizmente o papel de escritório está em redução tecnológica), lembram-se de alguma MARCA GLOBAL Portuguesa? Nem uma Godiva, uma Philips, uma Zara, uma Nestlé, uma Vestas, uma ABB ou uma Cartier temos. Talvez a Opto ou a Farfetch...se não fosse na realidade UK made.

De qualquer maneira, melhor do que gastarem 5 biliões na modernização da Função Pública (que gera um retorno pouco acima de negativo para o país), e vale a pena enviar o CV para essa empresa - porque vai ter de contratar mais de 1000 pessoas com ordenados au pair de uma Oracle Portugal.

Sim, estamos condenados a ser pedintes Europeus (no 3º país mais endividado per capita da UE, 2x falido se a Yield a 10 anos das treasury chegar aos 6%), ao menos que fosse com Porsches, Lambos, Teslas (apenas do Model S plaid), e Mercedes AMG importados para todos os indígenas (domésticas incluídas), carregados de inatacáveis e impolutos corruptos (com dezenas de milhões nas contas dos amigos ou com comissões sempre off-shore), de vendedores do bom imobiliário a estrangeiros ou a milionários nacionais, o mau é para os remediados indígenas, hiper taxados e à espera de tacho.

O PIB 2027, se "tudo correr bem", vai ser maioritariamente público e não privado (seremos o sonho do Lenine 1914 actualizado a 2027, um país não gerador de riqueza, consumidor de quase tudo e a chular a União Europeia, esses "capitalistas nojentos").

nota - Hoje em dia caiu em desuso a expressão "amigo da onça", agora usa-se o "Amigo do Sócrates". Socialismo sempre! Socializar os custos e os prejuízos (da Tap, CP, aumentos de escalões na FP. ao défice de um país absurdamente falido), e particularizar os mega ganhos (das alterações legislativas taylour-made a barragens, dos mega tachos na FP e empresas privadas dependentes, às subsidiações de Mega projetos com retorno ilusório).

Recovery Fund mais conhecido como a Bazuca.jpg (81.21 KiB) Visualizado 10979 vezes

[NirSup]

Construir Castelos na Areia

Foi anunciado, hoje, pelo Costa, com pompa e circunstância (com tanta pompa e circunstância que até o pobre desconfia) um novo Data Center em Sines: local privilegiado dada a sua posição geográfica ligando três continentes e dado que tem condições para produzir energia elétrica a baixo custo. Sem duvida uma excelente ideia e parabéns a quem teve essa ideia.
Mas vamos lá parar um pouco para pensar e se preciso for chamar o Costa à razão.
O projeto prevê a construção de 5 (cinco) edifícios com capacidade útil de fornecimento de 450 Megawatts (MW) de energia aos servidores, com 90 MW cada. Este irá ser um investimento modular, isto é por fases, prevendo-se que o primeiro módulo (edifício) com capacidade para 90 MW esteja concluído em 2023.
Será que algum dia os outros verão a luz do dia? Vamos indo e vamos vendo.
E quem são os dois promotores dos projetos?
- Um fundo abutre que anda a comprar os despojos do BES ao preço da uva mijona.
- Uma empresa ligada a investimentos em infraestruturas.

Ora, uma coisa é ter uma ideia brilhante e outra bem diferente é conseguir levar essa ideia à prática. Um Data Center não se cria do nada para o nada. Não se constroem castelos no ar ligados diretamente às nuvens (cloud).
A ex-Portugal Telecom também teve a infeliz ideia de criar na Covilhã um Mega Data Center. Não sei qual é, atualmente, a utilização deste Data Center, (parece que foi feito recentemente um acordo com a Microsoft e e HPE para dar uso ao espaço) mas nos primeiros anos de vida esteve às moscas. E porquê?

Será que os dois promotores do projeto de Sines são grandes empresas consumidoras de dados? Não.
Prestam serviços de cloud? Não.
Estão ligadas ao e-commerce? Não.
Então vão vender o espaço (data center) a quem? À Amazon, à Google, à Microsoft, ao FB, ao Alibaba, à Oracle? Não é suposto que estas empresas DRUMAM em serviço.
Foram celebrados acordos com alguma destas empresas para a venda do espaço? Que se saiba não.

Este é mais uma investimento para inglês ver. Portugal no seu melhor. A fazer de conta.
Ah, temos eleições à porta? Bom isso já justifica tudo.
By Nirvana

Ver AQUI: https://www.rtp.pt/noticias/economia/in ... as_v864916