Guy Villax culpa baixo preço dos genéricos por ruturas de "stock" nas farmácias

[Cem pt]

- Amigo Alqui:

Bem, trata-se de um regresso condicionado, não sei se terei muito tempo para ir atualizando mudanças dos sinais tendenciais nos diferentes futuros, mas procurarei ir fazendo o que puder.

Agradeço teres dado essa informação sobre a Commodities Corporation, desconhecia essa companhia e o detalhe que tinha sido comprada pela Goldman, o que por si só revela que devia ter sucesso na sua atividade de trading. Só que...a sua estratégia de trading baseava-se em quê?! No simples seguimento do sentido do mercado, obviamente.

Por curiosidade estive a pesquisar e reparei que dois dos traders mais conceituados da CC, que foram focados no início do best-seller do Jack Schwager, refiro-me ao Michael Marcus e ao Bruce Kovner, são citados no Market Wizards como sendo aderentes ao método de seguimento das tendências, enfim, com as suas nuances próprias mas não deixam de seguir a trend.

Aqui fica uma referência no livro ao Michael Marcus, aliás um firme seguidor de um dos trend followers mais lendários dos States (Ed Seykota):

"Start as a commodity research analyst, then a floor trader, then work for
Commodities Corporation. He attributes his success to Ed Seykota, who taught
him how to cut losses, as well as the importance of riding winners. Ed is a trend
follower, who utilized classic trading principles. Ed said, “The trend is down, and
I’m going to stay short until the trend changes.” He learned patience from him in
the way he followed the trend."


E também quando se refere ao Bruce Kovner, embora este misture uma visão fundamental e técnica que façam sentido:

"I almost always trade on a market view; I use technical analysis a great deal and it
is terrific, but I can’t hold a position unless I understand why the market should
move. Every position I take has a fundamental reason behind it. But I would add
that technical analysis can often clarify the fundamental picture. Technical
analysis is like a thermometer. If you are a responsible participant in the market,
you always want to know where the market is – whether it is hot and excitable, or
cold and stagnant. You want to know everything you can about the market to give
you an edge. Technical analysis reflects the vote of the entire marketplace and
therefore, does pick up unusual behavior. It is very important for me to study the
details of price action to see if I can observe something about how everybody is
voting. Studying the charts is absolutely crucial and alerts me to existing
disequilibria and potential changes.
...
I sometimes put on a trade because “I’ve seen this pattern before, and it is often a
forerunner of a market advance.” I usually go with breakouts. Tight congestions
in which a breakout occurs for reasons that nobody understands are usually good
risk/reward trades. "

Já agora acrescento outra passagem muito interessante do Bruce Kovner, desta vez num outro aspeto importante do trading, certamente uma técnica correta a utilizar no "position trading", que no passado tenho vindo a insistir e a repetir mas sem que nunca até agora tenha obtido qualquer comentário, seja a favor ou contra, no capítulo respeitante aos entusiastas do uso de stops:

"... place your stops at a point that, if
reached, will reasonably indicate that the trade is wrong, not at a point determined
primarily by the maximum dollar amount you are will to lose per contract."


Abraço.

[O Alquimista]

Tenho pouco interesse em saber se alguns dos futuros normalizados que estão por trás das mercadorias ou “commodities” têm de ser entregues em sacos de café brasileiro no Porto de Santos às terceiras 6ªs feiras de cada mês, ou se as temperaturas gélidas nos USA provocaram maior consumo de gás natural nos aquecimentos das casas e atrasaram a época da sementeira do milho e trigo, ou se os jiadistas provocaram a paragem de mais 2 campos petrolíferos na Líbia, ou que fecharam mais 3 “rigs” nos campos norte-americanos de extração do shale-oil pelos métodos do “fracking”, etc.

Para mim tratam-se mais de notícias para encher chouriços já que podem provocar alguns pequenos “spikes” nos preços mas não deixam de ser generalidades mais dignas de conversas de especialistas e que pouca mossa provocam nos verdadeiros movimentos da grande fluidez das cotações onde se constrói ou destrói o valor de uma carteira dedicada a crescimentos, ou quedas, de magnitude que nada tem a ver com as carteiras de ações.

Será que os especialistas ficaram ricos por conhecer algumas dessas notícias que podiam pontualmente influenciar os preços dessas mercadorias? Não me parece, mas deixo essa interpretação aos conhecedores desses meandros.
(...)

Amigo Cem, vejo que regressas em força ao fórum!

Quanto à parte sublinhada, direi definitivamente que, sim, há especialistas que ficaram ricos com essas (e outras) notícias. Queres um exemplo? Os então traders de uma organização chamada Commodities Corporation. Que, por curiosidade, foi adquirida pela Goldman Sachs (por alguma razão foi...). Como sei isto? É simples: estudo os homens que têm estado atrás do método.

The firm was noted as one of the leading commodity and futures trading firms.
The company was founded by Helmut Weymar and Amos Hostetter.
Weymar, who was a childhood friend of Hostetter's son Amos Jr., had studied commodities at MIT
Among CC's other co-founders were Nobel laureate economist Paul Samuelson, who was also Weymar's thesis advisor, Paul Cootner, an MIT professor, and Frank Vannerson, a colleague of Weymar's from Nabisco. CC would bring a large number of PhDs onto its payroll through the 1970s. CC was originally founded to take advantages of trading opportunities in tradable physical commodities but would later branch out into trading other futures such as currency. The firm was also later featured prominently in the book, "Market Wizards", a series of interviews with the worlds top traders of the 1980s.
Commodities Corporation was acquired by Goldman Sachs in 1997

Mais info aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/Commodities_Corporation
Mas, como é evidente, não foi aqui que fiquei a conhecer a história: aqui tive oportunidade de a confirmar.

Abraço

[Cem pt]

Tenho pouco interesse em saber se alguns dos futuros normalizados que estão por trás das mercadorias ou “commodities” têm de ser entregues em sacos de café brasileiro no Porto de Santos às terceiras 6ªs feiras de cada mês, ou se as temperaturas gélidas nos USA provocaram maior consumo de gás natural nos aquecimentos das casas e atrasaram a época da sementeira do milho e trigo, ou se os jiadistas provocaram a paragem de mais 2 campos petrolíferos na Líbia, ou que fecharam mais 3 “rigs” nos campos norte-americanos de extração do shale-oil pelos métodos do “fracking”, etc.

Para mim tratam-se mais de notícias para encher chouriços já que podem provocar alguns pequenos “spikes” nos preços mas não deixam de ser generalidades mais dignas de conversas de especialistas e que pouca mossa provocam nos verdadeiros movimentos da grande fluidez das cotações onde se constrói ou destrói o valor de uma carteira dedicada a crescimentos, ou quedas, de magnitude que nada tem a ver com as carteiras de ações.

Será que os especialistas ficaram ricos por conhecer algumas dessas notícias que podiam pontualmente influenciar os preços dessas mercadorias? Não me parece, mas deixo essa interpretação aos conhecedores desses meandros.

Tal como disse os futuros das “commodities” têm uma particularidade que os distingue das ações, possuem uma alavancagem enorme, continuam a ter uma liquidez digna de registo e, ao contrário das ações, podemos apostar nas subidas e nas descidas dos futuros tomando especulativamente, consoante os casos, posições compradas (longos) ou vendidas (curtos).

São ativos financeiros de eleição para quem pretende assumir riscos bem maiores que os dos mercados acionistas. Em vez de esperarmos por anos e anos para fazermos subir o valor duma carteira de ações para níveis satisfatórios, se acharmos que detemos da nossa parte um método de negociação com esperança matemática positiva, basta-nos enveredar por esta alternativa de mercados alavancados onde fortunas mirabolantes ou bancarrotas rápidas se constroem numa escala de tempo a que poucos estão habituados e que nem todos conseguem aguentar devido aos swings infernais que provocam no portefólio de cada um.

Obviamente que o risco dá para os dois lados, é ótimo para quem ganha e sabe extrair dinheiro deste tipo de mercados, levando em conta uma alavancagem otimizada q.b. suficientemente controlada que não deixe um “drawdown” mais violento deitar tudo a perder, mas pode ser um pesadelo, se estiver do lado dos perdedores e tiver uma noção deficiente dos riscos envolvidos, uma vez que nessa situação o dinheiro se esvai neste tipo de mercado alavancado num abrir e fechar de olhos provocando dramas pessoais inenarráveis.

Daí que este pequeno espaço, ao qual aviso desde já que nem sempre poderei acudir por falta manifesta de tempo disponível, seja dedicado a eventuais conselhos sobre que posições estáveis se deverão tomar numa escala do tipo diária / semanal, onde não se tenha de andar a alterar permanentemente de posição todas as semanas.

Não fora o facto de manter uma carteira pessoal integralmente dedicada a futuros alavancados e tendo presente que mais de 90% dos participantes destes mercados de futuros saem sempre bastante depenados, espero que as sugestões neste tópico possam de algum modo funcionar como ferramenta auxiliar de apoio a quem se dedicar a negociar estes produtos.

O primeiro conselho óbvio que dou é naturalmente o de seguir a tendência dominante, os mercados de futuros são historicamente muito propensos a seguir sentidos muito marcantes e portanto não nos afastarmos nunca deste este princípio básico de seguir a tendência é fundamental e crítico para pelo menos não perder dinheiro.

A maioria dos principiantes atua nestes mercados essencialmente numa postura de swing trading, no final sai a perder! Não digo que esta estratégia não seja rentável, só que há técnicas muito estritas e limitadas que seguidas à risca podem nesse caso ser as mais propensas a que se possa ganhar dinheiro nesta estratégia, como sejam as de iniciar uma posição a favor da tendência dominante e nunca alternar entre longos e curtos mas sim entre neutros e as posições da tendência que domina na altura.

Se tiverem a escala diária e semanal coincidentes com o sentido do mercado, melhor ainda, o conselho a seguir é o de assumir de imediato em termos técnicos essa posição, o timing dum bom sistema de trading é uma ajuda muito útil. Caso contrário será melhor não se meter em aventuras.

O segundo conselho é começarem com uma alavancagem pouco pronunciada, até porque o cenário que sugiro se relaciona em geral com uma estratégia em que o tempo médio de permanência de cada futuro na carteira tem sido ou será o de alguns meses. Logo, lidando com futuros sem stops e sujeitos a movimentos de amplitudes invulgares, seria um suicídio entrar por alavancagens que excedam mais de 3 ou 4 vezes em média o valor do subjacente em cada futuro.

Este espaço da minha parte limitar-se-á a indicar em cada mercadoria qual a posição aconselhada pelos programas habituais que alguns de vocês já conhecem do passado.

Quanto a garantias de resultados já sabem que nada é seguro, pode haver boas probabilidades de sucesso mas muitas das posições que aqui indicar seguramente retornarão resultados negativos, tratam-se apenas de sugestões dadas pelos sistemas de trading mas cada um será responsável pelas decisões que tomar.

Informo desde já que os futuros das “commodities” que aqui irei focar serão os que pertencem apenas à minha carteira pessoal. Por si só já são suficientes para dar bastante trabalho de controlo diário, não me peçam portanto para incluir nestes “flashes” outros produtos de futuros para além dos que irei mencionar.

Para todos vocês vão os desejos de bons negócios.


----------


Começo com o único dos futuros da carteira de algum modo dedicado às ações, trata-se do Euro Stoxx 50.

Um dos grandes receios que temos ao gerir, ou dar a gerir, a nossa carteira de ações é a ocorrência de um crash.

Quando isso sucede já sabemos que todos ou praticamente todos os papéis da carteira vão levar um grande rombo.

A razão está á vista, todos os mercados de ações estão em geral muito correlacionados positivamente entre si, se um índice importante em Nova Iorque ou na Europa ou na Ásia levar uma grande machadada, a porta de fuga para vender ações é demasiado pequenina para quem quer vender, os compradores põem-se todos bem lá em baixo e os detentores de ações sofrem que nem loucos. Muitos passámos por essa experiência aterradora, eu também, e não há ninguém que esteja disposto a reviver ou repetir essas sessões infernais no lado errado da noite!

Daí que na minha carteira pessoal de futuros cada um deles não valha mais de 10% do capital total em risco, ou seja, a carteira de futuros está dividida equitativamente por 10 produtos todos diferentes e com uma correlação bastante próxima do zero, a saber:

- Futuros EuroStoxx 50.
- Micro-Futuros EuroDollar.
- Mini-Futuros YenDollar.
- Mini-Futuros Crude Oil.
- Mini-Futuros Natural Gas.
- Mini-Futuros Soybeans.
- Mini-Futuros Corn.
- Mini-Futuros Wheat.
- Mini-Futuros Gold.
- Mini-Futuros Silver.

O Euro Stoxx 50 representa o conjunto ponderado de uma carteira investida nas 50 ações mais poderosas da zona Euro.

A movimentação deste índice nos futuros em dinheiro ganho ou perdido, em Euros, equivale à diferença do valor do índice Euro Stoxx 50 multiplicado por 10 vezes.

Ontem, para exemplificar, os futuros de Junho de 2015 do Euro Stoxx 50 fecharam nos 3.595 pontos.

Significa isto que, quem esteja comprado em 1 contrato de futuros, será o mesmo que estar a investir na subida em um conjunto de 50 ações que nesta altura na realidade vale 3.595 pontos x 10 Euros/ponto = 35.950,00 Euros.

Isto significa que quem quisesse ou estivesse a negociar 1 único contrato do Euro Stoxx com uma alavancagem de 4x deveria ter disponível para acompanhar este produto pelo menos a quantia de 35.950 € / 4 = 8.988 €, dedicados exclusivamente à abertura da posição, ao acompanhamento e à cobertura dos reforços de capital que venham a ser necessários nas sessões adversas em que se registem perdas na carteira.

Feita esta pequena introdução para quem desconhecia a forma de funcionamento destes futuros, deixo em seguida um resumo técnico do que eu aconselharia em termos de posições a tomar no Euro Stoxx 50.

Tanto na escala diária como semanal a tendência diagnosticada pelo sistema de trading é consensual: ascendente. Daí que as posições aconselhadas neste índice sejam as longas ou compradas.

Podem observar no 1º gráfico que o sistema de trading gerou um sinal de compra na WF ("weekly frame") em 12 de dezembro de 2014 e também uma compra no 2º gráfico na DF ("daily frame") em 20 de janeiro passado nos 3.161 pontos.

Ou seja, de acordo com as regras o sinal de compra só é disparado na carteira e na realidade quando é disparada a última “time frame” temporal, neste caso a diária em 20 de janeiro.

Sempre que ocorre um sinal de compra tendencial, indicado por uma linha verde vertical, a linha amarela “bold” passa para terreno positivo a marcar o valor de +100 pontos no gráfico dos indicadores.

Para não confundir não vou falar dos sinais gerados a nível de reforços nas compras e vendas dos swings, que se podem também observar no gráfico diário do sistema de trading através dos sinais marcados por umas figuras de diamantes de cor verde (compra) e vermelha (venda). Convém que este tópico se concentre no essencial que é a tendência dominante e essa está claramente ascendente, é nesse campo que se ganha a esmagadora maioria do dinheiro nos futuros.

Desde o seu sinal de compra que atrás assinalei que manter a posição em 1 único contrato comprado em futuros do EuroStoxx 50 teria gerado até ao presente um lucro provisório de:

(3.590 – 3.161) pontos x 10 Euros/ponto = +4.290,00 Euros

O indicador principal que vai mantendo esta tendência ascendente incólume, representada pela linha branca observada no gráfico dos indicadores, marca nesta altura +55 pontos no gráfico diário, sendo este certamente o mais rápido a fechar as posições longas algures num futuro incerto.

De notar que um sinal de venda só voltará a aparecer desde que este indicador desça abaixo do nível dos -100 pontos.

Pelo andar da carruagem diria que enquanto o Euro Stoxx 50 não voltar a cotar abaixo dos 3040 pontos, não voltaremos a ver tão cedo um sinal de venda no gráfico diário que nos mande fechar as posições compradas nestes futuros.

Aliás podem ver no gráfico diário, o de baixo, que desde o sinal de compra gerado em 20 de janeiro passado o dito indicador branco chamado “Rating Emocional de longo prazo” jamais voltou a entrar por terrenos negativos, o que permite antever que a atual tendência ascendente continua muito estável e está aí para lavar e durar!

É que nem sequer o “Rating de curto prazo”, o indicador da linha azul que caminha ao lado, entrou em terreno negativo para poder gerar qualquer oportunidade de compra do tipo oscilatório, o que demonstra bem a força e a estabilidade da atual tendência ascendente.

Curiosamente o Euro Stoxx 50 é o único dos 10 futuros assinalados que possui à presente data uma tendência ascendente. Mais tarde falarei dos outros, logo decidirei qual!

Boa sorte e bons negócios.