Exportações compensam queda recorde do consumo
silva74 Escreveu:De notar que se as exportações sobem as importações também sobem, uma vez que muita matéria prima é importada.
Esse é o dado que mais contribui para o desequilíbrio da nossa balança comercial e mesmo quando existe crescimento o facto das importações aumentarem de forma automática torna praticamente impossível a tarefa da diminuição da nossa divida.
Resumindo, enquanto não mudarmos a nossa economia e o sistema social com reformas profundas, nós portugueses vamos ser eternamente "caloteiros" e a redução da nossa divida será sempre marginal, o que implica que o nível de impostos que pagamos hoje vai-se prolongar infinitamente e provavelmente até aumentar.
silva74 Escreveu:De notar que se as exportações sobem as importações também sobem, uma vez que muita matéria prima é importada.
Ok, mas vamos fazer aqui umas contas de merceeiro.
Assumamos uma quebra proporcional nas importações à queda do consumo das famílias: 14.565 -> 14.070
Agora, somemos 80% do aumento das exportações à importação (considerando uma taxa de incorporação de 20%, bastante baixa acho): 14.070 -> 14.490
Porém, as importações foram 500 milhões superiores a isto.
Existe contudo uma possibilidade: a quebra do consumo interno pode estar a dar-se sobretudo nos serviços (no entanto, mesmo neste caso, temo que sejam serviços de origem interna).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Exportações compensam queda recorde do consumo
JMHP Escreveu:Dado que estamos habituados a noticias e dados negativos sobre a nossa economia, achei por bem abrir um tópico a realçar uma excelente noticia sobre a performance da nossa economia e que afinal de contas poderemos estar a seguir no caminho certo apesar da austeridade, algo que tem sido raro ao longo da ultima década:
Olhar para a evolução das importações e exportações, contudo, deixa-me mais apreensivo que a notícia.
Isto porque, muito embora o consumo esteja em quebra e as exportações em alta, as importações estão também em alta. O que sugere que a quebra de consumo estará a dar-se eventualmente em relação ao consumo interno de produtos nacionais.
Deixo os gráficos em anexo e os somatórios quer do primeiro trimestre quer do segundo, das importações e exportações de bens em milhões de euros:
1ºT
Imp .. 14.565
Exp .. 10.213
Def ... -4.351
2ºT
Imp .. 14.993
Exp .. 10.738
Def ... -4.254
Duas notas porém: a relação é melhor (ou menos má) do que a que se verificava na primeira metade de 2008; em Junho verifica-se uma quebra acentuada das importações mas é apenas um mês pelo que há que aguardar pelos restantes para ver qual é afinal a tendência.
- Anexos
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Exportações compensam queda recorde do consumo
Dado que estamos habituados a noticias e dados negativos sobre a nossa economia, achei por bem abrir um tópico a realçar uma excelente noticia sobre a performance da nossa economia e que afinal de contas poderemos estar a seguir no caminho certo apesar da austeridade, algo que tem sido raro ao longo da ultima década:
Exportações compensam queda recorde do consumo
Famílias e administração pública continuam a reduzir os gastos. As quedas no consumo renovaram recordes, no segundo trimestre. Só o aumento das exportações contrariou a deterioração das contas e permitiu que o PIB estabilizasse face ao primeiro trimestre.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou os dados preliminares referentes ao andamento da economia portuguesa no segundo trimestre do ano. O PIB estabilizou face aos primeiros três meses e caiu 0,9% quando comparado com igual período do ano passado.
A queda homóloga da economia é, ainda assim, a mais acentuada desde o último trimestre de 2009.
Os dados hoje divulgados revelam uma revisão do PIB do primeiro trimestre. Inicialmente a contracção estimada da economia nos primeiros três meses do ano era de 0,6%. Hoje, o INE revela que a economia contraiu 0,5% naquele período.
Os dados da evolução económica no segundo trimestre, revelados inicialmente a 16 de Agosto, surpreenderam, já que não se previa uma estagnação em cadeia. Os economistas consultados pela Bloomberg antecipavam mesmo uma queda de 1,1% do PIB face ao trimestre anterior.
A contribuir para a queda da economia esteve a generalidade dos componentes. A excepção foram as exportações, que cresceram 8,4% em termos homólogos. Em cadeia, as exportações cresceram 4%, adianta o INE.
Já o consumo das famílias caiu 3,4%, o que corresponde à maior queda de sempre. No primeiro trimestre do ano, a queda homóloga tinha sido de 2,2%.
Os gastos das administrações públicas caíram 4,5%, o que representa igualmente uma quebra recorde.
Queda do emprego foi a menor desde 2008
O emprego total continua a cair, ainda assim o ritmo tem abrandado. No segundo trimestre do ano, a queda do emprego foi a menor desde o último trimestre do ano.
A taxa de variação de variação homóloga do emprego foi de -0,8%, no segundo trimestre quando comparado com igual período do ano passado, revela o INE.
Esta é a queda menos acentuada desde o quarto trimestre de 2009.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=505055
Exportações compensam queda recorde do consumo
Famílias e administração pública continuam a reduzir os gastos. As quedas no consumo renovaram recordes, no segundo trimestre. Só o aumento das exportações contrariou a deterioração das contas e permitiu que o PIB estabilizasse face ao primeiro trimestre.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou os dados preliminares referentes ao andamento da economia portuguesa no segundo trimestre do ano. O PIB estabilizou face aos primeiros três meses e caiu 0,9% quando comparado com igual período do ano passado.
A queda homóloga da economia é, ainda assim, a mais acentuada desde o último trimestre de 2009.
Os dados hoje divulgados revelam uma revisão do PIB do primeiro trimestre. Inicialmente a contracção estimada da economia nos primeiros três meses do ano era de 0,6%. Hoje, o INE revela que a economia contraiu 0,5% naquele período.
Os dados da evolução económica no segundo trimestre, revelados inicialmente a 16 de Agosto, surpreenderam, já que não se previa uma estagnação em cadeia. Os economistas consultados pela Bloomberg antecipavam mesmo uma queda de 1,1% do PIB face ao trimestre anterior.
A contribuir para a queda da economia esteve a generalidade dos componentes. A excepção foram as exportações, que cresceram 8,4% em termos homólogos. Em cadeia, as exportações cresceram 4%, adianta o INE.
Já o consumo das famílias caiu 3,4%, o que corresponde à maior queda de sempre. No primeiro trimestre do ano, a queda homóloga tinha sido de 2,2%.
Os gastos das administrações públicas caíram 4,5%, o que representa igualmente uma quebra recorde.
Queda do emprego foi a menor desde 2008
O emprego total continua a cair, ainda assim o ritmo tem abrandado. No segundo trimestre do ano, a queda do emprego foi a menor desde o último trimestre do ano.
A taxa de variação de variação homóloga do emprego foi de -0,8%, no segundo trimestre quando comparado com igual período do ano passado, revela o INE.
Esta é a queda menos acentuada desde o quarto trimestre de 2009.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=505055
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