OT - As PPP que temos e merecemos!
A questão, a meu ver, não se coloca em termos de rasgar ou não contratos.
O Estado tem ao seu dispor meios - v.g. medidas de âmbito fiscal - para corrigir os lucros excessivos das rendas atribuídas aos produtores de energia, sem ter necessidade de rasgar contratos.
Aliás, a solução que foi aventada pelo Secretário de Estado Henrique Gomes passava por introduzir uma taxa sobre o sistema electroprodutor.
A questão não é, pois, a meu ver, jurídica, mas sim política.
Cumps.
O Estado tem ao seu dispor meios - v.g. medidas de âmbito fiscal - para corrigir os lucros excessivos das rendas atribuídas aos produtores de energia, sem ter necessidade de rasgar contratos.
Aliás, a solução que foi aventada pelo Secretário de Estado Henrique Gomes passava por introduzir uma taxa sobre o sistema electroprodutor.
A questão não é, pois, a meu ver, jurídica, mas sim política.
Cumps.
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richardj Escreveu:o que aconteceu com as PPPs foi que assinamos contractos para os privados fazerem obra com dinheiro deles (que nos não o tínhamos) em troca de concessionar a obra e garantir rentabilidades.
O que é que a empresa A tem de culpa que o estado tenha feito contracto com a empresa A B C D E e agora não consegue pagar?
Mas alguém enganou o estado a quando da assinatura do contracto? Não, os representantes do estado sabiam muito bem o que estavam a assinar.
Foram negligentes? Sem duvida.
Deviam ser responsabilizados por gestão danosa? Sem duvida.
Mas agora os privados já gastaram o dinheiro a construir as obras, como é que vamos rasgar um contrato? Vão pedir e ganhar indemnizações brutais e vão ganhar( ex, a brisa acabou de pedir uma indemnização de 1000 milhões por causa de uma Scut que passou a ser portajada e com perdas de tráfego de 70%)
http://doportugalprofundo.blogspot.com/ ... vadas.html
Foi tudo o que possam imaginar , Hospitais, IPs, Auto-Estradas, Scut, TGV, Barragens
http://www.dgtf.pt/ResourcesUser/PPP/Do ... P_2010.pdf
olhem para as ultimas duas paginas...
Uma coisa é dar prejuizo..
Outra é do Lucro garantido ser de 1%..
outra é o lucro garantido ser de 5%..
Outra é o lucro garantido ser de 10%..
Outra é o lucro garantido ser de 20%!!!!
Por isso, não advogo o rasgar de contratos, mas acha bom senso..Tem que haver redução dos lucros garantidos.
Porque algum cidadão enganou o Estado quando cumpriu as suas exigências e agora vê-se expoliado por esse mesmo Estado?? Não..
E o Estado agora não se coibe de vir para cima dos mais fracos, por isso exige-se, muito mais..
Para ir para cima dos fracos, qualquer um vai..
E negocios com lucros garantidos, TODOS queremos..
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in Jnegocios
Comissão de vencimentos mantém salário fixo de Mexia em 600 mil euros e altera variável
16/03/2012
Os accionistas da Energias de Portugal vão deliberar sobre a remuneração dos órgãos sociais para os próximos três anos. A proposta da comissão de vencimentos foi já publicada na CMVM, sendo que as alterações são poucas face à política de remunerações que tem sido seguida na eléctrica portuguesa nos últimos anos.
A proposta avança no sentido de manter o salário fixo anual do presidente executivo do conselho de administração em 600 mil euros, sendo que os administradores da eléctrica continuarão a ganhar 80% da remuneração atribuída actualmente a António Mexia.
Na proposta, a comissão de vencimentos diz que efectuou uma análise à política de remunerações, tendo em conta a alteração na estrutura accionista da EDP, sendo que como termo de comparação utilizou as remunerações fixas atribuídas aos gestores das cotadas que integram o índice EurostoxxUtilities e o PSI-20.
O valor da remuneração fixa a atribuir ao presidente da EDP até 2014 é classificado “adequado” e “competitivo” e a comissão de vencimentos lembra que é o que é praticado desde 2006, pelo que será igual durante nove anos (até 2014). Além disso, assinala a comissão de vencimentos, fica abaixo do universo analisado.
Se na remuneração fixa não há alterações, na variável a comissão de vencimentos propõe mudanças, que passam por premiar em mais longo prazo, em detrimento do curto prazo.
A remuneração variável anual passa a ter um limite máximo de 80% da remuneração fixa, quando antes o limite era de 100%. Assim, se o salário de Mexia poderia chegar aos 1,2 milhões de euros por ano, agora terá um valor máximo de 1,08 milhões de euros.
A remuneração variável atribuída aos administradores da eléctrica é nula se a EDP cumprir menos de 90% dos objectivos fixados no plano de negócios e atinge os 80% do salário fixo se superarem os objectivos em 10%.
Se a remuneração variável anual desce, a variável plurianual, que só é atribuída no final do mandato, é melhorada. Se antes tinha um limite de 100% da remuneração fixa bruta do mandato (1,8 milhões de euros para o caso de Mexia), agora poderá chegar a 120%.
Para obter esta remuneração variável plurianual, a gestão da EDP tem que atingir 90% dos objectivos fixados para o mandato. Ou seja, no limite máximo, o CEO da EDP pode receber uma remuneração variável adicional de 2,16 milhões de euros em 2014, no final do mandato.
16/03/2012
Os accionistas da Energias de Portugal vão deliberar sobre a remuneração dos órgãos sociais para os próximos três anos. A proposta da comissão de vencimentos foi já publicada na CMVM, sendo que as alterações são poucas face à política de remunerações que tem sido seguida na eléctrica portuguesa nos últimos anos.
A proposta avança no sentido de manter o salário fixo anual do presidente executivo do conselho de administração em 600 mil euros, sendo que os administradores da eléctrica continuarão a ganhar 80% da remuneração atribuída actualmente a António Mexia.
Na proposta, a comissão de vencimentos diz que efectuou uma análise à política de remunerações, tendo em conta a alteração na estrutura accionista da EDP, sendo que como termo de comparação utilizou as remunerações fixas atribuídas aos gestores das cotadas que integram o índice EurostoxxUtilities e o PSI-20.
O valor da remuneração fixa a atribuir ao presidente da EDP até 2014 é classificado “adequado” e “competitivo” e a comissão de vencimentos lembra que é o que é praticado desde 2006, pelo que será igual durante nove anos (até 2014). Além disso, assinala a comissão de vencimentos, fica abaixo do universo analisado.
Se na remuneração fixa não há alterações, na variável a comissão de vencimentos propõe mudanças, que passam por premiar em mais longo prazo, em detrimento do curto prazo.
A remuneração variável anual passa a ter um limite máximo de 80% da remuneração fixa, quando antes o limite era de 100%. Assim, se o salário de Mexia poderia chegar aos 1,2 milhões de euros por ano, agora terá um valor máximo de 1,08 milhões de euros.
A remuneração variável atribuída aos administradores da eléctrica é nula se a EDP cumprir menos de 90% dos objectivos fixados no plano de negócios e atinge os 80% do salário fixo se superarem os objectivos em 10%.
Se a remuneração variável anual desce, a variável plurianual, que só é atribuída no final do mandato, é melhorada. Se antes tinha um limite de 100% da remuneração fixa bruta do mandato (1,8 milhões de euros para o caso de Mexia), agora poderá chegar a 120%.
Para obter esta remuneração variável plurianual, a gestão da EDP tem que atingir 90% dos objectivos fixados para o mandato. Ou seja, no limite máximo, o CEO da EDP pode receber uma remuneração variável adicional de 2,16 milhões de euros em 2014, no final do mandato.
mcarvalho
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MiamiBlueHeart Escreveu:Segundo o jornal SOL, Catroga já anda, pelos vistos, a justificar o seu elevado salário..
Uma das pessoas que negociou a Austeridade deste país!!!
Incrivel..
Paga Povo Burro...
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Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
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o que aconteceu com as PPPs foi que assinamos contractos para os privados fazerem obra com dinheiro deles (que nos não o tínhamos) em troca de concessionar a obra e garantir rentabilidades.
O que é que a empresa A tem de culpa que o estado tenha feito contracto com a empresa A B C D E e agora não consegue pagar?
Mas alguém enganou o estado a quando da assinatura do contracto? Não, os representantes do estado sabiam muito bem o que estavam a assinar.
Foram negligentes? Sem duvida.
Deviam ser responsabilizados por gestão danosa? Sem duvida.
Mas agora os privados já gastaram o dinheiro a construir as obras, como é que vamos rasgar um contrato? Vão pedir e ganhar indemnizações brutais e vão ganhar( ex, a brisa acabou de pedir uma indemnização de 1000 milhões por causa de uma Scut que passou a ser portajada e com perdas de tráfego de 70%)
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olhem para as ultimas duas paginas...
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Mas alguém enganou o estado a quando da assinatura do contracto? Não, os representantes do estado sabiam muito bem o que estavam a assinar.
Foram negligentes? Sem duvida.
Deviam ser responsabilizados por gestão danosa? Sem duvida.
Mas agora os privados já gastaram o dinheiro a construir as obras, como é que vamos rasgar um contrato? Vão pedir e ganhar indemnizações brutais e vão ganhar( ex, a brisa acabou de pedir uma indemnização de 1000 milhões por causa de uma Scut que passou a ser portajada e com perdas de tráfego de 70%)
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Marques Mendes: Actuação de António Mexia "é criticável" e "inaceitável"
16/03/2012
Marques Mendes comentou ontem à noite, em entrevista à TVI24, a saída do secretário de Estado da Energia do Governo, aproveitando para criticar a postura de António Mexia no caso.
“Acho que o secretário de Estado da Energia, goste ou não se goste da pessoa, eu acho que sai em grande medida porque perdeu uma guerra com a EDP e com o presidente da EDP, António Mexia. António Mexia é uma pessoa muito poderosa. No governo do PS mandava a seu belo prazer, punha e dispunha, com Manuel Pinho e também com José Sócrates”, disse o político.
Marques Mendes comentou também que, apesar das declarações do actual governo liderado pelo PSD, de que “o iria pôr na ordem”, “até ao momento ele manda da mesma maneira que mandava anteriormente, e mais do que isso, tem até um desplante de querer desautorizar o governo que é uma coisa que eu acho absolutamente inaceitável”.
“Que ele e a EDP se apresentem como um Estado dentro do Estado que manda nos governos, e que bate o pé e que é arrogante e tem este descaramento na praça pública de dizer isto, eu isso devo dizer que acho criticável. É criticável pela actuação do presidente da EDP e é criticável pelo governo, que não põe ordem na casa”, acrescentou Marques Mendes.
Marques Mendes: Actuação de António Mexia "é criticável" e "inaceitável"
16/03/2012
Marques Mendes comentou ontem à noite, em entrevista à TVI24, a saída do secretário de Estado da Energia do Governo, aproveitando para criticar a postura de António Mexia no caso.
“Acho que o secretário de Estado da Energia, goste ou não se goste da pessoa, eu acho que sai em grande medida porque perdeu uma guerra com a EDP e com o presidente da EDP, António Mexia. António Mexia é uma pessoa muito poderosa. No governo do PS mandava a seu belo prazer, punha e dispunha, com Manuel Pinho e também com José Sócrates”, disse o político.
Marques Mendes comentou também que, apesar das declarações do actual governo liderado pelo PSD, de que “o iria pôr na ordem”, “até ao momento ele manda da mesma maneira que mandava anteriormente, e mais do que isso, tem até um desplante de querer desautorizar o governo que é uma coisa que eu acho absolutamente inaceitável”.
“Que ele e a EDP se apresentem como um Estado dentro do Estado que manda nos governos, e que bate o pé e que é arrogante e tem este descaramento na praça pública de dizer isto, eu isso devo dizer que acho criticável. É criticável pela actuação do presidente da EDP e é criticável pelo governo, que não põe ordem na casa”, acrescentou Marques Mendes.
mcarvalho
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http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?c ... 20Deusdado
Imagino o leitor comum do JN. Desorientado. Ouve falar que um secretário de Estado se demitiu/foi demitido porque queria baixar a conta da energia. Passos diz que não. "Era o que faltava". O ministro Álvaro enche o peito e mostra força no pico da sua vulnerabilidade - agora é que vai ser, preparem-se...
Inopinadamente (fazendo jus ao seu habitual e desastrado timing) Luís Filipe Menezes aparece a dizer que o secretário de Estado tinha um problema de estilo e portanto, rua. Sim, Henrique Gomes tinha, pelos vistos, o estilo de achar que António Mexia manda de mais.
Kaput, ficou sem cabeça.
Dizia o presidente da EDP há dias, relativamente à conta dos encargos com a produção energética: "Estamos dispostos a ajudar no faseamento (da conta) desde que não coloquem em risco a nossa posição financeira". É como se os pensionistas ou funcionários públicos tivessem dito: "Não nos importamos que nos cortem os subsídios de férias e Natal este ano desde que os recebamos ao longo dos próximos três". Mexia zela pelos acionistas. Gaspar só zelou pela receita da privatização, querendo que o porco parecesse o mais gordo possível. Passos "demite-se" do jogo.
O ex-secretário de Estado da Energia preferiu dizer sempre, bem alto, que havia 600 milhões para cortar na fatura energética. Disse-o antes da privatização. Disse-o depois. E demitiu-se. Aparentemente Vítor Gaspar preferiu maximizar o encaixe chinês em vez de cortar nas "rendas eternas" a pagar à EDP, Iberdrola, Endesa, etc.. Se é assim, o ministro das Finanças só está a olhar pela sua carreira enquanto zelote do défice, deixando a conta da luz como mais um imposto em cima dos portugueses. E disto Mexia não tem culpa - foi a escolha do Governo. De Gaspar. Passos assinou de cruz.
Henrique Gomes provavelmente nem sequer chegou ao passo seguinte para demonstrar que não fazer 10 novas barragens nos pouparia 15 mil milhões de euros e evitaria uma renda durante mais de 60 anos, bastando para tal aumentar a produção das que já existem.
Mas há mais: fixe esta palavra - "cogeração". Era uma boa ideia. As fábricas vendiam à rede a energia que geravam - a preço mais elevado, claro. Resultado? Uma empresa compra energia, a preço normal, para a sua produção mas vende 100% da energia que gera no processo de fabrico, a tal "cogeração", a preço subsidiado. Nem um acerto de contas energético isto supõe... Pior: há hoje empresas que já 'faliram' no negócio base mas continuam a vender 100% de energia de "cogeração" queimando combustíveis para alimentar 'fábricas de energia subsidiada'. Esperemos que o ex-líder do PSD, Marques Mendes, novo oráculo da política portuguesa e ele próprio presidente de uma empresa ligada ao negócio da cogeração e renováveis, esclareça na TVI, com a sagacidade habitual, como se fazem estes grandes negócios...
Na verdade só a troika levou a sério o escândalo na energia. Até agora os protestos de especialistas têm sido música para os ouvidos de Mexia & Governos. Aliás, a EDP continua a dar-nos 'música'. É já no sábado que no Marquês de Pombal, em Lisboa, se vai ouvir a "Sagração da Primavera", de Stravinsky, o concerto sinfónico que a EDP 'oferece' (excelente palavra) aos portugueses. Que belo. Pena não transmitirem breves momentos, em direto, a partir da foz do Tua, uma outra sinfonia: a dinamite a explodir, de forma sincopada, a montanha e a História, para nos dar uma milionária e desnecessária barragem. O marketing empresarial é muitas vezes a propaganda mais fascista que existe.
P.S.: O advogado e professor Mário Melo Rocha, que há dias nos deixou, era uma daquelas pessoas de quem se guarda uma memória de elegância no trato e um enorme sentido do humor. Fui seu aluno de Ciência Política na Católica, do Porto, e as aulas de segunda-feira, com cachecol do FCP ao pescoço e exemplos constitucionais recheados de apartes futebolísticos, eram delirantes. A sua especialização pioneira em Ambiente garantiu-lhe certamente um lugar verde no Céu, mas com vistas para a Foz, claro.
.............
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... 44345&pn=1
http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A ... =gAQGQsyM-
Um desconhecido demitiu-se do Governo. Querem fazer uma algazarra disso. Fazer do desconhecido um mártir. Alinhar no populismo fácil de atacar a EDP. Invocar a lenga-lenga de que os lóbis ganham sempre. Pois querem. Querem e fazem bem.
Um desconhecido demitiu-se do Governo. Querem fazer uma algazarra disso. Fazer do desconhecido um mártir. Alinhar no populismo fácil de atacar a EDP
ler tudo
............
http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/13592676/1
http://www.tvi24.iol.pt/politica/henriq ... -4072.html
Imagino o leitor comum do JN. Desorientado. Ouve falar que um secretário de Estado se demitiu/foi demitido porque queria baixar a conta da energia. Passos diz que não. "Era o que faltava". O ministro Álvaro enche o peito e mostra força no pico da sua vulnerabilidade - agora é que vai ser, preparem-se...
Inopinadamente (fazendo jus ao seu habitual e desastrado timing) Luís Filipe Menezes aparece a dizer que o secretário de Estado tinha um problema de estilo e portanto, rua. Sim, Henrique Gomes tinha, pelos vistos, o estilo de achar que António Mexia manda de mais.
Kaput, ficou sem cabeça.
Dizia o presidente da EDP há dias, relativamente à conta dos encargos com a produção energética: "Estamos dispostos a ajudar no faseamento (da conta) desde que não coloquem em risco a nossa posição financeira". É como se os pensionistas ou funcionários públicos tivessem dito: "Não nos importamos que nos cortem os subsídios de férias e Natal este ano desde que os recebamos ao longo dos próximos três". Mexia zela pelos acionistas. Gaspar só zelou pela receita da privatização, querendo que o porco parecesse o mais gordo possível. Passos "demite-se" do jogo.
O ex-secretário de Estado da Energia preferiu dizer sempre, bem alto, que havia 600 milhões para cortar na fatura energética. Disse-o antes da privatização. Disse-o depois. E demitiu-se. Aparentemente Vítor Gaspar preferiu maximizar o encaixe chinês em vez de cortar nas "rendas eternas" a pagar à EDP, Iberdrola, Endesa, etc.. Se é assim, o ministro das Finanças só está a olhar pela sua carreira enquanto zelote do défice, deixando a conta da luz como mais um imposto em cima dos portugueses. E disto Mexia não tem culpa - foi a escolha do Governo. De Gaspar. Passos assinou de cruz.
Henrique Gomes provavelmente nem sequer chegou ao passo seguinte para demonstrar que não fazer 10 novas barragens nos pouparia 15 mil milhões de euros e evitaria uma renda durante mais de 60 anos, bastando para tal aumentar a produção das que já existem.
Mas há mais: fixe esta palavra - "cogeração". Era uma boa ideia. As fábricas vendiam à rede a energia que geravam - a preço mais elevado, claro. Resultado? Uma empresa compra energia, a preço normal, para a sua produção mas vende 100% da energia que gera no processo de fabrico, a tal "cogeração", a preço subsidiado. Nem um acerto de contas energético isto supõe... Pior: há hoje empresas que já 'faliram' no negócio base mas continuam a vender 100% de energia de "cogeração" queimando combustíveis para alimentar 'fábricas de energia subsidiada'. Esperemos que o ex-líder do PSD, Marques Mendes, novo oráculo da política portuguesa e ele próprio presidente de uma empresa ligada ao negócio da cogeração e renováveis, esclareça na TVI, com a sagacidade habitual, como se fazem estes grandes negócios...
Na verdade só a troika levou a sério o escândalo na energia. Até agora os protestos de especialistas têm sido música para os ouvidos de Mexia & Governos. Aliás, a EDP continua a dar-nos 'música'. É já no sábado que no Marquês de Pombal, em Lisboa, se vai ouvir a "Sagração da Primavera", de Stravinsky, o concerto sinfónico que a EDP 'oferece' (excelente palavra) aos portugueses. Que belo. Pena não transmitirem breves momentos, em direto, a partir da foz do Tua, uma outra sinfonia: a dinamite a explodir, de forma sincopada, a montanha e a História, para nos dar uma milionária e desnecessária barragem. O marketing empresarial é muitas vezes a propaganda mais fascista que existe.
P.S.: O advogado e professor Mário Melo Rocha, que há dias nos deixou, era uma daquelas pessoas de quem se guarda uma memória de elegância no trato e um enorme sentido do humor. Fui seu aluno de Ciência Política na Católica, do Porto, e as aulas de segunda-feira, com cachecol do FCP ao pescoço e exemplos constitucionais recheados de apartes futebolísticos, eram delirantes. A sua especialização pioneira em Ambiente garantiu-lhe certamente um lugar verde no Céu, mas com vistas para a Foz, claro.
.............
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Um desconhecido demitiu-se do Governo. Querem fazer uma algazarra disso. Fazer do desconhecido um mártir. Alinhar no populismo fácil de atacar a EDP. Invocar a lenga-lenga de que os lóbis ganham sempre. Pois querem. Querem e fazem bem.
Um desconhecido demitiu-se do Governo. Querem fazer uma algazarra disso. Fazer do desconhecido um mártir. Alinhar no populismo fácil de atacar a EDP
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http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/13592676/1
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mcarvalho
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Marques Mendes comenta a saída do secretário de Estado da Energia do Governo, criticando a postura de António Mexia no caso.
"O secretário de Estado sai porque perdeu uma guerra com a EDP e como presidente da EDP, António Mexia é uma pessoa muito poderosa", sublinhou o ex-líder do PSD, no se habitual comentário à TVI24.
Segundo Marques Mendes, "no Governo do PS [Mexia] mandava a seu belo prazer, punha e dispunha, com Manuel Pinho e também José Sócrates", explicou.
E se com Sócrates Mexia era o homem-forte do sector energético em Portugal, com Passos a questão não sofreu qualquer alteração.
"Até ao momento ele manda da mesma maneira como mandava anteriormente. E mais do que isso tem até o desplante de querer desautorizar o Governo, que é uma coisa que eu acho absolutamente inaceitável. Que ele e a EDP se apresentem como um Estado dentro do Estado que manda nos Governos e que bate a pé, é criticável", disse.
"É criticavel pela actuação do presidente da EDP e criticável pelo Governo que não põe ordem na casa", concluiu.
Testemunho de uma pessoa que já lá andou por dentro..
Só pergunto: Como é possível estes descontrolodos?? Estes abusos?
Uma empresa que já era 80% privada e que agora é 100%, manda neste país..
Uma elite governa-se, os outros (quer privados, quer públicos) pagam estes desvaneios..
Vergonha!!
"O secretário de Estado sai porque perdeu uma guerra com a EDP e como presidente da EDP, António Mexia é uma pessoa muito poderosa", sublinhou o ex-líder do PSD, no se habitual comentário à TVI24.
Segundo Marques Mendes, "no Governo do PS [Mexia] mandava a seu belo prazer, punha e dispunha, com Manuel Pinho e também José Sócrates", explicou.
E se com Sócrates Mexia era o homem-forte do sector energético em Portugal, com Passos a questão não sofreu qualquer alteração.
"Até ao momento ele manda da mesma maneira como mandava anteriormente. E mais do que isso tem até o desplante de querer desautorizar o Governo, que é uma coisa que eu acho absolutamente inaceitável. Que ele e a EDP se apresentem como um Estado dentro do Estado que manda nos Governos e que bate a pé, é criticável", disse.
"É criticavel pela actuação do presidente da EDP e criticável pelo Governo que não põe ordem na casa", concluiu.
Testemunho de uma pessoa que já lá andou por dentro..
Só pergunto: Como é possível estes descontrolodos?? Estes abusos?
Uma empresa que já era 80% privada e que agora é 100%, manda neste país..
Uma elite governa-se, os outros (quer privados, quer públicos) pagam estes desvaneios..
Vergonha!!
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Vamos por partes.
Um contrato é para cumprir, mas se for um contrato justo. Um contrato leonino onde alguem tem todos os direitos e outros todos os deveres pode muito bem ser anulado. Isto claro num País de Direito.
Depois, estes contratos são alterados quase todos os anos, com clausulas ainda mais penalizadoras para os contribuintes. Alguns até tem clausulas de que em caso de aumento de derramas, subida IRC , iva e etc , eles aumentam os preços ao consumidor e/ou contrubinte.
So aqui temos pano para mangas, pois se o Dever, Obrigação e pelo que juram na Constituição é defender o Estado e os contribuintes, estes contratos Nao sao validos, ou entao os Cidadaos tem que os por em tribunal, Europeu claro.
Pior, quem assina estes contratos onde e obvio que o Estado ou seja os contribuintes são lesados, o estado de Direito é lesado, a economia é lesada,tem que ser chamado a responsabilidade.
Um contrato é para cumprir, mas se for um contrato justo. Um contrato leonino onde alguem tem todos os direitos e outros todos os deveres pode muito bem ser anulado. Isto claro num País de Direito.
Depois, estes contratos são alterados quase todos os anos, com clausulas ainda mais penalizadoras para os contribuintes. Alguns até tem clausulas de que em caso de aumento de derramas, subida IRC , iva e etc , eles aumentam os preços ao consumidor e/ou contrubinte.
So aqui temos pano para mangas, pois se o Dever, Obrigação e pelo que juram na Constituição é defender o Estado e os contribuintes, estes contratos Nao sao validos, ou entao os Cidadaos tem que os por em tribunal, Europeu claro.
Pior, quem assina estes contratos onde e obvio que o Estado ou seja os contribuintes são lesados, o estado de Direito é lesado, a economia é lesada,tem que ser chamado a responsabilidade.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
Lion_Heart
A propósito de rasgar contratos ou anular decisões anteriores, sejam elas danosas ou não:
É o raio dum país em que está tudo blindado.
Tribunal arbitral dá razão à Mota-Engil sobre terminal de contentores de Alcântara
16 Março 2012 | 00:01
Revogação da extensão do contrato não tem legalidade jurídica. Tribunal Constitucional deverá pronunciar-se.
Mota-Engil (1) - Estado (0). O tribunal arbitral entre a Liscont e a Administração do Porto de Lisboa (APL), constituído em Outubro de 2008 para avaliar o aditamento que prolongava a concessão da empresa do grupo Mota no terminal de contentores de Alcântara, em Lisboa, decidiu que o decreto-lei que revoga a prorrogação do contrato é nulo. O Negócios sabe que a decisão terá já sido tomada em Outubro passado. Nesta altura, o processo deverá estar já nas mãos do Tribunal Constitucional, que terá agora que se pronunciar sobre a matéria.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... 44877&pn=1
É o raio dum país em que está tudo blindado.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
mfsr1980 Escreveu:Preciso muita paciência para ver ali nas bancadas da assembleia a máfia socialista que nos enterrou até ao pescoço.
Abraço mfsr1980
Exactamente.
E não se lhes pode dizer nada que eles são todos muito sensíveis... não interessa nada agora estar a ajustar contas com o passado como eles gostam de dizer.
O que me preocupa é que eles parecem completamente incapazes de extraír conclusões de tudo o que aconteceu, que é o mesmo que dizer que de hoje para amanhã voltam a ganhar eleições e metem lá outro maluquinho com ideias iguais ou parecidas e volta tudo ao mesmo.
Esta gente ainda não percebeu que a partir do momento em que é eleita fica com a capacidade de rebentar com um país inteiro e pô-lo em cacos. Acham normal fazerem-no, sentem-se com direito e legitimidade para isso e ainda por cima acham que se podem ir embora na boa como se se tivessem apenas equivocado numa coisinha sem importância.
Depois para cereja em cima do bolo, maldizem os tecnocratas chamados a pôr as coisas na ordem, acusam-nos de falta de legitimidade democrática e de não serem políticos, como se ser político fosse garantia de qualidade inteligência ou competência.
Só na cabeça deles mesmo.
..
Isso dos contratos das PPP também me provoca muita azia!
No último programa do Medina Carreira fiquei a saber que há contratos de valor muito superior ao valor da obra em causa e isso para mim constitui um crime.
Em primeiro lugar gostava de saber quem assinou esses contratos e se depois se verificar uma disparidade muito grande em relação à avaliação da obra, deveriam os responsáveis (aqueles que assinaram o documento) ser obrigados a ressarcir o estado.
Ainda hoje estava a ouvir o ministro da economia que em poucas palavras resumiu a quantidade de crimes que o partido socialista fez nos últimos anos e que neste momento nos dificulta sobremaneira a saida da crise.
O PS esse continua a inventar folgas para dinamizar a economia como se não tivesse chamado a TROIKA.
Preciso muita paciência para ver ali nas bancadas da assembleia a máfia socialista que nos enterrou até ao pescoço.
Abraço mfsr1980
No último programa do Medina Carreira fiquei a saber que há contratos de valor muito superior ao valor da obra em causa e isso para mim constitui um crime.
Em primeiro lugar gostava de saber quem assinou esses contratos e se depois se verificar uma disparidade muito grande em relação à avaliação da obra, deveriam os responsáveis (aqueles que assinaram o documento) ser obrigados a ressarcir o estado.
Ainda hoje estava a ouvir o ministro da economia que em poucas palavras resumiu a quantidade de crimes que o partido socialista fez nos últimos anos e que neste momento nos dificulta sobremaneira a saida da crise.
O PS esse continua a inventar folgas para dinamizar a economia como se não tivesse chamado a TROIKA.
Preciso muita paciência para ver ali nas bancadas da assembleia a máfia socialista que nos enterrou até ao pescoço.
Abraço mfsr1980
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shimazaki Escreveu:O que está mal é os contractos não serem reavaliados e em prol da situação de esforço nacional, o esforço ser comum, mas afinal quem é que manda nesta merd# !! (resposta óbvia: lobbies)
...assim nos andamos por cá resignados e isto só muda mesmo pro comum mortal contribuinte.
ps: não liguem isto é dos nervos!!
Pois se é nervos já somos dois!

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http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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O que está mal é os contractos não serem reavaliados e em prol da situação de esforço nacional, o esforço ser comum, mas afinal quem é que manda nesta merd# !! (resposta óbvia: lobbies)
...assim nos andamos por cá resignados e isto só muda mesmo pro comum mortal contribuinte.
ps: não liguem isto é dos nervos!!
...assim nos andamos por cá resignados e isto só muda mesmo pro comum mortal contribuinte.
ps: não liguem isto é dos nervos!!

Ride the winds of change
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JMHP Escreveu:Compreendo mas... Contratos assinados reconhecidos legalmente não é a mesma coisa que compromissos ou promessas eleitorais que no nosso país são unica e exclusivamente propaganda politica..
Não concordo, basta ver os procedimentos que uma empresa privada é obrigada para eliminar os subsidios no privado ou efectuar uma redução de salários..mas não interessa..
JMHP Escreveu:Não sou a favor de rasgar contratos porque porque por essa via pomos também em causa a própria democracia e o estado de direito, mas também considero que o governo deveria pressionar as empresas a rever esses contratos ruinosos que agravam a situação do país.
Concordo totalmente, o Governo deveria pressionar as empresas e aguardar a reação deles.. Julgo que com bom-senso de ambas as partes se poderia chegar a uma situação confortável para empresas privadas/Governo/contribuintes.
Mas se porventura tivessem a atitude que a EDP está a ter, o Governo deveria simplesmente legislar no sentido de impor impostos específicios para as situações danosas.
Nesse caso a situação já era muito mais complexa em termos jurídicos. Para para isto é preciso coragem algo que este Governo, pelos vistos, só tem com os fracos e isso torna-o tão bom como os muitos que o antecederam..
Num ano de crise, estão cerca de 600Milhões em causa!!!
JMHP Escreveu:Só depois disto será possível uma verdadeira reforma da justiça portuguesa... Até lá, andaremos a contar "pentelhos".
Compreendo, mas sou da opnião que com coragem e vontade politica poderia-se efectuar uma profunda reforma na Justiça..
Algo que já ninguém compreende por que não avança..
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MiamiBlueHeart Escreveu:JMHP Escreveu:Então qual a solução?!.... Rasgar contratos?!
O mais apropriado seria começar por colocar em tribunal os governantes responsáveis pela assinatura desses contratos... Mas sabemos que isso é algo em que a justiça portuguesa é ineficaz, logo uma perda de tempo.
Como já dizia um antigo governante... "Habituem-se!.."
A imprensa na minha opinião é hoje o espelho da desorientação e populismo em que o país vive mergulhado, com mais desinformação do que informação verdadeira e essencial para tomarmos o rumo certo.
Se tudo isto é ruinoso e escandaloso, porque razão a imprensa não carrega e pressiona os responsáveis pela assinaturas e gestão desses contratos ao invés de andar com noticias sensacionalistas em torno do atual governo?!...
Concordo totalmente com a identificação e punição dos responsáveis políticos pela assinatura destes contratos danosos para o Estado Português.
Mas as empresas pivadas também sabem muito bem o que assinaram, em que termos assinaram e o que ganham com isso..
E quando o Estado rasga contratos com os seus colaboradores, reformados, população em geral, porque há-de continuar a manter esses excessos para empresas privadas??
Ou a liberalização da economia que se exige é para seguir uns casos e para rejeitar noutros??
Rasgar contratos? Não são favoravel a essa situação, mas pelos vistos é o que está a acontecer em Inglaterra por situações similares..
Compreendo mas... Contratos assinados reconhecidos legalmente não é a mesma coisa que compromissos ou promessas eleitorais que no nosso país são unica e exclusivamente propaganda politica.
Não sou a favor de rasgar contratos porque porque por essa via pomos também em causa a própria democracia e o estado de direito, mas também considero que o governo deveria pressionar as empresas a rever esses contratos ruinosos que agravam a situação do país.
Infelizmente a justiça portuguesa é ineficaz e obsoleta ao contrario do que acontece em outros países em que a justiça funciona de forma mais simples e com leis mais eficazes de modo que as questões de soberania e de interesse publico sobrepõem-se aos interesses de casos particulares (não confundir com privados).
Esta questão leva-nos obrigatoriamente para outro assunto que tem sido sucessivamente desvalorizado quer politicamente quer de discussão publica, que é a reforma e alteração da nossa constituição. Só depois disto será possível uma verdadeira reforma da justiça portuguesa... Até lá, andaremos a contar "pentelhos".
AutoMech Escreveu:O triste desta história é que o PS anda preocupadíssimo porque saiu um secretário de estado, vergado pelos lobbies e que, aparentemente, queria renegociar os contratos danosos que o próprio governo do PS assinou.
Ou seja o PS preocupado porque, imagine-se, agora o governo parece já não querer rasgar o que o PS assinou. Este país é surreal.
E tem o PAULO CAMPO sentado na sua bancada parlamentar... Quando este fdp deveria estar preso, e bem preso!



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JMHP Escreveu:Então qual a solução?!.... Rasgar contratos?!
O mais apropriado seria começar por colocar em tribunal os governantes responsáveis pela assinatura desses contratos... Mas sabemos que isso é algo em que a justiça portuguesa é ineficaz, logo uma perda de tempo.
Como já dizia um antigo governante... "Habituem-se!.."
A imprensa na minha opinião é hoje o espelho da desorientação e populismo em que o país vive mergulhado, com mais desinformação do que informação verdadeira e essencial para tomarmos o rumo certo.
Se tudo isto é ruinoso e escandaloso, porque razão a imprensa não carrega e pressiona os responsáveis pela assinaturas e gestão desses contratos ao invés de andar com noticias sensacionalistas em torno do atual governo?!...
Concordo totalmente com a identificação e punição dos responsáveis políticos pela assinatura destes contratos danosos para o Estado Português.
Mas as empresas pivadas também sabem muito bem o que assinaram, em que termos assinaram e o que ganham com isso..
E quando o Estado rasga contratos com os seus colaboradores, reformados, população em geral, porque há-de continuar a manter esses excessos para empresas privadas??
Ou a liberalização da economia que se exige é para seguir uns casos e para rejeitar noutros??
Rasgar contratos? Não são favoravel a essa situação, mas pelos vistos é o que está a acontecer em Inglaterra por situações similares..
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O triste desta história é que o PS anda preocupadíssimo porque saiu um secretário de estado, vergado pelos lobbies e que, aparentemente, queria renegociar os contratos danosos que o próprio governo do PS assinou.
Ou seja o PS preocupado porque, imagine-se, agora o governo parece já não querer rasgar o que o PS assinou. Este país é surreal.
Ou seja o PS preocupado porque, imagine-se, agora o governo parece já não querer rasgar o que o PS assinou. Este país é surreal.

No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
MiamiBlueHeart Escreveu:Em primeiro lugar, continuo a não perceber porque a primeira medida deste Governo não foi efectuar uma auditoria seguida de uma investigação policial a todos os contratos que lesam gravosamente o Estado e são chorudas recompensas para algumas grupos económicos - julgo que a auditoria sempre vai avançar, mas a meu ver já tarde..
Em segundo lugar, é incompreensível que um Governo que defende supostamente a inicitativa privada, a privatização de praticamente de tudo, seja o mesmo Governo que, até agora, não tem feito absolutamente nada para acabar com estes escãndalos. As situações vão acontecendo e o comportamento do Governo é em tudo similar aos anteriores.
Em terceiro, começa agora a perceber-se os contornos do negócio da venda dos 20% da EDP. Segundo vários especialistas, começa a perceber-se que o preço elevado a que os 20% foram vendidos foi porque o atual Governo assegurou que não ia haver alterações significativas.
Ora este é um erro extremamente grave, para não dizer algo ainda bem pior.
Basicamente o Governo, para ficar bem na fotografia, comprou aquele valor, já que assegurou rendas escandalosas ao grupo. Por isso, ao preço da venda, o Governo tem que tirar os valores excessivos que foram garantidos. Resumindo, o Governo ENGANOU todos os portugueses, ou melhor, o Governo que tanto acusa os outros (e com toda a razão) de negócio gravosos para o Estado Português, FEZ EXECTAMENTE O MESMO - esta situação é extremamente grave. Só este ano os valores em excesso, para todos o sistema eléctrico, ascende a 600Milhões de euros!!!
Obviamente que toda a reestruturação deveria ter sido efectuada ANTES deste negócio.
Em quarto lugar, face ao sucedido é lamentável verificar que neste assunto a EDP manda no Governo Português.
Conclusão, com o passar dos dias infelzmente o Governo perde credebilidade e tem uma conduta que se traduz ser forte com os fracos e fraco com os fortes.
Então qual a solução?!.... Rasgar contratos?!

O mais apropriado seria começar por colocar em tribunal os governantes responsáveis pela assinatura desses contratos... Mas sabemos que isso é algo em que a justiça portuguesa é ineficaz, logo uma perda de tempo.
Como já dizia um antigo governante... "Habituem-se!.."

Estou inteiramente de acordo com o titulo deste tópico, as PPP's tal como outros contratos que arruínam este país são frutos das nossas escolhas politicas do passado e se é insuportável o estado a que chegamos, só foi possível porque o povo sempre foi conivente com a classe politica que os serviu com o alargamento de regalias e direitos muito acima daquilo que o país é capaz de suportar.
A imprensa na minha opinião é hoje o espelho da desorientação e populismo em que o país vive mergulhado, com mais desinformação do que informação verdadeira e essencial para tomarmos o rumo certo.
Se tudo isto é ruinoso e escandaloso, porque razão a imprensa não carrega e pressiona os responsáveis pela assinaturas e gestão desses contratos ao invés de andar com noticias sensacionalistas em torno do atual governo?!...

Em primeiro lugar, continuo a não perceber porque a primeira medida deste Governo não foi efectuar uma auditoria seguida de uma investigação policial a todos os contratos que lesam gravosamente o Estado e são chorudas recompensas para algumas grupos económicos - julgo que a auditoria sempre vai avançar, mas a meu ver já tarde..
Em segundo lugar, é incompreensível que um Governo que defende supostamente a inicitativa privada, a privatização de praticamente de tudo, seja o mesmo Governo que, até agora, não tem feito absolutamente nada para acabar com estes escãndalos. As situações vão acontecendo e o comportamento do Governo é em tudo similar aos anteriores.
Em terceiro, começa agora a perceber-se os contornos do negócio da venda dos 20% da EDP. Segundo vários especialistas, começa a perceber-se que o preço elevado a que os 20% foram vendidos foi porque o atual Governo assegurou que não ia haver alterações significativas.
Ora este é um erro extremamente grave, para não dizer algo ainda bem pior.
Basicamente o Governo, para ficar bem na fotografia, comprou aquele valor, já que assegurou rendas escandalosas ao grupo. Por isso, ao preço da venda, o Governo tem que tirar os valores excessivos que foram garantidos. Resumindo, o Governo ENGANOU todos os portugueses, ou melhor, o Governo que tanto acusa os outros (e com toda a razão) de negócio gravosos para o Estado Português, FEZ EXECTAMENTE O MESMO - esta situação é extremamente grave. Só este ano os valores em excesso, para todos o sistema eléctrico, ascende a 600Milhões de euros!!!
Obviamente que toda a reestruturação deveria ter sido efectuada ANTES deste negócio.
Em quarto lugar, face ao sucedido é lamentável verificar que neste assunto a EDP manda no Governo Português.
Conclusão, com o passar dos dias infelzmente o Governo perde credebilidade e tem uma conduta que se traduz ser forte com os fracos e fraco com os fortes.
Em segundo lugar, é incompreensível que um Governo que defende supostamente a inicitativa privada, a privatização de praticamente de tudo, seja o mesmo Governo que, até agora, não tem feito absolutamente nada para acabar com estes escãndalos. As situações vão acontecendo e o comportamento do Governo é em tudo similar aos anteriores.
Em terceiro, começa agora a perceber-se os contornos do negócio da venda dos 20% da EDP. Segundo vários especialistas, começa a perceber-se que o preço elevado a que os 20% foram vendidos foi porque o atual Governo assegurou que não ia haver alterações significativas.
Ora este é um erro extremamente grave, para não dizer algo ainda bem pior.
Basicamente o Governo, para ficar bem na fotografia, comprou aquele valor, já que assegurou rendas escandalosas ao grupo. Por isso, ao preço da venda, o Governo tem que tirar os valores excessivos que foram garantidos. Resumindo, o Governo ENGANOU todos os portugueses, ou melhor, o Governo que tanto acusa os outros (e com toda a razão) de negócio gravosos para o Estado Português, FEZ EXECTAMENTE O MESMO - esta situação é extremamente grave. Só este ano os valores em excesso, para todos o sistema eléctrico, ascende a 600Milhões de euros!!!
Obviamente que toda a reestruturação deveria ter sido efectuada ANTES deste negócio.
Em quarto lugar, face ao sucedido é lamentável verificar que neste assunto a EDP manda no Governo Português.
Conclusão, com o passar dos dias infelzmente o Governo perde credebilidade e tem uma conduta que se traduz ser forte com os fracos e fraco com os fortes.
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MarcoAntonio Escreveu:A questão que eu continuo a colocar é:
Quem paga as PPPs não é quem as assina mas o contribuinte. Porque razão tenho eu de pagar PPPs ruinosas para o meu bolso e fabulosas para determinados sectores do privado se eu não assinei nada com esses privados?
Esse problema tens em todos os sectores do estado: obras públicas, educação.... you name it.
Quem está ligado: