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Caldeirão da Bolsa

Bancos portugueses têm de injectar 7.800 milhões em 8 meses

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Pata-Hari » 27/10/2011 7:39

A estas horas eu já tenho um mergulhozinho no papinho :D. Hoje foi a 33 metros :)). E isto é "buéda" importante, ó meus :P.

(ao fim da tarde é que vocês estão a acompanhar as noticias do fim do dia e eu estou a roncar...).

Voltando ao tema, eu acho que isto é muito bom, não envolve os privados e há finalmente um bom acordo. Mas é mau para a nossa banca porque obriga a um encaixe muito grande de perda e força a entrada de capitais de estado, o que é mau, como é óbvio.
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por A330-300 » 27/10/2011 6:54

Plantão Rádio Pata com as últimas informações a qualquer hora do dia,de qualquer ponto do globo,365 dias por ano.

Rádio Pata, 104,4 Mhz,à procura das mais quentes para que você acorde com elas fresquinhas.
:lol: :lol:

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por atomez » 27/10/2011 5:32

Lion_Heart Escreveu:Ui, a Pata online a esta hora! a coisa esta negra.

Questões de fusos.

Ou insónias...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Lion_Heart » 27/10/2011 4:23

Ui, a Pata online a esta hora! a coisa esta negra.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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por Pata-Hari » 27/10/2011 4:15

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Pecado capital
27 Outubro2011 | 01:22
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
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É arrasador para os accionistas dos bancos. Mas protege os seus depositantes. E os depositantes são o elo mais importante do sistema financeiro.
A Autoridade Bancária Europeia apresentou esta noite estimativas para a recapitalização dos principais bancos europeus: 106 mil milhões de euros. Logo depois, o Banco de Portugal comunicou as necessidades dos bancos portugueses: 7,8 mil milhões de euros. Veja em baixo o primeiro comentário de Pedro Santos Guerreiro sobre o tema.

106 mil milhões de euros é uma quantidade astronómica. É 1% do PIB da Zona Euro. É essa a quantidade de dinheiro que terá de ser injectada nos bancos até final de Junho. Uma parte será dinheiro será dos Estados. Mas não se equivoque: é arrasador para os accionistas dos bancos. Mas protege os seus depositantes. E os depositantes são o elo mais importante do sistema financeiro.

O anúncio feito esta noite pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) de que os bancos europeus vão ter de injectar 106 mil milhões de euros para se capitalizarem veio confirmar as notícias dos últimos dias. Os bancos dirão que a decisão é estúpida e errada, os políticos assegurarão que é a correcta. Mas mesmo tendo muito aspectos criticáveis, o que está em causa não é menos do que isto: a salvação do euro. Porque, no final, o objectivo é de que os mercados voltem a confiar nos bancos. Hoje, não confiam. Nem nos portugueses, nem nos franceses, nem nos espanhóis, nem nos italianos…

Justiça? A justiça não tem nada a ver com isto. Trata-se de salvação colectiva. Foram as dívidas soberanas que atiraram os bancos ao charco, o que nunca foi suposto acontecer. Podemos acusar os bancos de terem dado crédito a mais e a pessoas erradas. Mas a ninguém se podia pedir que
previsse que dívidas públicas da Grécia, da Irlanda e de Portugal podiam não ser pagas.

Os bancos portugueses são todos afectados, como o são os bancos espanhóis, italianos, gregos, cipriotas, franceses e por aí fora. Por cá, o BPI, a Caixa e o BCP são os mais expostos. Começou a contagem decrescente para um processo de capitalização que vai envolver dinheiro do Estado. Os 12 mil milhões de euros.

A hierarquia dos métodos de capitalização é: conversão de dívida em capital (como o BES está neste momento a fazer e como o BCP já anunciou); venda de activos (o que bancos portugueses têm feito); recorrer à linha de capitalização do Estado; e só no fim da linha está a possibilidade de recorrer ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).

Paradoxalmente, a troika trouxe-nos mais cedo (bem como à Grécia e à Irlanda) o que o os outros países não têm e vão precisar: a linha de capitalização do Estado. É, dentro do azar, uma sorte. Agora é usá-la. E como neste jornal temos defendido desde o Verão, isso não é mau para o sistema, é bom.

Os 106 mil milhões de euros (7,8 mil milhões em Portugal) têm dois destinos: assumir as perdas de dívida pública grega e colocar os rácios de capital de melhor qualidade dos bancos nos 9%. Nas próximas horas analisaremos no Negócios os impactos destas medidas, se são suficientes, que alternativas há, o que provocam nas estruturas dos bancos e nos seus clientes. Mas para já, neste primeiro comentário, fica esta observação. Não é uma limpeza étnica de banqueiros que está em curso, é uma limpeza de balanços. Desalavancar é isto. Custa dinheiro. Perdas brutais já acumuladas dos accionistas. Custa sacrifícios e menos dinheiro na economia. E pode não ser suficiente sem a solução política europeia que tarda em nascer.

Mas finalmente a Europa entrou em acção
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mcarvalho

por Josytoc » 27/10/2011 2:37

Imagina tu tens uma empresa e se ela passar a ter menos clientes, ou os mesmos mas se lhes venderes menos achas que a tua empresa vai valer mais ou menos?

E se ela tiver que fazer uma injecção de capital e implicar um aumento de divida e teres que remunerar essa divida? isto tudo ainda que fosse para continuares a fazer o mesmo negócio que vinhas fazendo, o que achas?

Claro que isto é ceteris paribus, ou seja considerando todas as variáveis como constantes.

Dá também jeito relembrar o conceito de Core Tier 1 para saber a que se destina esta injecção de capital e aferir da sua potencial rentabilidade futura.
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por mcarvalho » 27/10/2011 1:11

obrigado josytok

quando referes ao seu valor a que te referes pf



abraço

mcarvalho
 
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Boas noticias para as companhias de rating

por Josytoc » 27/10/2011 1:02

As boas noticias são para as companhias de rating, ficando implicitamente confirmadas as suas recomendações sobre os paises e respectivas dividas públicas uma vez que os bancos têm que as reconheçer no balanço pelo seu valor de mercado.
Quanto aos bancos vão ter que se recapitalizar em sintonia para cumprir o Core Tier 1, o que vai diminuir o seu valor quer pela nova divida quer por contracção da sua capacidade de efetuar negócios; menos dinheiro que sobra para emprestarem.
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por mcarvalho » 27/10/2011 0:55

questão

se só precisam de 7.800 milhões de euros e a troika destinou 12.000 milhões para a banca... a noticia é boa ou má?

escrito em português para que o " Zezinho " não faça queixinhas :)
 
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Até que enfim

por Fiscalista » 27/10/2011 0:50

boas notícias para a banca... :mrgreen:
 
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Xissa !

por bboniek33 » 27/10/2011 0:09

Que grande injecc,ao !
Vao ter que levar com a seringa Cicciolina...
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Bancos portugueses têm de injectar 7.800 milhões em 8 meses

por Automech » 27/10/2011 0:07

Bancos portugueses vão ter de injectar 7.800 milhões de euros em oito meses
26 Outubro 2011 | 22:51

A Autoridade Bancária Europeia apresentou esta noite as suas estimativas para a recapitalização dos principais bancos europeus: são 106 mil milhões de euros que terão de ser injectados até ao fim de Junho de 2012. Banca portuguesa é a quinta com maiores necessidades de capital. Banco de Portugal relembra que há 12 mil milhões disponíveis para esse fim.
A banca portuguesa tem oito meses para encontrar 7.804 milhões de euros, de modo a satisfazer as exigências reforçadas em termos de capital hoje acordadas pelos líderes europeus, em Bruxelas.

Num comunicado divulgado esta noite pela Autoridade Bancária Europeia (EBA), Portugal surge como o quinto país com maiores necessidades de capital.

O Banco de Portugal, num comunicado também divulgado esta noite, precisa que este montante se desdobra em necessidades de reforço do capital Core Tier 1 de 4,4 mil milhões de euros resultantes da avaliação a preços de mercado das exposições a dívida soberana.

A este valor acrescem 3,4 mil milhões de euros para atingir o objectivo fixado pela EBA de um rácio de Core Tier 1 de 9%. “Este último valor corresponde globalmente ao montante que resulta das medidas de capitalização já previstas nos planos de financiamento e de capital para 2011 e 2012 apresentados ao Banco de Portugal”, refere o regulador português.

A instituição liderada por Carlos Costa volta a lembrar que estas necessidades podem ser cobertas pelo fundo de apoio à capitalização dos bancos, de 12 mil milhões de euros, que foi criado no quadro do programa de assistência a Portugal de 78 mil milhões de euros.

“O que significa que estão disponíveis recursos públicos para a capitalização dos bancos em montante suficiente, caso não se concretizem, como será desejável, soluções privadas de mercado”, refere o BdP.

Sem excepção, todos os banqueiros nacionais têm, porém, revelado enormes resistências em aceder a este financiamento, temendo o impacto da consequente entrada do Estado como accionista. Ainda há uma semana, Ricardo Salgado, CEO do BES, dizia que o “Estado a gerir bancos é um desastre”.

Pedro Passos Coelho veio, entretanto, garantir que o Governo “não quer ser dono de bancos” e que o Estado será um “parceiro passivo”. "Parece-me difícil que toda a banca recorra às ajudas do Estado. Mas deixo a garantia que o Estado não tenciona imiscuir-se na gestão dos bancos nem ser dona desses bancos”, afirmou ontem o primeiro-ministro.


Planos submetidos até ao fim do ano

O comunicado da EBA, regulador europeu do sector bancário, confirma, por seu turno, que os bancos têm de apresentar os respectivos planos de recapitalização até ao fim deste ano.

Para a banca portuguesa, o valor agora identificado pela EBA fica muito próximo dos cálculos ontem avançados pelo Negócios, que apontavam para a necessidade de CGD, BCP, BPI e BES terem de abater oito mil milhões de euros (41%) aos seus fundos próprios, devido aos novos critérios de registo, que obrigam a contabilizar as perdas, implícitas nos valores de mercado, dos respectivos investimentos em dívida soberana, em particular da Grécia, Portugal, Irlanda e Espanha.

Banca grega precisa de 28% do total; espanhola e italiana vêm a seguir

Ainda de acordo com os cálculos da EBA, a banca grega – que detém cerca de um quarto da dívida pública do seu país e que enfrenta, por tal, o maior impacto de um eventual perdão que pode ascender a 60% - precisa de injecções de capital de 30 mil milhões de euros. Ou seja, só os bancos gregos absorverão 28% do total dos 106.447 milhões de euros que terão de ser injectados na banca europeia para acomodar as perdas com dívida soberana e, simultaneamente, aumentar os rácios de capital para os mesmos 9% que estão a ser exigidos aos bancos portugueses.

Na lista dos mais vulneráveis, seguem-se os bancos espanhóis, com necessidades de capital cifradas em 26.161 milhões de euros, e os italianos (14.771 milhões).

Num outro patamar, encontram-se os bancos franceses (8.844 milhões de euros), logo seguidos dos portugueses (7.804 milhões). Segue-se a banca alemã (5.184 milhões). Em termos relativos, a banca cipriota – muito exposta a dívida grega – é das mais fragilizadas, com a EBA a antecipar que precisem de 3.587 milhões de euros.


(Notícia actualizada às 23h50)
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=515255
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